Dias se passaram depois do grande baile. O sumiço de Taiga e Eric fez com que todos os procurassem por dias, sem êxito. Aquilo os cansou e os frustou, lembraram que estavam sendo controlados e mantidos em cativeiro.
Isso os causava medo.
Esse sentimento ofuscou os acontecimentos daquela noite. Simon não entendia porque Mya se trancava no quarto e o evitava daquela maneira. Kevin e Sayure tentavam esquecer o beijo, dando lugar ao dever de ajudar a todos. Darwin se isolava em seus computadores, buscando hakear quarquer que fosse aquele sistema absurdo implantado nas redes, enquanto bianca pedia forças a sua mãe para não desmoronar, onde quer que ela estivesse.
O som característico da Sala D quebrou a rotina, no mesmo instante dodos correram para ver o que havia lá daquela vez.
Misuki foi o primeiro a chegar, se deparando com a sala vazia, apenas uma folha abandonada no chão preenchia o cômodo.
- O que tem nela? - pergunta Mel ao ver a cena.
- "Eles estão em casa"..
- Como assim? - questiona Darwin.
O albino não diz nada. Todos permanecem calados. Então estavam bem, foram libertados. Mas por quê?
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- Eu não consigo entender o que ele quer.. - Bianca estava confusa.
O grupo se runiu na sala para discutir o que havia acontecido. Até mesmo Mya apareceu. Kevin preparava uma refeição enquanto Sayuri o ajudava.
- As pesquisas que fiz não especificava o tipo de experimentos que a empresa em questão fazia, mas envolvia algo psicológico. - informou James, o único que teve acesso a alguma informação sobre o sequestrador.
- Ele não fez nada de ruim conosco até agora, nem mesmo apareceu, como ele controla tudo sem nem mesmo vir aqui? - Mel se mostrava confusa com tudo aquilo.
Misuki estava pensativo apenas ouvindo o que os colegas diziam. Louise nunca o vira tão concentrado, ele era sempre tão animado e bobo, era estranho o ver daquele jeito.
- Acho que entendi tudo. - os colegas olham para o albino que não se pronunciara até então. - Isso é uma simulação.
- Simulação? - Bianca.
- Este lugar, os eventos, até mesmo o clima, é uma simulação de uma "vida perfeita" - continua Mizuki - Aqui temos tudo que precisamos, e somos influenciados a nos socializar constantemente. A neve, o baile, tudo é para ver como nos sentimos uns com os outros.
- Você está querendo dizer que ele só que ver como reagimos? - Darwin tentava compreender o raciocínio.
- Ele quer estudar nossas interações.
- Então por que libertou Taiga e Eric? - a pergunta de Mya era realmente relevante.
Misuki responde logo em seguida:
- Eles estavam brigando ultimamente, provavelmente estava atrapalhando o "roteiro" que "ele" planejou.
Darwin se levanta abruptamente do sofá.
- Isso faz sentido... Esse lugar não é real, é uma criação dele! Por isso não conseguimos sair, por isso não encontro nenhuma rede, por isso o clima muda tao rapidamente! Ele controla tudo!
Kevin se aproxima do amigo que começava a se alterar.
- Darwin - interven o moreno - De qualquer maneira não poderemos sair daqui.
A notícia abala o ruivo que cai sobre o sofá novamente. Aquilo era demais para a cabeça dele, o estresse o consumira, e tudo para descobrir que qualquer esforço era em vão.
Bianca não aguentou ver Darwin daquele jeito, lembrou de quando chegou ali, de como estava abalada, e ele que a ajudou, que a deu suporte. Agora era a vez dela de ser o apoio que precisava. A garota colocou o braço do rapaz sobre os ombros e o levou ate o quarto.
- Calma Darwin, eu estou aqui.
- Eu vou tirar a gente daqui... - ele aparentava um rosto exausto, era visível as noites em claro que ele passou. - Eu te prometi....
Chegando no quarto ela o deitou na cama e sentou-se ao lado do jovem. As olheiras e o cabelo assanhado não impediam a beleza dele de ser vista por Bianca. Como ela gostava dele... Não fazia idéia que ele passava por isso.
- Darwin..
Os olhos dourados pousaram na garota, fazendo ela corar, porém ela continuou:
- Se eu ficar para sempre aqui, estarei feliz mesmo assim. - a expressão do rapaz se tornou confusa, ela então concluiu - Porque estarei com você.
O ruivo enrubreceu no mesmo instante. Não haviam se falado direito depois da declaração, ele nem sabia o que fazer naquele momento. Inchou o peito criando coragem, se sentou e beijou a menina ao seu lado. Aquele beijo demorou mais do que eles imaginaram, o coração da morena batia com tanta força que ela o sentia no peito. Eles esqueceram todos os problemas naquele momento, tudo que existia era os dois ali, naquele quarto silencioso.
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