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História Re-offender - 3


Escrita por: nanaschweini

Capítulo 3 - 3


Fanfic / Fanfiction Re-offender - 3

O som dos ponteiros do relógio da cozinha irrita cada vez mais Anna. Ela permanecia sentada naquele mesmo ligar que Toni havia a deixado. Levantou-se somente para pegar mais uma garrafa de vinho. - Que porra foi essa? – pergunta para si mesma em voz alta. Coça insistentemente a cabeça e balança os pés. Aquele contato entre os dois havia sido completamente inesperado, mas ao mesmo tempo fora extremamente agradável. Ela sentia-se culpada pelo que ocorrera e, ao mesmo tempo, ansiava para que houvesse continuado além de onde foram.

Era bem fato que Toni não era um cara feio. “É bonito até demais...”, é o que sempre havia pensado. Claro que ela não era cega para aquilo e muito menos pelo fato dele ser um homem dedicado e atencioso. “Toni é casado! Eu conheço a mulher e os filhos dele!”, pensa sozinha.

Ainda havia Mesut. Por mais que soubesse que ele havia partido para outra e já namorava uma tal cantora alemã ela nunca conseguira tira-lo da cabeça. Tentava convencer-se que sim, mas no fundo nunca havia tido sucesso nesta tarefa. Pela primeira vez depois destes dois anos sentia-se atraída por alguém que não Mesut. Há mais de dois anos não olhava para ninguém. Sexo então, só sozinha em seu quarto!  

Levanta-se do sofá e busca o celular pela casa. Depois de longos minutos encontra o aparelho. Sentia-se meio entorpecida pelo álcool, entretanto, não conseguia tirar da cabeça o que tinha se passado não muito tempo antes. – Caralho! – exclama ao topar o dedo no aparador da sala enquanto buscava o nome de Toni na lista. Disca o número para logo em seguida terminar a ligação. – Não... Ele já deve estar em casa... – fala baixo e sozinha.

“Eu sei que isso é estranho. Aquilo foi estranho. O que foi aquilo, Toni? Eu não sei o que pensar.” – é o que consegue escrever depois de diversas mensagens apagadas.

“Eu gosto de você, Anna. Muito.” – Toni responde quase que instantaneamente. Assim que lê aquelas palavras Anna fica alguns segundos sem respiração. Não esperava aquela resposta. – “Anna?”  - ele pergunta.

“Como assim?” – ela indaga meio perdida.

“O que aconteceu é que eu gosto de você. Eu me sinto atraído por você. E venho me sentindo assim há um bom tempo, só nunca tive coragem de dizer. E hoje eu não consegui segurar a minha vontade.” – Toni parecia estar parado esperando por qualquer coisa que ela dissesse. Suas respostas eram extremamente rápidas.

“Toni, isso é loucura!” – ela beberica um pouco do vinho e se joga no sofá.

“Você retribuiu.” – ele retruca atrevidamente.

“Eu já bebi bastante.” – Anna tenta explicar-se. Por longos minutos nenhuma resposta. Ela sai novamente do sofá e sobe as escadas. Precisava de um banho. Ao longo do caminho despe-se e joga as roupas pelos cantos do quarto. Assim que abre a água do chuveiro ouve o som do celular sobre a pia. Agora o aparelho tocava. Ela abre novamente o box e corre enrolada em uma toalha. Assim que alcança a pia percebe que quem ligava era Toni. Sente-se nervosa imediatamente. O estomago estava embrulhado e o coração apertado.

- Toni. – atende séria.

- Não coloque a culpa na bebida. O jeito como você me beijou... Não pode ser somente pela bebida. – Toni vai direto ao assunto e a deixa sem reação.

- Onde você está? – Anna encara-se no espelho.

- Em casa. – ele responde.

- O que? Você em casa e falando assim? – ela assusta-se.

- Estou no jardim. Estão todos dentro de casa. – Toni esclarece. – Eu quero te beijar de novo. – pelo tom da voz dele Anna percebe que havia um sorriso em seus lábios.

- Isso nunca mais vai acontecer! – ela exclama.

- E por que não? – ele soa indignado.

- Por que não? Por que não, Toni? Você só pode estar completamente fora de si! Toni, você se esqueceu da Jéssica? Você se esqueceu do Leon? Da Amelie? Você tem uma família! Você não pode sair por aí beijando quem bem entender! – Anna  aumenta a voz.

- Eu sei... – Toni replica. – Mas as coisas não são bem assim... – parece lamentar.

- Como não são bem assim, Toni? – ela abaixa a tampa do vaso e senta ali.

- A minha vida não é bem do jeito que você pensa, Anna. A minha vida em casa não é do jeito que você pensa. – ele tenta explicar-se de forma vaga.

- O que você quer dizer com isso? – Anna abraça as pernas.

- Ah, Anna. Minha vida com a Jéssica não vai bem há muito tempo... Você sabe disso... – era bem verdade que ele queixava-se volta em meia, mas para ela era algo normal da vida de casal.

- Vocês têm dois filhos. – ela insiste.

- Eu sei muito bem que tenho dois filhos. E por esse motivo ainda estou aqui. – fala sério.

- E pelo fato de seu casamento não ir bem você se acha no direito de sair por aí agarrando os outros? – Anna responde presunçosa.

- Não são os outros. É você. – no mesmo instante ele retruca. – E eu já disse. Eu sinto isso há muito tempo. – ele consegue calá-la mais uma vez. – Eu gosto de você, Anna. De verdade. Não era para gente estar conversando sobre isso ao telefone. Mas eu achei que tivesse te assustado. E eu não quero te assustar.  Por isso vim embora quando você pediu. Eu te assustei, não foi? Me desculpa... – Anna permanece muda. – Anna... Fala alguma coisa... Por favor... Me desculpa por te assustar...

- Você me surpreendeu. – ela quebra o silêncio. – Eu não esperava por aquilo.

- Eu sei... Eu imaginei isso... Eu agi sem pensar. Agi por desejo. Mas você retribuiu. – ele volta a dizer aquilo.

- É... Eu retribuí... – Anna murmura.

- E eu não esperava por isso! – ele dá uma leve risada. – Eu juro que não esperava! Eu esperava um tapa na cara, um chute no meio de minhas pernas... – ri mais uma vez e a faz rir também. – Mas juro que não esperava a sua língua na minha ou as suas mãos me acariciando... – Toni falava aquilo de forma extremamente natural e a deixava envergonhada.

- Eu... Eu.. Eu não... – Anna gagueja. - Eu estou vulnerável, Toni. – finalmente termina.

- Por que? – ele questiona.

- Porque... Porque... – procura palavras. – Porque estou sozinha há muito tempo e... não sei... – de repente Anna pode ouvir do outro lado a linha a voz de Leon chamando o pai.

- Oi, filho. – escuta Toni responde-lo, provavelmente colocando a mão sobre o celular para abafar o som. – Ei, eu preciso ir...

- Tudo bem. – Anna assente.

- Me desculpa... – ele fala sereno. – Eu posso te ver amanhã? – continua.

Anna respira fundo e depois solta o ar. – Nós nos falaremos... 



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