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História Reação em cadeia - Teimosia


Escrita por: Tia_Marie

Notas do Autor


AMÉM SENHOR!!! CONCLUÍ!! POSTEI!! NEM CREIO!!! <3 <3 <3
Para quem ainda acompanha, acredita que esse capítulo tive que reescrever do zero?? Tipo, em 2014 ou 2015, eu perdi cinco capítulos dessa fanfic, e este era o último que faltava ;-; que emossaum...

enfim, espero que gostem :)

Capítulo 10 - Teimosia


Fanfic / Fanfiction Reação em cadeia - Teimosia

Na hora da saída, Bianca me esperava do lado de fora da sala. Serena, mas ainda visivelmente desanimada. Já não parecia tão desesperada com o “término” quanto no dia anterior, algo que achei bem inesperado. Pelo que sabia, as pessoas levam alguns dias para se recuperarem de um fim de relacionamento – e sei que o que estou dizendo é estupidamente contraditório, mas no meu caso com o Matheus, já fazia um tempo que não rolava uma química.

– Oi Trici. – ela me cumprimentou.

– Oi Bia. Você está bem? – eu sabia que era uma pergunta tola.

– Não diria “bem”, mas melhor e conformada. – falou, dando ombros, e encarou o vazio por uns instantes – Vamos conversar em casa?

– Certo.

Mas a Bianca gostava mesmo do Michel, e tinha todo o direito de ficar magoada. Ainda mais se ela já...

Merda!, pensei assim que me dei conta de que a Bianca já sabia que o Michel gostava de mim. E que nós iriamos ficar cara a cara para falar sobre isso. Eu não sabia se ela tinha escutado algo sobre o beijo na piscina. Esperava que não, mesmo que sem muita esperança.

Estávamos descendo as escadas quando Michel surge subindo com pressa. Acabamos nos encarando seriamente, nós três. Me senti um tanto constrangida por aquele encontro inconveniente. Ficamos parados pelo que pareceu uma eternidade, mas devem ter sido apenas uns três segundos. Ele pareceu surpreso por topar com a gente, desviou o olhar e quase não notei quando mordeu o lábio em apreensão. Desviou o curso e seguiu subindo os degraus. Percebi que Bianca virou o rosto para olhá-lo e, então, voltou a andar em silêncio.

Ela estava evitando me olhar nos olhos. Pelo menos naquele momento.

No caminho para o apartamento, conversamos um pouco sobre o Giovanne e o Matheus. Mais especificamente, ela falava como os dois não combinavam nem um pouco e que, já que eles se gostavam mesmo assim, tinha tudo para ser amor verdadeiro. Achei graça e concordei. Giovanne podia ter sido tímido na infância, mas agora era mais agitado que eu. “Agitado” é modo de dizer, ele ficou escandaloso mesmo.

Chegamos ao apartamento de Bianca e ela esquentou o almoço para nós. Não era uma casa tão bagunçada para quem morava só com o pai e não tinha empregada. Pelo que sei, Bianca cresceu sem a mãe e os dois dividiam as tarefas domésticas desde que ela era pequena. Acho que por isso o pai passou a mimá-la, sempre a tratando como uma princesa; era uma forma de compensar o “trabalho de adulto” que ela fazia.

Terminamos de comer e fomos para o quarto dela. Sentei no chão e ela, na cama. Achei que ficaríamos algum tempo sem saber como começar, afinal era um assunto incômodo, mas Bianca foi sem muitos rodeios.

– Trici... O que você pensou quando eu disse que o Michel rompeu comigo?

Fiquei confusa com a pergunta, mas respondi quase imediatamente.

– Fiquei furiosa, oras! Ele não podia brincar com você desse jeito.

– E eu, podia? – falou, abraçando o travesseiro com força.

– Como assim? O que você...?

– O Michel se declarou pra você, não foi, Trici? Eu ouvi sobre a confusão no treino de ontem.

Senti meu rosto ficar vermelho. Confirmei com a cabeça e pensei em detalhar o que aconteceu, mas achei melhor não. Também não queria ter que falar sobre o que houve na volta para casa.

– Eu já sabia disso. Sabia desde o inicio que ele gostava de você. Não foi algo que ele simplesmente disse para me deixar. – disse sem me encarar. A Bianca estava mesmo defendendo o Michel?

– Bianca, não é culpa sua.

– É sim, Patrícia! – se exaltou. – Desculpe, mas é verdade. Eu sabia do risco que estava correndo e, ainda assim, fiz o que fiz. Escondi que sabia que ele gosta de você.

Ela estava nervosa, e eu não sabia como acalmá-la. Só queria defendê-la dela mesma, de suas próprias acusações. E pensar que eu tinha ido ali para pedir permissão para falar com o Michel.

– Bia, não é como se eu gostasse do Michel ou algo assim. – na verdade, era algo assim, mas eu não admitiria isso.

– Sabe Trici...? – ela tinha algumas lágrimas pendendo dos olhos – Eu não sou tão inocente quanto vocês pensam, ou quanto meu pai gostaria que eu fosse.

– O que quer dizer com isso? – eu havia parado de entender aonde aquela conversa deveria levar.

– Quer ouvir a história toda? – sorriu triste – Quer saber o quanto o Michel não merece todo esse desprezo que você oferece?

Fiquei muda. O tom da conversa era bem mais pesado do que eu esperava.

– Eu sei que você descobriu no meio do mês que eu estava ficando com o Michel, mas na verdade já ia fazer dois meses que estávamos saindo.

– Espera, dois meses? Isso já é um quase namoro, Bianca.

– Mas ele nunca pediu, e eu também não. Achava que estava bem assim, mas não é isso o que importa. Ele nem queria ficar comigo, pra inicio de conversa.

– Não? Então por que...?

– Porque eu pedi. Pedi muito. Não sei se você sabe disso, mas nunca é ele quem pede pra ficar com alguém.

“Foi só porque elas insistiram, nunca o contrário.”

– Sim, eu acho que ouvi sobre isso...

– Na maioria das vezes ele não resistia tanto, porque ninguém queria compromisso sério, mas comigo foi diferente. O Michel disse que não queria mesmo ficar comigo.

– E por quê? – eu estava um pouco pasma.

– Porque sou sua amiga. Ele disse “Bianca, a garota de quem eu tanto falo e gosto é a Patrícia. Não me sentiria bem ficando com uma amiga dela.” Falei que você estava namorando, mas ele já sabia. Disse que não conseguia desistir de você de jeito nenhum, que era teimoso com isso. Eu também fui teimosa. Não me preocupei com ele ou comigo, só queria me aproveitar da disponibilidade que o Michel tinha. Eu... Gostava mesmo dele.

Como se se ouvisse, Bianca parou por um momento e, então, irrompeu em lágrimas.

– Ainda gosto... – o rosto oculto pelo travesseiro não me impedia de saber que expressão ela fazia; a mesma do dia anterior, a face avermelhada, chorosa, quase em desespero. Continuou com a voz abafada – Eu insisti. Pedi para sairmos sem ninguém ficar sabendo. Não disse o que sentia por ele, e nem que tentaria te substituir.

– Me... Substituir?

– Eu senti inveja de você, Patrícia! Eu queria que aqueles sentimentos dele fossem todos pra mim. Queria ser tudo o que você representa pra ele. Queria ser você!

Eu não sabia o que pensar, o que sentir, ou o que dizer. Era a Bianca na minha frente dizendo que... Me invejava. E isso não era algo bom como geralmente soa. Era minha amiga declarando que competia comigo pelo amor de alguém sem que eu soubesse.

– Desculpe por ser tão desprezível. – ela tentava limpar as lágrimas das bochechas, mas logo jorravam outras. – Eu esperava que o Michel notasse que eu era diferente das outras, que eu queria algo sério, e foi assim que ficamos juntos por tanto tempo sem chegar a namorar. Queria que o Michel te esquecesse, mas não podia dizer isso a ele nunca.

Meu coração acelerou. Por algum motivo, aquelas palavras me doeram. A possibilidade me doeu, e senti meu peito reclamar.

E se ele me esquecesse...?

– Eu sei que deveria ter desistido, mas não consegui. Assim como ele. A gente saía, se divertia, fazia... – deu uma pausa, dando a entender o que seria o próximo item – Também conversávamos bastante. Claro que você não era assunto nunca. Seria pesado para nós dois falar de você, mas também não era outra coisa o que passava pela nossa mente. Eu me preocupava em fazer com que ele parasse de pensar em você enquanto estivesse comigo, mas ele devia lembrar de você cada vez que me olhava. Acho que era doloroso ter que me beijar... – e deu um sorriso amargurado.

– Bianca...

– Trici... Você está com nojo de mim? Porque eu ficaria...

– Não, eu só...

– Você não fica porque é minha amiga. E eu sou muito grata por isso.

Eu podia ver o quanto ela estava desconfortável me contando tudo aquilo. Seu corpo se encolhia na cama, como se quisesse se afastar de mim, desaparecer. Seus cabelos loiros cobriam seus ombros como uma manta que a protegesse. Seus braços ainda seguravam o travesseiro firmemente contra o peito, como um escudo. Não sentia que meu olhar lançava flechas contra Bianca, eu não fazia ideia de qual era a minha expressão, mas rezava para que não fosse pena.

– Sei que não é como se eu tivesse te traído, mas ainda me sinto péssima por isso. Por mim, por você e pelo Michel. Eu realmente não sei o que tinha na cabeça. – finalmente ela se acalmava um pouco – Talvez eu só quisesse deixar de ser essa “princesinha” que todos acham que sou. O Michel... Pra ele, era sempre eu ali na frente dele, e não a pessoa que ele ama. Nunca tentou me enxergar como algo que não sou. Acho que dá pra entender porque eu gosto tanto dele. Ele não deixa nada a dever pra esse apelido de sincero. Sempre foi franco, verdadeiro.

– Assim, você faz parecer que fui muito injusta com ele... – e o remorso me pesava.

“Fazia questão de deixar claro que eu já gostava de alguém...”

– Talvez tenha sido mesmo. – me olhou com cara de quem sabia o quanto eu podia ser grossa – Eu fiz parecer tanto que era uma vítima que devo ter contribuído pra que você ficasse mais irritada. Desculpe. Sei que tenho esse jeitinho delicado por natureza, mas não significa que sou de cristal, sabe? O Michel me chamava de meiga, de “menina doce” porque era isso o que eu era pra ele, mas nunca tentou me proteger, pois eu disse que sabia onde estava me metendo. Quando estava com Michel, minha delicadeza não valia tanto assim.

– Como assim “não valia tanto”?

– Sabe, ele nunca me chamou de princesa como meu pai, ou me tratou como uma criança, como você e o Matheus. Eu gostava muito disso. – respondeu e sorriu com nostalgia. Já havia parado de chorar, mas seu rosto continuava corado. – Sempre foi tão carinhoso que eu... Eu achei que... – disse, vacilante e respirando fundo.

– O que, Bia?...

– Pensei que ele tinha te superado, então...

– Bianca, o que aconteceu? – pressionei sem querer.

– Você não se perguntou como o Michel ficou sabendo do seu término com o Matheus?

– Bom, essas coisas se espalham logo, e... – prestei mais atenção na pergunta. Nós não saímos contando para todos que havíamos terminado. Foi numa noite de domingo. Também não tinha como examinar nosso comportamento, pois ele havia faltado na segunda. A não ser que alguém tivesse escutado minha conversa com o Giovanne, mas ainda assim... Não. Não era nada disso.

Arqueei uma sobrancelha, confusa. Bianca me confirmou.

– Quando você me mandou aquela mensagem dizendo que tinha terminado com o Matheus, eu pensei que poderia testar o Michel, saber como estavam seus sentimentos. Então contei que você tinha terminado.

– Você... Fez... O que?... – gaguejei, chocada.

– Desculpe. Eu achava que ele tinha deixado de gostar de você, ainda mais depois de beijar o Giovanne na frente de todo mundo no sábado.

– Realmente, aquilo foi inesperado... – lembrei da cena com certo incômodo, confesso.

– Olha isso... – Bianca tirou o celular da bolsa e me mostrou uma conversa.

 

“Boa noite :)”

“Boa noite, meiga. O que foi?”

“Quero contar uma coisa, mas não sei se deveria... > <”

“Se está em dúvida, deve ser segredo. Ou algo comprometedor... Tem a ver com você?”

“Nossa! ‘o’ Como adivinhou?”

“Que garota levada... quer contar segredo dos outros?”

“Não é bem segredo...”

“Tô ficando curioso... O que é?”

“A Trici terminou com o Matt > < Eles nem pareciam mais namorados, então acho que foi até melhor pros dois.”

 

Notei pelo horário da mensagem que a resposta demorou bastante para chegar, comparada às outras.

– Fiquei tão nervosa com essa demora... – comentou. Continuei lendo.

 

“O que você tá tentando fazer?”

“O que quer dizer?”

“Você tá me testando, Bianca?”

Outra dele vinha logo em seguida.

“Acho melhor a gente conversar direito amanhã. Fiquei agitado agora. Boa noite.”

 

Bianca deu uma risadinha sem humor ao meu lado.

– Fiquei desesperada nessa hora. Cheguei a chorar de vergonha por ter dito isso. – e guardou o celular – Ele chegou mais cedo ontem para podermos conversar...

– Antes de eu chegar?

– Sim. Na verdade, fomos juntos pro colégio, mas depois de me dar bom dia, o Michel não disse mais nada até chegarmos. Parecia magoado... Sorria pra mim de um jeito nada natural.

– Como foi a conversa? – eu não queria, mas estava impaciente. Queria saber a reação dele, que palavras ele usou.

– Franca, pelo menos da parte dele. Perguntou outra vez se eu estava testando ele. Eu não queria dizer a verdade. Estava com muita vergonha, e nem olhava direito pra ele. O Michel percebeu esse meu silêncio e disse que eu podia perguntar o que quisesse.

– Você perguntou?

– Perguntei se ele ainda gostava de você, e ele respondeu que sim. Mas de um jeito tão direto que quase duvidei. O olhar dele não vacilava por nada.

Achei que Bianca fosse voltar a chorar, mas apenas sustentou um olhar pesaroso, como se sentisse pena de si mesma.

– Disse que nunca pretendeu desistir do sentimento que tem por você, e que sentia muito por ter me dado essa esperança. Acredita? Ele disse que sentia muito quando o que eu mais sentia naquela hora era culpa. Comecei a chorar por causa disso, por culpa, por vergonha... Lembro que pedi pra ele parar de me olhar daquele jeito tão carinhoso, porque era cruel demais. Mas eu sabia que não era de propósito. Esse é o jeito dele.

– Carinhoso?... O Michel? Acho que não consigo juntar essas duas palavras num mesmo ser. – tentei parecer inflexível, mas na verdade estava bem impressionada com o que tinha acabado de escutar. Michel não largou a Bianca do nada. Foi repentino sim, mas... Aliás, do jeito que ela me contava...

 – Se der uma chance, ele te mostra o quanto isso é possível. Eu provavelmente me deixei envolver por esse carinho e cavei minha própria cova achando que ele me escolheria. Parece que eu pedi por isso, né?

– Ninguém pede por isso...

– Eu sabia dos riscos e que tudo apontava pra uma grande mágoa. Eu me arrisquei sabendo exatamente onde pisava, mas o caminho não tinha sido feito pra mim. O Michel só era carinhoso comigo porque isso faz parte da pessoa dele, e não por ser eu.

– Entendo...

– Sabia que ele me pediu permissão pra tentar algo com você?

Certo, aquilo me pegou de surpresa. Desviei o olhar, constrangida.

– Como assim permissão?

– Queria saber se eu estava bem com isso. – esclareceu – É claro que não estava, mas eu não diria isso pra ele, não com tudo que eu tinha feito. Antes do treino, ele também veio aqui para confirmar o que eu havia dito. Ele se atrasou, não foi?

Fiquei calada. Lembrei de tudo o que havia acontecido na segunda e pensei que ele tinha aproveitado mesmo a tal permissão.

– Ele me disse que ia tentar falar com você. E então?

– Bom... Falar, ele falou...

– E te beijou pelo que eu soube.

– Foi roubado, ok?

– Você também bateu nele. Sei que não foi muito legal como ele tentou, mas bem que podia dar uma chance. Você gostou?

– Não...

– Trici, já se olhou no espelho e falou isso? Seu rosto te delata completamente.

Quem eu ainda tentava enganar, a Bianca ou eu mesma? Não era mentira, mas, na verdade, estava lembrando do que aconteceu no beco perto de casa. Eu não podia contar isso de jeito nenhum. Não agora.

– Se você quiser ficar com ele, não vou ser contra, mas... Você poderia... Não falar comigo por um tempo?

– O que? Mas não é isso o que eu quero, Bianca! – fiquei eufórica.

– É sim, Trici. Não importa o quanto você diga que não. – ela pôs a mão em meu rosto e arqueou uma sobrancelha – Está quente, e não é febre de doença.

Afastei sua mão rapidamente e toquei minhas bochechas. Merda. Só de pensar naquilo de novo eu tinha ficado assim? Como eu ia poder encontra-lo em qualquer lugar agora? E racionalmente? Bianca sorriu com um deboche sutil.

– É incrível o que vou dizer agora, mas você está tímida, Patrícia. Não disse pra você namorar com ele, mas pra dar uma chance. Sabe o que é isso? Ficar.

– Eu sei, tá legal? Meu Deus! Parece até o Giovanne falando.

– E ele com certeza tem propriedade pra falar disso. – riu – Ah, outra coisa. Pelo que você me contou, o Vanne tentou esquecer o Matheus com esses caras com que saía, não é? O Michel nunca pareceu ter sequer cogitado te esquecer. Por mais que saísse com quem fosse, sempre dizia que já gostava de alguém.

Eu não tinha certeza de nada. Parecia que eu tinha conseguido “bandeira branca”, mas o que fazer com ela? Simplesmente ir lá com o Michel e dizer “podemos ficar agora”? Nunca que eu diria isso! E o meu orgulho?

– Sabe, Trici... Eu vou ficar bem. Não sei quando, mas sei que vou. Eu só preciso que me dê um tempo pra pôr a cabeça e o coração nos lugares certos.

– Tem certeza?

– Tenho. Confia em mim.

– Posso te dar um abraço?

Ela fez uma careta de reprovação.

– Não. Vou acabar chorando de novo.

A imagem natural que Bianca tinha de “princesa” havia sido absorvida por mim e pelo Matheus, e isso se tornou um problema. Era como se ela transmitisse toda uma aura de delicadeza. Nos apegamos demais, fizemos de uma garota de 16 anos nossa irmãzinha mais nova. Esse desejo de protegê-la de tudo, de achar que ela era frágil demais não era algo tão bom assim. Agora eu sabia disso.

Me despedi com certo pesar e peguei o elevador para o térreo. É tão errado querer que alguém seja algo que não é, tanto quanto querer que alguém sinta o que não sente. Não conseguia parar de pensar no que Bianca me dissera: que tentou me substituir, que tentou testar o Michel, que ele nunca tentou me esquecer...

O elevador se abriu e eu saí. Chegando a portaria, faltando apenas alguns passos, vi que o assunto estava passando pela calçada. Fiquei congelada, mas ele me notou logo. Desisti de meu “disfarce” e saí. Michel não me olhava direito. Parecia envergonhado.

Seja educada.

– Oi. – falei.

– Boa tarde. – ele respondeu.


Notas Finais


Vamos apenas dizer que eu também conheci melhor a Bianca depois de escrever isso

"Dê uma chance pra vida te mostrar
Um jeito menos doloroso de se despedir.
Não seja assim tão dura com as palavras.
Lave bem as suas mãos antes de se decidir."
(Lama)

Obrigada por ler :)
Sinta-se a vontade para comentar


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