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História Reação em cadeia - Fel


Escrita por: Tia_Marie

Notas do Autor


Minhas desculpas nunca serão suficientes... -_-'''
Se ainda estiverem por aqui, não me matem, por favor...
Espero que gostem

Capítulo 13 - Fel


Fanfic / Fanfiction Reação em cadeia - Fel

Eu tinha combinado de passar o fim de semana com um cara que havia conhecido há uns dias, mas precisei desmarcar porque não conseguia tirar a Bianca da cabeça. Estava meio deitada no sofá, ouvindo músicas aleatórias da rádio pelo celular, imaginando que passo deveria dar agora. Sabia que, se eu conseguisse ficar com ela, seria no máximo mais uma aventura de poucas semanas, mas já me valeria bastante. Havia ficado realmente curiosa e sedenta para saber como Bianca beijava, para provar aqueles lábios rosados e descobrir se eram tão doces quanto pareciam.

– Ei, Cecília, você não vai sair hoje? – Michel perguntou ao tirar um dos lados do meu fone – Sei que ainda é cedo, mas normalmente você já estaria desaparecida a essa hora.

– Hmm? A Patrícia vem pra cá? Podia ter me avisado.

– Não. Na verdade, não combinei nada pra hoje. Então resolvi fazer uma visita surpresa e ver se me apresento de uma vez pros pais dela. – explicou, passando a mão pelos cabelos negros ainda úmidos do banho.

– Pais, é? Você está levando mesmo ela a sério... – comentei.

– Estou. Aliás, também queria ver se conseguia um encontro que não acabasse em sexo. Parece até que ela só quer isso de mim.

Dei uma gargalhada alta e desliguei o rádio antes de me sentar direito.

– Está tão difícil assim, Romeu? Se for assim, ela não me parece tão diferente das...

– Cecília! – ele me repreendeu, e acabei me surpreendendo – Não fale desse jeito. A Patrícia não é “mais uma”. Eu gosto mesmo dela.

Ele estava magoado. O senso comum me diria para pedir desculpas, mas isso não era do meu feitio. Não com o Michel, ou mesmo com nossos pais. Ficamos nos encarando sem reação por alguns segundos.

– Ok, então. – falei, pegando meu celular outra vez.

Antes de eu pôr os fones, ele continuou.

– Foi mal, Ceci. É que eu...

– Relaxa, você só está apaixonadinho, e eu me desacostumei com isso.

Michel sorriu com o canto da boca e desplugou o fone do meu celular – por sorte, antes de eu sintonizar de novo.

– Tá com algum retardo? – disse, encarando-o sem humor por cima dos óculos.

Ele deu uma gargalhada.

 – Só fiquei curioso para saber por que minha irmãzinha desgovernada resolveu ficar quieta em casa.

– Falou o exemplo da sociedade... – brinquei.

– Eu sei que a festa de ontem não foi nada que te deixasse indisposta.

 – Só aconteceu de eu não ter vontade de sair hoje. Agora sou obrigada a sair todo fim de semana? – comecei a implicar.

– Claro que não, moça. Só que é bem raro você ficar em casa.

– Por que está tão interessado nisso? Você nem vai ficar por aqui. Só me deixa em paz, ok, Michel?

– Ceci...

– Ah, é. Não me chame assim de novo. Você sabe o que me lembra.

– Foi mal... – falou um pouco abatido, quase murmurando.

Outra vez eu havia cortado o clima descontraído só porque a conversa se voltou para mim. Infelizmente, eu não conseguia ser carinhosa ou receptiva ao interesse e preocupação do meu irmão. Mesmo que já tivesse passado bastante tempo desde que eu não conseguia nem olhar na cara dele.

Michel já estava de saída, mas parou na porta e se virou para mim, expressando pena naqueles olhos verdes que não herdei.

– Cecília, você já disse que não guarda mais rancor daquela época. Então por que ainda me afasta desse jeito? Eu queria que você conversasse mais comigo.

– Michel, a gente acabou de conversar. Não precisa se preocupar comigo. Eu estou muito bem.

– Então, você ter ficado de recuperação de novo não tem nada a ver com isso?

– Não mesmo! Cai fora daqui! – me exaltei enquanto o empurrava para fora até o meio do corredor. – Não se atreva a aparecer aqui pelas próximas cinco horas!

– Cinco horas? Isso é tempo demais!

– Que se dane! – e bati a porta.

Voltei a me deitar. De fato, era um pouco estranho ficar sozinha naquele apartamento de decoração moderna e fria. Nossos pais haviam saído mais cedo e não voltariam antes do anoitecer. Eu e meu irmão recebíamos sempre uma grana para passarmos o fim de semana do jeito que bem entendêssemos.

Cada um para seu lado – era assim que funcionava quase todo sábado.

A parte boa dessa segregação toda é que não havia mais brigas violentas em casa. Quando comecei a passar dias desaparecida, eles decidiram que era melhor desistir de bater boca comigo e me deixar livre. Parei de fugir e passei a sumir só nos fins de semana, dizendo “tô saindo”. O clima ficou bem menos tenso.

Claro que as picuinhas continuaram, e eu insistia em não colaborar com a harmonia. Mas pelo menos não era nada que resultasse na minha cara arranhada, no meu óculos torto, ou no abajur despedaçado outra vez.

Eram um pouco mais de 10h da manhã. Eu estava mesmo sem nada para fazer. Decidi ligar para a Bianca.

Ela atendeu no segundo toque.

– Alô? – sua voz parecia a de uma criança.

– Oi, Bianca! É a Cecília.

– Eu sei. – ela riu – Seu nome está gravado aqui. O que foi?

– Está ocupada agora?

– Revisando. E confesso que estou um pouco desesperada...

– Posso te ajudar a estudar se quiser. Não quer vir aqui em casa? – sugeri, animada. Podia ser clichê como fosse, mas era uma ótima oportunidade.

Bianca ficou muda por uns instantes e, então, respirou fundo. Devia estar pensando.

– Você está sozinha aí? – perguntou.

– Sim, e bastante entediada. Você vem, né? Diz que sim...

Ok, talvez eu estivesse sendo muito insistente com alguém que eu nem sabia se ficava com garotas. Bem, ela podia simplesmente dizer “não” se eu avançasse demais.

– Tudo bem, eu vou.

Me ergui do sofá, e por pouco não dei um pulo de alegria.

– Que bom! Eu estava aqui pensando o que eu ia fazer o dia todo. – comentei, achando graça.

– Poderia estudar um pouco, já que também está de recuperação.

Fiquei em silêncio, muito sem graça.

– Me chamou só pra passar o tempo?

– Não!...

– Se me ajudar com isso, eu não ligo de te distrair depois.

Aquilo era uma piada, mas não percebi na hora.

– Sim, pode deixar comigo. Não fui tão mal no primeiro ano.

Na verdade, eu não tinha ido nada mal. Ficava de recuperação de propósito desde que repeti a oitava série. Era mais um jeito de ser implicante.

– Certo. Pode ser depois do almoço?

– Não pode ser agora? Você pode almoçar aqui comigo.

– Tem certeza? Não quero incomodar...

– Não tem problema nenhum. A não ser que a princesa queira comida de restaurante cinco estrelas. – brinquei – Quer que eu vá te buscar de carruagem também?

– Não, obrigada. – riu – Eu saio daqui a pouco. Até mais.

– Até mais. – repeti e desliguei.

“Até mais”. Não era um simples “tchau” ou “até logo”. Dizendo aquilo, comigo empolgada daquele jeito, Bianca só me fazia querer mais, esperar mais. E não ter certeza de que ela estava disposta a me oferecer mais só me deixava mais ansiosa.

É, a expectativa estava ridiculamente alta.

Vai com calma, Cecília. Ela só vem estudar.

Bianca morava perto, a dois ou três quarteirões do meu, então a campainha tocou depois de meia hora.

– Oi, Cecília. – disse e desviou o olhar, parecendo encabulada.

– Oi, Bianca. Fica a vontade.

– Com licença.

– Quer beber alguma coisa?

– Não, obrigada.

Ela estava uma gracinha com aquele vestido florido, e o rabo-de-cavalo que usava a deixava com o aspecto mais ingênuo ainda. Eu estava animadinha demais por encontrá-la uma segunda vez. Como eu podia sentir tanta vontade de agarrá-la se ela nem estava insinuante como na noite anterior? Estava apenas... Simples.

 – Bem, vamos pro meu quarto, então. – disse, e ela me seguiu em silêncio.

O clima estava estranho. Bianca, apesar de parecer descontraída no telefone, agora estava nitidamente constrangida, não me encarava por muito tempo e corava bastante. Cheguei a notar que suas mãos tremiam enquanto ela tirava os materiais da bolsa.

Matemática.

– Muito bem, me mostra onde você se complica.

Bianca abriu o livro e foi até o capítulo que seria pedido na prova. Olhei as anotações que ela tinha no caderno e fui associando. Eu explicava as fórmulas e as aplicações com paciência e repetia se ela me pedisse – o que era estranho para mim, já que nunca tinha tentado ensinar algo a alguém antes. Até que o reforço estava avançando bem.

Depois de um pequeno intervalo para tomarmos água, peguei uma das apostilas de exercícios que Bianca tinha e, numa folha em branco, elaborei outras atividades no mesmo modelo para que ela resolvesse. Enquanto aguardava, percebi algumas coisas que começaram a me incomodar: ela se sobressaltava toda fez que eu encostava nela para apontar qualquer coisa na página; umas duas vezes precisei pedir para ela voltar a respirar, e o rubor natural de seu rosto se intensificava com minha proximidade.

Eu poderia mesmo ter me aproveitado daquele nervosismo. Por saber que era culpa minha, eu já não conseguia encará-lo como uma oportunidade. Comecei a imaginar que ela estaria arrependida de ter vindo e fiquei impaciente.

– Bianca, você está bem? – perguntei de repente.

Ela me olhou assustada e ficou mais vermelha ainda.

– Como assim?...

– Você estava normal comigo ontem, mesmo que nunca tivéssemos conversado antes. Mas, agora, você está quieta demais. Você ainda está mal pelo que eu fiz ontem? – disparei.

– Não, é que... Bem...

– Eu te deixo tão desconfortável assim?

– Não é...

– Eu já disse que foi mal! Não foi de propósito. Quer que eu peça desculpa de novo? Desculpa, tá bom? Pode esquecer o que aconteceu, que eu não vou fazer nunca mais! – acabei me exaltando.

– Cecília, para! – ela falou alto, me surpreendendo – Eu queria...

– Por que veio aqui? – perguntei com a voz amargurada – Você que ir embora, não é?

– Não, não quero, mas você está me assustando! Eu estou, sim, com um pouco de vergonha pelo que aconteceu ontem. Fiquei pensando nisso a manhã toda...

Ficamos em silêncio por uns segundos, antes de eu dar uma curta risada de deboche de mim mesma. Me sentia ridícula.

– Então foi mesmo por minha culpa... – falei, acariciando seu rosto corado, e então admiti – Desculpa, mas eu ia tentar te beijar hoje.

Bianca ficou surpresa com o que eu disse, mas outra vez não agiu como eu esperava. Não se afastou, apenas suavizou a expressão e pôs sua mão macia sobre a minha em sua face.

– “Ia”?... – perguntou com um pequeno sorriso – Sabe o que mais eu fiquei pensando?

– O que? – murmurei.

– Que aquela fumaça doce na pista tinha me deixado doida, porque eu quis muito ficar com você lá. – disse, um pouco acanhada.

Eu havia mesmo escutado aquilo?

– Espera, Bianca. Fala de novo, que eu acho que não entendi. – ri.

– Eu tinha consciência de que era uma garota me seduzindo ontem. Eu estava gostando e até quis mais. – e se aproximou – Desculpe, mas eu só estou estranha assim porque nunca tinha sentido isso por uma garota antes.

Diminuí ainda mais a distância entre nós e deslizei minha mão até seu pescoço. Com o polegar, fiquei roçando a base de sua orelha. Bianca suspirou.

Eu queria aquilo e ela também. Precisava enrolar mais?

– Você é mais ousada do que parece. Posso te beijar então? – sussurrei com a voz embebida de desejo. Minha boca já estava seca.

– Já acabamos de estudar, né?...

De repente, nos olhamos assustadas com o som da porta da sala se abrindo. Senti um calafrio medonho percorrer meu corpo por completo.

Era o Michel. Eu sabia, pois nossos pais nunca chegavam antes das 18h.

Por que, diabos, ele tinha voltado para casa? Dei um salto e tranquei minha porta em dois segundos. Bianca me encarava com os olhos negros alarmados. Lembrei imediatamente do sentimento “estranho” que ainda a incomodava e temi que eles se encontrassem ali.

“Eu gostava mesmo dele”

Acabei abraçando Bianca.

– Cecília, quem...

– Shh... Finge que a gente não está aqui.

E se ela ainda gostasse dele?...

Senti seu corpo ficando tenso, respirando fundo e me abraçando de volta. Bianca se encolheu e me apertou mais em seus braços quando Michel fez o favor de bater na minha porta chamando meu nome. Continuamos em silêncio. Nossos corações martelavam agitados um contra o outro. Ouvi meu irmão ir até seu quarto, mexer em algumas coisas, passar de novo por nós e, finalmente, bater a porta no apartamento.

Só percebemos que havíamos segurado o fôlego quando voltamos a respirar.

– Desculpa por isso, Bianca. – disse, limpando as lentes embaçadas dos meus óculos.

– Não, eu é que peço desculpas. Não sei porque fui reagir assim... – falou, pensativa e visivelmente constrangida.

Maldito Michel!

– Bem... – suspirei – Você já quer almoçar? – perguntei mais pensando em distraí-la, já que não dava mais para recuperar o clima.

– Não. – respondeu, séria – Cecília, você... não quer continuar? – Ela voltou a ruborizar. Seu olhar era decidido, mas eu sentia que havia algo a mais.

Eu entendi exatamente o que ela queria fazer. Não faria bem nem a ela, com o coração indeciso daquele jeito, e nem a mim, com aquela enorme cicatriz no fundo da alma.

Mesmo assim, mesmo sabendo o que poderia acontecer, puxei Bianca pela nuca para, enfim, unir nossos lábios num beijo que diferia muito da expectativa que eu havia criado. O sabor de sua boca tinha sido quase completamente encoberto por um gosto amargo. Bianca tentava ignorá-lo a todo custo enquanto sugava minha língua, e eu também não me censurei: segurava seu rosto junto ao meu com firmeza para explorar com volúpia cada canto de sua boca. Aquele beijo, tão voraz e sensual, na verdade tinha fome de algo que não estava ali. Bianca parecia ainda buscar algum consolo que fosse, e seu desespero liberava um sabor próprio de angústia.

Apesar de tudo isso, eu não queria parar. Empurrei Bianca na cama e fiquei por cima dela, quase possessiva.

– Ah... Mi... – ela gemeu, mas sufoquei a palavra que diria.

“Michel...”

Meu coração se comprimiu com força dentro do peito, quase me fazendo sufocar. Doía tanto que senti minhas finadas lágrimas querendo dar a desgraça de sua presença. Fiquei furiosa. Passei a investir contra a Bianca de maneira raivosa, insana, e ela gemia em protesto. Quase não a deixava respirar. Havia prendido um de seus braços sobre a cabeça e a puxava para mim pelos cabelos, sabendo que doeria.

Eu estava possessa.

Tirei meus óculos e tomei seu pescoço de mordidas e beijos sedentos enquanto minha mão passeava por seu corpo. Ela arfava e gemia, não mais de prazer, também puxando meus curtos cabelos vermelhos.

– Ah.. ai! Cecília, para...

Eu não queria parar.

– Cecília, por favor... Ah! – ela gritou quando mordi forte em seu ombro esquerdo.

Eu sabia que já tinha passados dos limites. Aquilo já não estava bom nem para mim. Bianca estava com medo, e quem sabe até com nojo, mas só parei de vez quando a ouvi chorando. Fiquei estática, ofegante, sem conseguir olhar para ela, escondendo meu rosto atrás da minha franja bagunçada e irregular. Estava morrendo de vergonha. Não queria que tivesse sido daquele jeito.

– Cecília?...

Deitei a cabeça em seu peito e desabei num choro pesado.

– Desculpa, Bianca. Desculpa, de verdade. Por favor, me perdoa, Bianca! – implorei, abraçando seu corpo imóvel. Diferente de mim, ela chorava mais contida, respirando fundo e afagando minha cabeça com as mãos trêmulas para me acalmar.

– Não era assim que eu queria... Não era assim! Não era assim, droga! – gritei quase desesperada, derramando mais lágrimas sobre o tecido leve de seu vestido. Engoli uma praga contra mim mesma. Por que fiz aquilo? Por que fui em frente mesmo sabendo que poderia, mais uma vez, cutucar uma ferida mal curada? Sabendo que poderia ficar agressiva outra vez? Bianca iria fugir de mim assim como as outras, assim como ela quando a mandei para o inferno.

– Calma, Cecília...

Ela disse a mesma coisa.

Aquela cicatriz voltou a doer. Latejava e sangrava como se alguém tivesse arrancado meus pontos frouxos de uma vez e sem piedade.

– Droga!

– Cecília... – ela me afastou uma pouco para poder se levantar, e só então eu pude ver o quanto seu colo estava úmido de lágrimas. Suas mechas onduladas estavam completamente desgrenhadas, e seu pescoço e ombros levavam, agora, as marcas da minha fúria.

Fiquei em choque e acabei chorando mais ainda. Como eu podia ser uma garota tão bruta?

– Tá... Tá doendo muito?... Bianca... Desculpa. Desculpa mesmo!

– Vem aqui. – falou, com pena, e me abraçou. Ela estava nervosa, mas já não tremia como eu. – Não sei o que aconteceu pra você ficar assim. Não sei se fiz alguma coisa, mas quero entender. Eu quero te ajudar.

– Você nem me conhece direito... Eu sou uma louca, Bianca.

Eu não queria aquela piedade. Não queria que ela me conhecesse mais que aquilo.

Ficamos quietas depois que ela me soltou, respirando fundo por um tempo para nos acalmarmos. Eu encarava o chão com os olhos inchados e me perguntava se ainda queria aquela garota ali comigo, se a desejaria outra vez, se permitiria que ela visse dentro de mim...

Não...

– Vai pra casa, Bianca.

Ela me olhou confusa.

– Quero ficar sozinha.

– Por quê?

– É melhor assim.

– Mas eu...

– Pode se limpar no banheiro. Vou te emprestar uma roupa. Foi mal pelo vestido. – disse ao perceber como o tecido grudava em sua pele, úmido, e que Bianca não poderia andar com o colo a mostra por um tempo.

– Eu... Eu fiquei de almoçar aqui, lembra?

Não entendi como ela conseguia pensar em comer quando deveria estar de estômago revirado só de olhar na minha cara.

Eu pretendia pedir algo por telefone, mas pensei na cara com que receberia o entregador e resolvi eu mesma preparar alguma coisa. Comemos pouco e em silêncio. Eu estava sem apetite nenhum. Aquele gosto amargo impregnado na minha boca havia me deixado enjoada.

– Até mais... – Bianca se despediu com um tom doce.

Para mim, soou irônico. Será que eu ainda tinha o direito de esperar por mais?


Notas Finais


"E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
(Sutilmente)"

Novamente, desculpem ><


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