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História Read - Green


Escrita por: BoaNoitePotter

Notas do Autor


A primeira fase do projeto da Taeyeon será a fase verde que será dividida em dois capítulos. Esse e o próximo. Nesse, vai ser algo mais explicativo para então no outro começar a criar um laço de compreensão e companheirismo entre as duas.

Boa Leitura!

Capítulo 8 - Green


Fanfic / Fanfiction Read - Green

Liberdade. 

Substantivo feminino. Estado ou particularidade de estar livre. Característica da pessoa que não se submete. Estado da pessoa que não está presa.

Ser livre, em sua plenitude, vai além de um estado físico, além de não ser mantido em um cárcere por qualquer que seja a razão. Ser livre diz respeito a agir como bem se entende. Refere-se a agir como sua consciência julga melhor, refere-se a alcançar o bem estar físico e mental da maneira que julgar melhor. Refere-se a viver.

Hoje, diferentes dos demais monólogos feitos por mim, não estou aqui para perguntar ou levantar qualquer questão. Estou aqui para falar sobre viver. Sobre acordar e decidir o que fazer em um novo dia, sobre não temer que as coisas não funcionem, sobre não perder a esperança. O ditado já dizia "a esperança é a última que morre" e se você permitir que ela se vá, que a esperança de dias melhores e momentos bons os deixe, você estará dizendo adeus a si mesmo. Dando um fim não só nas possibilidade de melhorar, mas também em sua alma. Em sua essência. Então, mova-se. Você não tem nada a perder. Erga-se e vá. Faça. Tente. Tenha fé e motivação. Porque você merece. Vá e faça.

Assim como ela. 

O clima poderia ser taxado como o essencial. As temperaturas não estavam tão baixas como há dias, o céu estava claro, espantando as nuvens atrevidas que gostariam de se formar por ali. É como dizem: quando você corre atrás, até os ventos conspiram ao seu favor.

E era a mais bela e pura verdade, pelo menos naquela situação.

Taeyeon estacionou seu carro logo a frente do luxuoso prédio indicado pelo endereço. A jornalista encarou o relógio no painel e deu um pequeno sorriso por não ter se atrasado, milagrosamente. Esticou sua mão para pegar seu aparelho celular e enviar uma mensagem para Tiffany, mas não fora necessário.

A escritora, distraidamente encarando seu celular, atravessou a porta de vidro e ergueu seus olhos, apertando-os para tentar enxergar alguma coisa devido a forte luz.

Com dois leves toques na buzina, Taeyeon obteve a atenção de Tiffany, que fechou a porta atrás de si e enfiou suas mãos nos bolsos do moletom.

O clima de fora estava perfeito, mas o clima instaurado dentro do carro era incômodo, sufocante. Eram como duas desconhecidas, mas havia uma questão pesada sobre seus ombros: a mútua admiração.

Tiffany admirava Taeyeon pela singularidade, pelo gigantesco coração e pela maneira como a jornalista conseguia ver as coisas.

Taeyeon admirava Tiffany pela força, pela capacidade de seguir em frente e se recuperar e por dedicar-se com tanto amor ao seu trabalho, dando aos leitores a capacidade de imaginar, de amar, odiar, sofrer.  

— Taeyeon. — cumprimentou timidamente enquanto afivelava seu cinto de segurança. 

— Bom dia, Tiffany. — respondeu com um pequeno sorriso, girando a chave na ignição. 

— Para onde nós vamos? — curiosa, a escritora indagou, encarando o perfil da jornalista e observando como Taeyeon vestia-se quase da mesma maneira que ela. 

— Hoje nós seremos verde. — respondeu simplesmente, instigando ainda mais a curiosidade da escritora. 

— O que isso significa? — franziu seu cenho e obteve uma rápida olhada de Taeyeon.  

— O que você acha que significa? — rebateu. 

— Por que sempre faz isso? — resmungou. — Sempre joga as perguntas de volta para mim e quase nunca concorda com o que digo. — ouviu a risada fraca da jornalista e sentiu vontade de acompanha-la, mas se conteve. 

— Estou te instigando a pensar. — afirmou. 

— Eu já faço isso até demais. — pôde ver a jornalista negar com a cabeça deixando um sorriso brotar em seus lábios rosados. 

— Você é como eles. — deu de ombros. — Sua mente está limitada a definições. O que para você significa ser verde? — a escritora deu-se alguns segundos para pensar. 

— Ser ecologicamente correto? — indagou um pouco confusa com onde Taeyeon gostaria de chegar. 

— Exato. — batucou no volante com a ponta dos dedos. — Ser verde para você é a definição do mundo. É não jogar lixo na natureza, não poluir o ar, não desmatar, reciclar... — fez uma pausa. — Para mim, Tiffany, para nós. — corrigiu-se. — Para nós ser verde, hoje, vai além de respeitar a natureza, vai além de respeitar os animais e todas essas coisas. — lentamente o carro parou em um sinal vermelho, dando a Taeyeon a possibilidade de encarar a escritora. 

— O que faremos? — suas bochechas esquentando, Tiffany sentia-se tão deslocada do mundo quando Taeyeon a trazia para o seu dessa maneira. 

— Faremos o verde preencher nossos corações, Tiffany. — murmurou e passou a marcha, voltando a acelerar.  

A conversa entre as duas acabou por ali. Taeyeon não se sentia desconfortável, ela sabia que não seria fácil para Tiffany compreender como ela pensava, assim como, para ela, não era fácil entender tantas ações e pensamentos da massa. E, por isso, Taeyeon deu o espaço da escritora. Deu o espaço e silêncio para que ela pudesse pensar e rever. Recomeçar suas análises sobre o verde. Em todos os seus significados. 

— Taeyeon. — a escritora chamou depois de quase dez minutos em silêncio. — Você sabe o que a cor verde significa? — encarou novamente o perfil da jornalista, vendo-a negar brevemente com a cabeça. — Significa esperança. — contou e as sobrancelhas de Taeyeon se ergueram. — Foi por isso que você me escolheu, não foi?

— Tiffany, eu não precisava de um motivo... — fora interrompida. 

— Não precisava, mas você tinha um. — confirmou. — Eu pensei muito nisso nos últimos dias, em como você foi capaz de entender algo tão confidencial. E quando você desenvolveu o projeto e fez a proposta eu fiquei confusa, sabe?! Digo, por que você me escolheria? — fez uma pequena pausa e observou quando Taeyeon fez um desvio, seguindo para uma estrada de terra batida. — E eu pensei em todas as hipóteses do mundo, mas eu nunca iria entender essa sua mente atrevida. — a jornalista soltou uma risada, seu ego sendo amaciado.  

— E por que não desistiu? — questionou Taeyeon. 

— Porque eu sou curiosa. — confessou. — Você não me contaria, então eu precisava descobrir. — concluiu. — Você se sentiu mal, não foi? Com tudo que descobriu. — a jornalista assentiu com a cabeça, tomando ar para falar. 

— Eu estive chateada. — movimentou a cabeça. — Estive chateada porque você não viveu tudo que deveria, tudo que poderia e isso não é justo. — a chateação praguejando estar de volta. 

— Existem pessoas em situações piores. — fora interrompida. 

— Eu sei. Eu sei que existem pessoas privadas de muito mais, mas era por você que eu podia fazer algo realmente bom, e eu não poderia me privar disso. E foi pelas outras pessoas, por todas as que precisam, que eu transformei isso em um projeto. — Taeyeon entrou com o carro em uma estrada de terra ainda menor, as árvores e a densa vegetação começando a enfeitar todo o entorno do automóvel. 

— Taeyeon. — chamou-a novamente depois de alguns segundos em silêncio, tendo um som nasal como resposta. — Obrigada. 

A jornalista sentiu seu peito apertar. Apesar de saber que, independente das vontades de Tiffany, ela faria tudo que havia planejado, saber que a escritora havia permitido, de coração, que Taeyeon desse a ela tudo que ela não pudera ter por atividades do destino, deixava a jornalista muito mais confiante para prosseguir. 

O silêncio estava de volta. Tiffany estava concentrada em analisar toda a vegetação ao seu redor. Gostaria de perguntar a Taeyeon que lugar era aquele, mas de fato não faria diferença. Ela estava se deixando aproveitar cada momento, deixando que cada sensação e sentimento chegasse e fizessem o que quisessem com ela. 

Taeyeon já havia, sem saber, começado a dar a Tiffany coisas que a escritora não tivera. 

Havia dado a ela o frio na barriga pelo inesperado. O suor na palma das mãos pela expectativa.  

Havia dado a ela o: eu estou aqui para te fazer bem e eu não quero nada em troca.  


Notas Finais


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