História Real - segunda temporada de Dream - Fui fraca

Pov. Aliya

Encarava a vista do park, dá janela da minha sala, era meu lugar preferido, durante a noite e ao amanhecer, o sol iluminando as árvores, a cidade começando a acordar, enquanto eu nem havia dormido ainda. O Que estava acontecendo nos últimos dias, ou melhor dizer desde que eu o atendi, meus sonhos pareciam cada vez mais reais, o sentimento cada vez mais forte. O que ele tinha, porque ele?

-Você acordou mais cedo hoje - senti seus braços em minha volta, me fazendo suspirar, seu corpo estava quente como sempre - vamos voltar para cama - neguei, ainda não olhando em seus olhos verdes. Não eram os que eu queria ver agora.

-Tenho que ir para a clínica - disse me soltando de seus braços​. Minha relação com mathe já não é mais a mesma a algum tempo. Brigas se tornaram constantes, e por motivos bobos .

-Hoje é seu dia de folga - parei de me arrumar, para o encarar - pensei que ficaríamos o dia juntos - seu corpo que estava encostado no batente da porta, se aproximou de mim.

-tenho uns casos sérios para avaliar - voltei minha atenção para meus sapatos, terminado de me arrumar. Caminhei para fora do quarto, com ele me seguindo.

-Nao vai me dar um beijo? - me aproximei dele, lhe dando um selinho, o qual ele transformou em um beijo, mas não durou muito tempo - te amo. - encarei seus olhos, por alguns minutos, mas não me pareciam verdadeiros, ao dizer tais palavras.

- Volto antes do jantar - sai do apartamento deixando mathe para trás sem ouvir sua resposta. A verdade é que eu não consegui tirar o beijo de Justin da cabeça, me sentia culpada por não me sentir arrependida e por ter gostado.

…

-Dra. Lins - tirei minha atenção dos papéis, encarando minha secretária - Ryan Buttler, disse que é amigo do Sr. Bieber, deseja falar com a Dra.

-Mande-o entrar - ela concordou com a cabeça, se retirando, o que ele estaria fazendo alí. Olhei para a porta, vendo o loiro a fechando mesma.

-Sente-se por favor - ele deu um meio sorriso fazendo o que pedi - então…- o incentivei.

- você sabe o motivo de eu estar aqui.

-Aconteceu algo com Jus...quer dizer Sr. Bieber - eles soltouuma risada fraca por ter me atrapalhado.

- sim aconteceu - não consegui esconder minha preocupação - eu estou vendo meu melhor amigo, sem comer a uma semana, não sai do quarto e mal treina, ele dispensou todas as garotas que mandei para o quarto dele, você sabe o porquê ? - ele se apoiou na mesa, me deixando tensa.

-Eu não… - me interrompeu

-Nao diga que não sabe Aliya - se exaltou - Justin está entrando em um poço muito fundo e por sua causa - neguei com a cabeça - não seja ridícula, você sente algo por ele, dá para ver isso nos seus olhos, no jeito que você está agora - fez uma pausa - você é fraca.

-Se  você veio aqui para isso…

-Você está com medo, não quer trocar sua vidinha de merda, por uma amor que eu posso te garantir que ninguém vai te dar do jeito que Justin vai, você não quer decepcionar os outros que nem ligam para você, mas na verdade está magoando a única pessoa que daria a vida por você - ele jogava as palavras em mim. Pisquei, segurando minhas lágrimas, ele estava certo.

-Pode se retirar - pedi, desviando meu olhar do dele.

-Você não merece ele - ele caminhou até a porta, mas parou me olhando - ele está indo para Atlanta amanhã as oito da manhã. - senti meu coração disparar. Eu não deveria ligar, deveria? Eu sabia que isso iria acontecer, porque estou tão mal com isso? Porque sinto que algo está faltando?

Me levantei, pegando minhas coisas. A chuva fraca deixando o dia triste, me assustei a ouvir a buzina, o sinal abriu, acelerei meu carro, e em poucos minutos estava no meu prédio.

-boa tarde Sra. Aliya.

-Boa tarde Bobby - sorri para o porteiro, logo seguindo para o elevador, precisava de um banho e passar o resto do dia assistindo filme com mathe, fazia tempo que não fazíamos algo juntos.

-Mathe - chamei fechando a porta e jogando minhas coisas no sofá - amor - segui subindo as escadas, ouvindo o barulho no quarto, abri a porta do mesmo, vendo as roupas no chão, caminhei pelo quarto, vendo um sutiã que não era meu, senti meu coração disparar, a porta do banheiro estava aberta. A cena que eu nunca esperei ver, mathe estava nu junto com sua secretária, dentro do Box.

-Quando vocês terminarem - engoli minhas lágrimas, quando os dois me olharam - podem sair da minha casa

-Aliya …

-Nao mathe, quero você fora daqui. - bati a porta do banheiro, saindo rápido do quarto.

Não quer trocar sua vidinha de merda.

-É Ryan, uma vidinha de merda mesmo - me sentei no sofá, esperando eles descerem, e eu me sentindo culpada por sonhar e beijar outro cara, enquanto ele transava com sua secretária na nossa cama. Sequei minhas lágrimas quando ouvi os passos nas escadas.

-Aliya me deixa…- o interrompi.

-Desde de quando? - encarei o park, vendo a chuva aumentar.

-alli...amor eu…- ela o interrompeu..

-Cinco meses - podia ouvir o sarcasmo em sua voz, ligo dos dois começaram a brigar.

-CHEGA - gritei fazendo os dois me olharem - o que você ainda está fazendo aqui vadia ? - ela riu

-Estou esperando seu namorado, temos que terminar…- acertei um tapa em seu rosto fazendo ela tentar revidar, mas mathe a segurou - você é uma ridícula, nem dar o que um homem precisa você consegue.

-SAI DAQUI, SAI -gritei, pegando o vaso e jogando na direção deles.

-ALIYA - mathe me segurou, e vi ela saindo rindo.

-Nao me toca - o empurrei - eu tenho nojo de você - cuspi em seu rosto, vendo ele limpar.

-Nao fala isso - ele tentou me tocar, mas me afastei - eu te…

-Nao diga isso - gritei, fazendo ele se calar - você não me ama, você … eu quero que você saia daqui - apontei para a porta.

-amo…

-amanha as sete suas coisas vão estar na portaria - falei, subindo as escadas, do quarto de hóspedes pude ouvir a porta bater, então deixei todas minhas lágrimas saírem.

-Burra, burra, burra - sussurrei, batendo minha mão em minha testa repetidas vezes. Meu peito doía, minha visão estava embaçada por conta das inúmeras lágrimas, e todos nossos momentos rondavam minha cabeça, tudo jogado fora.

…

-Bobby, mathe vai passar pegar isso, não o deixe subir - o mesmo assentiu, me olhando com pena, já eram sete horas, quando entrei no meu carro, para ir até o aeroporto. - merda - bati no volante, vendo que era sete e quarenta, e os carros não andavam, sentia meu coração disparado é o medo de não chegar a tempo me tomar.

-Vai, vai - bufei, mais vinte minutos e eu estava correndo entre as pessoas - voo para Atlanta? - perguntei a atendente.

-Ja saiu - neguei com a cabeça, não ele não irá, ele tem um jatinho.

-Os jatinhos com destinos a Atlanta - ela digitou em seu computador.

-Decolagem autorizada a dez minutos, portão 15 - corri para chegar lá, mas assim que cheguei lá, vi o único jatinho decolando, para longe, e eu deixei ele ir, porque eu fui fraca.