História Realeza Gender Bender - 100 dia

Fui acordado como sempre: Amanda me sacudindo, isso já não me incomodava tanto, até gostava por ser ela que me acordava desse jeito único e maluco

Am: VOCÊ ESTÁ ATRASADO!!!

Eu: hã?! Já vou levantar

Fui pro banheiro e a deixei no quarto, as vezes acho que o quarto é só meu, o resto do pessoal tem clubes e atividades antes e depois das aulas, se não fosse a Amanda que aparece aqui eu ficaria sozinho

Am: qual sua primeira aula?

Eu: história Americana, e a sua?

Am: idem

Dessa vez não estávamos tão atrasados como sempre, dava tempo ir tomar café da manhã na cantina da escola, fomos para lá como sempre, ela andava com uma postura inigualável com a cabeça erguida, sem perceber eu a encarei por tempo demais

Am: tem alguma coisa na minha cara?

Eu: o que?! Não – desviei o olhar

Am: e por que me encarava?

Eu: eu hã... estava querendo ver se ainda tinha vestígios do corte que eu te fiz

Am: isso já faz semanas, eu disse que seu cortezinho não ia deixar nem marca

Entramos na cantina, era um lugar bem arrumado, parecia um restaurante francês, exceto pelo fato de ser self-servisse, pegamos nossa comida e nos sentamos em uma mesa qualquer, eu peguei ovos com bacon e a Amanda pegou batata frita

Eu: comendo porcarias tão cedo dona Amanda?

Am: qual o problema?

Eu: assim vai perder sua cinturinha de rainha

Am: acredite eu não ganhei peso algum desde que cheguei aqui, até perdi uns quilinhos

Eu: como isso é possível?

Am: magia sei lá

Eu: cientificamente falando acho que você tem o que chamam de metabolismo acelerado, só nunca notou graças as comidas light do palácio

Am: nossa cientista, mas pode ser isso aí

Uma música suave toca avisando o início das aulas, eu e Amanda colocamos nossas comidas na boca e corremos pra sala de aula rápido, no caminho Amanda esbarra em alguém e cai no chão, eu a ajudo a levantar

Eu: você está bem?

Am: estou, mas esse principezinho de meia tigela não vai

Ela havia esbarrado em Amby, que ria da situação junto a Li e Charlie

Amby: a culpa não é minha se você é um desastre

Am: você vai ver só – segurei o braço de Amanda que tentava se soltar para ir pra cima do Amby

Amby: como uma selvagem que nem você pode ser da realeza?

Eu: ela é mais nobre que você

Amby: por favor, eu sou o rosto da elegância

Am: não é não, sua irmã é, ela é a futura rainha, ninguém foca no que veio junto com ela ao mundo, você não é nada, e após a coroação dela você perde o título de príncipe

Acho que Amanda conseguiu irritar ele de verdade, ela a empurrou fazendo com que ela caísse no chão, eu não me aguentei e o empurrei em um dos armários segurando sua gola

Eu: VOCÊ É UM COVARDE!

Amby: vai me bater namoradinho?

Ele sorria com um ar vitorioso, eu sabia que ele tinha a escola na palma de sua mão, a escola era dirigida pela família real francesa, seria a palavra dele contra a minha, e ele com certeza sabe como convencer os pais. Eu o soltei e ajudei Amanda a se levantar, estávamos andando pra sala de aula

Amby: não vai ficar assim Magner

Eu: já ficou

Chegamos na sala de aula um pouco atrasados, sentamos em nossos lugares de sempre, comecei a desenhar, meu passatempo no palácio era o desenho, me consideravam bom nisso, comecei a desenhar, quando percebi estava desenhando a Amanda, passei o lápis algumas vezes para deixar a parte dos cabelos bem escuros, e não tinha uma cor igual a de seus olhos, sem percebe a encarava de novo

Am: o que foi?

Eu: hã? O que?

Am: você tá me olhando estranho

Eu: desculpa

Am: ei deixa eu ver esse desenho!

Eu: e-eu ainda não acabei

Am: mostra vai

Com relutância mostrei o desenho que já estava terminado, levantei meu caderno a uma altura que desse para cobrir meu rosto vermelho

Am: isso é ...

Eu: desculpa se for estranho eu te desenhar

Am: isso tá incrível! Não sabia que desenhava tão bem

Eu: se você quiser pode ficar com o desenho

Am: obrigada ...tive uma ideia melhor, você fica com o desenho que fez de mim e me dá um auto retrato seu

Eu: você quer que eu desenhe a mim mesmo?

Am: sim! E se possível, desenhe como você está agora todo vermelhinho, você fica fofo assim

Seu comentário me fez ficar mais vermelho ainda o que tirou um sorriso dela. Depois de um tempo a Nathalie entrou na sala para dar um comunicado

N: bom dia príncipes e princesas, estou aqui representando meu pai o rei que não pôde vir pessoalmente, estamos preste a realizar um evento envolvendo toda a escola, a instituição Sweet Amoris completará seus 150 anos e comemoraremos com um festival, como todos sabem a estadia dos alunos aqui é um tempo em que não se pode ter contato com o mundo exterior, porem como é uma data especial, convites foram enviados a seus pais e 90% já confirmaram a presença

Eu achei a notícia um máximo! Olhei para Amanda e ela não estava com uma cara muito boa, acho que ela não gostou da ideia de ter os pais aqui

Eu: Amanda?

Am: sim! Sim o que foi? – ela levou um susto quando toquei em seu ombro

Eu: você está bem?

Am: claro – ela forçou um sorriso

Eu: sabe que não precisa mentir pra mim né?

Am: tá tudo uma droga, meus pais são...

Eu: severos?

Am: tipo isso, vou ter que esconder as latas de refrigerante que tenho no meu quarto, me livrar das minhas roupas com cores escuras, esconder minhas calças e shorts e usar somente vestidos com frufru

Eu: calma, vai dar tudo certo, mas sobre os refrigerantes a gente pode se livrar deles juntos hoje mesmo... claro que só se você quiser

Am: não, tudo bem, a 00:00 na minha varanda

Eu: tão tarde assim?! Está quebrando algumas regras senhorita Amanda

Am: é a sua influência meu caro – rimos e após algumas aulas fomos pros quartos, eu mal pude esperar para dar a hora, 00:00 em ponto me enrolei em um cobertor e corri pra varanda

Am: hey! – ela entrava com um isopor, pulei em sua varanda

Eu: vem, eu ajudo – peguei o isopor e juntamos duas espreguiçadeiras que ela tinha na varanda, pegamos cada um uma latinha e ela ficava encarando o céu

Am: é muito bonito aqui

Eu: aqui é incrível

Am: estou preocupada Lyng

Eu: seus pais?

Am: tudo, acha que vou ser uma boa rainha?

Eu: você é a melhor princesa que conheço, seu reinado vai ser incrível! – ela tremeu de frio e percebi que só eu estava de cobertor – toma – dei o cobertor a ela

Am: a gente divide

Eu: tudo bem, pode usar ele é meio pequeno

Am: não seja bobo, vai ficar doente assim – ela me abraçou e cobriu nos dois com o cobertor, ela estava com a cabeça em meu peito assim não vi o quão vermelho eu estava, ficamos quieto por algum tempo até eu perceber que ela estava dormindo

Eu: boa noite minha princesa – beijei a cabeça dela e cai no sono