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História Realidade - ...Dura, porém real


Escrita por: Heidexx

Notas do Autor


OK
eu amo dojae e precisava escrever isso...

Capítulo 1 - ...Dura, porém real


 

Acordei pela manhã com os feixes da luz do sol entrando pela minha janela. Lembro-me de tê-la fechado antes de ir para a cama, mas como sempre, você se intromete na minha vida como se tudo lhe pertencesse, sendo que havia dito que está apenas de passagem; sua visita será apenas uma lembrança daqui algumas semanas, meses ou talvez, anos, dependendo de quanto tempo queira continuar aqui, seguindo essa rotina – que mais de uma vez – relatou odiar, apesar do sorriso em seu rosto entregar que suas palavras eram diferentes de suas ações.

Você sempre me diz que devo apenas fazer e esquecer o futuro, já que somos jovens e devemos usufruir dessa vantagem antes de sermos velhos e impostos a viver uma vida mais reclusa. Suas palavras são que deveríamos sair por aí, não importa onde. Ir em uma balada, talvez? Ao festival de música que acontecera daqui um mês? Ir ao cinema e, assistir a última sessão do dia? Sair com os amigos e beber nas barracas de soju próximas ao rio Han? Quando lhe pergunto onde poderíamos ir, você sempre me responde com essas perguntas, fugindo do assunto. Mas por incrível que pareça, eu notei suas mentiras. Pois eu sei, você é o primeiro a negar um convite de seus amigos e mentir dizendo que está ocupado com os estudos, quando na verdade, caminha direto para meu apartamento, e invade sem cerimonias, porque você sabe que eu não ligo. Eu amo quando aparece de surpresa, com um sorriso brilhante no rosto, mostrando sua superioridade, mas eu vejo, seus olhos me encarando com receio de um dia eu negar sua companhia.

Eu ainda sinto o fantasma de seus dedos, passando pela a minha pele como uma brisa em uma noite de verão. O toque singelo, acalorado depois de um sexo casual. Como você sempre diz; somos apenas uma amizade colorida, hyung. Engraçado, sua crença é que não devemos rotular ninguém e muito menos um relacionamento. Entretanto, você foi o primeiro a sugerir nosso próprio rótulo.

É tão engraçado, que eu sempre atuo acreditando em tudo que você diz, apenas dou lhe um sorriso amargo e maneio com a cabeça, concordando com suas ideias. O irônico é que nunca perceba isso, da mesma forma como eu percebo suas alterações de humores, como quando fazíamos amor e não apenas uma trepada. Você foge, eu sei, mas você se engana achando que tudo está em seu controle, porque sempre esteve no controle, não é?

Então quando eu levanto pela manhã depois de você ter quase corrido pela porta da frente – pela simples questão de ter termos transando sem nenhum tipo de emocional envolvido, eu te joguei na cama e te fodi sem muita preparação, foi intenso e sujo. Mas é a única forma de fazê-lo ficar mais tempo. – o encontro na cozinha, preparando nosso café, uma imagem tão caseira e doméstica. Você sempre usa minha camiseta ao amanhecer, porque são confortáveis, em suas palavras. Eu sei que está apenas mentindo, mais uma vez. Porém, eu não ligo. Pouco me importa se tudo é apenas uma mentira e estou me iludindo, com minhas teorias sobre você. Porque quando vejo as covinhas em suas bochechas, entregando uma caneca de café quente, esqueço que deveria me preparar para quando for embora. Esse dia vai chegar, você é apenas uma visita.

Portanto, não me surpreendo quando chega o tal dia, suas palavras chicoteiam meu corpo, meu coração e minha alma, simples letras amontoadas que formam palavras firmes e fortes, com significados que eu aguardava receber, a cada segundo desde que começamos esse relacionamento conturbado. Você disse que precisava seguir em frente, procurar por algo a mais em sua vida. Perguntei-me se não era suficiente, conhecia sua casca e seu interior, tudo que fiz foi para agrada-lo. Sabia onde empurrar e puxar de volta, conhecíamos tanto um do outro ou, eu apenas imaginei que sabíamos algo, quando na realidade, apenas eu o conhecia, não passava de mais um na sua listinha.

Você sabe, eu sempre tentei criar teorias, deduzir sobre as razões da vida e todas essas filosofias que você apenas reclamava e bocejava, quando eu começava a lhe explicar. Então, não é surpresa que depois que você foi embora, fiquei na minha cama, deduzindo motivos para isso ter acontecido, martelei inúmeras vezes o que eu poderia ter feito de errado, cada ação passava em minha mente como flashback, palavras ditas que deveriam nunca terem saído de minha boca, os longos toques que não poderiam ter existido, mas eu não resistia a sua pele e, como sempre parecia tão mais macia quando estava próximo a minha; coladas pela camada de suor sob nossos corpos. Os carinhos a mais que eu não deveria ter feito, talvez, tenha sido por causa do apelido carinhoso que lhe dei? Você se sentiu mais íntimo e fugiu? Eu não saberia responder, porque nada parecia errado em meus olhos, tudo parecia tão certo que fiquei assustado, porque você só enxergava erros onde eu via acertos. Éramos tão contraditórios e, isso que eu amava entre nós.

Não nego que fiquei um tempo escondido da vida real, com medo de ir em algum lugar que já tínhamos ido antes, mas era quase impossível. Antes de termos algo, éramos amigos, você lembra? Vivíamos grudados, andando por aí em busca de aventuras – eu era arrastado, para suas loucuras. - mas agora, era apenas mais uma memória grudada em minha cabeça, assim como outras, que só sairiam para assombrar ainda mais meus dias.

Algumas semanas foram necessárias para conseguir entender que você não voltaria, que aos sábados não atenderia a porta e o encontraria sorrindo, encostado na parede à frente da minha entrada. E como eu me sentiria especial lhe chamando pelo seu nome verdadeiro e não o apelido, quando estávamos deitados na minha cama, abraçados mesmo que você insistia em dizer que não gostava desse tipo de coisa. Nas manhãs de domingo, não tomaríamos café juntos; sentados no sofá rindo dos desenhos animados. Foi preciso dias para entrar em minha cabeça que eu não teria mais você da mesma forma - voltaríamos a ser apenas amigos - mesmo que fosse apenas o seu corpo e não sua alma por completo.

Quando achei que tinha lhe superado por completo; eu o vi – o evitei por tanto tempo, tentando me livrar dos sentimentos que insistiam em existir dentro de mim -. Seu riso era audível para qualquer um, sorriso brilhante, olhos que se enrugavam de forma adoráveis. O mesmo Jaehyun de antes, como se fosse mais uma peça de minha mente, mostrando o quanto eu ainda era miserável em sofrer por você. Foi preciso alguns minutos para descobrir que minha visão era real; tão real quanto sua mão colada a de outra pessoa. E não era qualquer pessoa desconhecida; Lee Taeyong, um amigo dentre vários outros em sua vida. Porém, era aquele homem, que estava ao seu lado, sentido o calor de suas mãos, mostrando a qualquer um naquela maldita festa, que os dois se pertenciam. Irônico, porque você nunca gostou de mostrar a ninguém quando estava com alguém, assim como fez comigo, escondeu de todos nossos amigos. Encontrávamos apenas em minha casa, as escondidas. Nunca lhe pedi mais do que tínhamos, porque conhecia esse seu lado, mas não posso negar a raiva e a inveja borbulhando em meu corpo, observando de longe os dois interagindo como um casal de namorados apaixonados. Tinha se passado apenas alguns meses que paramos de nos encontrar, era tão fácil se apaixonar de novo, ou você nunca sentiu nada por mim, nem mesmo remorso de ter me deixado sofrendo com sua saída?

Passei a noite me escondendo dos seus olhares, interagindo com outras pessoas e indo cada vez mais longe. Mas você me notou, como sempre, e sorriu alegre como se nada tivesse mudado, me chamando para perto. Eu obedeci, não poderia negar um pedido seu, eu nunca poderia negar nada a você.

Foi estranho. Você continuava o mesmo, contando piadas, falando de suas histórias, enquanto, eu apenas acenava como antes, sorrindo e concordando. Era como antes, apenas fingindo que estava tudo bem. Descaradamente eu encarava as suas mãos unidas, a forma como sorria para Taeyong, com os olhos brilhando de felicidade e carinho. Tão diferente de quando estava comigo, os seus toques no braço de Lee pareciam demorar eternidades, enquanto comigo, eu era quem o segurava por mais tempo. Estava tão óbvio que estavam apaixonados um pelo outro, e eu me sentia o intruso, o impostor, pior, o invejoso que queria que aquilo fosse para mim. 

Mas o mais devastador de tudo, foi ter escutado ele o chamando pelo seu nome, e não o apelido que você insistia em lhe chamarem. Apenas eu tinha esse direito de pronunciar Yoonoh, mesmo que fosse só dentro de minha casa. Então, escutar outra pessoa lhe chamar assim, em público, acendeu algo em minha cabeça. Como um tapa na cara, para acordar do meu sonho ilusório, literalmente, despertar para a vida real; amarga, sem significado e sem você.

No final, fui embora para meu apartamento; com o corpo dormente, não conseguia sentir nada, a não ser as dores da verdade.

Eu deveria ter conhecido melhor; Yoonoh. Você me deixaria na melhor oportunidade, eu nunca havia sido o suficiente para a sua vida, eu era muito careta, certinho, com mais teorias em mãos que ações, vivendo minha vida sobre as aventuras de heróis literários da minha estante, enquanto você, meu pequeno amor; vivia querendo criar suas próprias histórias, escrevê-las para alguém como eu; sem coragem de viver e lê-las como mantras de vida. Por isso, não estou chateado, não estou bravo, porque agora eu sei que passei de uma mera aventura, alguém que você usara como exemplo ou, nem isso. Eu fui apenas mais um na sua lista de coisas a fazer antes de morrer, enquanto você foi e sempre será a parte mais importante que aconteceu em minha vida.

Um capitulo; era isso que eu significaria para Jung Yoonoh. Mas, ele nunca saberá que para mim sempre será o meu livro; a história completa, o amor da minha vida.


Notas Finais


Qualquer erro é porque não betei direito ;-;

minha contribuição para a tag..


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