1. Spirit Fanfics >
  2. Realidade Paralela >
  3. Destino.

História Realidade Paralela - Destino.


Escrita por: _Mag

Notas do Autor


EXO não me pertence, feito de fã para fãs.
É yaoi, é gay, se não gosta... NÃO LEIA!
Finalmente sendo repostada.

Capítulo 1 - Destino.


-

 

O que é real?

 

Será que a resposta é somente aquilo que podemos ver e tocar? Sentimentos são palpáveis ou visíveis a olho nu? E com a ajuda de microscópios desenvolvidos com a mais alta tecnologia, podemos enxergar sentimentos como ódio ou amor?

 

Realidade significa o que existe, o que é verdadeiro. Porém, é um significado empreso nas letras miúdas de um dicionário, uma pequena mancha de palavras em um pedaço de papel.

 

Muitas vezes nossa mente nos prega peças que jamais imaginaríamos cair.

 

E o que poderia ser apenas imaginação, se torna a razão para mudar uma vida toda...

 

-

 

O barulho era ensurdecedor, a música alta parecia um monte de palavras e sons retorcidos jogado ao acaso, o lugar estava cheio, o que não era surpreendente. Em plena sexta-feira todas as boates da região lotavam e a música só pararia quando o primeiro raio de sol tocasse o horizonte com toda sua magnitude.

 

Eu ainda tinha uma madrugada pela frente.

 

No começo tinha odiado a ideia de fazer uma despedida de solteiro em um lugar como aquele, ou melhor, não queria despedida em lugar nenhum. Porém, pelo menos não fui levado para um clube de striptease ou coisa pior, vindo dos meus amigos era esperar de tudo e geralmente algo regado a confusão, bebida e uma boa ressaca no dia seguinte.

 

Naquele momento apertei o analgésico em meu bolso, só para garantir que ele estava lá.

 

- Vamos hyung, é sua despedida de solteiro! – Kai, o responsável pela “despedida” me puxava animado em direção ao bar.

 

Certo, iriam começar o ritual de me deixar bêbado até que não lembrasse meu nome e endereço.

 

O que não era muito difícil.

 

- É melhor acharmos uma mesa. – SuHo interveio, me tirando das garras do mais novo e se encaminhando para uma mesa vazia, no canto do segundo andar.

 

O lugar era um dos mais famosos de Seul, era composto por dois andares, onde no primeiro a pista de dança tomava conta de parte do salão, e no segundo mesas e sofás estavam distribuídos para os clientes se sentirem mais confortáveis. Em ambos os andares havia um bar, com todos os tipos de bebidas com as mais variadas cores. Eu não era o maior fã de sair por aí e beber, mas seria minha última oportunidade antes de estabelecer os laços do matrimônio.

 

Estávamos em cinco pessoas, eu, Kai, SuHo, SeHun e o namorado chinês dele; LuHan. Falando nos dois últimos, eles já se agarravam em algum canto escuro da boate, que era muito frequentada pelo público gay. E era justamente por isso que Kai achou melhor ser naquela boate a despedida de solteiro, por fim eles iriam aproveitar muito mais a noite do que eu.

 

- Eu tentei avisar o Kai que aqui não era o melhor lugar, mas quem disse que ele me ouviu? – SuHo, o mais velho e mais sábio do grupo me avisou. – Mas tenta se divertir, tomar uma bebida, dar em cima de alguém. É sua última festa como solteiro.

 

- Eu estou noivo SuHo, vou me casar no próximo final de semana. – Ri, afundando a cabeça no sofá. – Não vou trair minha noiva.

 

- Eu sei ChanYeol, eu sei. – Apertou um de meus ombros. – Só estou falando pra aproveitar a noite com seus amigos. Ou o Kai vai aproveitar por você. – Disse apontando para frente, então vi Kai que já estava no bar aparentemente dando em cima do barman.

 

- Ele não tem jeito. – Ri novamente. – Certo, vou para o andar de baixo beber alguma coisa e dançar, você vem junto? – Perguntei, já me levantando.

 

- Não, vou ficar aqui de olho nele. – Mais uma vez se referia a Kai, que ainda estava no bar passando seu telefone em um guardanapo de papel.

 

Apenas assenti, descendo as escadas para o primeiro andar que estava lotado, as pessoas dançavam animadas na pista e praticamente não tinha espaço no bar para conseguir pedir uma bebida. “Ótimo, vou ficar horas plantado aqui até ser atendido”, pensei enquanto me desviava da multidão, tentando chegar vivo até o outro lado da boate, sentindo mãos esbarrarem por partes estratégicas do meu corpo. Alguém poderia me comer vivo em um lugar daqueles.

 

Sempre achei que despedidas de solteiro eram desnecessárias, um casamento não era o fim do mundo, eu poderia continuar saindo com seus amigos, claro que em ambientes digamos, mais familiares que aquele, em que as mulheres usassem pelo menos um pouco mais de pano para cobrirem seus corpos e os homens não precisassem ser carregados para fora de tão bêbados.

 

Eu preferia aproveitar minha “solteirice” em casa, comendo pizza e jogando conversa fora com meus amigos, com um showzinho de JongIn a parte, porque o menor sempre ficava bêbado com facilidade e terminava a noite chorando feito um bebê em meu sofá preferido, e sobrava pra SeHun ou SuHo consolar a pobre criança infeliz.

 

Ao contrário do que imaginei tive sorte, porque quando finalmente cheguei até o balcão uma loira muito bonita acabava de sair, rapidamente sentei em uma das banquetas e pedi uma cerveja, ficaria ali por enquanto...

 

- Olá. – Uma voz amigável soou ao meu lado.

 

Ou pela noite toda.

 

- Olá. – Respondi em um aceno de cabeça, evitando olhar para o lado. Não queria ficar dando atenção para nenhum estranho.

 

- Me chamo BaekHyun. E você? – A voz continuava animada, e pelo jeito queria conversar.

 

Bufei irritado, só queria tomar uma cerveja, não estava com paciência para começar qualquer assunto, e o rapaz ao meu lado com certeza estava dando em cima de mim. Foi quando resolvi me virar e quase deixei a bebida cair.

 

O garoto não poderia ser mais velho do que eu, e também estava com um copo de bebida em mãos, era mais baixo e possuía traços delicados. Uma beleza tão singular que os olhos bem delineados pela maquiagem pareciam camuflar a face de um anjo. Seu sorriso ansiando por uma resposta era sincero, era o sorriso mais puro que meus olhos já tiveram o prazer de enxergar, e de repente conversar com ele pareceu não ser tão ruim.

 

Estava fascinado.

 

- Me chamo Park ChanYeol. – Respondi depois de alguns minutos, talvez o garoto já tivesse se esquecido de que puxou conversa comigo.

 

- Você não me parece muito feliz, ChanYeol. – Afirmou com o mesmo sorriso.

 

Nunca meu nome fora pronunciado de forma tão erótica.

 

- Eu não queria estar aqui. – Respondi sorvendo um gole da cerveja. Só poderia estar ficando louco em achar o desconhecido bonito.

 

- Ah, nem eu. – O tal BaekHyun exclamou, um pequeno bico em sinal de tédio adornava seus lábios. – Acabei de chegar em Seul, um amigo me trouxe aqui para comemorar, mas me deixou no bar sozinho! – Contou sua triste estória. – E você, por que está aqui se não queria?

 

- Eu também tenho amigos legais assim como o seu. – Ri, sendo acompanhado do menor.

 

O garoto não respondeu, parecia obcecado em me ver bebendo cerveja, os olhinhos pequenos não desgrudavam de meu rosto, o que estava me deixando desconfortável.

 

- E onde estão seus amigos? – O pequeno perguntou, curioso.

 

- Estão no andar de cima. Quer subir lá? Você pode se juntar a nós se quiser. – Ofereci, terminando a bebida.

 

Ofereci apenas para se educado, não conhecia o garoto, mas para minha surpresa ele aceitou. Acabei voltando para o segundo andar, só que acompanhado.

 

Ao voltar para mesa, meus amigos estavam todos lá, SeHun e LuHan de mãos dadas conversavam com SuHo, já que Kai parecia alheio e contente demais com um papelzinho em mãos. Interrompi a conversa apresentando BaekHyun, que logo se enturmou com o restante do grupo. Ele era animado e conversava sobre tudo, contando suas experiências por ter morado fora do país por dois longos anos.

 

Mal percebi o tempo passar, a companhia de BaekHyun era verdadeiramente bem-vinda, nós bebíamos e ríamos de qualquer coisa pois já passava da meia-noite e a bebida já fazia efeito no sistema nervoso de todos. “Vamos dançar”, Kai falou risonho, foi o primeiro a se levantar levando todos consigo para a pista de dança.

 

O movimento parecia ter dobrado, era necessário se espremer para chegar até a pista, eram dois DJs que comandavam a festa. Logo era o ritmo da música que movimentava meu corpo, meu cérebro parecia ter se desligado daquele plano, o efeito da bebida corria por minhas veias e de olhos fechados só queria prolongar aquele momento.

 

Quando senti duas mãos em minha nuca, deixei me levar, elas exerciam uma pressão agradável em meu pescoço, não ligava de ser puxado cada vez mais para baixo e ao abrir os olhos e deparar-se com as bochechas coradas de BaekHyun simplesmente deixei a música fluir sobre meus pensamentos. Meu corpo já estava colado ao do menor, nos movimentávamos em sincronia e uma fina camada de suor banhava sua testa. A respiração descompassada do meu parceiro de dança parecia seguir o ritmo da minha, e um perfume adocicado que desprendia da pele de BaekHyun só entorpecia mais o momento.

 

Poderia beijá-lo ali mesmo.

 

Foi o que fiz.

 

Não existia mais casamento, não existia mais música, não existia mais nada.

 

Apenas seus lábios colados aos meus, eu tomava a boca pequena de forma possessiva, sugando sua língua para dentro minha própria boca. Se pudesse descrever diria que era o mesmo que beijar uma nuvem, tão macia que a qualquer momento poderia desmanchar em meio ao beijo. Minhas mãos já percorriam o corpo também pequeno, queria trazer BaekHyun o mais próximo de mim possível, como se meu corpo pudesse se juntar ao dele.

 

Os acontecimentos a partir de então passaram como flashes em minha mente.

 

Deixamos a boate assim que nos desgrudamos, rindo alto andando pelas ruas quase adormecidas de Seul. Ele garantiu que o apartamento do tal amigo ficava apenas algumas quadras da boate, o que não era mentira, pois em um piscar de olhos já estávamos aos beijos dentro de um elevador.

 

Aquela era a maior loucura de toda minha vida, como se tivesse dois caminhos a seguir e escolhesse o mais perigoso, mas o que eu poderia fazer se justo o caminho errado terminava na boca dele? Quando o elevador abriu ele seguiu até um dos apartamentos, número 28 para ser exato, ele ria enquanto tateava os bolsos da calça em busca das chaves, porque eu muito impaciente distribuía suaves beijos em seu pescoço. Quando a porta finalmente abriu me deparei com a escuridão do local, mal reparando do lugar, só queria saber onde ficava a cama mais próxima e ele também.

 

Ele era a criatura mais curiosa que já conheci, fechou o apartamento as pressas e ali na sala começou a tirar seus sapatos, ri ainda tonto pela bebida e fiz o mesmo, ao terminar vi que ele já tentava se livrar das próprias calças. “Vai com calma”, sussurrei em seu ouvido, jogando seu corpo sem a menor gentileza contra a parede, ele gemeu de dor devido ao impacto e com leves beijos em sua bochecha pedi desculpas. Ele não se importou, me envolveu novamente pelo pescoço, roçando a pele exposta de seu peito contra a camisa que eu ainda vestia.

 

Levei minhas mãos até suas coxas, pegando firme e afundando meus dedos em sua carne, levantei seu corpo o suficiente para ele envolver suas pernas na minha cintura, a pressão que aquela posição exercia poderia me fazer gozar ali mesmo, pois ele subia e descia com o corpo, se esfregando em mim apenas por provocação. Perguntei onde ficava o quarto, ele apontou para o corredor, era tão leve que não foi um sacrifício leva-lo até lá.

 

A cama era enorme, reparando um pouco mais no lugar perguntei quando o amigo dele voltaria, ele riu e disse que o tal amigo devia estar em uma situação melhor do que a nossa, então apenas segui com o plano de provar sua pele até minha sanidade se esgotar. Joguei BaekHyun no colchão que se esparramou e deixou o espaço necessário para o meu corpo se encaixar no dele.

 

Minha boca procurava a sua com urgência, não queria dar espaço para ele respirar, pois cada vez que gemia dentro da minha boca eu provava um pedacinho do céu. Ele só conseguiu se livrar da minha camisa depois de muita insistência, seus dedos trêmulos exploravam minha pele conforme um botão ficava para trás, aquilo causava um arrepio desde a base da minha coluna até a nuca.

 

Mas todo aquele descontrole não era só meu, enxergava claramente o desespero nos olhos dele, conforme arranhava minha barriga com as unhas curtas e descia as mãos atrevidas até o cós da calça. Fiquei de joelhos na cama e ele se sentou, o hálito quente da sua boca acariciava a região do meu umbigo, pequenos beijos foram distribuídos ali, mas seu olhar parecia arrancar um pedaço de mim.

 

Aproveitei a posição para desabotoar sua calça, descer o zíper e deixá-lo como veio ao mundo, tirando tudo de uma vez. Ele encolheu as pernas, na primeira reação de timidez ao meu toque, o que o deixava ainda mais adorável. Desci até a ponta da cama, para retornar em seguida trilhando um caminho de beijos pelo seu corpo, até chegar na virilha onde fiz questão de demorar. Quando parava para observar suas reações era como degustar da comida ofertada aos deuses, os músculos tensos, o corpo estirado na cama que tremia a cada beijo, os olhos fechados como se ele buscasse forças para continuar ali.

 

Pela primeira vez desejei o corpo masculino, firme, sem as curvas características de uma mulher, o peito reto sem as saliências de um par de seios e claro, a anatomia masculina que conhecia melhor do que ninguém. Era loucura e eu sabia disso. Mas o poder que aquele garoto exerceu em mim desde o primeiro instante, quebrou qualquer barreira que tentasse impor contra aquilo.

 

O desejo de tê-lo em meus braços era maior do que a sociedade julgava ser errado.

 

- Me deixe mostrar o que eu aprendi fora da Coreia. – Ele disse já sem fôlego, mudando de posição e ficando por cima.

 

Eu apenas relaxei e tive a visão do seu corpo sem imperfeições sobre o meu, seus olhos brilhavam em um misto de excitação e ansiedade, e eu apenas acompanhava seus movimentos. Foi quando percebeu o poder que tinha sobre mim, apenas um centímetro que seu corpo se moveu e gemi, alto e sonoramente. Ele riu e voltou a se mexer em meu colo, minha calça se tornando cada vez mais incomoda, não foi difícil ele notar, porque logo fiquei nu, assim como ele.

 

Se soubesse quem eram os pais dele eu agradeceria, todo dinheiro investido nos estudos do garoto valeram muito a pena. Sua língua me envolvia de uma forma que jurei nunca mais reclamar da vida que levava, era perfeito, ele sabia proporcionar prazer como ninguém, sabia exatamente como deslizar aquela maldita língua e pela milésima vez eu achei que gozaria antes da hora. Quando ele mordeu minha coxa foi o meu limite.

 

O trouxe para mim novamente, erguendo meu tronco e deixando ele sentado no meu colo sem nenhuma roupa para impedir um contato ainda mais íntimo, o efeito da bebida parecia deixar tudo em câmera lenta, ou eram seus gemidos que deixavam minha visão nublada, pois eles entravam pelos ouvidos e faziam meu sistema nervoso entrar em colapso.

 

Beijei sua boca, seu pescoço, seus ombros... Desci para os mamilos o que quase o fez derreter em meus braços. Toquei todos os pontos do seu corpo e da sua alma. O preparei com cuidado, indo no ritmo que ele queria e o tomei de uma só vez após colocar a proteção necessária.

 

Ele pediu calma. Eu atendi seu pedido. Ele pediu para trocarmos de posição. Eu deixei seu corpo estendido e relaxado na enorme cama. Ele pediu um beijo em meio ao clímax. Eu o beijei.

 

Ele foi meu.

 

E eu fui dele.

 

Já era sábado quando adormecemos, mas o céu ainda estava banhado por pequenos pontos de luz.

 

Deixaria as consequências para quando amanhecesse.

 

E o destino mudava ali o resto dos meus dias.


Notas Finais


Bom, quem ainda se lembra do primeiro capítulo?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...