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História Realidade Paralela - Segredo.


Escrita por: _Mag

Capítulo 2 - Segredo.


Meu cérebro parecia desintegrado, como se fosse batido em um liquidificador, meu corpo inteiro doía e minha boca estava seca. Sintomas da bela ressaca que me dominava. Até o colchão parecia mais duro do que ele era normalmente, mas pelo menos a cama estava quente e um suave perfume desprendia do cabelo da minha noiva.

Foi então que percebi que aquele não era o meu colchão, e aquele perfume não era dela.

Era dele.

Abri os olhos lentamente, acostumando com a luz que invadia o quarto pela janela, olhando para o teto amarelado como se fosse a visão mais interessante do mundo. Um peso desconhecido repousava sobre o meu corpo, a respiração leve fazia cócegas em meu peito nu e o emaranhado de fios negros cobria o rosto angelical. Estava tentando evitar aquele momento desde que percebi onde estava, ou seja, desde segundos atrás.

Eu era um canalha e sabia disso.

Enquanto minha noiva estava toda atarefada com os preparativos do casamento, eu estava ali, deitado em uma cama, praticamente zelando o sono do meu amante de uma noite. O namoro de um ano e o noivado de alguns meses se foram com alguns copos de cerveja. E aquele garoto aninhado em meus braços era a prova do crime.

Não queria imaginar a minha punição.

Ela me mataria. Não. Ela me torturaria até eu pedir para morrer.

Ou talvez faria algo que me machucasse ainda mais. Eu veria seu lindo rosto banhado em lágrimas e a pergunta “por que?” saindo trêmula entre seus lábios avermelhados. Não existiria mais casamento, não existiria mais nada.

- Bom dia. – Uma voz doce invadiu meus devaneios, não respondi, tentando ignorar que aquilo era real.

Só uma questão de tempo e acordaria daquele pesadelo.

Ou não.

- Eu sou um homem morto! – Gritei pulando da cama, deixando o garoto confuso para trás.

Minhas roupas estavam espalhadas pelo apartamento, junto com as roupas dele. Segui peça por peça e fui vestindo sem olhar direito o que fazia, poderia colocar a calça no lugar da camisa e não faria a menor diferença. Minha cabeça latejava de dor. Depois de devidamente vestido procurei o analgésico em meu bolso, quase ajoelhando e agradecendo quando o encontrei. Segui até a cozinha, tropeçando nos meus próprios pés, enchi um copo de água da torneira mesmo e bebi o remédio de uma vez. O relógio na parede marcava exatamente duas horas da tarde, minha situação era pior do que imaginava.

- Tudo bem com você? – Ele surgiu na sala, me observando de longe como se eu fosse perigoso.

Talvez fosse.

Seu corpo magro estava enrolado precariamente no mesmo lençol em que dormimos juntos, partes de seu ombro e peito estavam expostas, então entendi a razão do meu descontrole na noite passada, isso porque ele ficava ainda mais lindo ao natural. Senti vontade de jogá-lo ali mesmo no chão e repetir tudo que fizemos durante a madrugada. Só de imaginar que ele não usava nada além daquele lençol me faria jogar tudo para o alto novamente e sentir sua pele pela última vez.

- Eu cometi um erro. – Tratei logo de esclarecer a situação, não aguentava mais nenhum segundo dentro daquele apartamento. – Não foi sua culpa, ok? Eu fui um idiota, me desculpe.

- Não estou entendendo, aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou levemente atordoado, por um segundo vi uma expressão de tristeza em seu olhar.

- Não, não aconteceu nada. – Fui claro. – Essa noite que passamos juntos foi um grande mau entendido. – Suspirei, levando uma de minhas mãos até a nuca, quase arrancando os fios de cabelo da região de tão nervoso. – Eu vou me casar daqui uma semana, céus era minha despedida de solteiro...

Ele pareceu se abalar com aquilo, pois deu um passo para trás quando disse a verdade.

- É, não aconteceu nada. – Riu forçado, se aproximando. – Eu não estava esperando nada mesmo... Não se preocupe Seul é grande, não voltaremos a nos cruzar tão cedo. – Disse amargo ao chegar à cozinha.

Apenas o olhei e assenti, ele não era culpado pela minha fraqueza. Talvez uma pequena parcela de culpa fosse sua, ele era lindo e eu não conseguia negar aquilo com ele bem diante dos meus olhos. Abaixei a cabeça admirando meus pés, não tinha coragem de olhá-lo, pois cada vez que o fazia seus gemidos pareciam ecoar em minha mente. Tudo que vivi em apenas uma noite parecia ter sido marcado a ferro em minha alma.

Quando estava prestes a sair dali ele me puxou. Fiquei parado frente a frente com ele, que só sorriu fraco e na ponta dos pés alcançou meus lábios em um beijo de despedida, de boca fechada, mas só um toque quase me desestruturou novamente.

- Adeus, feche a porta quando sair. – Ele sussurrou e da mesma forma que surgiu em minha vida se foi.

O corpo alvo arrastando o lençol de volta para o quarto foi a última coisa que vi antes de sair do apartamento.

x-x-x

Meu celular marcava vinte ligações perdidas, quinze mensagens de texto e uma mensagem de voz. As ligações era uma mistura da minha mãe e da minha noiva, ambas desesperadas atrás de mim, as mensagens eram também da minha noiva e de todos os meus amigos e a mensagem de voz era do SuHo.

Resolvi começar ligando para minha mãe, descobrindo que eu já possuía uma desculpa inventada brilhantemente por SeHun, se fosse o Kai o santo iria desconfiar, mas o “caçula” do grupo inventou a boa e velha desculpa de que eu estava dormindo na casa dele, complemente bêbado para voltar para casa. Preferia me passar por bêbado do que ser descoberto.

Depois ouvi a mensagem de voz do meu amigo mais velho.

“O que deu em você ChanYeol? E se algum conhecido da YunHa estivesse lá? Você tem noção do que aconteceu? Você beijou um cara em uma das boates mais conhecidas de Seul! E para piorar sumiu com ele em seguida, com um completo desconhecido! Assim que ouvir a mensagem me ligue, entendeu? Mas entendeu mesmo? Só espero que essa besteira tenha conserto.”

 

Pelo seu tom alterado eu estava com sérios problemas. Nunca em cinco anos de amizade ouvi sua voz dar tantos picos de raiva, meu ouvido chegava a zumbir de tão alto que ele gritava na mensagem.

Conheci SuHo no primeiro ano de faculdade, ele tinha esse apelido por ser o guardião do grupo, estudamos direito juntos e no segundo ano do curso conhecemos JongIn e SeHun, desde então somos inseparáveis. O LuHan veio de brinde por namorar um de nós, mas ele sempre foi considerado “de casa”. Acho que se pudesse descrever tudo que vivemos durante os anos de faculdade, eu poderia escrever um livro.

E minha noiva?

Ainda era inverno quando a vi pela primeira vez, a pele branca como a neve, os olhos pequenos e expressivos, o cabelo preto caía como uma cascata de fios negros em suas costas. Eu era um dos caras mais famosos da faculdade, conhecido por namorar várias garotas, mas com ela foi diferente, acho que aquilo que chamam de amor à primeira vista. Foi uma questão de tempo para começarmos a namorar, e a estória do noivado surgiu assim que nossos pais se conheceram. Acho que o amor à primeira vista também foi deles.

A família dela por ser muito conhecida fez com que YunHa caísse nas graças da minha mãe, me lembro dos discursos de domingo em que minha mãe dizia “essa garota é para casar”. Não poderia ser diferente, nutridos pela paixão e incentivados pelas famílias enxergamos no matrimônio a melhor forma de demonstrar o quanto nos amávamos.

Até ontem tinha essa certeza.

Resolvi conferir as mensagens.

Algumas eram da YunHa preocupada com o fato de eu ter desaparecido, mas ligaria para ela depois, o restante era dos meus amigos.

“Hyung, você beijou um cara! Kekeke quero detalhes depois! – Kai.”

 

“ChanYeol, não esquece de me ligar. – SuHo.”

 

“Não, é sério... Você precisava estar lá pra ver você beijando um cara! Achei que só eu fosse gay no grupo – Kai”

 

“Ah, o SeHun e o LuHan não contam, eles são praticamente casados. – Kai”

 

“Tive que inventar uma desculpa para sua mãe. Você está encrencado. – SeHun”

 

“LuHan disse que o tal BaekHyun é mais simpático que a YunHa... – SeHun”

 

“Hyung, você ainda vai se casar? Ou agora você joga mesmo no outro time? – Kai”

 

“Hyung... Já me desejou também? – Kai.”

 

Suspirei derrotado, ainda em frente ao prédio onde passei a noite. Olhei para ele pela última vez em uma despedida muda e peguei um táxi direto para casa do meu melhor amigo. No meio do caminho liguei para YunHa e esclareci tudo, usando a mesma desculpa utilizada anteriormente com a minha mãe.

Eu havia cometido um erro, mas nunca mais aquilo iria se repetir. Eu a amava, nós casaríamos no próximo sábado e tudo ficaria bem.

x-x-x

JoonMyun caminhava de um lado para o outro, mais alguns passos e o chão ficaria gasto. Quem sabe se um buraco se abrisse ali não poderia me enfiar nele? Eu estava pronto para receber o mais duro dos sermões, minha cabeça doía e ele me obrigou a tomar uma xícara de café forte. Estávamos em sua casa, mas precisamente na cozinha, enquanto eu bebericava o líquido preto, SuHo parecia pensar na melhor forma de dizer que eu era um idiota.

- Você é um idiota. – Foi direto. – Quando eu disse para “dar em cima de alguém” não era para realmente para fazer isso! Praticamente jogou seu casamento no lixo!

- Eu ainda vou me casar. – Respondi, sem ter coragem para olhá-lo. – Foi um engano, eu amo a YunHa e vou me casar com ela.

- Ama mesmo? – Ele perguntou, me olhando no fundo dos olhos como se buscasse a resposta na minha alma.

Ele tinha esse dom de me ver como um livro aberto.

- Amo, foi só um deslize. – Choraminguei porque ele parecia me odiar naquele momento.

- Desde quando?

- Desde quando o que? – Retornei com outra pergunta sem entender.

- Desde quando você se interessa por homens? – Ele perguntou sério. – Em cinco anos você demonstrou ser totalmente hétero, agora faltando uma semana para o seu casamento você faz isso? Se você quer desistir não resta muito tempo...

Então era isso? Ele achava que eu estava confuso em relação a minha sexualidade? Disso não tinha dúvidas, eu sempre amei o corpo feminino, sempre me senti atraído somente por mulheres. Não era sobre minha sexualidade ou não. Era sobre meu erro. Porque em uma noite eu passei de “o vírus feliz” – como era conhecido na faculdade – para o “canalha da boate”, tinha feito a maior besteira da minha vida e ele me vinha com esse papo de ser gay?

- Eu não me interesso. – Respondi, terminando meu café amargo em uma careta. – Foi apenas por uma noite. Eu nunca mais vou ver ele novamente, foi só sexo.

Ao ouvir a palavra “sexo” a cara do meu melhor amigo se tornou um misto de surpresa e raiva.

- Sexo? Sexo!? – Ele praticamente gritou. – Ah, óbvio... Você passou a noite fora com um desconhecido, vocês não iriam ficar jogando cartas de madrugada. – Levou uma de suas mãos a testa, no sinal mais claro de nervosismo. – Usaram camisinha?

- É claro que usei né. – Elevei o tom de voz. – Eu não sou mais criança, SuHo!

- Eu sei, eu sei... – Ele se sentou e me encarou, com aquele semblante de mãe preocupada que todos conheciam bem. – Mas transar com um homem é diferente, para um hétero convicto essa possibilidade é vista como uma aberração. E você está aí todo tranquilo, entende?

Eu assenti, claro que aquilo me assustava de alguma forma. Mas na hora, quando estávamos a sós, apenas segui meus instintos, eles diziam para beijar BaekHyun até que o ar faltasse. Foi uma espécie de desejo incontrolável.

- Não sinto atração por homens, foi apenas por ele. – Expliquei, mas vendo assim tudo parecia mais absurdo. – Eu estava bêbado também, me dê um desconto. – Pedi como uma criança mimada, afundando a cabeça entre meus braços.

- E ele, o que o BaekHyun disse sobre tudo isso?

- Ah, ele entendeu. – Respondi sem muita certeza. – Eu nem conheço ele direito, não é como se fizesse alguma diferença.

Queria eu estar certo sobre isso.

- Você não é assim ChanYeol, você não usa as pessoas como se elas fossem descartáveis. – SuHo me repreendeu, mas ele tinha razão.

Sempre me importei com todos ao meu redor, a pose de indiferente foi sempre uma máscara, mas no fundo era fácil se aproximar de mim. Talvez fosse por esse motivo que a expressão triste que vi no rosto daquele garoto tivesse me marcado tanto. Mas ele não esperava alguma consideração da minha parte, esperava?

É claro que esperava, seria o mínimo depois de ter transado com ele. Por mais que sexo fosse banalizado nos dias atuais, não deixava de ser um contato íntimo, eu usei do seu corpo para o meu prazer egoísta e ele apenas se entregou no desejo que também estava sentido.

Porém o estrago já estava feito, era esquecer e seguir adiante.

- Quando você vai ver a YunHa? – SuHo rompeu o silêncio com a sua voz calma.

- Amanhã, o irmão dela voltou esses dias e eu ainda não conheço o meu “cunhadinho”. – Ironizei no final, mal lembrava o nome do garoto, era péssimo com nomes e também nunca o vi. – Jantar em família.

- Ah, você comentou sobre isso. – SuHo disse pensativo. – Imagina se o garoto for uma peste? – Riu, se levantando em direção a geladeira. – Quer comer alguma coisa? Deve estar de estômago vazio até agora.

- Achei que nunca iria perguntar! – Estava morrendo de fome, já era quase quatro horas da tarde. – Ela me disse a idade dele, mas eu não lembro. – Dei de ombros. – O que tem de gostoso aí? – Perguntei já me aproximando, quase me enfiando dentro da geladeira.

SuHo preparou um sanduíche reforçado e me servi a vontade de suco, passamos o resto da tarde conversando, ou melhor, ele apenas falava e eu concordava com a cabeça.

Eu precisava de um banho, precisava dormir e precisava esquecer noite passada.

x-x-x

O domingo amanheceu mais ensolarado que o necessário, era uma ironia o dia estar lindo comparado ao meu péssimo humor. Ainda me sentia culpado, e a vida me sorrindo em sinal de boa vontade parecia ser uma dessas pegadinhas que vemos nos programas de televisão. O café da manhã estava reforçado, minha mãe mais amorosa do que nunca e meu pai fazia planos sobre minha carreira no escritório, e ainda disse que eu só precisava aparecer lá amanhã, porque afinal iria me casar no sábado e merecia a semana de folga.

Ótimo, eu não merecia nada disso.

Não que fosse um péssimo funcionário, pelo contrário, mas... Qualquer coisa que fosse relacionado ao casamento estava me deixando tenso naquele dia. Como se eu pudesse ser descoberto em um piscar de olhos e tudo desmoronasse ao meu redor.

O almoço também foi em família, também estava delicioso. Minha mãe em uma dessas buscas que ela faz na internet por receitas novas tinha achado uma receita deliciosa, o macarrão italiano era tão bom que quase lambi o molho do prato, e ela costumava errar nessas receitas, ou seja, minha preocupação só aumentava.

Tudo em perfeita harmonia significava que o dia terminaria de uma forma nem um pouco agradável.

Começando quando resolvi tirar um cochilo pela tarde e fui acordado meia hora depois com Kai em cima de mim fazendo um monte de perguntas. Ele queria saber todos os detalhes da minha “pulada de cerca”, quando eu digo todos são todos mesmo. Claro que não contei nada, ou melhor, contei o mínimo possível porque ele era ótimo em aumentar e fantasiar as coisas. Kai estava encantado com a possibilidade de eu ser gay, tinha listado várias coisas “de gays” para fazermos juntos, com o argumento de que ele se sentia sozinho já que SeHun e LuHan viviam em seu próprio mundo gay.

A lista incluía várias boates, idas ao shopping, e um curso sobre bolsas de grife. E não, ele não era nem um pouco afeminado. Então tentei explicar que ele não se encaixava naquele perfil, que era melhor continuar sendo o velho Jongin de sempre, e por um milagre ele entendeu. Kai se encaixa no que consideramos sexy, seu tom de pele mais escuro, seu sorriso fácil e o jeito de se vestir, o que não sabia era que seu charme era natural, porque no fundo ele na maioria das vezes era inocente e seu sorriso fácil se transformava em um sorriso ingênuo e em relação aos estudos Kai era dotado de uma seriedade que causava inveja até mesmo em SuHo.

Apesar de SeHun ser o mais novo, nós sempre mimamos e tratamos Kai como uma criança, mas no fundo o trio mais velho sempre se rendia aos caprichos dos dois.

Ele só foi embora quando começava a escurecer, o que foi a minha deixa para tomar um banho e me arrumar para o jantar com minha futura família.

x-x-x

Como sempre fui uma pessoa pontual, oito e meia e eu já estava cruzando a esquina da rua onde YunHa morava com os pais, os vinte minutos calculados da minha casa até a dela foram certeiros. Oito e trinta e dois, o barulho da campainha ecoava pela casa, para em seguida a porta ser aberta e eu ser recebido por um abraço caloroso.

Acho que nunca dei um abraço tão apertado como aquele, regado de arrependimento e até mesmo saudade, era um idiota por ter ficado balançado por uma única noite com um desconhecido, era irracional pensar que um pequeno deslize abalaria meu casamento. O cheiro de rosas do shampoo de YunHa comprovava que aquele era o meu lugar, estava arrependido até o fundo de minha alma, ela era simplesmente a mulher mais linda desse mundo, e eu o homem mais sortudo por ela me amar.

- Senti saudades. – Ela murmurou contra minha orelha, para em seguida me afastar para entrelaçar nossos dedos e me guiar pela casa.

Seus pais estavam sentados no sofá me esperando. A casa era enorme, quase uma mansão. Os cumprimentei e olhei em volta, nem sinal do tal irmão dela, deveria ser um desses moleques que torram a grana dos pais no estrangeiro para estudar e no fim voltam mais burros do que antes.

Ou aprendem o melhor sexo oral do mundo.

Descendo as escadas lá estava ele.

BaekHyun.

- Oppa, você demorou. – YunHa ditou melodiosa, se referindo ao irmão.

Eu pisquei várias vezes, tentando assimilar o que meus olhos estavam enxergando. Ele também pareceu surpreso, porque simplesmente travou no meio da escada, precisando se apoiar no corrimão para não desabar ali mesmo. Vi ele engolir seco, em uma mistura de espanto e desespero. Eu no mesmo estado soltei a mão de YunHa sem perceber, porque logo ela também subia as escadas para arrastá-lo até mim.

- Oppa, quero que conheça o meu noivo. – Ela sorria abertamente, quase empurrando o irmão em minha direção, ele parecia travado, pois mal se mexia.

- Baek-Baek-BaekHyun... – Gaguejou e estendeu a mão, tentando se manter firme.

No segundo seguinte após sua voz sair trêmula entre os lábios, lembrei o quanto ele era bonito.

- Park ChanYeol. – Respondi, aceitando o aperto de mão.

Não sabia se era a minha ou a mão dele que estava tão gelada, meus dedos formigaram pelo contato e aquela cena patética parecia um pesadelo.

Seul era grande, como ele mesmo disse.

Mas não era grande o suficiente para nós e nosso pequeno segredo.



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