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História Realidade Paralela - Aprisionado.


Escrita por: _Mag

Capítulo 3 - Aprisionado.


Eu sentia inveja do prato principal do jantar, queria estar ali, picado em mil pedaços e servido com molho apimentado, com direito a rodelinhas de tomate e tudo. Não conseguia engolir a comida, enquanto minha noiva falava animadamente de todos os detalhes do casamento, desde a decoração até o enfeite do bolo. Ela queria que fosse perfeito, como nos filmes americanos que tanto gostava.

Será que nos filmes o noivo também transava com o irmão da noiva?

Por falar nele, estava mudo como uma estátua, bem na cadeira da frente. Não poderia ter sido tão azarado a ponto de ficar frente a frente com ele tão cedo, realmente acreditei que jamais iria vê-lo novamente. Já estava até mesmo tranquilo, iria levar aquele segredo comigo, ficaria preso a mim como uma alma gêmea, e negaria até a morte caso me perguntassem alguma coisa.

Só que ele seria meu cunhadinho em poucos dias, voltou a morar na Coreia depois de dois anos, e por mais que evitasse vê-lo, por mais que inventasse desculpas, a convivência seria impossível de evitar. YunHa sempre falava dele com muito orgulho, eu notava o quanto ela amava o irmão só pelas suas narrações, que não prestava a mínima atenção, aliás. Agora conhecia o irmãozinho querido bem mais a fundo do que deveria, poderia descrever todas as suas expressões em meio ao orgasmo, e poderia passar horas comentando o quanto ele era fofo enrolado em um lençol branco.

Olhando de vez em quando em sua direção, percebi que ele mordia o lábio inferior, como se controlasse para não desabar ali mesmo. Era claro seu olhar triste em relação a irmã, imaginava tudo que se passava na cabeça dele, porque era o mesmo que se passava na minha. O sentimento de culpa pairava sobre a mesa e apenas nós dois notávamos aquilo, porque a culpa era nossa afinal. Ele olhava na minha direção também, seu olhar se perdia em meu rosto e em seguida ele abaixava a cabeça envergonhando, olhando fixamente para a comida quase intocada do seu prato.

Quando acabamos de comer respirei aliviado, me oferecendo para ir buscar o sorvete na geladeira enquanto levava os pratos para a cozinha com a minha noiva, sabia que ela queria falar algo, porque ficou inquieta em parte do jantar.

- Você não gostou dele? – Perguntou mordendo o lábio inferior, em um gesto idêntico ao irmão.

A semelhança entre eles era óbvia. A mesma cor de cabelo, o mesmo tom de pele, e aparentemente as mesmas manias, me assustei ao pensar que me casaria com uma cópia feminina dele.

- Claro que gostei, ele é seu irmão. – Afirmei, e aquilo tinha um fundo de verdade que ela não poderia sequer sonhar que existia. – Só achei ele um pouco quieto.

- Isso que estou estranhando. – Ela comentou pensativa. – A boca dele só falta cair de tanto que ele fala!

“E que boca”, pensei enquanto tirava o sorvete do congelador. Agradecendo mentalmente pela sobremesa ser algo gelado.

Comemos a sobremesa em silêncio, o que foi estranho.

Depois os pais da YunHa decidiram subir, deixando os “jovens” a sós para conversar. O que para mim era um martírio, ficar no mesmo ambiente que BaekHyun era sufocante, seria impossível não lembrar da noite em que o fiz meu. Ele parecia se sentir duas vezes pior, o laço sanguíneo era dele, a traição no seu caso era dupla, mesmo que não tenha sido algo planejado tinha acontecido de uma forma ou de outra, e nós não poderíamos voltar no tempo para corrigir aquilo.

Teria que dar um jeito de corrigir o meu erro no presente.

Sentei no sofá de dois lugares da aconchegante sala, esperando que YunHa se sentasse comigo, mas para minha total surpresa ela empurrou BaekHyun em minha direção, e seu corpo caiu mole, quase sem vida ao meu lado. Ele ficou quieto devido ao choque de estar tão próximo novamente, e não nego que sentir seu perfume me deixou um pouco desnorteado.

- Vocês dois precisam conversar! – YunHa explicou. – Não quero que meu noivo e meu irmão sejam completos estranhos. – Disse com um sorriso doce característico.

Existia uma forca bem na minha frente, e eu estava sendo empurrado até ela.

- O seu noivo deve querer ficar a sós com você. – Ele disse baixo.

- O Yeollie ficará comigo todos os dias a partir de semana que vem. – A alegria dela quase cortou o ar com aquela frase. – Então queria que vocês se tornassem amigos até lá.

Eu sorri sem graça com aquele pedido, olhei rapidamente para ele e vi o quanto as palavras de YunHa o machucaram. Começava a ficar perigoso demais o rumo da conversa.

- Seu irmão tem seus próprios amigos, não precisa obrigar o garoto a me aturar. – Disse divertido, mas por dentro queria morrer.

- Eu sei! – Exclamou. – É que vocês são os “homens” da minha vida, entende? – Ela disse amorosa.

Me senti um lixo e ele se afundou no sofá. Parecia que quanto mais YunHa falava, mais culpa nós tínhamos, o que não era mentira. Se sexo tinha suas consequências aquela era a pior delas, me sentia sujo na presença dela, me sentia sujo na presença dos dois. Porque eu tinha uma noiva, ele não. Deveria ter controlado os meus instintos, ter sido no mínimo fiel a minha futura esposa.  Mas não, fui baixo, fui infiel, um completo canalha que agora sofria da pior maneira.

- O que você vai fazer amanhã? – YunHa perguntou de repente.

- Vou ao escritório pela manhã, por que? – Indaguei curioso. – Quer almoçar comigo?

- Não, mas o Oppa quer. – Respondeu, dando um cutucão no irmão.

- Eu? Não, eu não falei nada disso! – Ele pareceu voltar a realidade por um instante. – Eu não posso ir almoçar com o seu noivo.

- Sim, e acabo de me lembrar que marquei com o SuHo e os outros para almoçarmos juntos onde o LuHan é chefe. – Inventei uma desculpa qualquer.

YunHa cruzou os braços, percebendo meu desconforto, o que era motivo suficiente para ela insistir no assunto.

- E depois Yeollie, o que vai fazer? – Perguntou novamente, lançando um olhar desconfiado em minha direção.

- Nada. – Suspirei, respondendo aquilo que ela queria ouvir.

- Que bom! – YunHa bateu palmas animada, finalmente conseguindo o que queria. – Venha buscar o Oppa depois do trabalho então.

- Não! – Ele se levantou de repente, como se estivesse assustado com algo. – Eu não quero incomodar. – Disse de cabeça baixa.

- Você não gostou dele? – Ela fez a mesma pergunta da cozinha, só que dessa vez para o irmão.

- Eu gostei. – Respondeu, o que me fez engolir seco pela ambiguidade da resposta. – Mas o ChanYeol é um homem ocupado, não é? – Assenti. – Viu, é melhor deixar para outro dia.

- Algo me diz que vocês dois estão se evitando. – Mulheres e o maldito sexto sentido.

- Não, claro que não! – Tratei logo de esclarecer. – Cinco horas eu passo aqui, ok? Esse meninão deve estar com saudades de Seul. – Forcei uma risada, totalmente constrangido pela situação, levantando e afagando os cabelos do meu cunhado em desespero.

Aquilo pareceu acalmar YunHa, se não bastasse a situação quase enlouquecedora de me reencontrar com BaekHyun, agora seríamos obrigados a fazer um verdadeiro teatro na frente dela. Uma aproximação era tudo que menos esperava, eu não queria conhecê-lo melhor, não queria saber seus gostos, seus anseios, suas fraquezas... Eu preferia ter a imagem do seu sorriso malicioso durante o sexo, não de um sorriso tímido como o que ele deu antes de se despedir de mim e de YunHa e subir para o quarto em seguida.

Mas antes de sumir pelas escadas ele lançou um olhar em minha direção, que dizia claramente que precisávamos conversar.

Fiquei mais um pouco na sala, conversando com YunHa sobre o casamento, e por tudo que é mais sagrado ela não tocou no nome do irmão durante a conversa, o que eu agradeci mentalmente.

Chegando em casa eu só queria dormir e esquecer os últimos dias da minha vida.

x-x-x

Levados pela brisa ao seu mundo.

Eu vou bem perto de você.

E você me pergunta de onde eu vim.

Você me perguntou inocentemente, então eu respondi que era segredo.

Porque se nós apenas andarmos juntos assim...

Onde quer que formos, será o paraíso.

Abri os olhos com uma voz doce ecoando em minha mente, como se o sonho de segundos atrás continuasse comigo mesmo acordado. Não dava para ver muita coisa, apenas uma luz muito forte, que parecia cuidar de mim em um momento de fraqueza, a voz cantava uma melodia suave, tanto que levantei mais disposto da cama.

Pronto ou não, teria um dia longo para enfrentar.

Tomei café com meus pais e peguei uma carona para o escritório, desde que me formei trabalhava com meu pai, que era minha maior fonte de inspiração e um ótimo profissional, tanto que seguir seus passos era meu maior objetivo. Quem sabe um dia chegaria tão longe quanto ele, famoso por vencer causas praticamente perdidas. Durante o caminho não desgrudei os olhos da tela do celular, mandei mensagens para os meus amigos, convocando todos eles para uma reunião urgente na hora do almoço.

SuHo trabalhava comigo, ao chegar no escritório ele já estava na nossa sala. Ele não conseguiu o cargo apenas por ser meu amigo, suas notas eram as melhores entre todos os alunos que se formaram com a gente, meu pai na verdade via mais futuro nele do que em mim, mesmo que eu amasse muito a profissão. SuHo era mais centrado, firme e cauteloso, eu era totalmente impulsivo.

- Bom dia. – Disse assim que cheguei, sentando na minha cadeira de rodinhas, virando meu corpo em direção à janela que ocupava praticamente uma parede inteira da nossa sala. – Recebeu minha mensagem?

- Recebi. – Ele respondeu, sentia seus olhos sobre mim mesmo estando de costas para ele. – Como você está?

- Péssimo. – Disse sincero. – Eu não esperava encontrá-lo tão cedo... – Não sabia se aquela frase era para eu mesmo ou para ele.

- Então se concentra no trabalho porque temos muito a fazer. – Ele respondeu naquele tom calmo típico. – Na hora do almoço conversamos sobre isso, você precisa se focar em outra coisa que não seja seu casamento.

Ele tinha razão, como sempre. Passamos a manhã inteira revisando os relatórios dos processos dos últimos três meses, parava apenas para observar Seul pela janela, tudo lá fora parecia tão simples comparado a tudo que estava vivendo. Ficávamos no sétimo andar de um prédio comercial do centro, uma ótima localização por sinal.

Em um clima mais ameno consegui realizar parte do trabalho naquela manhã. Na hora do almoço descemos para almoçarmos no restaurante que ficava do outro lado da rua, era onde LuHan trabalhava como chefe de cozinha, ele era brilhante no que fazia, quando conheci SeHun os dois já namoravam e LuHan cursava gastronomia. Ele se formou um ano antes de mim porque estava adiantado, quem olhasse para o seu rosto sereno nunca diria que ele poderia ter a mesma idade que SuHo e eu, mas por incrível que pareça ele tinha.

Ao chegarmos lá Kai já almoçava, ele nunca esperava por nós. SeHun tinha feito nosso pedido e aguardava pacientemente a nossa chegada, SuHo e eu nos sentamos de frente para eles, e só assim Kai pareceu notar que a mesa ficou mais cheia.

- Hyung, não acredito que você comeu o irmão da noiva! – Disse animado com a boca suja de molho. – A lua de mel é só depois do casamento, e com a sua esposa, não com o irmão dela. – Sim, aquilo era uma bronca.

- Ignore ele, ChanYeol. – SeHun pediu, pegando um guardanapo e limpando o canto da boca do amigo de turma. Eles estavam no último ano de Direito. – Kai não tem noção da gravidade do assunto.

- Hey, eu tenho sim! – Jongin interveio. – Nosso amigo aqui está fo-di-do. – Sibilou a última palavra.

- Ele tem razão. – Concordei no mesmo instante que nossa comida chegava. – Mas vamos comer primeiro, estou morto de fome.

Kai não falou mais nada que me comprometesse, SuHo perguntou como ia o último ano de faculdade deles, o que foi a deixa para ele emendar no assunto, tinha tirado nota máxima na prova sobre o código penal e não perdeu a oportunidade de encher a paciência de SeHun que acabava rindo por causa das provocações tão infantis. Por alguns minutos esqueci do problema que tinha em mãos, mas foi só LuHan chegar perguntando se tínhamos gostado da comida que o assunto voltou.

- E você ChanYeol, o que vai fazer em relação ao seu casamento? – Perguntou em coreano, tão perfeito que jamais diriam que ele era chinês.

- Eu vou me casar, nada mudou. – Expliquei. – YunHa quer que eu saia com o “irmãozinho” dela, vou aproveitar e esclarecer as coisas.

- Você vai ter que sair com ele? – SuHo perguntou preocupado, e eu só assenti. – Acho que evitar qualquer aproximação seria o mais sensato.

- Eu também acho. – Suspirei. – Mas a YunHa insiste e quer que a gente se conheça melhor.

- Mais do que vocês já se conhecem? – Kai perderia a minha amizade, mas não perderia a piada. Então apenas ignorei.

- Eu vou ter que levar o garoto para passear, sendo que ele conhece muito bem Seul e tem quase a minha idade. – Tomei um gole de água para me acalmar. – Vou ter que bancar a babá praticamente.

- Calma, talvez isso seja bom. – SuHo tocou o meu ombro, parecendo estar pensativo. – Talvez você não teria uma oportunidade de ficar a sós com ele, então esclareça tudo e coloque um ponto final nessa estória.

Como sempre meu melhor amigo sabia o que fazer, era melhor enfrentar meus problemas de uma só vez, porque se eles acumulassem poderia perder o controle da situação.

E eu ainda tinha esse controle.

Pelo menos era o que imaginava.

x-x-x

No final da tarde cumpri com o prometido, fui embora com meu pai e tomei um banho rápido, seguindo para a casa de YunHa para pegar BaekHyun para sair. Eu não tinha a mínima ideia de onde o levaria, só sabia que não poderia ser em nenhum lugar que servisse bebida alcoólica.

Eu tinha medo de fazer outra besteira.

Ele já me esperava no portão, vestia uma calça jeans clara e justa demais para minha sanidade, uma camisa branca com detalhes em prata, e o cabelo estava bagunçado e úmido, o que indicava que ele tinha acabado de sair do banho. Eu só fui tirado daquele transe ao ouvir a porta do carro se fechar, ele entrou sem dizer nenhuma palavra e parecia desconfortável demais para puxar assunto.

O cheiro do seu sabonete chegou em minhas narinas e aquilo queimou por dentro, era o mesmo cheiro que senti naquela noite, então rapidamente liguei o ar condicionado para dissipar aquele aroma. Ele colocou o cinto, foi quando notei uma mancha vermelha em seu pescoço, algo que eu não tinha notado anteriormente no jantar.

Eu era o responsável por marcá-lo daquela forma, e lembrei que o tecido da camiseta que ele usava deveria estar encobrindo outras marcas como aquela, provocadas por minha boca e dentes. Realmente tinha sido intenso tudo que vivemos, mas na mesma intensidade deveria esquecer aquilo.

Realmente não sabia para onde levá-lo, então guiei sem rumo pelas ruas da cidade, era apenas eu, ele e o silêncio que entrava pelos meus pulmões e os comprimia até sentir falta de ar. Não quis perguntar se existia um lugar em especial que ele quisesse visitar, então foi estranho ouvir sua voz depois de tanto tempo.

- Me leve para o parque próximo ao centro. – Ele pediu.

Eu sabia de qual parque se tratava, era muita ironia do destino, pois YunHa adorava aquele lugar, várias vezes passeamos por lá nos finais de semana, ela dizia que significava muito para ela ir ali comigo. Me perguntei se para ele aquilo também tivesse algum significado.

E tinha.

- Eu vinha muito aqui quando era pequeno. – Ele explicou assim que descemos do carro, estacionei próximo a entrada do lugar.

Eu não frequentava aquele parque quando pequeno, só com YunHa, então achei melhor não responder.

Caminhamos mais uma vez em silêncio, começava a anoitecer e o clima estava agradável, o céu estava lindo, todo tingido em tons diferentes de laranja. Parecia de propósito, porque ele andava na minha frente e o brilho do sol se pondo refletia em sua pele. Foi quando percebi que ele sorria, aquele sorriso sincero que chamou a minha atenção no bar da boate.

Era como se revivêssemos aquela cena, mas com tudo mais bonito e claro. Não eram mais as luzes artificiais da boate que o iluminavam, mas sim o astro rei, como se nossa estrela maior parasse para admirá-lo, exatamente como eu estava fazendo naquele momento.

- Não precisa se preocupar. – Ele voltou a falar, tão calmo que me assustava. – Eu não vou contar nada para ninguém.

- Obrigado. – Agradeci me sentando na grama, e ele acompanhou.

- Não estou fazendo isso por você, muito menos por mim. – Deixou claro. – Estou fazendo por ela que não merece sofrer estando tão perto de se casar.

Apenas assenti, ele estava mais do que certo.

- YunHa não te merece. – Ele continuou falando, uma dose de amargura deixava sua voz trêmula. – Você está noivo dela, mas mesmo assim a traiu. – Afundou a cabeça entre as pernas que estavam flexionadas próximas ao seu peito. – Se não fosse eu poderia ter sido qualquer um.

- Não poderia. – Disse sem pensar, só depois notando a seriedade das minhas palavras.

BaekHyun me olhou espantando. Droga, o que eu tinha acabado de dizer? Praticamente tinha dito que era por sua causa a razão da traição, porque foi com ele que passei a noite e não com outro qualquer. Não era mentira, mas revelar aquilo era como assinar minha sentença de morte.

- O que você quer dizer com isso? – Alterou-se. – Quer colocar a culpa em mim agora?

- Não! – Ele tinha entendido errado, o que agradeci. – Vamos passar uma borracha nisso tudo, seremos da mesma família e tudo não passou de uma ironia muito grande do destino.

- É fácil, não é? – Perguntou.

- O que? – Não tinha a menor ideia do que ele estava falando.

- Apagar as pessoas da nossa vida. – Disse por fim.

Aquela conversa estava muito estranha, seu tom de voz era baixo e eu tinha que fazer um esforço descomunal para não segurar em seu rosto e obrigá-lo a falar mais alto, eu queria ouvi-lo, queria que ele brigasse comigo e me odiasse profundamente. Quem sabe não deixava tudo mais fácil para mim? Tive vontade de respondê-lo, pois não estava sendo tão simples apagar o gosto de seus lábios da minha mente.

Porém aquilo era um erro, precisava por um fim naquilo, mesmo o machucando.

- Sim, é bem fácil. – Disse severo.

BaekHyun apenas me olhou e fez algo que eu não imaginava.

Ele riu.

Uma risada tão gostosa que me fez lembrar do garoto falante que encontrei em uma sexta-feira opaca.

Ficamos por alguns minutos ali observando a paisagem, não tinha muito assunto com ele e não estava interessado em sua vida, quanto menos sabia, melhor era. Ao me levantar ele percebeu que eu queria ir embora, e também se levantou me seguindo até o carro. Eu não disse uma palavra, sequer ia me despedir dele quando chegamos em sua casa, mas ele demorou para descer do carro, ficou ali por uns dez minutos tomando coragem para falar alguma coisa.

Eu apenas respeitei aquela pausa.

E o que ele ia me dizer não veio, BaekHyun murmurou um adeus meio sem vontade e saiu do carro me deixando ali.

Preso nos meus pensamentos, preso no seu perfume que se uniu ao ar e preso no silêncio da sua ausência.


Notas Finais


Yay, depois termino de repostar! Beijos e até.


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