1. Spirit Fanfics >
  2. Realidade Paralela >
  3. Borboletas.

História Realidade Paralela - Borboletas.


Escrita por: _Mag

Capítulo 5 - Borboletas.


Precisava de férias de tudo ao meu redor e de eu mesmo. Queria fugir de todos os problemas, esquecer os acontecimentos dos últimos dias, apagar tudo, sumir por um tempo e depois voltar como se nada tivesse acontecido. Sim, era um fraco. Após fazer besteira atrás de besteira era fácil deixar tudo para trás, com um bilhete dizendo “foi o meu limite” e uma passagem para bem longe da minha antiga vida.

Porém, tinha um compromisso para cumprir. Não era uma reunião de trabalho ou algum almoço em família, era o meu futuro que dependia das minhas escolhas, e o idiota aqui não sabia o que fazer. Primeiro precisava organizar meus pensamentos, fazer aquela coisa cliché que sempre ouvimos nas estórias de amor.

Seguir o meu coração.

O problema era meu coração ser mais complicado que meu cérebro, que de tão cansado de funcionar nas últimas horas simplesmente pifou, não sai de casa por um dia. Fiquei de cama durante toda a quarta-feira, igual quando era garoto e fingia estar doente para poder faltar no colégio. Minha mãe que sempre me mimou nunca duvidou das minhas desculpas, pelo contrário, chegava a faltar no emprego só para cuidar de mim.

Só que dessa vez eu não estava fingido, estava apenas querendo me desligar do mundo. YunHa veio me visitar e passou a tarde toda comigo, a raiva aparentemente tinha passado e ela usava outro perfume. Naqueles momentos a sós com ela percebia a verdade, ainda a amava, gostava dos seus toques delicados e dos seus beijos cheios de amor. Até a voz suave me acalmava, e já nem lembrava mais o fato do irmão dela me tirar o sono.

Deveria ser exatamente isso, ela era minha cura. Procurei ler alguma coisa na internet sobre paixões que nos tiram a sanidade, encontrei vários livros de auto ajuda, mas no momento eu não tinha tempo para ler um. Eu precisava mesmo era falar com meu melhor amigo, ele sim gostava de ler esses livros, aliás, SuHo lia de tudo um pouco, acho que por isso ele sempre tinha resposta para tudo. Até para as dúvidas sobre sexo do Kai.

Combinamos de tomar o café da manhã em uma padaria próxima ao escritório, porque ele ao contrário de mim não iria se casar no sábado, não tinha que correr atrás dos últimos detalhes e nem ficar experimentando ternos. Certo, ele tinha que experimentar já que era um dos padrinhos.

Por falar em ternos, a última prova era naquele dia.

- Bom... – Ele começou, mas ao ver o quanto eu estava animado desistiu. – Que cara é essa? Nem parece que vai se casar...

- A cara de quem não conseguiu dormir direito. – Respondi, me animando um pouco ao sentir o cheiro de pão assando. – Já pediu?

- Já, o de sempre. – No mesmo instante meu café chegou, junto com uns pãezinhos recheados que eu amava. – Posso saber o motivo de você sumir ontem?

- Eu precisava pensar. – Disse com a boca cheia. – Você não imagina o que eu fiz. – Ri sem graça, ainda não tinha contado sobre o beijo.

- Pela sua fome deve ser algo grave. – Eu sempre comia muito quando estava nervoso. – Diga de uma vez.

- Eu dei um beijo nele. – Disse rápido tomando um gole de café em seguida.

- Você o beijou? – Quase gritou.

- Fala baixo! – Pedi. – É, quando percebi já estava lá quase o engolindo.

Meu último comentário quase o fez engasgar devido à vontade de rir, mas SuHo se manteve sério. Pelos próximos quinze minutos ouvi mais um de seus sermões, parecia ter decorado de tão firme que ele se mantinha. Depois do discurso ele fez a pergunta que mais mexeu comigo após conhecer BaekHyun.

- O que você sente por ele? – Perguntou.

Abri a boca algumas vezes para responder, mas como ele previu não sabia a resposta. Porque sinceramente não sabia se era paixão ou algum tesão reprimido. SuHo se incomodou com o meu silêncio, pois voltou a perguntar.

- E se você pudesse ficar com ele?

- É impossível. – Respondi.

- Não, você não entendeu. – Suspirou. – Se você pudesse escolher entre ele e a YunHa, quem você escolheria?

- A minha noiva, eu vou me casar! – Ele estava brincando comigo?

- Me escute. – Começou. – E se você pudesse ficar com o BaekHyun? Se até mesmo as famílias apoiassem? Seria apenas uma troca, você ficaria com ele ao invés da YunHa.

Eu não estava entendendo nada.

- Em vez do vestido de noiva os pais dela pagariam um terno para ele e pronto. – Gesticulou. – Em um passe de mágica ele estaria no altar trocando os votos com você.

Encostei na cadeira tentando imaginar. Se fosse tão simples, o escolheria? Ou ainda me casaria com YunHa? Imaginei a igreja lotada, todos os nossos convidados esperando a entrada da noiva, mas ao som da marcha nupcial quem entrava na igreja era ele. Usando um terno tão negro quanto seu cabelo minuciosamente penteado, e eu no altar apenas sorria enquanto passo a passo ele se aproximava de mim.

Eu tinha essa fraqueza diante da sua beleza, sua boca bem desenhada e seus olhos que detinham de um poder sem igual sobre mim. Pensando bem era apenas o que conhecia, sua aparência e um pouco dos seus gestos. Qual era sua cor favorita? O que ele gostava de fazer nas tardes de chuva? Eu não sabia nada a não ser a forma como ele gemia contra o meu pescoço. Nós éramos dois desconhecidos que por um acaso tiveram a melhor noite de sexo em anos.

Era irracional abandonar um relacionamento sério, só teria um mundo de incertezas ao lado dele, fora que o sorriso da minha noiva quebrava qualquer defesa minha. Eu sabia que sua cor favorita era laranja, e que ela amava assistir algum filme enquanto a chuva caia lá fora. YunHa conhecia todos os meus defeitos e minhas qualidades, me amando apesar de tudo.

- Eu vou me casar, SuHo. – Respondi. – Eu escolheria a YunHa.

Aquilo pareceu ser o bastante, meu melhor amigo apenas suspirou e concordou com a cabeça. Não era hora de voltar atrás.

x-x-x

Observava a decoração do lugar enquanto esperava YunHa, era tudo muito branco e com certeza o paraíso de qualquer mulher. Muitos vestidos estavam em exposição, todos exagerados cheios de brilho, rendas e bordados. Será que minha noiva usaria um modelo parecido? YunHa era pequena e delicada, iria ficar igual a um bombom embalado em papel brilhante, e ela combinava com algo mais simples e sofisticado. A loja era uma das mais caras de Seul, mas meu sogro fazia questão de pagar pelo melhor vestido da cidade, e eu como noivo apenas concordava com tudo.

É nessas horas que devia ajoelhar e agradecer por ser homem, na verdade não precisava provar o terno novamente, mas minha noiva fazia questão que tudo estivesse perfeito. O lugar era repleto de fotografias, as clientes posavam sorridentes usando aqueles vestidos “papel de bala”, ri porque logo YunHa se juntaria a elas.

Quando ela finalmente chegou quase pulou em meus braços tamanha alegria, falava e gesticulava explicando que o vestido estava ficando lindo, mas que em hipótese alguma eu poderia vê-lo. Mais uma dessas superstições de casamento, acho que até promessa para não chover no dia ela deveria ter feito. Eu também estava animado, faltava muito pouco.

Porém, meu sorriso morreu ao ver quem entrava na loja acompanhando minha sogra.

- Yeollie, o oppa também veio experimentar o terno dele. – YunHa me explicou, assim que cumprimentei sua mãe e seu irmão. – Você acredita que ele não queria?

- YunHa, eu passei as medidas por telefone. – Ele disse, sem me olhar uma única vez.

- Pare de reclamar. – A mãe deles interveio. – Vá experimentar seu terno, querido. – Empurrou ele em minha direção. – O ChanYeol também veio experimentar o dele, agora nós temos que nos separar.

Os homens ficavam separados das mulheres, por causa da superstição mencionada anteriormente, o que achava uma bobagem. YunHa se despediu animada, sumindo com a mãe por um corredor, me deixando lá sozinho com ele.

Era estranho reencontrá-lo, por causa do beijo, por ele ter fugido e principalmente pelo fato de eu ter sumido por um dia e agora fingir que nada aconteceu. Uma vendedora praticamente nos empurrou em direção a outro corredor, uma das costureiras já nos esperava e meio afobada pediu para que eu fosse experimentar o terno, depois seria a vez dele. Quando me vi no espelho senti um nó em minha garganta, mas tinha que respirar fundo porque tinha tomado a decisão certa.

A mesma mulher pediu que eu saísse do trocador, para ela ver se estava tudo certo no comprimento e nos detalhes finais. Ao sair meus olhos se depararam com os dele, tão brilhantes e incertos... Fixos em mim como se perguntassem o motivo daquilo tudo estar acontecendo com a gente. Eu fiquei parado igual a um manequim enquanto a costureira enfiava algumas agulhas na roupa, não estava ouvindo nada do que ela dizia, apenas mantinha meu olhar preso ao dele.

- A senhora pode nos deixar a sós? – Pedi ao ver que BaekHyun abaixou a cabeça, controlando o choro.

As pequenas lágrimas que se formavam em seus olhos pareciam cortar sua pele, ele não conseguia mais me encarar, o que doía. Aproximei cauteloso, não queria machucá-lo ainda mais usando as palavras erradas, mas foi ele quem falou primeiro.

- Me desculpe, eu... – Começou, a voz trêmula devido ao choro.

- Shiuu, tudo bem. – Disse o abraçando, sem saber se tudo realmente terminaria bem.

- Eu me apaixonei. – Confessou, suas lágrimas molhavam o meu terno. Porém aquilo não era nada perto de sua revelação.

Ele se apaixonou? Claro, eu era um idiota insensível para não notar. Ou melhor, sabia desde o começo que ele se envolveu mais do que deveria, senti quando o beijei e senti quando as lágrimas começaram a transbordar de seus olhos. BaekHyun tremia em meus braços, queria reconfortá-lo de alguma maneira, mas era impossível.

- Minha irmã não merece isso. – Continuou, parando aos poucos de chorar. – Ela não merece... Mas eu não consigo controlar, é mais forte do que eu.

- Você não tem culpa. – Sequei seu rosto com a manga do terno. – Mas eu não posso desistir faltando tão pouco.

- Não! – Ele se afastou surpreso. – Não quero que desista. – Me encarou, um pouco melhor. – ChanYeol, só aconteceu... Eu não deveria ter contado.

- Senhor, eu preciso terminar os ajustes. – A costureira voltou, percebendo o clima que se formou ali.

- Eu vou embora, amanhã venho experimentar o terno. – BaekHyun avisou.

Mais uma vez partindo e me deixando sem palavras.

Graças aos céus a senhora não perguntou nada, nem reclamou do meu terno estar molhado, talvez ela tivesse ouvido a conversa e achou melhor se calar. Eu queria me esconder dentro daquele terno, ou sair correndo e ir atrás dele. Mas não podia, não poderia mudar a minha escolha por mais egoísta que soasse. YunHa era inocente, a mais inocente de toda aquela confusão, eu poderia sofrer, poderia me sentir um lixo e era como me sentia, mas ela não.

Ela entraria na igreja sorrindo, usando um vestido branco, com os cabelos soltos e as bochechas coradas devido a maquiagem leve. Eu seria o marido ideal, bom esposo e futuramente um bom pai, que cuidaria dela até os últimos dias de nossas vidas.

-

Como terminei antes, voltei para sala de espera com as mesmas fotografias e o mesmo ambiente de “felicidade comprável”, porque sinceramente não ligava para festas e sofisticações. Meus pensamentos ainda estavam voltados para ele, sua angústia quase palpável e sua declaração tão sincera. BaekHyun estava apaixonado por mim, se fosse em outra ocasião juro que seria o homem mais feliz do mundo, independente de todo o peso que aquilo carregava.

Eu o beijaria, e em meio ao beijo diria um “eu também” tão baixinho que só ele poderia ouvir.

- Yeobo, o vestido ficou tão lindo. – YunHa se sentou ao meu lado radiante, dando um beijo em minha bochecha. – Te fiz esperar muito?

- Não, eu mal notei o tempo passar. – “Porque fiquei pensando no seu irmão”, completei mentalmente.

- Onde está o Oppa? – Ela notou sua ausência.

- Ele saiu antes, disse que tinha algum compromisso. – Inventei uma desculpa qualquer.

Aquilo pareceu ser suficiente, pois logo ela emendou outra conversa sobre a sobremesa do casamento. Ela e a mãe contavam algumas coisas que eu ainda não sabia, como o ensaio que aconteceria amanhã e a cor das flores da decoração.

Deixei minha sogra em sua casa, pois YunHa e eu iriamos almoçar juntos. Minha noiva gostava de um restaurante bem aconchegante, meu estômago reclamava por alimento e somado ao nervosismo minha fome dobrava. O almoço foi tranquilo – tirando meu apetite que assustou até a minha noiva – conversamos algumas bobagens, e ela garantiu que o vestido não seria igual a um papel de bala.

Eu tentava a todo custo me distrair, mas as bochechas molhadas e a voz fraca dele voltavam à mente várias e várias vezes. Cada lágrima era derramada por minha culpa, era em vão porque não valia a felicidade dele, tinha usado do seu corpo e agora roubado o seu coração. O que ele sentia por mim, apesar de ter começado de uma maneira meio torta, era puro, sua declaração era sincera, pois de alguma forma sabia que tudo que ele dizia era verdade.

O que eu dizia eram mentiras ensaiadas, frases feitas de um homem arrependido. Se pudesse voltar atrás jamais teria passado a noite com ele, não por me arrepender do ato em si, mas pelas consequências. Não era algo que apenas me atingia, envolvia também minha noiva, BaekHyun e nossas famílias, afinal o casamento era aguardado por todos.

- ChanYeol? – YunHa me chamou, estava com o pensamento longe dali.

- Eu estava pensando em algumas coisas do escritório. – Já estava me acostumando a mentir para ela.

- Vamos yeobo, o dia foi cansativo. – Falou doce.

Assenti pagando a conta, de mãos dadas caminhamos até a calçada, meu carro estava estacionado um pouco longe, o lugar era realmente movimentado no horário do almoço. Nós estávamos atravessando a rua quando o celular dela tocou, YunHa pediu para que eu fosse buscar o carro pois a ligação era da mãe dela.

Foi o que fiz, minutos depois YunHa entrou no carro aos prantos, com o celular em mãos e a voz trêmula.

- O que aconteceu? – Perguntei preocupado.

- O oppa... – Começou, mas não conseguia controlar o choro.

- O que aconteceu com ele? – Quase gritei, parando o carro tentado acalmá-la. – F-foi um acidente? – Engoli seco.

- Não. – Suspirei aliviado. – Mas ele vai embora! Minha mãe chegou em casa e ele estava fazendo as malas! – Disse ainda abalada. – Ela não consegue convencer ele!

- Por que ele quer ir embora assim? – Perguntei, sabendo exatamente a resposta.

Era por minha causa.

- Eu não sei! – Voltou a falar, eu apenas liguei o carro. – Por favor, faça alguma coisa! Fale com ele, nós nunca fomos muito unidos. – Revelou. – Quem sabe você o BaekHyun escuta?

Senti vontade de rir, ele não iria querer me ver nem pintado de ouro, mas tinha uma ideia e resolvi colocá-la em prática.

- Ligue para ele, passe o endereço do nosso apartamento e diga que você quer encontrá-lo. – Pedi e ela rapidamente digitou os números.

Consegui ouvir um pouco da conversa e ele aceitou falar com YunHa.

Porém, quem iria se encontrar com ele não era ela.

x-x-x

A ideia de não ver BaekHyun nunca mais despertou algo em mim, agora eu sabia que faria de tudo para que ele ficasse. Acho que poderia se encaixar naquelas loucuras que fazemos por amor. Sim, amor. Porque meu coração batendo contra o peito, meus pensamentos tão nublados e minha respiração descompassada tinha um motivo.

Esse tal de amor que nos faz desistir de tudo.

Ele iria ficar, ele tinha que ficar porque eu precisava dele. Mais uma vez meu lado egoísta tomava conta do meu ser, como se esse sentimento tão mesquinho passasse a dominar minhas ações. Quando a porta da sala abrisse e ele surgisse em meu campo de visão, o abraçaria com todas as minhas forças, pedindo perdão por ser tão insensível diante dos seus sentimentos.

Gritaria para o mundo que ele era meu, largaria minha noiva dias antes do casamento, depois fugiria para uma ilha deserta, onde viveríamos tudo aquilo que estávamos sentindo, independente do nome que pudesse receber. Amor, paixão... Loucura. Não me importava, e quando ele estivesse em meus braços eu sabia que também não importaria para ele.

- YunHa? – Ouvi a porta sendo aberta e sua voz ecoando pelo apartamento.

- Sou eu. – Sai de onde estava para recebê-lo. – Eu quero te pedir uma coisa. – Avisei me aproximando.

- Não, nós já falamos tudo que precisava ser dito. – Desesperou-se. – Não torne tudo mais difícil.

- Fique. – Pedi ao alcançá-lo, segurando em suas mãos e entrelaçando nossos dedos. – Por favor, fique...

- Não posso. – Sua dor quase me cortava. – Eu já te disse. – Suspirou. – Eu me apaixonei por você.

- E eu o correspondi. – Confessei, finalmente me libertando dos meus medos.

BaekHyun me olhou ainda mais surpreso, mas no fundo de sua alma eu enxerguei um pequeno ponto de felicidade, foi a ele que me agarrei para continuar falando.

- Não vou mais me enganar, não vou mais enganar a sua irmã e muito menos enganar você. – Prossegui. – O casamento não irá acontecer.

- Mas já está tudo pronto, vo-você não pode desistir. – Ele tentou se soltar, porém fui mais rápido e o prendi entre meus braços.

- Eu não vou ser feliz, muito menos ela será feliz. – Acariciei seus cabelos. – Primeiro pela traição, segundo pelo fato de eu ter me apaixonado por você.

- Quando você percebeu? – BaekHyun estava mais calmo e apenas se deixava levar por aquele sentimento.

- Eu sempre soube. – Sorri, depositando uma mão em sua nuca. – Mas só percebi quando estive perto de perdê-lo.

- Tem certeza? – Sua voz vacilou, o puxei pela nunca para que ele me encarasse.

- Tenho. – Sorri, tocando levemente seus lábios com os meus.

Ele sorriu, um sorriso tão sincero que me comoveu. Toquei seus lábios novamente, prolongando o contato por pouco tempo, porque não me contentaria com um simples toque de lábios. Puxei o seu corpo e ele apenas me seguiu como se fosse uma pluma de tão leve, seu corpo reagia ao meu e não desgrudamos um segundo sequer.

- Pare, é errado. – Ele pediu assim que chegamos ao quarto.

O quarto que eu dividiria com YunHa caso BaekHyun não tivesse entrado em minha vida.

- Não é. – O impedi que continuasse. – Por favor, seja meu. – Implorei, roçando meus lábios em sua bochecha.

- Eu já sou. – Respondeu rouco, se deixando levar por seus instintos.

Se eu estava cogitando a possibilidade de me arrepender, a mesma possibilidade se dissolveu no ar junto com os primeiros suspiros do homem que eu amava. Envolvi seu corpo e me sentei na beirada da cama, ele se encaixou perfeitamente no meu corpo, com uma perna de cada lado. Afaguei seus cabelos e vi BaekHyun fechar os olhos, entregue aos meus toques e entregue ao nosso futuro incerto.

Quando o beijo finalmente se iniciou, eu senti aquilo que todos os apaixonados sentem.

As malditas borboletas no estômago.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...