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História Realidades Ocultas - Contra azil e má digestão, tome Arrizon.


Escrita por: MalkBobo

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 14 - Contra azil e má digestão, tome Arrizon.


– Meu objetivo é muito simples, eu quero apenas trazer os meus pais de volta a vida.

– Trazer seus pais novamente a vida? Eu conheço as funções dos amuletos, porém não me recordo de ressurreição ser uma delas.

– É tudo uma questão de saber usar o que se tem. Um dos poderes dos amuletos reunidos é criar a mais poderosa Soul Blade, podendo ser ocupada por vários espíritos, mesmo que esses espíritos já tenha deixado esse plano.

– Prender teus pais contra a vontade em uma arma? Não acho que eles ficarão satisfeitos com isso.

– Não pedi a sua opinião.

– Tens a delicadeza de um búfalo, gostei de ti! Mas sabes como invocar espíritos já fora do nosso plano e fazer essa grande Soul Blade?

– Isso eu vou perguntar pra Grandium quando eu reunir todos os amuletos. Eu já contei o meu objetivo, agora é a sua vez.

– É claro, ninguém pode me acusar de não cumprir com a minha palavra. Meu objetivo é ressuscitar com meu próprio corpo, nada de possessão, corpo artificial ou coisa do tipo, e também me vingar daquele que me matou.

– Ou dos seus tatatatataranetos – ela completou, com um sorriso sarcástico.

– Na verdade não. Segundo informações que consegui ao longo do tempo, fui morto por um ser sobrenatural que não morre de formas naturais, ou seja, se ninguém o matar ele viverá eternamente. Mas como prometido, te contarei a minha história.

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Nathaniel cresceu em um pobre subúrbio da cidade do Porto, Portugal, no fim do século XVIII. Sua família era composta por sua mãe, seus quatro irmãos mais novos e o pai que já fora um homem honesto e trabalhador no passado, mas que agora havia se tornado alguém que gastava o pouco dinheiro que ganhava com jogos e bebida, enquanto sua família passava fome.

O pequeno Nate não reclamava da condição, aprendera na igreja que nunca deveria contestar seus pais e que não importa o quão ruim fosse sua condição, dias melhores estariam por vir para quem tem fé. Quando ficou um pouco mais velho começou a prestar pequenos serviços no mercado municipal por algumas moedas, e não se importava em entregar tudo o que ganhava para o pai.

O tempo ia passando, e o pai do Nate bebia mais e ficava cada vez mais violento com a família, mesmo para os padrões da época. Uma noite, já quase de madrugada, o garoto de doze anos de idade acordou com sons de luta e foi ver o que era e teve apenas tempo de ver o pai literalmente rachando o crânio da sua mãe com um grande porrete. A mulher caiu no chão em meio a uma poça de sangue, morrendo quase que instantaneamente.

– Ta olhando o que? Era só uma vadia que não me respeitava mais – disse o homem, sem aparentar qualquer remoço.

Nate não pôde acreditar no que via, nem em seus piores pesadelos poderia imaginar que algo assim aconteceria. Em um ataque de fúria, tomou o porrete da mão do pai e o golpeou inúmeras vezes, não parando nem quando já tinha certeza de que o homem já estava morto. Quando parou de bater devido à exaustão, viu apenas seus irmãos observando tudo, encolhidos de medo.

Depois disso ele fugiu, correndo até o amanhecer. Não sabia o que o futuro reservava para ele, mas a única certeza era que se ficasse por perto seria preso pelo assassinato do pai e também seria acusado da morte da mãe, certamente seria enforcado em praça pública. Não, ele não podia morrer por ter matado alguém tão desprezível. Quando estava prestes a amanhecer roubou a padaria do seu Manuel e com o dinheiro, comprou uma passagem de barco e partiu para Lisboa.

Em sua nova cidade, começou a praticar pequenos roubos. O que no início fazia apenas pela sobrevivência, em pouco tempo começou a atiçar sua cobiça, e além disso, moral não fazia mais sentido para o jovem. Então ele passou a roubar cada vez mais e coisas mais valiosas, e assim, se tornou chefe de um pequeno bando formado por ele e mais dois ladrões.

Certa noite, ele e seus comparsas planejaram roubar um navio carregado de ouro que chegaria do Brasil no dia seguinte. Os companheiros do bando resolveram sair para beber, porém Nate, sempre centrado no seu “trabalho” e que também tinha aversão à bebida alcoólica, preferiu voltar para seu esconderijo. Quando estava passando por uma viela, uma velha com roupas maltrapilhas o chamou.

– Hei rapaz! Quer que eu leia o seu futuro?

– Não acredito nessas coisas, velha!

– Não vou te cobrar nada e prometo que vai ser rápido.

Como não tinha nada a perder, ele resolveu aceitar a oferta. A mulher pediu a mão do Nate e a analisou.

– Tu possuis um passado sombrio, um segredo que se revelado vai acabar com a tua vida.

– Isso todo mundo tem – ele desdenhou.

– O espírito do seu pai ainda carrega as marcas das pancadas que destes nele, mas isso é bem feito para ele, aquele sujeito não prestava mesmo.

Nathaniel paralisou com a surpresa. Como ela poderia saber sobre seu passado com tantos detalhes?

– Tu falastes que ia me contar o meu futuro, não o meu passado.

– Estás certo. Fique com isso, vai ser útil quando o roubo do seu bando der errado e os guardas reais forem te matar – ela entregou um anel de madeira para ele.

– Um anel de madeira? Já que diz que sou um ladrão, deverias achar que posso roubar algo melhor do que isso.

– Quando todos seus comparsas morrerem apenas tu sobreviver, me procure novamente.

A mulher misteriosa foi embora, sumindo nas sombras. Nate ficou desconfiado, mas tinha que admitir a possibilidade dela ter razão, então colocou o anel e foi para casa. No dia seguinte o bando estava todo reunido e partiram para o porto, aonde guardas armados já esperavam o navio que, segundo as previsões, chegaria em poucas horas e assim, começaram a executar o plano.

Uma bela mulher, na verdade uma cara e cobiçada prostituta previamente contratada pelo bando, seduziu um dos soldados e o convenceu a abandonar o seu posto. Ao ser levado pela mulher até um canto aonde o guarda esperava usufruir daquele corpo feminino, os dois comparsas do Nate mataram o soldado e roubaram seu uniforme. Depois disso, Nathaniel vestiu a farda e foi até o posto que o soldado ocupava antes.

Quando o navio carregado atracou, Nate aproveitou a movimentação para entrar escondido e conseguiu chegar até o carregamento. Ele ficou maravilhado com a quantidade de ouro que havia ali, é claro que ele não conseguiria levar tudo, mas apenas uma pequena parte daquele tesouro e a sua vida e dos seus companheiros estaria resolvida para sempre. Conforme o planejado, ele encheu dois sacos e saiu do navio, onde daria um jeito de entregar o fruto do roubo aos outros, mas assim que saiu, avistou os comparsas decapitados e vários soldados apontando as armas para ele.

– O que está acontecendo, por acaso eram ladrões? – Nate tentou disfarçar.

– São ladrões e assassinos, assim como tu!

Ele não entendia o que deu errado, quando olhando mais atentamente, viu a mulher que fora contratada por ele atrás dos soldados e logo percebeu que foi delatado.

– Filha da puta...

Nathaniel sabia que seria alvejado pelos soldados e como última tentativa desesperada olhou para o anel, que emitiu um brilho intenso. Ele ouviu o som dos tiros, mas incrivelmente, as balas atravessaram o seu corpo sem feri-lo.

– Que houve, ele sumiu! – gritou um dos guardas.

– Deve ser um bruxo, mas chamar o padre!

Nate não entendeu o que aconteceu, mas tratou de sair logo dali. Correndo pelas ruas ele acabou descobrindo que ficou invisível, mas alguns minutos depois seu corpo voltou ao normal e o anel desapareceu. Nathaniel se livrou das roupas que usava e passou o dia escondido, e quando anoiteceu, voltou à viela aonde havia encontrado a mulher misteriosa na noite anterior.

– Velha! Velha malucaaa! – ele chamava.

– É assim que tu chamas quem salvou tua vida? – ela apareceu repentinamente.

– O que foi aquilo? Como sabias o que ia acontecer? E que raios de anel é esse?

– Venha comigo e te explicarei tudo.

A mulher começou a andar a passos lentos e Nathaniel a seguiu. Depois de percorrer dois quarteirões, eles entraram em um casebre sujo e escuro.

– É aqui que tu moras? Não era melhor ter vendido aquele anel do que ter dado para um pobre ladrão? – ele perguntou.

– Eu já estou com o pé na cova e não tive filhos, de que me adiantaria dinheiro? Agora vou começar a responder suas perguntas.

Ela bateu palmas e instantaneamente inúmeras velas se acenderam, iluminando o ambiente. A casa era composta de apenas dois cômodos, e na parte onde estavam havia uma cama quebrada, roupas espalhadas e duas estantes, uma com alguns livros e outra cheia de potes e outros apetrechos que o rapaz não conseguia identificar o que era.

– Já entendi, você é uma bruxa – disse Nate.

– Eu prefiro o termo maga. E eu vi que tens potencial para ser um mago poderoso, o maior da tua geração, terás dinheiro e poder além da imaginação, se aceitar que eu te ensine tudo o que eu sei.

– E o que vai querer em troca, a minha alma? Saiba que eu não acredito mais nisso.

– Nada tão simplório. Quero apenas que espalhe o caos pelo mundo!

– Só isso?

– E tenha em mente que tudo o que ganhar será retirado na mesma proporção, é a lei do universo.

Então a mulher começou a ensinar magia para Nate. Dois anos depois ela morreu, mas nesse momento ele já era um mago poderoso e começou a usar seus poderes para erguer um império. Começou liderando pequenos grupos de criminosos, mas com o tempo, se tornou o chefe da maior quadrilha de Portugal, prestando serviços espúrios até mesmo para a coroa.

Nathaniel estava com quase cinquenta anos de idade quando começou a receber ameaças. Isso já havia acontecido outras vezes já que ele era um homem muito odiado, porém desta vez tudo indicava que quem o estava desafiando também tinha alguma espécie de poder sobrenatural. Recebeu bilhetes escritos com uma tinta visível apenas para pessoas, digamos especiais, e nos bilhetes o ameaçador sempre dizia que estava por perto e que o mataria se não deixasse aquele país.

Para se proteger, ele aumentou o número de guarda costas e começou a ficar mais atento. Uma noite, quando estava voltando de um jantar na casa de um conde, a carruagem que o transportava parou repentinamente.

– Manuel, o que está havendo?

Nate perguntou ao cocheiro, e como não obteve resposta, saiu do veículo para checar. Do lado de fora, viu o Manuel paralisado e com os olhos arregalados emitindo um estranho brilho vermelho. Olhou em torno para procurar as outras carruagens, repletas de servos que o escoltavam, e todas estavam paradas e todos os outros Manuéis da mesma maneira, até os cavalos pareciam em transe.

– Ele é mais forte do que eu pensei...

Nathaniel se preparou, já com alguns objetos mágicos em mãos e feitiços na ponta da língua. O que ele não esperava é que seu próprios servos, em transe, o atacariam. Depois de um tempo de luta ele venceu todos, embora tenha saído um pouco ferido.

– Se tivesses morrido nas mãos desses bonecos não teria tido graça.

Diante dele surgiu um homem aparentando ser bem jovem, no máximo vinte anos. Estava bem vestido, era alto, magro, tinha a pele extremamente branca e cabelos negros.

– Ao contrário de ti, não estou aqui para me divertir.

Nate desembainhou um sabre mágico e atacou o inimigo. O estranho misterioso se esquivava com leveza e sempre que possível, contra-atava. O mago chegou a dar um tiro no oponente com uma moderna, para a época, arma de fogo porém o ser não sofreu qualquer ferimento, sequer sangrou.

Vendo que aquele não era um inimigo comum, Nate resolveu usar artilharia pesada. Desenhou um círculo mágico rapidamente no chão e recitou algumas palavras, e assim, uma fumaça negra saiu do círculo e envolveu o estranho.

– Dessa ele não escapa... – disse Nate, já ofegante.

– Bu!

O homem misterioso escapou tranquilamente da fumaça, pegou o Nathaniel pelo pescoço e o apertou. Nate já não tinha forças para tentar se livrar, magos não possuem energia mística como paranormais e mesmo que tenham auxílio de objetos mágicos, usar magia acaba os deixando em um nível de exaustão que pode até ser mortal.

– Eu te avisei para deixar esse país, agora seu império será meu!

Com seus últimos instantes de consciência, Nathaniel só conseguia pensar em quem era aquela pessoa e como ele conseguiu escapar da sua fumaça da morte, um feitiço tão poderoso que matava imediatamente quem fosse atingido por ele.

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– Então você acha que essa pessoa ainda está viva e aqui no Brasil? Não sabia que nós, tupiniquins, estávamos tão cotados no mundo oculto – disse Tatielly.

– Eu tenho certeza que sim pois uma coisa, ou melhor, alguém que ele procura está bem perto de nós. Deixe-me continuar.

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Depois daquele ocorrido, Nathaniel dormiu e acordou como um espírito. Não foi uma surpresa para ele, já estava muito bem familiarizado com coisas do tipo, o problema foi quando descobriu que havia se passado muitos anos desde a sua morte. Não demorou muito para perceber como aquele país estava diferente, que havia sido literalmente abandonado pela família real, que partiu para o Brasil.

Nathe começou a investigar, agora como fantasma, sobre as circunstâncias da sua própria morte. Descobriu que depois de ter sido morto, um homem conhecido como Arrizon assumiu o lugar que ocupara antes. Mas aquele país já não era o mesmo e não dava mais tanto lucro quanto antes, depois de algum tempo de investigação, Nathaniel descobriu que Arrizon havia deixado Portugal e foi para a Inglaterra. O recém morto poderia tentar reerguer o seu império, mesmo sem corpo, porém o seu desejo de vingança foi maior e resolveu sair do país para procurar o seu assassino.

Nathaniel viajou para a Inglaterra. Ao chegar à terra estranha, teve que se fortalecer afinal, não podia mais usar magia e até espíritos podem ser desmantelados ou aprisionados por humanos poderosos. Quando, enfim, se sentiu pronto, foi atrás de informações sobre o seu inimigo e através de acordos, seja com vivos ou com outros mortos. Voltou a ser famoso no mundo sobrenatural, e foi nesse período que ganhou a alcunha de Spyrit.

O caminho foi árduo, toda vez que pensava que conseguiria ficar cara a cara com Arrizon, algo ou alguém o impedia. Mais de um século se passou, mas as informações que recebia sempre apontavam que este sujeito ainda estava na Inglaterra e inexplicavelmente, vivo mesmo após tanto tempo. Definitivamente não estava lidando com um humano.

Já no início do século XX, Spyrit finalmente conseguiu localizar Arrizon, que estava em uma das suas propriedades na Escócia. Depois de eliminar dezenas de guarda-costas, ele ficou de frente para o inimigo.

– Lembra de mim? – perguntou Spyrit, tendo certeza de que o ser poderia vê-lo.

– Eu já matei muita gente, não tenho como lembrar de todos – ele deu uma risada sarcástica.

– Não importa, seu fim será agora!

Os dois começaram a lutar e Spyrit conseguiu matá-lo com relativa facilidade, na verdade, foi fácil demais, porém ele estava tão feliz em ter conseguido sua vingança que não se atentou a esse detalhe.

– Teve o que mereceste!

Nesse momento, o espírito do sujeito deixou o seu corpo, e já estava consciente, o que é uma raridade. Todavia, a aparência do espírito era totalmente diferente do Arrizon, ao contrário de jovens fantasmas que sempre tem a mesma aparência que tinham no momento da morte.

– Agora o jogo virou Arrizon, acabaste de virar espírito e não sabe usar seus poderes, agora eu serei o seu mestre! – disse Spyrit, com um tom de sadismo.

– Seu idiota! – o recém defunto começou a rir histericamente – achou mesmo que eu era o verdadeiro Arrizon?

– Ora, seu... Vai me dizer agora o que está acontecendo!

Spyrit tocou o outro e usou sua habilidade de causar dor extrema. Enquanto era torturado, o falso Arrizon gritava e ria ao mesmo tempo, e instantes depois, ambos estavam exaustos.

– Está bem, te contarei o que sei porque já que estou morto e nada disso importa mais – ele tomou fôlego, riu mais um pouco e prosseguiu – Arrizon não está mais aqui nem em qualquer lugar da Europa, eu sou apenas um servo que assumi sua aparência com magia para tomar conta dos seus negócios aqui.

– E onde aquele desgraçado está?

– Ele partiu para a América atrás do homem chamado Moonlight. Agora eu vou viajar, estou indo para um lugar de onde ninguém nunca voltou...

Nesse momento, o corpo espiritual daquela pessoa virou purpurina e desapareceu, Spyrit sabia bem o que era aquilo, quando alguém não tem pendências que o prendam ao mundo dos vivos, em pouco tempo seu espírito vai para o outro mundo. Como esse outro mundo é ninguém sabe.

Spyrit passou a procurar pelo nome Moonlight. Descobriu, por uma escritura antiga que dizem que foi escrito por uma grandium de outra era, que Moonlight é a única família na qual a paranormalidade é transmitida por hereditariedade, e que o milésimo ducentésimo décimo terceiro herdeiro deste clã terá a capacidade de redefinir os fenômenos paranormais do mundo inteiro. A escritura não entrava em mais detalhes, mas é claro que qualquer um que acreditasse nela entenderia que essa pessoa terá um poder imenso nas mãos.

Depois de (outra) investigação, Spyrit soube que a família Moonlight realmente deixou a Inglaterra e foi para o Brasil, um lugar perfeito para se esconder. E pelos cálculos que fez, Spyrit chegou a conclusão que o milésimo ducentésimo décimo terceiro Moonlight nasceria próximo ao ano dois mil.

Depois disso, o espírito viajou para o Brasil. Já esteve perto de encontrar o milésimo ducentésimo décimo segundo Moonlight, mas aquele homem parece ter a capacidade de sumir sem deixar rastros. De toda forma, encontrando algum descente dos Moonlight, certamente encontrará Arrizon também.

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– Essa é a parte da história que interessa, o resto são detalhes – terminou Spyrit.

– Posso fazer uma pergunta? – pediu Tati.

– Faça.

– Por que me contou essa história em terceira pessoa?

– Mania minha. Agora sua parte, me disse que poderia dizer como os amuletos poderiam me ressucitar.

– Depois de conhecer o seu passado e refletir sobre ele, cheguei a uma conclusão.

– E que conclusão é essa? – Spyrit estava animado.

– Que não dá pra usar os amuletos para se ressuscitar pessoas, se ferrou!

– Ora, sua...

– Mas temos um acordo, você só ficará livre de mim quando tivermos todos os amuletos.

– Prometo que te matarei depois disso!

– Não fique aborrecido, a Grandium poderá te dizer onde esse tal de Arrizon está, isso nunca passou pela sua cabeça?

Spyrit ficou se sentindo um idiota, como não tinha pensado nisso?

– Mudando de assunto, ainda falta o amuleto da água, tens alguma ideia de como encontrá-lo? – perguntou o espírito.

–Na verdade eu tenho. Como você deve saber, a entidade que vive no amuleto da água é muito temperamental e eu precisei me fortalecer antes de procurá-lo. Mas agora estou pronta, amanhã vamos ao lugar aonde o amuleto deve estar, não fica longe daqui.

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Na capital, Kurai Moonlight deixou a Maria Eduarda na esquina de casa.

– Tem certeza que posso te deixar aqui? – perguntou Kurai.

– Minha mãe vai surtar porque eu sumi dois dias, não quero que vocês presenciem isso – disse Madu.

– E você, Ashumaru?

– Você é filha daquela madame cheia da grana né? Bem que você podia me hospedar na sua casa – disse Maru, com a maior cara de pau possível.

– Tudo bem você pode ficar no quarto de hóspedes, mas tranque a porta se não alguém posso acabar te bolinando quando estiver dormindo.

– Vou trancar bem trancado... mulher me bolinando, cruz credo!

– E você, Clécio? – perguntou Kurai.

– Eu tenho que ir em casa organizar algumas coisas do trabalho, mas amanhã eu te ligo, ainda temos que levar aquela doida pra avó dela não é?

– É verdade. Temos que descansar, amanhã procuramos saber do paradeiro dela, também vou ligar pro Wander, quem sabe ele e o Gabriel descobriram alguma coisa.

Assim, Kurai levou o Clécio até a casa dele e levou a Maru para sua casa.

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Eduarda entrou em casa já se encolhendo. Sua mãe estava na varanda, já a esperando.

– Mãe...

– Onde você esteve, o que aconteceu, você sumiu desde ontem.

– Eu... eu... – a garota tentava inventar uma desculpa.

– Eu pensei que eles tinham vindo te levar.

– Eles quem mãe?

– Não interessa! Agora entra, você vai ficar trancada no seu quarto a pão e água por muitos anos, e já mudei a senha do wifi.

Madu não discutiu e foi para o quarto. Não tinha como explicar onde estava durante o tempo que ficou fora, mas ainda estava desconfiada do que sua mãe falou. Eles tinham vindo levá-la? Quem seriam “eles”?


Notas Finais


Curiosidade: Eu já conheci um cara chamado Arrizon e toda vez que eu encontrava ele eu cumprimentava dizendo "contra azia e má digestão, tome Arrizon".
Valeu leitores, até o próximo capítulo.


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