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História Realidades Ocultas - Eu pensei que P.A. significasse progressão aritmética.


Escrita por: MalkBobo

Notas do Autor


Capítulo 7. Obrigado aos que sobreviveram até aqui, e boa leitura!

Capítulo 7 - Eu pensei que P.A. significasse progressão aritmética.


Fanfic / Fanfiction Realidades Ocultas - Eu pensei que P.A. significasse progressão aritmética.

  Era segunda-feira de manhã. Madu acordou e logo procurou pelo seu celular que ela sempre deixava em um criado-mudo ao lado da sua cama. Checou e não havia nenhuma ligação ou mensagem dos seus amigos, o que a deixou bastante preocupada. Ela até pensou em telefonar, mas como sua mãe estava na sua cola, preferiu deixar pra fazer isso quando estivesse na escola.

Ela partiu para a escola e foi para a biblioteca como costuma fazer. Quando pegou o celular para entrar em contato com seus colegas, ele tocou antes que ela discasse.

– Alô – Eduarda atendeu.

– Aí da WAME? – uma voz feminina perguntou.

– Sim, mas infelizmente todos os agentes estão ocupados.

– Mas você tá livre Dudinha – Madu estranhou a intimidade – aqui é Kurai, não acredito que não lembra da minha voz...

Não era apenas da voz que a garota não lembrava, ela também não sabia quem estava falando, mas por eliminação, acabou deduzindo que era a filha da dona do gato que resgatou dois dias atrás.

– É claro que lembro! Qual é o caso agora, o Frango Depenado sumiu de novo?

– Creio que não seja tão simples. Onde você está agora?

– Na escola.

– Ciep 333?

– Sim, como sabe?

– Chego aí em cinco minutos.

Realmente, cinco minutos depois a mulher já estava na biblioteca e acenando para a estudante.

– Nossa, como você chegou aqui tão rápido? – Madu estranhou.

– Eu queria encontrar vocês, fui na casa do Wander mas uma senhora me disse que ele saiu ontem e não voltou. Telefonei pra você e quando me disse que estava na escola, imaginei que seria essa porque é a que fica mais perto. Quando entrei foi só perguntar por uma gostosinha de cabelos rosa e me disseram que estava aqui. Viu, seu também poderia ser detetive!

– A Ashumaru, o Wander e agora o Gabriel foram pra outra cidade fazer uma investigação e por motivo de força maior eu fiquei aqui, acho que não vou ter como te ajudar.

– Motivo de força maior? Você está bastante frustrada, foi castigo da mãe não foi?

– É você acertou...

– E você quer fazer a investigação que eu vou pedir, mas pensa que sem os outros não conseguirá – Kurai segurou as duas mãos da mais nova e a olhou nos olhos – mas você consegue, acredite em si mesma que tudo será possível!

– SIM! – Eduarda se levantou, animada – seja lá que caso você tenha, eu posso solucioná-lo!

– Você fica um tesão quando tá determinada, posso te beijar? – perguntou Kurai, lambendo os lábios.

– Você tá me assustando! Mas em que posso te ajudar, desde que não envolva minha boca ou qualquer outra parte do meu corpo?

– Aqui tem muita gente tentando ouvir nossa conversa, olha só – realmente vários alunos estavam em volta delas e prestando bastante atenção – podemos conversar em outro lugar?

A garota concordou, então as duas saíram e foram até uma padaria. Lá, Kurai pediu um café, enquanto Madu preferiu um copo de Toddy.

– Sabe Dudinha, o que eu quero é bem mais complexo do que encontrar um gato, eu preciso encontrar respostas.

– Então veio ao lugar errado porque eu tenho eu só tenho dúvidas...

– Você é paranormal?

Eduarda estranhou a pergunta tão direta, mas logo respondeu.

– Não tenho certeza. Eu achava que sim, mas desde que conheci o Wander comecei ter dúvidas, ele aprendeu a perceber paranormalidade com uma tal de... qual era o nome dela mesmo? Acho que a Ashumaru me falou que era Rute Mendonça.

– Já que temos um nome está decidido, vamos falar com ela!

– Mas eu não sei onde ela mora, nem o número eu tenho.

– O Wander deve ter. Me passa o telefone dele.

Madu deu o número, então Kurai telefonou.

– Alô – Wander atendeu, ainda sonolento.

– Oi gatinho, aqui é a Kurai, lembra de mim? Mudando de assunto, onde mora a Rute Mendonça?

– Mas pra quê você quer ver aquela velha pervertida?

– Porque eu sou uma nova pervertida! Agora, pode me passar o contado dela, garanto que eu vou ficar muito, muuuito agradecida.

Wander acabou se convencendo e deu o endereço da mestra. Kurai agradeceu com uma voz sexy e desligou.

– Pronto Dudinha, já tenho o endereço, fica um pouco longe mas de carro chegamos rápido. Vamos?

– Como assim vamos? Eu tenho aula daqui a pouco, não sei se dá para ir lá, perguntar sei lá o que e voltar a tempo.

– Você também procura respostas, talvez essa mulher possa nos ajudar. Você tem um dom e quer entendê-lo, porque não aproveitar a minha agradável companhia e fazer logo isso?

Maria Eduarda não entendia como aquela mulher conseguia entendê-la tão bem mesmo sem conhecê-la, mas de fato, era exatamente assim que ela se sentia. Mesmo contrariando toda racionalidade, ela aceitou o convite da sua nova colega.

Assim, elas foram até o estacionamento onde Kurai havia deixado o seu carro.

– Vamos? – a mais velha abriu a porta.

– Não sei se devo entrar no carro de uma estranha...

– Fica tranquila que eu não mordo sem consentimento. E o seu poder sobrenatural com certeza é mais combativo do que o meu.

Finalmente, Madu se convenceu e entrou no carro.

– Como você sabe tanto sobre mim, por acaso sabe ler mentes? – perguntou Eduarda, intrigada.

– Não exatamente. Eu percebo muito bem os sentimentos e intenções das pessoas, como você é uma garota bastante transparente, é bem fácil te entender. Eu também consigo, com algumas limitações, manipular os sentimentos dos outros. Resumindo, dificilmente alguém diz não para mim – Kurai viu a expressão de espanto da rosada – fica tranquila, não vou usar esse poder pra te comer, seria como subir o Everest de helicóptero.

– Mas assim, por que procurou a WAME?

– Confesso que fiquei muito animada ao conhecer vocês. Eu pensava que era a única pessoa do mundo a ter poderes paranormais, achei que vocês também sendo paranormais poderiam me ajudar a saber de onde eu vim, e também...

– Também...

– Encontrar o meu pai. A única pessoa que eu contei sobre minhas habilidades até agora tinha sido ele. Eu ainda era criança e assim que contei sobre o meu poder, ele desapareceu. Ninguém sabe sobre ele, acredito que o seu desaparecimento tenha alguma coisa a ver comigo e com esse dom que não pedi pra ter.

– Isso é muito triste... Mas fica tranquila, vou te ajudar a encontrá-lo e tenho certeza que depois que meus colegas terminarem o caso que estão investigando, vão nos ajudar também.

Kurai sorriu. Percebeu uma profunda sinceridade nas palavras da Madu, o que a fez ficar muito feliz. Ela cresceu com um pai desparecido, sua mãe era totalmente distante, dando mais atenção ao trabalho e ao seu gato do que para filha, e sentir intenções tão boas vindas de uma praticamente estranha a fazia se sentir menos solitária do que o de costume.

*****

Nataniel “Spyrit” Evans estava perambulando por um lixão, vasculhando pilhas de jornais velhos, em meio a pessoas catando comida no meio do lixo, pessoas que não conseguiam vê-lo obviamente.

– Que lugar decadente, parece o local onde fui criado. Quem diria que depois do ano dois mil pessoas ainda viveriam nestas condições…

Ele continuou procurando, até encontrar uma pequena matéria publicada duas semanas atrás.

“Estudante de dezesseis anos morre misteriosamente dentro do ciep 333. A jovem estava esperando o início da primeira aula, quando começou a pegar fogo espontaneamente. O motivo da morte ainda é um mistério, mas especialistas acreditam que ela tenha ingerido alguma substância que possa ter provocado a combustão.”

– Possivelmente essa rapariga estava com o amuleto do fogo, e onde tem amuleto do fogo, tem algum paranormal. Vou checar nessa escola.”

Segundos depois Spyrit estava na escola. Para espíritos experientes como ele, distâncias não querem dizer nada. Ele entrou na escola, percorreu salas, corredores, enfim todo o edifício. Ouviu conversas, viu vivos porém não conseguiu nenhuma informação relevante. Depois disso, começou a perambular pelos arredores.

– Estranho, senti uma energia mística residual na escola, porém não encontrei espírito algum tampouco nas redondezas, é como se todos tivessem fugido daqui. Algo de muito sério está para acontecer e eu não quero ser pego de surpresa. Gabriel Marinho, bando de moleques, Petro City, Moonlight… aquele fofoqueiro me passou informações muito confusas, terei que ir até Petro City, em uma cidade bem menor do que esta será mais fácil descobrir algo de relevante.

*****

Uma hora e meia depois Madu e Kurai chegaram ao portão do condomínio onde a Rute mora. Falaram com o porteiro, ele interfonou para a senhora e voltou com a notícia.

– A senhora Rute disse que não está esperando mulher nenhuma, me desculpem.

– Acho que vou ligar pro Wander, quem sabe ele dá alguma ideia – Madu pegou o telefone, porém antes de discar, foi interrompida pela companheira.

– Não precisa! Ô Arlione – ela leu o nome do porteiro no crachá que ele usava – você, um coroa tão charmoso, vai recusar um simples pedido de duas garotas inocentes?

O homem suava frio. Parte dele queria recusar, mas ao ver aquela universitária linda com os olhos brilhando, ao lado de uma exótica sulista de cabelos rosa, acabou cedendo e autorizando a entrada delas.

As garotas percorreram todo o condomínio, até chegar à residência da Rute. Chamaram, até que a senhora as atendeu de cara feia.

– Não acredito que o Seu Arlione deixou vocês entrarem!

– Senhora Rute, é que nós precisamos muito da sua ajuda, não vai negar socorro pra duas pobres garotas indefesas? – argumentou Kurai.

– Não adianta tentar, esse tipo de manipulação mental não funciona comigo.

– Vamos então, vou ligar pro Wander pra saber quando eles voltam – Eduarda disse para a outra.

– Ah, então vocês são amigas do Wander, belo traseiro ele tem! Entrem, tomem uma água, digam porque vieram aqui e depois rua!

As garotas aceitaram o convite. A velha as recebeu e trouxe a água que havia prometido.

– A senhora não tem empregados? A casa da minha mãe é menor do que essa e ela não vive sem pelo menos uns três – Kurai tentava puxar assunto.

– Faço coisas aqui que prefiro que ninguém veja –Mas vocês não vieram aqui para bater papo, são amigas do Wander e uma de vocês é paranormal, o que querem realmente?

– Viu, você não é paranormal, respondido. – Kurai disse para Madu – Mas Dona Rute, então eu sou paranormal, e agora que eu sei que existem outros, tenho razões para crer que o meu pai, desaparecido há dez anos, sumiu por causa dos meus poderes. Não sei bem explicar o porquê, mas é o que eu sinto.

– Você é sensitiva, deve estar certa. Mas desculpe, não treino nem faço consultas para mulheres, não percam o seu tempo aqui.

– E se eu botar um cara bonito na sua fita? – propôs Moonlight.

– Hum... o traga até aqui e eu avalio a situação.

Kurai pegou o seu telefone e discou.

– Kurai, minha linda e maravilhosa, há quanto tempo! – o homem atendeu.

– Oi Clécio! O que você acha de transar hoje? – perguntou Kurai.

– Demorô! Onde você está agora?

A moça deu o endereço e vinte minutos depois, o porteiro interfonou para a dona Rute, dizendo que um tal de Clécio queria falar com ela. A dona da casa autorizou e em incríveis dois minutos, ele já estava lá.

Rute abriu a porta e lá estava um homem com cerca de vinte e cinco anos, moreno, alto, cabelos lisos e usando uma estilosa boina preta. Ele passou direto pela idosa e foi até sua conhecida.

– Que bom que você me chamou, tava com tanta saudade de você que a minha mão dói, deve ter algum quarto nessa mansão onde podemos ir – Clécio falou para Kurai.

– Calma aê! Eu perguntei o que você achava de transar hoje, mas não disse que seria comigo.

– Ah, então é você? – o rapaz se dirigiu a Maru – hoje é o meu dia de sorte, você é muito bonita.

– Também não é ela – disse Kurai.

– Ué, então quem é então?

– Eu – falou Rute.

– Quê? Não, de jeito nenhum, vou vazar daqui!

– Mas Clécio... – Kurai fez cara de choro.

– Lá lá lá, não estou te escutando – o homem tampou os ouvidos e começou a cantarolar.

– Se fizer isso por mim, vou te recompensar bem. Muuuito bem, do jeito que você gosta – propôs Kurai.

– Arf... tá bom, vamos dona...

– Rute, e não me chame de dona, me faz parecer uma velha.

– Tá bom, vamos logo com isso.

Clécio e Rute foram para um dos quartos, deixando as outras na sala mesmo.

– Você usou aquela coisa de manipulação de pra convencer esse seu amigo a traçar a Dona Rute? – Madu perguntou.

– Não. Ele era o meu P.A. um tempo atrás.

– P.A.? Progressão aritmética? – perguntou Eduarda.

– Pau Amigo. Eu enjoei dele e não fazemos nada há bastante tempo, mas eu sabia que ele não ia resistir à chance de dar umazinha comigo de novo, ainda mais que eu sei fazer um espetacular...

– PÁRA! Por favor, já ouvi mais do que eu gostaria – a outra implorou.

Meia hora depois, o casal voltou à sala. Clécio parecia incomodado, ao contrário da Rute, que estava bem satisfeita.

Eu sou o Clécio. Tenho vinte e três anos e o meu nome completo é Cleciobaldo Mutumbo da Silva, mas podem me chamar só de Clécio mesmo.

Quando eu era criança, fui roubar jaca no sítio do Seu Nicolau quando acabei derrubando uma colmeia e fui atacado por uma porrada de abelhas. Comecei a correr desesperado, e quando estava quase sendo picado, as abelhas ficaram paralisadas. Olhei em volta e vi que não só elas, mas tudo estava parado: as árvores, os pássaros em pleno voo, tudo exceto eu. Corri mais e quando eu já estava a salvo, tudo voltou a se mover.

Com o tempo descobri que tinha o poder de fazer o tempo parar. Tentei contar pra minha família, pros meus colegas, mas toda vez que eu uso esse poder, todos param e quando voltam, não percebem o que aconteceu e me chamam de mentiroso, daí eu desisti.

Apesar de tudo eu levo uma vida normal. Utilizo os meus poderes para ajudar pessoas, como uma vez que eu salvei um garotinho que ia ser atropelado por um carro, mas principalmente, o utilizo para olhar em baixo da roupa das mulheres.

– Agora está na hora de cumprir a minha parte do acordo. O que vocês querem exatamente? – a velha perguntou.

– Eu gostaria de encontrar o meu pai, João Moonlight – Kurai se adiantou.

– Ah, o João Moonlight, eu o conheci. Um bom guerreiro paranormal, e não é o tipo de homem que abandonaria a filha sem motivo.

– Ah, eu sabia que minhas habilidades tinham alguma coisa a ver com o desparecimento dele… – Kurai parecia melancólica.

– Não se culpe, o mundo lá fora é bastante hostil para quem nasceu com o dom. Eu não tenho informações sobre o seu pai, mas sei quem pode ajudá-la. Já ouviu falar dos amuletos dos quatro elementos?

– Eu já – Madu se adiantou – Eu já vi o amuleto do fogo, ele estava com o falecido inspetor Joaquim e depois uma loira o levou, qual era o nome dela mesmo… ah é, Tatielly, uma agente do F.B.I. E agora o Wander, a Ashumaru e um outro sujeito foram resolver o caso de um garoto que teve o amuleto da terra roubado.

– Então a Tatielly está envolvida nisso… – Rute ficou reflexiva – agora eu vou contar sobre tudo o que vocês precisam saber sobre os amuletos, caso decidam ir atrás deles.

*****

De manhã, todos já estavam de pé na casa do Mark reunidos discutindo sobre a investigação.

– Temos que começar a procurar pistas. Eu ainda acho que temos que ir atrás da Tatielly, lembro direitinho quando de ela pegou o amuleto com o Seu Joaquim e falou “só faltam dois” – disse Wander.

– É provável que ela queira reunir todos. O meu é o da terra, você falou que essa mulé levou o do fogo, será mais quantos existem? – perguntou Mark.

– Peraí que eu tenho isso num livro – Ashumaru pegou aquele livro que ela carrega – aqui tá dizendo que são quatro: terra, fogo, água e ar.

– Mas o que eles fazem? Se tem pessoas matando pra reunir todos, devem ser muito valiosos – falou Angel.

– Aqui tem o nome, um desenho e uma descrição de cada um deles, vou ler pra vocês – Ashumaru começou a ler.

Nesse momento, Gabriel se afastou dos outros, saiu da casa e foi para o quintal.

– Por que você se retirou Gabe? – perguntou uma voz feminina.

– Não há nada naquele livro que eu não saiba.

O homem retirou um punhal prateado da cintura, fez um estranho movimento e uma fumaça verde saiu da arma. Em alguns segundos, a fumaça se transformou em uma bela jovem morena com longos cabelos lisos.

– Mas é a Ashumaru que tá lendo. Eu acho que ela gosta de você – a garota estava com um sorriso malicioso.

– Você sabe que não tenho tempo pra namorada – falou Gabriel, sério como sempre.

– Mas quem disse que eu tô falando de namoro irmãozinho? Tô falando de sexo mesmo, vocês dois vão prum canto, tu dá um trato nela e pronto. Se ficar com vergonha porque eu sempre estou por perto eu saio pra dar uma volta enquanto você faz o serviço, o que acha?

– Você não muda mesmo, Natália – Gabriel esboçou um pequeno sorriso.

– Eu morri mas ainda tô viva! Já falei o que eu queria, agora vou voltar pra soul blade, nunca se sabe quando vamos precisar de força total – ela voltou a ser fumaça e logo em seguida, voltou para o punhal.

Dentro da casa, Maru estava lendo o livro em voz alta.

– Amuleto da terra: intensifica o poder elemental da terra do paranormal ou mago que o esteja portando. Alguns feitiços de terra avançados só podem ser realizados caso seu conjurador esteja com este amuleto, como por exemplo a invocação de um exército de gólens de pedra. Nos últimos duzentos anos, o amuleto da terra está sendo guardado pela família Lavesque.

– Ih, é a minha família e o amuleto que me roubaram – comentou Mark.

– Amuleto do fogo: intensifica o poder elemental do fogo e além disso, possui poderes próprios, mesmo que o seu portador não conheça feitiços do fogo, poderá utilizar alguns deles. O amuleto do fogo possui a peculiaridade de poder ser tocado apenas por paranormais, se alguma pessoa comum o segurar por muito tempo, sofrerá combustão espontânea e morrerá. No passado, um mago que desejava os poderes desse amuleto construiu uma caixa capaz de guardá-lo, assim é possível para um não paranormal usá-lo com segurança.

– Amuleto do ar: também aumenta poderes de água blá blá blá. Pode ser tocado por qualquer pessoa, porém se torna mais poderoso quando utilizado por pessoas com alta sensibilidade espiritual.

– Amuleto da água: semelhante aos outros. Pouco se sabe sobre ele, mas rumores dizem que ele é contém um espírito ancestral que julga o seu portador, se o espírito considerar o portador forte, o ajudará, se considerá-lo fraco, ele o destruirá.

– Pode ser um problema sério se alguém mal intencionado conseguir todos os amuletos, é poder demais para uma pessoa só – comentou Angel Moon.

– Mas não é só isso – disse Ashumaru – esses são os poderes de cada amuleto individualmente, mas as páginas seguintes falam sobre o que acontece quando todos os amuletos estão juntos. Vou voltar a ler.

*****

– Mas o que isso tem a ver com encontrar o meu pai? – perguntou Kurai.

– Vocês não me deixaram terminar! Eu só contei sobre cada amuleto faz individualmente, mas quando reunidos, novos poderes são revelados. O primeiro deles é que o portador dos amuletos é capaz de executar qualquer magia, mesmo as que não são elementais. O segundo, eles irão possibilitar que o dono force um ou vários espíritos a entrarem em uma soul blade, uma espécie de arma habitada por um espírito. A terceira é que ele dará a localização do Grandium dessa era.

– Gradium? – os jovens estranharam.

– Já ouviu falar em médiuns? São pessoas que conseguem se comunicar com espíritos, mas também existe o Grandium, que é um ser onisciente e que pode responder a qualquer pergunta. Você poderia perguntar sobre o paradeiro do seu pai se conseguir encontrar o Grandium.

– Então tá, vou procurar esses tais amuletos – disse Kurai.

– Beleza, eu vou com você – Clécio se ofereceu.

– Não precisa, pode ser perigoso pra você… – disse a garota.

– Realmente é perigoso, mas dois paranormais é melhor do que um só – falou Rute.

– Dois? Você não tinha falado que a Dudinha não era paranormal? – Kurai estranhou.

– Não estou falando dela, estou falando do seu amigo delicioso.

Clécio deu uma piscadinha para a amiga.

– Você é paranormal? Por que nunca me contou?

– Porque você nunca perguntou – ele respondeu tranquilamente.

– Eu também vou! Posso não ser paranormal mas serei útil – Maru se animou.

– Isso mesmo jovens! – Rute vibrou – W no nível em que estão, vocês morrerão rapidinho!

– Ah? E você fala isso com essa traquilidade? – reclamou Clécio.

– Sou realista. Mas se querem mesmo partir nessa jornada, eu posso treiná-los para que tenham alguma chance de sucesso. Só vou pedir uma coisa em troca.

– Ah não, de novo não, arranja outro – Clécio negou insistentemente.

– Não é isso. Eu quero que me tragam a Tatielly de volta.

– Tá, trazer uma pedagoga até aqui não deve ser difícil – Madu concordou.

– Mas por que você quer isso? – perguntou Kurai sentindo uma alteração no padrão emocional da senhora.

– Porque ela é minha neta!


Notas Finais


Uou, a Tatielly é neta da velha tarada, mas o que ela estará tramando com relação aos amuletos?
Obrigado por lerem e até o próximo!


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