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História Realize that it's gone - I don't know what's inside of me


Escrita por: tylerjoseph

Notas do Autor


atrasei? sim, mil desculpas
mas...... TO ESCREVENDO MAIS UMA FIC JOHSLER
vai ser one shot e quero fazer bem feita então vai demorar para eu postar
enfim, obrigada favoritos e comentários <3 AMO VCS
gente desculpa os parágrafos ficam meio estranhos quando copio do word pra aqui
no pc n fica tão bugado
ainda fica
UPDATE, do futuro: nunca terminei essa one shot infelizmente.

Capítulo 16 - I don't know what's inside of me


           O barulho da embalagem sendo aberta explodiu nos meus ouvidos, Josh havia voltado com um pacote enorme de Doritos na mão. Não havia mais ninguém em casa naquela hora, seus pais haviam saído para jantar, então decidimos ir ver filme na sala da televisão, no andar de baixo. Eu já havia me acomodado no sofá, e ele fazia o mesmo enquanto me oferecia o salgadinho, que eu aceitei e coloquei um punhado na minha boca.

            — O que vamos ver? — Indaguei, me reclinando para trás tentando desviar dos movimentos do menino de cabelo vermelhos, mas desisti quando sua cabeça se apoiou no meu ombro. Era tão confortável, queria ficar daquela maneira para sempre.

           — O que você quiser.

          — Me ajuda, não vou escolher sozinho. — Peguei o controle da TV e comecei a acessar a Netflix, pois, graças, o Josh era rico e tinha direto instalado no aparelho, não era necessário um computador com cabo HDMI para transmitir o aplicativo.

           — Você gosta de Harry Potter, não?

           — Sim, mas você disse que era ruim.

          — NUNCA DISSE ISSO. — Negou, olhando de soslaio, indignado, para mim. Dei os ombros. — Enfim, eu nunca vi inteiro, poderia dar uma chance.

— Okay então. — Disse, impressionado com a mudança de opinião.  — Acho que só tem o último filme na Netflix.

— Deve haver algum site ilegal por aí que tenha o primeiro, é possível pesquisar na própria televisão, só clicar no ícone da internet.

— Rico. — Zombei e levei um leve tapa como resposta. Após acessar três sites aleatórios inundados de vírus, conseguimos um com razoavelmente menos propagandas, que ocasionalmente nos lançava em algum site de pornografia e Josh fez questão de cobrir meu rosto, como uma criancinha. — JOSH, eu não tenho cinco anos.

— Não é por isso. — Sua voz praticamente foi abafada pela oscilação de tom emitida.

— Por que então? — Provoquei, realmente questionando.

— Dá para parar de perguntar? Só queria ver um Harry Potter infantil e inocente, pelo o amor de deus.

— Okay, okay. — Ri. — Sabia que existe uma teoria da conspiração que na verdade a saga inteira seja a respeito se ser gay?

— Pare de piração, cale a boca e coloque o filme.
       — Ás suas ordens. — Falei, então o vídeo começou a rodar. Fui explicando aos poucos os detalhes que ele não entendia, rimos de diversas cenas aleatórias que não devíamos e acabamos comendo o pacote inteiro daquele lixo com gosto de pimenta e queijo. Josh não havia gostado tanto assim, era óbvio, mas fez o seu melhor para fingir que estava amando, e eu apreciei sua boa vontade quando pediu para colocar o próximo. Tivemos uma sequência um tanto curiosa e constrangedora de situações, quando por exemplo comecei a pentear seus cabelos com os dedos, ou quando Josh quase me abraçou por trás. Foram questões esquecidas e que não falaríamos sobre no momento, apesar de eu querer.

   Meus olhos foram se fechando ao longo do segundo filme, e o cansaço me atingiu bruscamente. Josh tentava me manter acordado, mas era uma missão impossível. Meu corpo ficou leve, então adormeci ali mesmo.

   Bom, o jeito que acordei foi a pior coisa que havia acontecido no dia. O menino agora não estava mais no “quase”, mas literalmente me abraçava por trás. Ambos nós esticados no sofá, cobertos por uma manta grossa. Seus braços apertavam delicadamente meu quadril e uma de suas mãos deslizava pelas minhas costas, ou seja, ele estava acordado. ELE ESTAVA ACORDADO, CONSCIENTE DE SUAS AÇÕES, HAVIA ME ABRAÇADO COM INTENÇÃO. Ah, que hora boa para morrer.

  Eu estava imóvel, sem saber se deveria fingir dormir novamente, mas meus olhos deviam estar abertos até demais e minha respiração havia tomado um ritmo desesperado, meu coração disparou, meu corpo aqueceu e eu estremeci.

— J-Josh? — Sussurrei e imediatamente o mesmo retirou suas mãos de mim e começou a se desculpar.

— TY. Eu.... eu.... m-me desculpa, eu não queria fazer isso, foi sem querer, me desculpa, me desculpa.

— CALMA, JOSH. — Falei, me levantei um tanto, o suficiente para ver o seu rosto e notar sua aparência bagunçada e desesperada. Aproveitei para olhar o relógio da sala rapidamente, ainda estava de madrugada. — Está tudo bem, pode continuar.

            — O que?

            — Continue, sério, estava bom.

            — Tyler?

        — Por favor. — Não me importava mais com as minhas palavras, nem tinha mais consciência dela, só desejava os toques novamente, que foram concedidos. Sua mão voltou estranhamente até o meu quadril, enrolando-o. O menino não estava tão seguro quanto antes, bem pelo contrário, exalava medo de cometer algo erro, o que eu achei adorável.

      Se passaram alguns minutos, porém nenhum de nós prestava atenção no filme. Meu coração estava descompassado, minha mente perdida nos pensamentos de Josh e eu começava a tremer. Eu queria mais, entretanto sabia que não poderia, era arriscadíssimo.

          — Josh?

         — Oi?

        — E se alguma coisa acontecer entre nós? — Não era necessário eu informar sobre o que estava me referindo, era óbvio para ambos.

         — Nada vai acontecer entre a gente. — Falou com firmeza, se distanciando de mim e cessando o abraço. Me levantei levemente com o braço, virando e o olhando.

     — E se? — Insisti. — Ás vezes não conseguimos controlar esse tipo de coisa.

       — Não vai. — Percebi seu olhar fixo e incoerente.

       — Josh...

      — EU NÃO SEI, OKAY? — Levantou-se, assim como seu tom de voz. — EU NÃO SEI, EU... eu não quero perder a sua amizade de qualquer maneira. Desde o início a gente anda caminhando torto, mas os últimos dias vem sido piores, e sei que não vai melhorar. — Ele engatinhou até a ponta do sofá e se sentou com as pernas cruzadas ali. Levantei e fiz o mesmo, do lado oposto, tendo uma visão melhor dele. Sua regata preta amassada, seu cabelo inteiramente bagunçado, mais uma vez, adorável. — Eu não quero que isso aconteça, não mesmo. Não...NÃO PODE ACONTECER.

            — Tem como parar de gritar? — E foi naquele momento que eu percebi como Josh estava mais assustado ainda do que eu, sem conseguir formar respostas planas, querendo que isso jamais tomasse rumo. — Você... você... gosta de mim, então? — Perguntei, hesitante.

            — Isso n-não é óbvio? — Gaguejou. — Desde aquele dia no consultório do meu pai, todo no canto escutando música, achei você.... não consigo explicar, mas foi grosso comigo e acabei amando o fato de ter que jogar duro. Esse seu cabelo marrom macio, a sua voz maravilhosa enquanto canta, o que faz bem para caralho, sonho com os dias em que vou te ouvir mais uma vez daquele jeito. Fui perguntar para o meu pai sobre você, mas ele não podia comentar sobre pacientes, então roubei a sua ficha. Eu li todas aquelas anotações e... eu fui um ignorante, seria completamente incapaz de lidar com uma situação dessas, mas pelo o visto consegui, e isso é o que me faz mais feliz. Passei dias e noites conversando com a sua mãe desesperada por você não tomar os remédios, sem saber o que fazer, acabou pedindo minha ajuda. E é isso que eu gosto, te ajudar, ficar do seu lado... — O menino repousou suas mãos no colo e olhou para as mesmas, tentando deixar a situação menos desconfortável. — Porra, Tyler, e-eu gosto sim de você, muito. Odeio como eu sinto que sempre tenho que te abraçar, até te beijar e... coisas que não quero falar sobre. — Soltei uma leve risada e ele me olhou com censura. — Me desculpa, me desculpa, me desculpa. Eu estou sendo tão contraditório, mas estou desesperado e não sei mais o que fazer.

            Josh gostava de mim.

            Josh havia acabado de se confessar.

           Josh estava com medo, assim como eu.

        Como eu seria capaz de processar tudo aquilo que havia sido dito?

            Josh gostava de mim.

            Josh gostava de mim.

            JOSH GOSTAVA DE MIM.

          Quem é você, Tyler? Uma adolescente de doze anos loucamente apaixonada? É, talvez.

          — Você gosta de mim? — Precisava ouvir só mais uma vez.

      — Eu gosto de você, Ty, pensei que já soubesse. — A melodia que aquelas palavras produziam eram como música nos meus ouvidos. — Agora você precisa falar.

            Eu gosto de você, Ty.

       — Eu, ah... e-eu... Eu não sei como é gostar de uma pessoa, okay? Não mesmo, mas talvez... talvez eu esteja sentindo isso agora, eu não sei de nada que está acontecendo, estou confuso, muito confuso. É estranho conversar sobre sentimentos assim, me sinto desconfortável; tudo sempre passa pelas nossas cabeças, mas nunca somos capazes de colocar isso para fora, é impossível reproduzir. Talvez seja porque nunca aprendemos, sempre foi nos ensinado que não devíamos falar sobre tais coisas, principalmente nós... meninos. — Suspirei. — Nós vivemos em um mundo em que sentimentos simplesmente não podem ser definidos com palavras, em que os mesmos ficam acumulados na nossa cabeça se remexendo e procurando uma saída, e uma coisa que eu aprendi com a esquizofrenia foi isso, não há porta nenhuma, eles estão lá desde sempre e continuarão, só acabamos os despertando de vez em quando. — Eu nem sabia mais o que estava falando, só enrolava a ponto de fazê-lo entender algo, tirar a expressão incompreensível de seu rosto. — Pode ser que eu tenha acordado o meu sentimento de gostar de alguém... de você, mas não consigo entender ele ainda, apesar de eu querer mais do que tudo. Eu aprendi a viver com essa confusão, mas ela necessita ser arrumada e organizada antes que eu volte a fazer merda de novo. — Ele negava com a cabeça por algum motivo, então finalizei. — Desculpa Josh, eu me convenci de uma coisa, porém não sei se é certa, então não consigo te responder de imediato.

            — Posso te abraçar? — Isso é sério?

            — O que?

            — Por favor?

         — Okay. — Cedi permissão, então o garoto se aproximou de mim, me enrolando em seus braços quentes e confortáveis.

            — Ty, nós dois estamos com medo, e eu acho que isso é normal. — Falou baixinho, perto do meu ouvido. Soltei uma leve risada enquanto retribuía o abraço. — Talvez não a coisa mais comum entre adolescentes, que geralmente são desesperados por qualquer coisa. Você... nós somos um caso especial. Não seria a mesma coisa com qualquer outra pessoa que eu ficasse com alguém na escola, porque eu sou um estereótipo ambulante em questões emocionais e de personalidade. Mas você, Tyler, você é o meu floco de neve especial. Eu te vi em situações indesejáveis, me contou coisas que eu sabia que não queria, e... talvez não seja muito sociável, mas o que importa é que eu te conheci, e que você é muito importante para mim, muito mais do que qualquer outro “colega” que eu tenha por ai, colocou a minha vida de ponta cabeça. Tudo eu faço pensando em você, e até quando eu não faço absolutamente nada. Você me fez tão gay, puta que pariu, Tyler Josefino. — Mais uma risada foi liberada. — Acordou as partes mais homossexuais da minha cabeça e eu te odeio por isso, mas não me importo. Eu vou te abraçar e segurar a sua mão quantas vezes eu quiser, não dou a mínima nem para os outros, nem para mim mesmo que me incomodava um tanto no início. Depois que você falou, caiu a ficha em mim. Eu não quero que isso aconteça, de jeito nenhum, contudo, se for para acontecer, quero que seja da melhor maneira possível, que tudo fique perfeito entre nós e que eu consiga te fazer feliz. — Nos separamos do abraço, porém suas mãos continuaram apoiadas no meu antebraço enquanto nos fitávamos profundamente nos olhos um do outro. Suas vistas castanhas como chocolate brilhavam quase como iria chorar, mas não de tristeza, de alívio. Ele umedecia frequentemente os lábios, mas mantendo a cabeça no exato lugar. — Que eu consiga te fazer sentir feliz, bem e... não mais sozinho, nunca mais. — Suas palavras penetravam em mim e faziam cada átomo do meu corpo derreter com fogo. Eram suaves e dóceis, porém agressivas e quentes ao mesmo tempo, acompanhadas de sua voz grave e um tanto melodiosa, lindas. Ele era lindo. Merda. — Mais uma vez, eu não quero isso, mas se você quiser tentar, eu vou estar aqui, okay? Só preciso que me prometa que não vai deixar de ser meu amigo se der alguma merda.

            — Eu... eu posso pensar?

        — Pode pensar por quanto tempo precisar, mas talvez seja melhor dormirmos já, talvez alguém nos de um sinal por um sonho, são quatro da manhã.

            — Obrigado, Josh.

            — Obrigado você Tyler, eu só não quero perder o que a gente construiu, iria doer demais.

            Talvez até mais para mim, Josh. 


Notas Finais


cap ficou curto desculpa, mas foi importante
só uma conversazinha ( HHEHEHAAA ) entre os dois bbs
alguém pegou as referências de bastille?
OBRIgada POR LEREM <3 até


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