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História Todos os Natais são felizes? - L3ddy - Único: Como meu amor.


Escrita por: Viih_Scott

Notas do Autor


E olha quem está aqui de novo fazendo uma nova fanfic! Haha, eu! Desculpa, já virou um vicio! Hahaha

Mas essa é um "Especial de Natal" adiantado, ok? Me Agradeçam! Hehe.

Espero que gostem, deixem o favoritos e os comentários, ok? Amo vocês hoje e sempre, um beijo!

Capítulo 1 - Único: Como meu amor.


Narrativa: Lucas Feuerschütte. (Luba). 


Ele havia prometido ficar, as palavras dele ecoando como uma melodia reconfortante. As memórias dos abraços calorosos, das juras de amor, todas ressoavam em minha mente. No entanto, ali estava eu, numa manhã cinzenta de quinta-feira, em um quarto de motel desgastado, enfrentando a cruel realidade de ser mais uma vez usado por aquele que dizia me amar.

A sensação de ser um mero apêndice em sua vida crescia a cada instante. Cada abraço, cada momento compartilhado, agora parecia uma encenação cruel. No silêncio das noites compartilhadas, questionava-me sobre a sinceridade de seus gestos. Aquelas manhãs ao preparar o café, quando seus braços me envolviam por trás, eram agora sombras de promessas que se dissipavam.

A dor se intensificava a cada conexão física, a cada olhar tranquilo durante o sono dele. Sentia-me diluído, perdendo a essência de mim mesmo em uma teia de ilusões. Na quietude do quarto de motel, a tristeza se instalava como uma companhia indesejada, enquanto eu confrontava a amarga verdade de ser apenas um capítulo passageiro na história da pessoa que mais amava.

Eu me sinto mal, não queria ter conhecido ele daquela maneira, não queria tocá-lo, não queria sentir, não queria beijá-lo. No entanto, ele me envolveu de uma forma irresistível, parecia sinceramente apaixonado, como se estivesse disposto a renunciar a tudo por mim. Mas não foi assim. Ele mentiu.

Mentiu mais uma vez, como todos os outros, jurou amor, mas era apenas falsidade. Afirmou que ficaria ao meu lado, Lucas, ele está? Está ao teu lado? Não! Ele não está! Ele mentiu novamente.

Em meio à minha própria tolice, acreditei cegamente! Um tolo, um tolo, um tolo grandioso, assim sou eu! E agora, onde ele se esconde? Em outra cama, com uma mulher à qual é infeliz, e mesmo assim persiste na mentira, jurando amor enquanto se encaminha para um casamento fadado à infelicidade. Maldito seja, Lucas Olioti!

Por que não me deixas em paz? Qual é o prazer em mexer tanto comigo? Por que não permites que eu siga livre, Lucas? Qual é o teu problema? Meu amor por ti é intenso, enquanto tu apenas simulas o mesmo. Deixa de ser assim, por favor! Chega! Não suporto mais.

Decidido, levantei-me da cama, direto para o banheiro. Um banho rápido, vesti-me como na noite anterior e desci as escadas, entregando as chaves à recepcionista. Ao pegar meu carro, acelerei em direção a casa.

Ao chegar, entrei bufando. Recusei-me a chorar, não havia mais necessidade. Cansado de sofrer por alguém tão insensível, dirigi-me ao quarto, abrindo o guarda-roupa. Suas peças estavam lá. Peguei-as e as levei para trás da casa, lançando-as ao chão. De volta à casa, agarrei uma garrafa de álcool e uma caixa de fósforos.

Voltei para onde estavam as roupas e as embebi em álcool. Ao sentir que estavam completamente encharcadas, acendi um fósforo, soltando um suspiro profundo. O calor crepitante envolveu o ambiente enquanto as chamas dançavam, iluminando minha decisão temerária.

Eu: Basta. — sussurrei, lançando-o sobre suas roupas, que logo se inflamaram.

As chamas dançavam diante dos meus olhos, uma dança efêmera que ecoava o fogo ardente dentro de mim. Umedeci meus lábios, engolindo em seco, desejando extinguir a chama que queimava meu peito. Ansiava quebrar o círculo vicioso que me mantinha cativo, ansiava por libertar-me do desejo insaciável de seu toque, beijos e cheiro. Queria desesperadamente esquecer tudo, cada lembrança que insistia em me lembrar dele.

Peguei meu celular, arranquei meu chip e o arremessei no fogo. Não suportava mais aquela voz grave ecoando enquanto ele compartilhava sua vida com outra, desejando apenas o meu corpo. Aguardei ansiosamente, cerca de 20 minutos, antes de extinguir as chamas com água.

Ao retornar à minha casa, afundei-me no sofá, repleto de lembranças amargas. Este mesmo sofá, onde nosso primeiro beijo aconteceu. Se soubesse que aquele momento seria o prelúdio de tanto sofrimento, teria recusado seu telefonema e evitado convidá-lo para estar aqui.

Levantei-me, peguei minha carteira e saí decidida a comprar um novo chip. Na loja próxima à minha casa, efetuei a compra e paguei, aliviada por ter todos os números anotados no meu caderno.

Caminhei em direção ao parque central e, ao me sentar num banco, refleti sobre a paisagem que um dia imaginei como cenário do nosso casamento. Agora, ele está prestes a se casar, mas sem a minha presença, deixando-me imersa em lembranças de um sonho que desmoronou.


Flashback:

Sentados no chão macio, envolvidos pela serenidade do ambiente, contemplamos as águas tranquilas enquanto os melodiosos cânticos dos passarinhos pairam suavemente sobre nós.

Eu: No que está pensando? — sussurrei, deslizando suavemente meu nariz pelo seu pescoço.

T3ddy: Em nada demais... — sorriu. — Ei, você já considerou a ideia de casar? — me surpreendi, soltando um riso suave. — O que? Apenas uma pergunta curiosa.

Eu: Sim, penso sim... — concordei com um sorriso. — E você? Já considerou a ideia de casar?

T3ddy: Só se for com você... — sorriu, selando nossos lábios com um breve beijo. — Imagina que incrível seria casarmos aqui, à luz do sol se pondo, ambos vestidos com smokings pretos, um padre conduzindo a cerimônia, e convidados especiais... — o olhei, sorrindo amplamente.

Eu: Seria maravilhoso... — entrelacei minha mão na sua, sentindo o calor reconfortante.

T3ddy: Eu juro que vou ficar contigo para sempre. — falou baixinho, ao meu ouvido. — Eu te amo, Lu.

Eu: Eu também te amo, amor. — o selei lentamente, perdendo-me na doçura do momento.



Eu acreditei tão profundamente na sinceridade daquele "Eu te amo", na ternura daquele beijo; seus lábios, macios e desejados, deixaram uma impressão calorosa em mim. Ao retornar para casa, encarei meu reflexo no espelho do banheiro, uma torrente de emoções prestes a transbordar.

Ao remover o casaco, deparei-me com marcas reveladoras da noite anterior. Meu pescoço exibia tons de roxo, recordando os momentos intensos compartilhados. Despi minha camisa, revelando arranhões nas costas e a marca avermelhada em minha cintura, testemunhas silenciosas da paixão e intensidade daquele encontro. Uma sensação avassaladora me envolveu, deixando-me à beira das lágrimas.

Lágrimas escaparam involuntariamente, enquanto eu lutava para conter o choro, mas a emoção era avassaladora. Os soluços ecoavam no silêncio do banheiro.

Após desabafar, lavei meu rosto, tentando apagar as marcas visíveis da tristeza. Ao me deitar, a exaustão me dominava, e a falta de ânimo era palpável, uma sombra persistente. Não precisava de mais motivos para me sentir um completo fracasso.

O Natal se aproximava, mas o sentimento festivo parecia distante. Um presente amargo do universo, a uma semana da celebração. A única esperança residia na visita à casa da minha mãe, o refúgio onde talvez encontrasse um lampejo de felicidade. Sob as cobertas, deixei meu celular no criado-mudo, entregando-me aos sonhos na tentativa de escapar da dura realidade.



Com o som da chuva ecoando, ergui-me para fechar as cortinas, isolando-me do mundo lá fora. Na cozinha, deparei-me com o bolo de chocolate esquecido, feito com carinho no dia anterior. Resolvi dar a ele a atenção que merecia, cortando um pedaço que se desmanchava em sabor na minha boca.

Ao voltar à sala, mergulhei em séries, perdendo-me em tramas fictícias. Um inesperado toque à porta quebrou a monotonia. Desconfiado, espreitei pelo "olho-mágico", soltando um suspiro frustrado antes de permitir que o visitante persistisse com suas batidas.

T3ddy: Luba, abre. Sei que você está aí, amor... — T3ddy sorriu levemente. Eu fechei os olhos por um momento, respirando fundo. Devagar, destranquei a porta, encontrando seus olhos quando ela se abriu.

Eu: O que você quer? — Impedi-o de entrar, mantendo a postura. Ele me olhou com expressão confusa.

T3ddy: O que aconteceu? — Fitou-me, buscando respostas em meu olhar.

Eu: Tudo desmoronou, preciso de espaço. — Tentei fechar a porta, mas ele a segurou com firmeza.

T3ddy: O que houve com a fechadura? — Ignorou meu pedido, olhando fixamente para mim.

Eu: Fiz a troca, tem algum problema? — Mantive o olhar, buscando compreensão.

T3ddy: O que está acontecendo, amor? — aproximou-se, expressão preocupada — Eu não estou enten...

Eu: VOCÊ NUNCA ENTENDE NADA, OLIOTI! ESSE É O PROBLEMA! — exclamei, frustrada, as palavras carregadas de anos de desgaste — EU CANSEI!

T3ddy: Amor... — tentou novamente se aproximar, buscando entender com sinceridade.

Eu: PARA! PARA DE TENTAR ME MANIPULAR! — lágrimas escorreram, enquanto recuava, desabafando a mágoa — EU CANSEI DE VOCÊ! VOCÊ ESTÁ ME USANDO, LUCAS! DE NOVO! — solucei, a dor transparecendo em cada palavra.

T3ddy: Vamos conversar, Luba... Entra, você parece bastante agitado. — pediu em um tom mais suave.

Eu: NÃO, NÃO! VAI EMBORA! VOCÊ ARRUINOU MINHA VIDA! — ele segurou meus braços, e eu me debati. — Me solta, Lucas!

T3ddy: ME ESCUTA! — gritou, e eu o olhei assustado. — O que aconteceu? Me diz! — fitou-me com preocupação.

Eu: Por favor, me solta... — implorei, ofegante.

T3ddy: Não, não vou soltar até você explicar o que está acontecendo.

Eu: Isso não é um surto! Você é noivo, Lucas. Diz que me ama enquanto trai a mulher com quem vai se casar. — afastei-o de mim, as lágrimas surgindo novamente. — Ontem à noite, você prometeu ficar, mas foi embora. Vá, se case, seja feliz com ela. Vá embora.

T3ddy: Eu não vou embora... — se aproximou lentamente. — Eu não posso ir embora...

Eu: Por que não? Sua noivinha disse que iria sair? E passar o dia todo fora? O que aconteceu então?

T3ddy: Você sabe que eu te amo de verdade... — disse baixo.

Eu: Você não tem vergonha nessa sua cara? — o fitei, enquanto ele abaixava a cabeça. — Daqui por diante, nada de ligações, nada de sairmos juntos, nenhum beijo, abraço ou carícia. Troquei a fechadura e o chip. Me deixe em paz, Olioti.

T3ddy: Mas, Luba, por favor... — ele engoliu em seco. — Eu sei que errei, que te fiz sofrer, mas amor, lembra de todos os momentos que compartilhamos...

Eu: Quais momentos? Os falsos? Todos os que passamos não foram reais, T3ddy. Lembra da vez que disse que íamos casar no parque? — enxuguei as lágrimas, esboçando um sorriso irônico. — Eu sabia que nunca se concretizaria, era apenas mais uma ilusão. Já me livrei de tudo que me lembrava de você. E essas marcas no pescoço? — apontei, fazendo-o engolir em seco. — Alguém que me amará de verdade fará isso. Você não me tocará mais, T3ddy. — indiquei a porta enquanto ele assentia, virando-se para subir as escadas. — Ei, para onde vai?

T3ddy: Você disse que quer esquecer de mim. Posso, ao menos, pegar minhas roupas? — murmurou, olhando pelos ombros.

Eu: Quais roupas...? – levantei uma sobrancelha, mantendo meu tom frio. – Ah, claro... Estão do lado de fora, atrás da minha casa.

T3ddy: Você jogou minhas roupas pela janela? – ele me encarou.

Eu: Não... – neguei. – Quer dizer, também. Mas eu simplesmente coloquei fogo, junto com todas as nossas lembranças. – ele me olhou, surpreso.

T3ddy: Lucas, isso é alguma brincadeira? Já chega.

Eu: Brincadeira? Você acha que essa vida que eu vivo é fácil demais para ser uma brincadeira, seu babaca? – a raiva me tomou novamente. – VAI EMBORA AGORA! – abri a porta; ele caminhou até a mesma, mas parou, olhando-me.

Melhorando o diálogo e as ações dos personagens:

T3ddy: Desculpa... Não era minha intenção te magoar. Pode dizer que sou um canalha, cafajeste, que não presto, porque é verdade. Eu não deveria ter agido assim contigo. Espero ter a chance de me redimir. Eu te amo. — sorriu tristemente e saiu. Fechei a porta com força, tentando conter as emoções.

Incapaz de acreditar que ele poderia me tratar assim, senti uma onda de frustração e desapontamento. Suspirei profundamente, contando mentalmente cada respiração para recuperar a compostura. Num esforço para superar os momentos difíceis, retomei meu lugar no sofá, decidida a deixar para trás as lembranças recentes.



Dias depois. 

24 de dezembro, véspera de Natal, e minha vida parecia um caos. No entanto, hoje tenho a chance de reunir-me com meus pais e parentes, uma luz em meio às trevas. Sinto uma lacuna imensa, a ausência do carinho deles, dos abraços e das carícias que tanto me fazem falta.

Apesar disso, devo superar o intenso amor que nutro por Lucas. Hoje é o dia do seu casamento, uma realidade que me corta como uma faca. Será que devo aceitar viver nessa mentira para sempre? Preferiria a solidão eterna a suportar tal farsa.

Lucas, ele se casaria hoje, mas eu sabia que ele não o fazia por amor. Ele desistiria desse absurdo, ele não o amava, eu tinha certeza. Contudo, percebo que o amor dele é apenas por si mesmo, uma verdade difícil de encarar.

Enquanto me deparava com a perspectiva dolorosa do casamento iminente, meu aeroporto coincidentemente próximo à igreja onde ele se casaria, senti uma mistura angustiante de emoções. Antecipando a partida, organizei minhas malas no carro e, ao trancar meu quarto, questionei a razão dessa autotortura.

Descendo as escadas até a cozinha, bebi um copo d'água, mergulhando em pensamentos tumultuados. Sentia-me um espectro de sua presença, ansiando por ele mesmo quando distante. Seu perfume pairava no ar, uma dualidade intensa entre desejar tê-lo para mim e ansiar por libertar-me desse laço doloroso.

Olhei as horas, percebendo que o momento se aproximava rapidamente. Decidi apressar-me, evitando testemunhar o inevitável "Pode beijar a noiva" e a sensação amarga que isso traria.

Ao entrar no carro e ligar o motor, busquei coragem, resistindo à tentação de espiar dentro da igreja. Seria fácil revelar seus segredos, mas entre eles, eu também era um fardo.

Guiando pelas ruas, sob a chuva persistente, o dia sombrio refletia meu estado de espírito. Ao chegar à frente da igreja, parei. Era necessário testemunhar aquele momento para encerrar a dolorosa paixão que me consumia.

Sob o céu chuvoso e a agitação da igreja, meus pensamentos giravam em torno dele, uma presença que se infiltrava em cada canto da minha mente. A atmosfera estava carregada de desconforto enquanto observava os convidados inquietos, a ansiedade pairando no ar. Ignorando a chuva intensa, tomei a decisão impulsiva de sair do carro e abordar o segurança, buscando respostas para a agonia que se desdobrava ao meu redor. Mal sabia eu que essa escolha precipitada abriria portas para um mistério doloroso que transformaria o simples ato de observar em uma jornada intrincada.

Eu: Desculpe-me, mas o que aconteceu? — ele me olhou, curioso. — Sou amigo do noivo, mas estou sem tempo, pois estou prestes a viajar. Percebi que os convidados estão aglomerados. Algum problema?

Segurança: Parece que seu amigo ainda não chegou; o casamento parece ter sido cancelado, rapazinho. — olhei para ele, meus olhos se arregalaram.

Eu: Sério? Ele parecia tão confiante. — mentira, eu estava feliz com a notícia, mas não queria demonstrar.

Segurança: Parece que sim. Normalmente, quem se atrasa é a noiva, mas hoje foi ao contrário. Já faz meia hora que ele não aparece.

Uma senhora aflita se aproximou, seu olhar refletindo desespero.

Senhora: Ele não apareceu? — o segurança negou — Onde será que ele está? — disse, aflita.

Pensei: Era a mãe dele. Ele já me mostrara a mãe, uma pessoa incrível. Suspirei.

Eu: Preciso ir, agradeço pela informação. — ele assentiu.

Vera: Ei, rapaz! — olhei para ela. — Não nos conhecemos? — concordei. — Você é amigo dele, certo?

Eu: Sim.

Vera: Sabe onde ele está? — neguei com tristeza.

Eu: Tenho que ir, me desculpe.

Mergulhado na frieza e molhado até os ossos, questionei: por que ele desistiria agora? Não desistiu nem quando eram apenas namorados. E agora, às vésperas do casamento, ele a deixa esperando? Não queria admitir, mas havia uma estranha satisfação nisso.

Segui até o aeroporto, recusando-me a correr atrás dele como um cachorro abandonado. Ao chegar, uma trovoada ao fundo ecoou, aumentando meu desconforto. A sensação de medo me envolveu, imaginando se um raio resolveria cair na minha cabeça. "Minha semana já foi maravilhosa mesmo", ironizei, desiludido.

Certainly:

XXX: Precisa de ajuda? — perguntou um rapazinho. Eu, virado e distraído, nem olhei para sua cara.

Eu: Claro... — sorri, pegando uma das minhas malas — Obrigado. — olhei diretamente para ele — O que faz por aqui?

T3ddy: Eu vim te buscar de volta para mim... — disse, sorrindo — Não desistiria de você, Lucas, nem em sonho.

Eu: Faça-me um favor! Volte para aquela igreja. Sua mãe e sua noiva estão preocupadas. Vá e seja feliz. — falei de forma firme, retirando minha outra mala de sua mão.

T3ddy: Espera, você foi lá antes de vir? — revirei os olhos enquanto ele soltava um riso fraco. — Mas eu não posso, Luba. Eu só serei feliz contigo, entenda.

Eu: Lucas, não posso mais ignorar a dor que suas ações causaram. — Afastei-me dele, tentando conter as emoções. — Cada vez que dizia "ok" para te fazer feliz, eu sufocava minha própria tristeza. Sob a chuva, lembrei das noites que chorei por um amor que parecia escapar entre meus dedos. Queria apenas momentos genuínos, não ser uma opção conveniente. — As lágrimas se misturavam com a chuva em meu rosto. — Os "eu te amo" tornaram-se um eco vazio, enquanto você mentia para nós dois. — Olhei nos olhos dele, perdendo-me na tempestade de sentimentos. — Você se foi, Lucas, e agora é minha vez de partir.

T3ddy: Não! — segurou firmemente meu braço, virando-me com uma expressão intensa. — Não posso simplesmente deixar você ir, não mais... — falou em um sussurro, lutando para encontrar coragem para o que tinha a dizer. — Não quero perdê-la novamente. Os dias longe de você foram insuportáveis, dormindo sem o seu cheiro, vivendo uma farsa ao lado de outra pessoa. Sabe como é amar alguém e ser forçado a estar com outra? Dormir na mesma cama, tocar e beijar alguém que não desperta nenhum sentimento? Lucas, só de te ver, experimento um sentimento bom. Seu sorriso, seus olhos, sua boca... Luba, sua boca me deixa completamente perdido. — fitou meus lábios, e eu os umedeci involuntariamente. — Acordar ao seu lado, te abraçar, acariciar seus cabelos... Você não faz ideia de como foi difícil fazer essa escolha. Sair daquela igreja às escondidas, sem que ninguém me visse, foi quase impossível, mas eu consegui. Estou aqui, na chuva, apenas desejando te beijar e ter a certeza de que você será minha hoje, amanhã e sempre. Por favor, me perdoe. Volte para mim, amor. Abandonei tudo naquele maldito altar, não quero me casar com ela. Deixei tudo para trás porque eu te quero, só você. Faça valer a pena... — suplicou.

Eu: Queria ter começado assim, mas preciso visitar meus pais. Vou acabar pegando um resfriado aqui. - disse pausadamente, resistindo à tentação de acariciar seu rosto e me entregar como sempre.

T3ddy: Luba... - aproximou-se lentamente, envolvendo-me com seus braços, puxando-me para perto, nossos corpos se tocando. - O que preciso fazer para você ficar? Farei qualquer coisa, só me diga.

Eu: Fechei os olhos, suspirando. — Me diz que quer que eu fique, que sentiu minha falta... Diz que morreu de saudades dos meus lábios junto aos seus, sente a falta de me ter como seu. Preciso que me fale... — sussurrei, sentindo-o roçar nossos lábios lentamente.

T3ddy: — Lucas, preciso que você fique. Quero você só para mim, sinto saudades do teu beijo, amor. Fica aqui, prometo te fazer feliz e nunca mais errar. Prometo ficar, juro ficar do teu lado assim que você acordar. Beijar sua testa, dizer bom dia, ter os melhores momentos contigo, meu amor... — Ele beijou meu queixo, abri meus olhos, fitando-o. — Você fica? — Assenti.

Eu: Fico... Eu fico, Lucas. — murmurei, conduzindo-o suavemente em direção aos meus lábios, ansiosos por esse beijo que parecia inevitável.

Sob a chuva, em meio ao clichê encantador do beijo, percebi que não era apenas uma cena trivial, mas sim um momento que transcenderia o casamento e a viagem. Envolto na felicidade, sorri contra seus lábios, esquecendo o resto do mundo. Naquele instante, éramos os únicos protagonistas, e o "para sempre" ganhou vida.

T3ddy: Luba... — ele me chamou assim que interrompeu o beijo, e eu o encarei sorrindo. — Que tal irmos para o carro agora? Está chovendo e esfriou um pouco... — ri suavemente.

Eu: Ah, tudo bem... — o puxei, ele entrou e eu segui, completamente encharcado na cadeira. — Mas, amor... O que você vai dizer para sua mãe? Ela estava realmente preocupada, e e seus amigos? Todos estavam na cerimônia...

T3ddy: Eu dou um jeito depois, sem problema. Acho que minha mãe sempre soube que eu gostava de você... meio óbvio, mas mães sabem de tudo, né? — rimos. — Amanhã é Natal, que tal passarmos juntos? — ele me olhou surpreso. — O quê? Acho que deixei todo mundo preocupado por você, podemos pelo menos passar juntos, o que acha? — acariciou meu rosto.

Eu: Não sabe o quanto eu ficaria feliz com isso, seria maravilhoso... — ele sorriu bobo. — Mas preciso avisar minha mãe que não vou para Tubarão...

T3ddy: Depois a gente avisa, vai... Vamos para casa... — ele puxou meu queixo para si, selando nossos lábios. — Vamos... — se afastou, deixando um breve beijo no final.

Ao retornar para casa, a chuva dava sinais de trégua. Saí do carro, seguido por Lucas. A luz do entardecer começava a pintar o céu. Após trocar de roupa, percebi que Lucas estava enregelado. Emprestei-lhe uma peça, gesto que quebrou o gelo entre nós. Decidi preparar um café, buscando aquecer não apenas nossos corpos, mas também o ambiente que se enchia de uma atmosfera reconfortante.

T3ddy: Café não é meu forte, amor... — fez uma careta ao me olhar.

Eu: Só beba, vai te esquentar... — sentei ao seu lado, ele deu um gole e me abraçou, roçando o nariz no meu pescoço. — Ainda não caiu a ficha, sabia? — acariciei a mão dele na minha cintura.

T3ddy: Dessa vez será diferente, prometo. — sussurrou, me dando um selinho. — Eu te amo.

Eu: Também te amo, Lucas. — sorri.



Mais tarde.

T3ddy: Finalmente tudo está pronto... —sorriu ao dispor cuidadosamente a travessa de arroz na mesa, em seguida, me envolveu com um abraço caloroso por trás. — Algum pedido especial para o Papai Noel? —riu, seus olhos brilhando com alegria.

Eu: Hm... Em 2017, que nossa felicidade cresça ainda mais, que alcancemos cada sonho... —sorri, acariciando sua mão com ternura, enquanto observava os detalhes da mesa.

T3ddy: Espero que todos esses desejos se realizem... —beijou suavemente meu pescoço, transmitindo carinho. — Faltam apenas 10 segundos... —olhou para o celular com expectativa, revelando a ansiedade pela chegada do Natal.

Eu: Dez segundos.

T3ddy: Nove. — com um sorriso encantador.

Eu: Oito.

T3ddy: Sete.

Eu: Seis. — uma risada suave escapou.

T3ddy: Cinco.

Eu: Quatro.

T3ddy: Três.

Eu: Dois.

T3ddy: Este é nosso primeiro Natal juntos. — rimos suavemente, enquanto ele segurava ternamente meu rosto. — Parece que o Papai Noel acertou em cheio com meu presente de Natal... — sorrimos e nos beijamos, perdendo a contagem no meio da magia do momento.

Eu: Bobo... — sussurrei, desviando-me do beijo.

T3ddy: Só por ti... — sorriu, repetindo o gesto. — Vamos para a ceia?

Eu: Claro! — ri, nos acomodando à mesa, desfrutando da comida e compartilhando risadas.


Lucas Olioti, minhas palavras não são suficientes para expressar o amor que sinto por você, transcende esta vida. Cada batida do meu coração ecoa com a certeza de que esse sentimento é reciproco, um laço que vai além do tempo. Nossos destinos entrelaçados, formando uma história única e eterna.

Eu amo o teu ser. 



Notas Finais


Espero que gostem!


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