História Reapertale - Hurts Like Hell.

Lutar contra essas correntes é completamente inútil! Inútil! Inútil! Faz Horas que ele saiu e faz horas que eu tento sair daqui. horas.  Até que eu consigo ouvir duas pessoas conversando, dois rapazes, para ser mais exata. As vozes eram me familiares, mas de quem seria?

-A culpa é sua.

-Aham, Claro. Não fui eu que matei a pirralha.

-Ela é da mesma idade que você seu retardado.

-Tch, como se eu soubesse.

Algo se mecheu nas sombras atrás da imensa árvore e dois rapazes se revelaram. Ambos albinos. Aparentavam ser irmãos, mas a diferença é que ambos utilizavam máscaras cobrindo todo o rosto.Eles discutiam entre si e ao mesmo tempo se aproximavam de mim, sem olhar para meu rosto.

-An... Oi?

-oi.- Disse um deles que utilizava uma jaqueta surrada, segurando minhas correntes e ao mesmo tempo as congelando só de tocar.

-WOW. C-COMO??

-Como ele fez isso? Bom, é um dos poderes dele.-Completou o outro.- Ah, e a propósito, Olá minha dama. 

Ele acenou para mim e tirou a máscara.

-WILL SEU IDIOTA, NÃO TIRA A PORRA DA MÁSCARA AGORA! ELE PODE ESTAR POR AQUI!

-Nossa você nunca foi rude comigo assim parceiro do meu coração.

-Will?!?-Olhei para ele incrédula- Então você deve ser o.. SHADOW?!

--Pelo ou menos ela não é burra.

-AHEM.

-Tá, tá, desculpa.- Disse Will cruzando os braços e revirando os olhos.

Eu me joguei encima do pescoço do Shadow o abraçando e agradecendo o tempo todo

-Desculpa.- Falou ele por fim.

-Desculpa pelo quê?

-Ter te matado e ter causado... Esse inferno na sua vida. Transformando seu namorado num ser sem alma, com sede de sangue.

-Igual a própria, se lembra de quando ela era aquela desalmada com sede de sangue também? A gente combinava lembra?

-Pelo amor de Deus, mesmo incorpóreo você é insurportável.

-De nada amorzinho :3

-Não me chame assim.

-Primeiro: Vou fingir que não ouvi isso. Segundo: Vocês são homosexussais?!? Vocês estão FICANDO???-Perguntei de olhos arregalados.

-Caramba Dama, Você pergunta sem a menor cerimônia, sua mãe não te ensinou não?

-Não tenho mãe.

-E, Chara, Não eu não sou "Gay".

-Ata.

Olhei em volta meio preocupada, enquanto isso Shadow foi dar uma surra no Will, que errou desgraçadamente já que ele é um fantasma.

-Desculpe sair assim, mas eu tenho que voltar para o castelo, antes que você-sabe-quem volte.

-O Valdemort? AHH ADORU! CADÊ?

-Valde quem?

-Ninguém. E segure-se em mim e feche seus olhos.

-O que...?

-Só faça isso.

Não entendi muito bem o que era aquilo, mas obedeci. Segurei-me  no braço de Shadow e fechei meus olhos, quando abri-os já estava na entrada do palácio.

-Teletransporte.

-Obrigada!

Entrei correndo para avisar sobre Frisk, deixando-os ali mesmo.

P.O.V. Frisk

Quando voltei para o lugar em que deixei Chara, não havia nada além das correntes congeladas e arrebentadas. Fiquei irado, comecei a gritar com raiva. Até que me lembrei de uma coisa.

-FLOWEY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ele apareceu na minha frente na mesma hora, com um olhar de criança com medo. Eu me agachei na frente dele, visivelmente com raiva.

-Onde está Chara.- Falei com a maior calma possível.

Ele não respondeu, mas começou a chorar.

-Eu perguntei.. ONDE ESTÁ ELA!- Peguei uma das pétalas dele com força e estava disposto a apertar a coleira dele.

-Dois Homens... Gelo.... Correntes...Chara...Castelo....

Não era a melhor resposta do mundo, mas servia.

-P-Por favor... N-Não me mate.... eu estou.. sendo útil...

-Está dispensado por hoje, Flowey. Suma da minha frente.

Ele entrou dentro da terra e sumiu.

Me lembrei de onde eu tinha deixado minha roupas antigas, seguido por Chara, o palácio, L, Ness...  Era isso. eu linha um plano.

Me vesti com as antigas roupas e parti para o castelo e os guardas me deixaram entrar. Subi as escadas com calma, sem pressa alguma e parei na frente do quarto do Ness. Abri com calma e encontrei-o deitado, completamente recuperado. Dormindo, Por sorte. Fechei a porta atrás de mim e me aproximei-me dele.

Coloquei a minha mão contra a boca dele com força e posicionei minha faca no pescoço dele, sem expressão. Ele acordou assustado e olhou para mim. Ele falou baixinho "Frisk", e eu abri meus olhos, começando a sorrir para o mesmo.

Fiz um sinal com o dedo indicador para ele pedindo silêncio total, ele fez que sim rapidamente completamente assustado. Eu tirei a minha mão da boca dele e abaixei a arma.

-Escuta aqui. Eu estou com um servo meu do lado da janela do quarto da Laurentia, posicionando uma arma mirando na cabeça dela.- blefei.

-O-Oque...?

-Isso. Agora, eu preciso de uma alma do meu lado, para me deixar mais forte para a guerra.

-G-Guerra?...

Ele tremia, assimilando os fatos.

-E alma que eu preciso é de um humano.

-Onde você quer chegar com isso...

-Tudo bem, vou ser mais direto. É a sua alma ou a dela.

Ele entrou em choque, começando a me olhar com medo e desgosto ao mesmo tempo. 

-Eu tenho tempo. Se você gritar, ela morre, se você fugir.. ela morre.

Ele engoliu em seco, suando.

-Tic Tac, Tic Tac. -Disse eu, sorrindo.

Ness se jogou de joelho ao chão e abriu os braços, fechando os olhos e chorando.

-Acabe logo com isso... Mas deixe-a em paz.

-Paz é uma coisa que ela não terá =)

-Oqu-....

Eu finquei a minha faca (punhal) no região do coração dele, impedindo-o de continuar a frase. Seus olhos verdes perderam a cor e ficaram cinzas instantaneamente, e ele gritou de dor, caindo no chão, e uma alma verde brilhante saiu do seu corpo. Peguei a alma, claro.

Me agachei do lado dele e disse sorrindo.

-Pensei que seria mais difícil, já que com aquela sua paranoia de visão do futuro, mas pelo visto não estava completamente recuperado não é?  =) Ah, e eu não preciso de alma nenhuma, preciso de outra coisa melhor ainda.

Escrevi na parede com o sangue dele rapidamente: "VINGANÇA" e me escondi atrás da porta.

Poucos segundos depois a porta se abriu e um grito de menina ecoou pelo lugar. Laurentia. Ela começou a chorar e gritar negando aquilo que estava vendo. Estava em choque. Sem esperança. O amor prometido dela estava morto. 

Ela beijou a mão dele  e começou a acariciar a cabeça dele.

-Eu prometo... que não... Vou tirar sarro de você... Ness.... Por favor... Não vá.. Eu te amo.. Não pude falar isso, mas eu te amo...

Realmente uma cena divertida. Mas era melhor entrar em ação. Apareci atrás dela e toquei no ombro da mesma.

-L-Laurentia?...

-Frisk...?!?

Eu a abracei e comecei a confortá-la, acariciando a cabeça da mesma.

-Isso doí tanto! Por que? Quem fez isso? E POR QUE VOCÊ ESTÁ AQUI?- ela se afastou imediatamente.

-L, me escuta... Tenho certeza que foi a Chara.. Ela mentiu sobre eu ter virado do mal... Ela está fingindo ser do bem. Ela quer guerra.- Apontei pro Ness na última frase

-E a palavra "VINGANÇA" na parede?!?

-Pelo o que você me disse, você maltratou ela quando ela ainda estava presa na masmorra, á muito tempo atrás. Quase a matou antes do seu julgamento. Se lembra?

-...Sim... Mas pela parecia tão boa! Me ajudou tanto! -Ela continuava chorando, mas estava bem mais calma agora.

-Entendo... Quer beber alguma coisa? você está arrasada....- Tirei um cantil que estava agarrado á minha cintura., mas o que ela não esperava é que lá não tinha água, e sim uma coisa mais interessante que isso.

Ela aceitou e ficou segurando por um tempo, era questão de ter paciência para ela beber de uma vez.

-Você quer vingança? Quer pagar pelo o que ela fez?

-N-Não! Isso é errado!

Ela bebeu um gole, mas aquilo era o suficiente. Laurentia começou a tossir e colocar a mão na garganta, se queixando de dor no peito.

-O que é isso?.. *tosse* meu peito dói! Muito!

-Heh, isso minha cara, é seu coração apodrecendo. E o que você bebeu era na verdade uma tipo de magia, Magia negra.

-VOCÊ!.... VOCÊ MATOU NESS, E VOCÊ QUE ESTAVA MENTINDO!

-*Bate palmas* Parabéns pela descoberta *sorri*

Ela não falou nada por um tempo, mas uma mecha do seu cabelo ficou azul claro e a roupa preta.

-Vou perguntar mais uma vez: Você quer vingança?

-*Risada Psicótica* EU VOU FAZER AQUELA VADIA PAGAR PELO QUE FEZ.

-Muito Bom... Minha garota. Vamos lá, pode ir para casa, eu sei que você sabe o caminho, te espero lá.

-Com todo o prazer.

Escutei passos apressados vindo do corredor e quando me virei ela  estava a porta, ofegante e com a expressão de choque no rosto. Me aproximei da janela e subi encima da mesma, na beirada.

-O QUE VOCÊ FEZ?!?

-Estou pagando pelo o que você fez. -Falei com calma

-Onde está Laurentia?- Ela falou alto o suficiente para o corredor inteiro escutar, mas não gritou.

-Ela está do meu lado agora.

-Ela não se rebaixaria a tal nível.

-Eu também pensei nisso, mas por sorte eu utilizei uma magia ancestral.

-COM QUE VOCÊ ACHOU ESSA MAGIA FRISK? NÃO EXISTE LIVROS DE MAGIA NA MONTANHA!

-Mas o Deus da Magia tem.

-O que... Você fez com Gaster.... SEU MONSTRO?!?

-Nananinanão, o monstro da história é você.  Quem fez isso comigo foi você.

-Nunca mais fale comigo desta maneira!

-Bom Chara, a escolha foi sua. Se é guerra que você quer, É GUERRA QUE VOCÊ VAI TER.

E pulei da janela. Ainda pude ouvir ela se lamentando:

"-O que foi que eu fiz" Mas não liguei muito.

P.O.V Chara.

Guerra. Uma palavra forte. Tinhámos grupos bem definidos. Os "Pacifistas", que no caso era eu, Glass e Kore.

e os "Genocidas" Que era composto por Frisk, e Laurentia.

Sepultamos o corpo de Ness numa floresta que ele gostava de ir com Laurentia, repleto de flores e árvores de diferentes tipos. Glass e Kore choraram dias pela perda de Ness e Laurentia, mas agora teríamos que lutar pela confiança e pelo lugar de Clover do nosso lado da guerra. Kore estava em meio de vida ou morte para achar a "cura" para o meu caso. 

Estávamos com medo. Ainda recebi outra visita assustadora de Frisk, que dizia "EU VOU MATAR SEUS AMIGOS UM POR UM. EMISSÁRIO POR EMISSÁRIO, ATÉ CHEGAR NA SUA VEZ"

Se a intenção de Frisk era transformar minha vida no inferno, ele conseguiu. E eu estava errada quando disse que ele era fraco. Ele era na verdade muito forte.

E que a Guerra comece.

Continua?