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História Reaprendendo a andar - Acidente


Escrita por: AmandaMay

Notas do Autor


Yo!

Estou começando um novo projeto de fanfic, e espero que este prospere!

Então sem mais delongas...

ENJOY!

Capítulo 1 - Acidente


Eu vivo para o trabalho. Minha vida é corrida e agitada, e eu tento acompanhá-la num ritmo alucinado. Sou assistente pessoal de Erza Scarlet, uma empresária muito bem sucedida. Ela é dona de uma confecção famosa, acabamos de lançar a coleção de verão e fechamos contrato com uma empresa do exterior. Eu tento reter os problemas da empresa antes deles chegarem a ela, pois ela ainda precisa cuidar do marido, Gerard, e da sua pequena filha de cinco anos, Sherry.

Bem, aqui estou eu, Lucy Heartphilia, voltando às dez da noite para casa, com olheiras e pernas moles. Tenho um apartamento relativamente luxuoso numa parte mais afastada do grande centro de Tókio. Hoje deu para dar uma confusão com uma papelada importante, e eu tive que ficar até mais tarde para resolver.

Eu estou tão... Cansada. Estou esgotada por dentro, mal tenho força para me manter lúcida. Você está dirigindo, eu pensava, Fique esperta ou morra, idiota, abri os olhos tentando afastar o sono, Preciso... De um... Café..., foi o que pensei, antes de ver meu mundo escurecer e adormecer em cima do volante do meu Kia Soul.

 

*

**

 

- Hm? – Eu consegui sussurrar, vendo um teto branco embaçado.

- LUCY? – Ouvi a voz de Erza ao longe. Mas vejo vagamente que ela está do meu lado.

 

Meu mundo está lento. Tentei colocar minhas lembranças no lugar, A última coisa que me lembro é... Droga..., me lembrei do dia anterior, ou melhor quantos dias já se passaram?

Tento me sentar desesperadamente, mas meu corpo não obedece. Todos os meus músculos pareciam dormentes. Tentei focar a visão.

Erza estava segurando minha mão, e Sherry sentada no outro lado da cama.

 

- Lucy-chan? – Ela sussurrou. Eu já ouvia mais claramente.

- Eu... – Sussurrei.

- Você está bem? Sente alguma dor? – Erza falou.

- Na verdade... Não sinto nada... – Consegui falar, com a visão finalmente normal.

- Ela acordou? – Ouvi uma voz estranha, e olhei naquela direção. Era uma enfermeira, eu acho, pela roupa e tinha cabelo azul – Deixe-me ajudá-la a ficar mais confortável – E veio na minha direção, apertou uns botões, o meu colchão começou a se movimentar, e minha coluna ficou ereta.

- Bem melhor... Obrigada... – Falei, um pouco rouca ainda.

- Agora que está consciente, vou chamar o Dr. Dragneel para conversar com você. Ou quem sabe você quer comer antes? – Ela sorria tão gentilmente, que senti meu coração aquecer.

- Por favor – Falei, eu sentia um pouco de fome. Ela saiu rapidamente e eu me virei para Erza – Erza-sama, o que aconteceu?

- Você dormiu no volante e bateu violentamente contra um caminhão pequeno. Seu carro ficou moído, mas conseguiram te salvar. Te tiraram de lá coberta de sangue, você quase morreu... Passou por duas cirurgias e ficou três semanas em coma.

 

Uma gota escorreu pela minha cabeça.

 

- Nossa...

- E tudo isso por que você quis tomar conta sozinha da papelada do novo pedido par ao fornecedor... – Ela suspirou – Lucy-san, você sabe que não precisa suportar tudo sozinha... Você é minha assistente, não minha escrava!

- Gomen... – Suspirei, envergonhada – Mas era aniversário da Sherry-chan e...

- Lucy-chan, eu preferia que a mamãe ficasse um pouco mais na empresa do que você se machucar tanto! – Ela falou colocando a mão no meu rosto.

- Own, Sherry-chan... – Eu sorri levemente.

- Quando você se recuperar vamos refazer seu plano de carreira, com carga horária reduzida e salário maior... – Ela me olhou seriamente – Não quero nem saber de hora extra Lucy!

 

Estranho uma chefe falar isso não?, pensei perplexa, Será que bati a cabeça também?

Nesse instante chegou a comida.

 

- Comida de hospital... – Uma gota rolou pela minha cabeça.

- Se acostume – Ouvi uma voz masculina desconhecida – Sou Natsu Dragneel, encarregado da senhorita.

- Me acostumar? – Perguntei.

- Lucy-san, eu e Sherry precisamos buscar Gerard-kun no aeroporto, até mais – E saiu apressada pela porta.

- Ja ne

 

Voltei minha atenção ao cara de cabelo rosa e jaleco branco na minha frente.

 

- Como assim me acostumar? – levantei uma sobrancelha.

- Sente suas pernas? – Ele perguntou, se aproximando.

- Hã? – Meu coração quase parou. Eu não sentia nada da cintura para baixo.

- Percebeu? – Ele colocou sua mão um pouco mais acima do meu joelho por cima do lençol e pressionou – Consegue sentir?

- N-não... – Estava desesperada – Estou paraplégica? – Falei agarrando ela pelo colarinho e o sacudindo.

- C-calma aí... – Ele falou segurando meus ombros – Deixe-me explicar – Ele sentou-se na beirada da cama – Você fraturou gravemente sua coluna, estava correndo sério risco de perder os movimentos das pernas. Mas conseguimos fazer uma cirurgia emergencial, e conseguimos salvá-la.

- Então por que não sinto minhas pernas?

- Seu nervo ciático foi muito avariado, ele está se recuperando ainda. Você vai precisar fazer fisioterapia intensa e muito acompanhamento médico para voltar a andar normalmente, por isso se acostume com a comida, com a cama, com seu quarto, comigo... Por que você vai ficar bastante tempo aqui até sair andando...

- O QUE? – Deu um pulo – E meu trabalho? E a empresa?

- Vão esperar, ué... Sua chefe já disse que espera você se recuperar o tempo que for preciso – Ele falou – Você deve ser uma ótima funcionária, hein?

- Agora estou mais para um fardo... – Suspirei.

- Ei, ei! – Ele falou levantando meu queixo com a mão dele – Vou fazer você sair correndo, pulando e virando cambalhota deste hospital, ok? – Ele sorriu gentilmente, e eu ri – Acho que em menos de um ano, com fisioterapia intensa você já está recuperada.

- Meu deus – Suspirei – Como isso foi acontecer?

- Não teria acontecido se você tivesse cuidado mais de você. Erza contou para a nossa equipe como você é – Ele fez cara feia – Você vive só pelo trabalho, criatura?

 

Parando para pensar, não me lembro qual foi a última vez que viajei, ou liguei para convidar Levy para ir beber em algum lugar. Eu estava quase sempre na empresa, e ficava pouco em casa, acho que só ia dormir e dar comida para a Mika... Espera...

 

- MIKA-CHAN? – Dei outro pulo.

- O que? – Ele levantou a sobrancelha – Você está falando daquela vira-lata marrom sua?

- Como você sabe? Onde ela tá? – Falei desesperada.

- Eu e Erza fomos até o seu apartamento pegar algumas coisas, e eu levei sua cadelinha para a minha casa

- Você foi na minha casa?

- Sim – Ele falou – Conheço Erza faz algum tempo, e como Gerard estava viajando, precisava de alguém para ajudar a trazer as suas coisas até aqui, e como você é minha paciente, achei bom conhecer melhor sua vida. Belo apartamento.

- Obrigada – Suspirei – Mas não tem mais importância agora...

- Já não falei que você vai sair daqui curada? – Ele falou olhando nos meus olhos – Você teve sorte, Lucy-san, poderia ter ficado paraplégica, mas a equipe do hospital lutou além do que podia para te salvar. Devia ficar feliz.

 

Eu fechei meu punho, segurando o lençol da cama. Ele tinha razão, mas mesmo assim... Contraí os lábios tentando segurar o choro.

Então, ele me abraçou. Ele era um estranho ainda. Mas aquele abraço era tão quente e reconfortante, que por um momento me perdi no perfume dele e esqueci que estava incapacitada de andar. Eu correspondi o abraço, e parei de chorar.

 

Eu jamais desconfiei que aquele acidente, nem aquele estranho iam mudar tanto minha vida...


Notas Finais


Aceito críticas, ok?

Se eu estiver fazendo tudo andar rápido demais, me xinguem! hahaha

Então, o que acharam?

Até a próxima!

Kissus


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