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História Reasons ; yoonseok - Olha o adjetivo, Min Yoongi.


Escrita por: yoongij

Notas do Autor


acho que vou atualizar um dia sim e um dia não.
comecei a escrever ontem de manhã, na aula, aí de tarde eu saí, e ia continuar de noite mas aí rolou problemas familiares e eu não pude continuar.
minha arritmia tá presente agora, então vocês podem ter certeza que o capítulo tá que tá
tá, nem tanto, mas tá

Capítulo 15 - Olha o adjetivo, Min Yoongi.


– Taehyung, segure ele direito. Se ele cair de novo e se machucar a culpa é sua.

– Estou segurando ele direito, Jimin. Mas que culpa eu tenho se ele não se segura?

– Hyung, se segure.

– Olha só, ele nem responde.

– Se fosse eu até eu não responderia.

– Calem a boca.

– Finalmente falou alguma coisa.

– Estava demorando já, achei que o Jimin iria enfartar se você não falasse.

– Eu vou enfartar se você não segurar o hyung direito.

– Eu já disse que estou segurando ele direito.

– Calem a porra da boca.

Eles finalmente ficam em silêncio, me deixando sofrer quieto. A cena de minutos atrás se repete na minha mente, a porta sendo fechada na minha cara, eu pedindo para Hoseok repensar e ele me mandando ir para o inferno. Meus joelhos vacilando e eu caindo no chão, logo Taehyung vindo me buscar e Jimin desesperado. Em um loop infinito a cena se repete, me impedindo de calcular alguma coisa e tentar entender o que aconteceu com Hoseok para ele estar desse jeito.

Não há nenhum motivo para isso, uma vez que eu não fiz nada de errado. Não que eu consiga me lembrar.

Taehyung sai da ala psiquiátrica e em minutos estamos no quarto de Jimin, ele me deitando na cama do cadeirante e me cobrindo. Me encolho, abraçando minhas pernas e desejando que nada disso tivesse acontecido. Mesmo sabendo que meu desejo não vai se realizar, ainda tenho um pingo de esperança de que Hoseok não quis dizer nada daquilo ou de que estou em coma e fantasiando tudo o que está acontecendo hoje.

As conversas baixas entre Jimin e Taehyung são incompreensíveis por mim, já que comecei a chorar. Um choro baixo, abafado pelo travesseiro. Sinto tanta dor que eu posso morrer já sem reclamar, porque sei que assim, a dor vai sumir e eu não vou ter mais de me preocupar com câncer e nem uma paixão que surgiu em mim sem que eu autorizasse.

Conhecer Hoseok, foi sem dúvida uma das melhores e piores coisas que me aconteceu. Seu sorriso bonito e seu jeito fácil de encantar, mesmo com todas suas feridas físicas e psicológicas. Ele é a flor que eu quis pegar e plantar no meu terreno, cuidar. Mas eu não sabia que ao conseguir tocá-la um vento forte me jogaria contra as rochas e eu acabaria assim, chorando porque tudo deu errado quando estava dando certo.

Ouço a voz de minha avó, e logo a mão dela tocando meus cabelos bagunçados. Embora ela esteja fazendo um gesto com o intuito de eu me acalmar, não me sinto calmo em nenhum momento, o alvoroço ruim preso no peito e fazendo com que tudo fique pior. Sinto uma forte dor de cabeça, que parece aumentar a cada lágrima derramada. Tudo isso, minhas dores tanto físicas quanto psicológicas, são tudo por causa de Hoseok, o único motivo para todas as coisas que aconteceram comigo.

Ele é o culpado por eu ter ido parar na ala psiquiátrica na primeira vez, sentimentos estranhos que eu consegui perceber agora que tudo se encaixava nele e continua se encaixando. Tudo, tudo mesmo, tudo na minha vida que aconteceu desde setembro é completa culpa de Hoseok, de seus olhos bonitos e boca que eu já pensei em como seria beijar. Culpa de Jung Hoseok, o cara que pegou meu coração e agora deixou a máscara cair, sendo Regina e amassando ele enquanto ri do meu desespero.

✓✓✓

– Quantas vezes Yoongi? Quantas vezes eu vou ter que repetir que é para você ficar longe daquele garoto? Olha só o que ele fez contigo, eu não vou mais tolerar você perto dele – minha mãe coloca a comida na minha frente, o caldo respingando por causa da maneira que colocou o recipiente na mesa. Ela coloca a colher na minha mão, passando a me forçar a comer.

Cheguei em casa ainda adormecido, e depois acordei com minha avó mandando eu tomar um banho. Agora estou aqui, recebendo sermão por ter me apaixonado pelo garoto errado. Minha mãe não sabe sobre meus sentimentos por Hoseok, mas ela sabe o efeito ruim que ele está causando em mim nos últimos dias.

– Eu falei que não queria esse drogado perto de você.

– Ele não é um drogado – largo a colher pegando os hashis.

– Vou fingir que acredito – larga o pano na mesa, cruzando os braços. – Eu não te quero mais perto dele, entendido?

– Hm.

– Yoongi, isso é para seu bem, eu não quero que você se machuque.

– Já estou machucado. É aquele ditado né, o que é um peido para quem já está cagado?

Ela me dá um tapa na boca, fazendo que eu machuque meu lábio.

– Suba para seu quarto, agora.

Não questiono, apenas indo para meu quarto e me jogando na cama.

Se minha vida antes já estava indo ralo abaixo, agora ela já se esgotou e só tem gotas, pingando lentamente para o interior do esgoto. Hoseok é o rato do esgoto, bebendo das gotas, satisfeito pelo meu sofrimento. É uma comparação estúpida e ignorante, mas não consigo achar onde encaixar Hoseok além de ser em um rato, uma vez que baratas são nojentas de mais e ele não chega nem perto desses animais que conseguem voar.

Pego meu celular, abrindo o aplicativo de mensagem e ignorando as mensagens de Taehyung e Jimin, apenas clicando no chat de Hoseok. Não há nenhuma mensagem, já que desisti do backup para recuperar as mensagens antigas. Mas sua foto ainda está ali, a mesma de antes.

Fico analisando a risada, procurando saber quando foi que essa foto foi tirada. É óbvio que é antiga, e eu já deveria ter desistido de descobrir o motivo de seu riso, mas agora não consigo não pensar em coisas que podem ter resultado isso. Talvez ele já conhecesse Youngjae nessa época, e talvez eles estivessem juntos quando a foto foi tirada. Há uma possibilidade de o motivo de Jung estar rindo seja por causa de Youngjae, e isso me irrita. Agora tudo é por causa de Youngjae.

Maldito, por que foi entrar logo na vida de quem eu cuidava?

Sempre foi assim, eu tendo as coisas e elas sendo tiradas de mim do nada, escapando pelos meus dedos enquanto em atos desesperados tento recolher os grãos que caem e saem voando. Hoseok é tipo os grãos de areia, que vão caindo pelos espaços na mão, fugindo do meu alcance e me impossibilitando de o recuperar. Youngjae é o vento forte, que chegou levando os grãos para longe, sendo jogados no oceano.

Sou a criança que construiu um castelo de areia e o perdeu por causa de uma onda forte. O castelo é Hoseok. A onda, Youngjae.

Também tem como comparar Hoseok com o brinquedo que eu quis ter, e que era o último da loja. Youngjae é o garoto que o comprou quando eu estava prestes a pegar a embalagem, saindo correndo e dando risada.

Youngjae é o ladrão dos meus giz de cera. Hoseok é o giz.

Eu sou sempre a vítima, Hoseok o motivo e Youngjae o culpado.

Deixo o celular cair no chão, sem me importar se ele vai quebrar ou não. Fico olhando para cima, encarando os adesivos enquanto tento distrair minha mente, impedindo que eu volte a chorar. Não quero mais chorar, não quero mais chorar por Hoseok e eu não vou.

✓✓✓

– Isso é muito fofo – me agacho na frente da cachorra, fazendo um carinho em seus pelos. Ela fecha os olhos, os pelos sujos se enrolando nos meus dedos. Entre suas pernas há dois filhotes recém nascidos, mas pelo que parece ela ainda vai parir mais.

– Eu acordei hoje e quando vi ela estava assim – a garota comenta, agachada ao meu lado. – Meu Deus.

Ela levanta em um pulo e eu faço o mesmo, vendo que ela começa a tremer.

– Só vai sair mais um. Venha, vamos comer alguma coisa.

Sigo ela até o interior da sua casa, tirando meus tênis e deixando do lado da porta. Ela diz que posso lavar minhas mãos no banheiro, e é isso que faço. Abro a porta, fechando-a em seguida atrás de mim. Evito olhar meu reflexo no espelho, sabendo que, mesmo com a maquiagem que peguei de minha mãe e passei, ainda é evidente que estou com uma aparência fodida.

Não que eu não tenha chorado a noite inteira sem querer, mas é isso o que aconteceu. Até tentei me fazer de forte, ignorar os sentimentos, mas não deu muito certo. Em algum momento dormi, mas sonhei com Hoseok e acordei chorando. Se eu soubesse que minha vida ia ser assim, desde que o conheci, teria ficado na minha mesmo. Aliás, quantas vezes já disse isso?

Ligo a torneira e molho minha mão, pegando o sabão e começando a lavar as mãos. A água sai suja e meus dedos que antes estavam marrom, agora estão normais. Me sinto receoso em secar a mão na toalha branca, e isso faz com que eu lave a mão mais uma vez, só para ter certeza de que não vou manchar a toalha.

Seco minhas mãos, saindo do banheiro e indo até a cozinha onde encontro EunJin batendo alguma coisa no liquidificador. Um líquido cremoso e rosa.

– Sua avó e a minha foram sei lá onde – diz quando paro ao seu lado. – Alguma coisa envolvendo a senhora Park.

– Devem ter ido contar que a Hyu está parindo – pego dois copos quando ela aponta para o armário. Ela pega eles da minha mão, despejando o conteúdo do liquidificador nos copos.

– Bem provável – ela ri, deixando o liquidificador vazio dentro da pia e ligando a torneira, de modo que caia água nele.

Ela abre outro armário, pegando um prato.

– Como você está Yoon? – pergunta enquanto coloca cookies no prato.

– Bem e você?

– Bem. Mas não é disso que estou falando. Sua avó comentou umas coisas comigo pelo telefone.

– Ah.

– Se você quiser falar comigo sobre isso, saiba que estou a ouvidos. Posso não ser a melhor amiga que você já teve, mas eu posso dar meus pulos – ela ri, e eu sorrio. – Prometo dessa vez não fugir para a Nova Zelândia e te abandonar aqui.

– Bom mesmo, onde já se viu a pessoa que cresceu comigo não ficar do meu lado quando eu preciso? Sua babaca.

– Yah, respeito, sou sua noona.

– Por um ano.

– Mas mesmo assim, agora sente-se e vamos comer.

Começamos a comer, eu perguntando algumas coisas sobre seu intercâmbio, em busca de afastar o assunto sobre mim. Mesmo que eu queira contar para a noona algumas coisas, já que eu sei que ela vai saber me ajudar, já que todos os relacionamentos que ela teve deram errado (e porque bem, ela é mais experiente em várias coisas), ainda não me sinto 100% pronto.

Confio cegamente nela, já que foi ela que ficou comigo pelos meus primeiros anos com câncer, e continuou estando, mesmo que nos últimos tenha ficado ausente para fazer o tão sonhado intercâmbio. Eu posso contar a qualquer momento, mas ainda não sinto confiança total em mim mesmo para falar sobre Hoseok.

Vai ser bom contar para alguém que não esteve comigo nos últimos acontecimentos, saber a minha versão sobre algo pode ajudar. Acho que EunJin vai saber me consolar melhor que minhas responsáveis e amigos, já que ela vai saber como eu me sinto de todos os jeitos e o que eu vi. Já que ela não viu o que aconteceu, acho que facilita um pouco.

Acho que estou confuso.

– Espera, você chegou há dois meses e só agora deu sinal de vida?

Deixo o copo com a vitamina de morango na mesa, limpo o “bigodinho” de leite que se formou acima do meu lábio, a olhando. Ela ri, os olhos se fechando.

– Sabe como é, eu tentei entrar em contato, mas aí sua avó disse que você estava em um momento complicado com várias cirurgias, e eu não quis atrapalhar.

– Atrapalhar? Era bem na hora que eu estava mais precisando de alguém – resmungo mordendo meu cookie.

– Desculpa, Yoon.

– Está tudo bem, acho que eu teria feito o mesmo.

Ela sorri, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Mas deixa eu te contar, lembra o Jae?

– Como não esquecer? – acabo rindo. – Faz tantos anos que vi ele que até me esqueci do rosto dele.

– Como? Ele não mudou nada, só que agora está loiro.

– Loiro? Meu Deus, que merda ele tem na cabeça?

– Cabelo.

Nós dois rimos.

– Enfim, eu reencontrei ele logo que cheguei, e meio que, sabe – ela sorri, o rosto tomando uma coloração vermelha.

– Seria meu casal finalmente junto? Não acredito que a minha de dar de cupido na infância deu certo.

– E meio que deu, nós estamos em um rolinho agora. Não chamo de namoro porque nenhum de nós tomamos a iniciativa de enfiar o pé em um relacionamento sério, mas acho que já estamos quase lá, porque ele sempre me apresenta como namorada nos lugares que vamos. Exemplo ontem. Fomos em um restaurante e adivinha quem estava lá? A senhora Lim. Ela imediatamente pediu se estávamos juntos por causa das nossas mãos, e o Jae “mais juntos impossível.”

– Mas vocês são muito gays.

– Olha o adjetivo, Min Yoongi.

– Muito românticos, pronto.

– Hahaha – ri fazendo uma careta.

– Ele não foi me visitar nenhuma vez.

– Ele nem sabia do seu câncer, achou que você tinha sei lá, ido embora, sabe? Como dizia que ia fazer quando completasse 15 anos.

– Não acredito. Mas ele podia ter entrado em contato.

– Sabe como o Jae é, orgulhoso demais para qualquer coisa – assinto, dando um último gole na minha vitamina.

– É.

– Enfim, eu chamei ele para vir aqui e – ela pega o celular – ele chega em cinco minutos.

– Meu Deus.

– É eu sei, aliás preciso escovar os dentes.

– Eu não vou segurar vela para casal nenhum.

– Não vai, mas não garanto nada que eu não vá beijar ele. Ou vice e versa.

– Se prepara para quando eu ter um namorado ou namorada.

Ela ri, levantando a mão e saindo da cozinha. Termino meu cookie, levantando e lavando as coisas que usamos. Pensar que vou ver Jae em menos de uma hora me deixa nervoso, porque ele, junto de EunJin, foi meu melhor amigo na minha infância, sempre enchendo meu saco por eu ser mais baixo que ele.

Quando termino a louça EunJin já está de volta, os cabelos agora presos. Ela seca as coisas, guardando e depois vamos até a sala.

– Acho que estou nervoso – comento pegando uma bala do pote que há na mesinha de centro.

– Eu não.

– Claro, você já se reencontrou com ele, e eu que não?

Coloco a bala na boca. Maçã verde.

– Ah é.

– Idiota.

Ela me dá um peteleco, e na hora que vou reclamar alguém toca a campainha. Ela se levanta e eu também.

Seco as minhas mãos molhadas de suor na calça enquanto ela cumprimenta Jae, coisa que faço questão de não assistir, sabendo que eles estão tendo aqueles beijos que me faz vomitar, mas que eu daria um em Hoseok. Ah se eu daria.

Suspiro, afastando Jung da minha mente. Agora não.

– Venha, Yoon está aqui.

Ergo meu olhar quando a porta é fechada e eu só não pulo em Jae porque estou sentindo toda a raiva do mundo me consumir.

– Youngjae.


Notas Finais


a ideia da Hyu parindo é porque minha cachorra, a Athena, está parindo os filhos dela hoje <3<3
acordei e quando vi ela estava com dois filhos, agora já é mais <3
embora um esteja morto :(
fique em paz crotilde


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