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História Reasons ; yoonseok - Acho que não estou entendendo.


Escrita por: yoongij

Notas do Autor


atualização dupla para a felicidade de vocês
mas para a infelicidade, aqui vem uma notícia: a fanfic está chegando ao fim, desculpa.

Capítulo 16 - Acho que não estou entendendo.


Quando meus olhos caíram sobre Youngjae, admito que quis pular no pescoço dele por três motivos:

Um: Ele está de rolo com a noona. E está traindo ela.

Dois: Ele está de rolo com Hoseok. E está traindo ele.

Três: Ele fingiu não me conhecer, vestiu uma peruca e foi grosso comigo.

Percebo EunJin olhar confusa para nós dois, como se não soubesse o que está acontecendo. E bem, ela não sabe. Estou arrependido de não ter contado para ela o que está acontecendo, porque assim, ela saberia o motivo de eu estar com o rosto vermelho e Youngjae estar tenso ao lado dela. Acredito que ele não esperava me ver aqui, justo eu, justo hoje. Eu também nem esperava ver ele. Agora sei de onde conheço aqueles olhos.

Só de pensar que quem eu chamei de melhor amigo por alguns anos fez isso comigo, justo comigo, faz com que eu sinta vontade de despejar toda a minha raiva encima de Choi, fazer com que ele veja o quão irritado estou com tudo isso, mas eu sei que ele vai gostar disso. Tenho certeza que vai sentir prazer em ver que estou completamente destruído com tudo isso. Ou não, talvez ele não se sinta assim.

– Tudo bem, vocês podem se cumprimentar direito e tirar essa tensão do ar? Gente, vocês estão se reencontrando! Vamos, vamos.

Eu e Youngjae se olhamos novamente, e eu vejo que ele está tenso e provavelmente repensando tudo o que fez na vida, sabendo que a qualquer momento eu posso matar ele.

– Oi – falo com um tom irritado explícito na voz.

– Quanto tempo – eu só não jogo tudo o que comi para fora porque me controlo.

– Eu sei. Preferia assim.

– Tudo bem, eu já não estou entendendo mais nada – a noona disse erguendo as mãos. Ela se afasta um pouco de Youngjae, ficando de modo que possa olhar para nós dois. – Ou alguém me explica porque Yoongi está quase surtando ali e Youngjae nervoso de mais para dar um passo, ou eu descubro sozinha.

– Não está acontecendo nada, anjo – Youngjae diz, sorrindo falso.

– Tem certeza? – pergunto tentando controlar minha respiração ofegante. – Certeza que não está acontecendo nada?

– Por que você está assim Yoongi? Venha me abraçar.

– Eu não vou encostar em você – faço uma expressão de nojo, me afastando um pouco. – Você é um nojento, Youngjae.

– Ei vocês dois, mas que merda. Me diga logo o que está acontecendo aqui.

– Eu já...

– O que minha avó disse na ligação, noona?

EunJin me olha confusa e Youngjae engole em seco. Sinto vontade de rir em ver o desconforto dele perante tudo isso, mas a vontade passa quando percebo que estou bem pior.

– Ela disse que você conheceu um garoto que tentou suicídio, no hospital, que começou a ajudar ele a tentar ver o lado bom da vida, mas então ele te humilhou do nada, dizendo que você não ajudou em nada. Ela me disse também que ele está com outro garoto, e que você viu os dois juntos e esse garoto fez com que o do suicídio tomasse coragem para dizer que o que vocês tiveram não importou para ele.

– O garoto do suicídio se chama Hoseok. Jung Hoseok – digo desviando meu olhar para Youngjae. – E o garoto que Hoseok acha que gosta é Youngjae. O seu Youngjae, noona.

– Yoongi, sua mãe não te ensinou que é feio mentir? – Youngjae diz.

– E sua mãe não te ensinou que é feio iludir duas pessoas? Principalmente uma delas estando mais machucada que sei lá o que?

– Jae... Isso é verdade?

– Noona, você não acredita em mim? – olho para ela, esperando que ela possa confirmar minha pergunta.

– Confio, mas tudo isso é muito complexo.

– Não parece que confia.

– É que, sabe, o Youngjae, Yoon? Ele...

– É, eu sei. Mais uma sendo manipulada, que ótimo.

Passo por eles pegando meu tênis no chão e abrindo a porta.

– Fiquem aí então, e se te der coragem, Choi, conte para ela quem é Jung Hoseok e o que você está fazendo com ele. E caso minha avó aparecer, diga que já fui embora.

– Yoongi – EunJin diz, segurando meu pulso. Puxo meu braço.

– Não.

Então eu saio, o tênis em mãos e ouvindo a noona gritar meu nome e logo a voz de Youngjae dizendo para me deixar ir.

Alguns metros depois paro, colocando o tênis e sentindo raiva enquanto amarro meu cadarço. Tiro o celular do bolso quando volto a andar, discando o número de Park e rezando para que ele atenda. Coisa que acontece no terceiro toque.

Oi, hyung.

– Oi. Taehyung está aí com você?

Sim, Tae, sente aqui.

– Oi, hyung.

– Oi. Bem, eu estou indo aí, acabei de descobrir uma coisa que quer me fazer explodir a cabeça de todo mundo. Tipo, eu tô com vontade de ir na Coreia do Norte e pedir para o presidente de lá matar todo mundo.

Acho que não estou entendendo – Taehyung diz.

– Eu já estou chegando, me encontrem na sala do piano, vai ser melhor.

Hyung, você está muito calmo. Quão grave a situação é?

– Muito grave, Chim – suspiro, atravessando a rua. – Me esperem lá, chego em dez minutos.

Precisamos de suco de maracujá?

– Sim, porque bem provável eu me sentir nervoso de mais para alguma coisa.

Ok.

– Estou indo.

Encerro a ligação, começando a correr até o hospital. Embora tenha uma grande chance do meu tumor explodir agora, não ligo, apenas preciso chegar no hospital e despejar tudo, de modo que essa tensão em meu corpo e o nervosismo, vão embora, fazendo com que eu tenha uma consciência mais clara para poder lidar com as coisas.

✓✓✓

– Deixa eu ver se entendi – Jimin diz erguendo as mãos e passando a contar nos dedos. – EunJin está de rolo com Youngjae, que era seu melhor amigo na infância. Esse Youngjae é o Youngjae do Hoseok, que fingiu não te conhecer. EunJin decidiu ficar do lado de Youngjae e agora você quer matar ele.

– Matar não, mas socar aquela cara até ele aprender, sim.

– Você vai contar para o Hoseok? – Taehyung pede enquanto dou mais um gole no suco de maracujá. Adianta mais que remédios.

– Ele não vai acreditar em mim, e do jeito que Youngjae é, vai fazer que Hoseok se vire ainda mais contra mim.

– Mas aconteceu algo entre você e o Youngjae para ele estar fazendo isso?

– Nunca – digo deixando a garrafa vazia de lado. – Sempre nos demos bem, não sei o que aconteceu para ele agir assim, agora.

– Então o cara é realmente um idiota – Jimin bufa abrindo uma garrafa de suco. – Mas a gente precisa de um plano.

– Qual? Hoseok não vai me ouvir.

– Quem disse que precisa ser você? – Jimin sorri malicioso, dando um gole na bebida amarela.

– Eu capturei isso – Taehyung diz rindo.

– Eu não.

– Bem, eu ou o Tae podemos ir atrás do Hoseok quando ele sair da ala psiquiátrica. E como você ainda vai estar em casa, eu acho, podemos fingir que algo aconteceu com você e você se recusa a vir para o hospital para melhorar, dizendo que você está cansado de tudo e não tem mais motivo para nada. Se ele realmente gosta do hyung e se importa, vamos descobrir nesse momento, porque então tem chances de ele vir até eu e Taehyung ou de procurar um jeito de te ver.

– Plano bom, mas onde Youngjae se encaixa nisso? Lembrando que eu não posso marcar de me encontrar com ele, tudo vai ser muito suspeito.

– Aí entra Taehyung e seu cérebro maligno. Eu posso me esforçar mais nos meus quesitos de hacker e tentar achar um jeito que possamos desmascarar Youngjae sem ele saber e que Hoseok possa acreditar. Posso começar hoje mesmo, estava pensando em descobrir algum dia que ele vai sair com a EunJin e que coincida com a alta do Hoseok, então tudo está perfeito.

Fico em silêncio, analisando a ideia. Não é ruim, mas as chances de dar errado são as mesmas de dar certo. Temo que Hoseok não se preocupe comigo, e que ele realmente se sinta do jeito que disse, não sendo algo manipulado por Youngjae. Embora eu não tenha certeza de que Youngjae esteja manipulando Hoseok, ainda é uma alternativa perante tudo isso. Preciso fazer com que Hoseok pare de gostar de Youngjae, e que ele possa ver que na verdade o que ele merece está ali, abaixo do nariz dele. Vulgo, eu. Mesmo que ele acabe sendo somente meu amigo no final, não vou me sentir mal (nem tanto), mas pelo menos vou o ter comigo, sem ter de me preocupar com algum idiota.

– Tudo bem, mas quem vai descobrir sobre a alta dele?

– Oi, tudo bem? – Taehyung sorri, e eu imediatamente entendo. – Nunca se esqueça que na minha vida passada eu fui o Batman.

– Taehyung está oficialmente removido do plano.

– Ah, não!



Taehyung é o último que deixa a sala, falando que eu devo ficar perto do celular de modo que nós três possamos manter contato frequente. Logo que todo nosso plano mirabolante ficou pronto e jogamos conversa fora, me vi necessitado de ficar um pouco sozinho para colocar minha mente no lugar. Talvez tocar um pouco do piano, talvez apenas ficar no silêncio.

Suspiro, passando a mão pelos cabelos e olhando para as teclas, já que abri o instrumento. Meus dedos passeiam pelas teclas, de modo que algumas são pressionadas e que um som inunde o lugar.

Admito que, mesmo sendo algo estranho, o plano de Jimin é muito bom e tem tudo para dar certo. Só preciso que Hoseok siga nossa linha e tente vir até mim, que ele me mostre que tudo foram sentimentos inusitados e que o que ele realmente sente não envolve nada do que ele disse.

Realmente espero que todos esses acontecimentos, tudo o que Hoseok me disse, seja efeito da depressão, de sua bipolaridade. Não quero saber que o que ele disse seja algo real, isso é algo que eu não admito ouvir. Se tudo for um sentimento real, eu prefiro ficar sem saber, ficar me remoendo, enquanto me pergunto se ele se sente daquele jeito ou não.

Sinto vontade de ouvir ele dizendo que estava em um momento difícil e que qualquer coisa podia o manipular, e as palavras de Youngjae tenham o ajudado a isso. Quero ouvir ele dizer que não gosta mais de Youngjae, que esteve errado sobre seus sentimentos e que se arrepende de ter deixado a mim, quem o ajudou, ser empurrado do topo da montanha para baixo. Quero que ele jogue a corda que vai me ajudar a subir a montanha, e cuidar da flor – que é ele –, que está lá em cima, isolada de tudo e de todos.

Fecho os olhos, movendo meu corpo de um lado para o outro em uma melodia silenciosa. Me sinto melhor agora, a raiva que me atingiu quando vi Youngjae já desapareceu, tão rápido que eu nem me lembro como é sentir ela. Talvez o fato de eu ter desabafado e chorado para meus amigos durante longos minutos, tenha me ajudado, pois agora sinto como se um colete tivesse sido posto em mim e nada mais pode me abalar. Nem mesmo se eu ver Hoseok, ele me ver e me ignorar.

Talvez eu não seja imune a isso, mas quero por na cabeça que eu sou. Não sei.

– Demons.

Me viro para trás, mas não há ninguém ali.

– Você sabe tocar Demons? Imagine Dragons.

Meus olhos começam a buscar por qualquer sinal de Hoseok e de onde sua voz possa estar vindo. Não há ninguém aqui além de mim.

– Você toca para mim?

Fecho os olhos. Não vou me entregar para essa alucinação que me leva de volta ao momento que Hoseok falou comigo pela primeira vez. Embora seja uma lembrança um pouco boa, não vou me dar ao luxo de me lembrar de como foi sentir Hoseok no meu abraço, de como foi viver sabendo que estava progredindo.

– Você toca para mim?

Soco as teclas, o som alto cobrindo a pergunta. Não. Eu não vou tocar.

– Demons. Imagine Dragons. Você sabe tocar?

Sim.

– Você toca para mim?

Não.

– Você toca para mim?

Me viro para trás mais uma vez, procurando por Hoseok. Ele não está aqui. Meu olhar volta para o piano e eu me obrigo a tocar a música. Talvez assim tudo passe e talvez...

– Você está tocando para mim.

Estou. Estou tocando para esse monstro em minha mente, numa forma de o acalmar. Talvez eu devesse admitir que já estou perdido e que não há nada que eu possa fazer, mas não vou me deixar perder. Vou continuar aqui, firme e forte, sendo quem sempre fui.

Min Yoongi.

“Ele é o paciente mais forte entre todos.”

“Sempre rindo, sempre com um sorriso.”

“Ele sabe viver.”

“Ele está morrendo, mas não liga para isso. Eu deveria ser assim.”

Me levanto, interrompendo a música no meio. Preciso ir para casa, preciso me manter ocupado, quem sabe eu possa sair com minha avó e mãe. Quem sabe eu possa me distrair.

Me viro para a porta e meus olhos capturam uma figura que começa a correr. Eu corro atrás, os pensamentos dizendo que a figura é Hoseok. Está na frente do elevador, apertando o botão. Por que não vai pelas escadas?

– Hoseok?

Ele para. E se vira para trás antes de voltar a correr.

✓✓✓

Eu acho que foi ele mesmo – Jimin diz logo que comentei ter visto Hoseok correndo de mim. – Eu ouvi o SeokJin dizendo que ele tinha saído do quarto e desaparecido, mas que surgiu correndo do nada, tipo, wow, você brotou do chão?

– Ele olhou para mim antes de voltar a correr – digo me ajeitando embaixo das cobertas. – Até achei que era mais uma alucinação por causa do que aconteceu antes, mas não foi pelo jeito.

– É, não foi. Mas você está bem agora?

– Estou. Isso é o que importa.

Sua mãe disse algo quando você voltou do hospital?

– Não. A única que sabe o que aconteceu é a vó. Eu sei que ela não vai contar para a mãe o que aconteceu.

Você contou o plano?

– Não.

Ok.

Ficamos em silêncio, eu encarando a janela aberta e Jimin, acredito, encarando a porta do quarto.

– Me sinto cansado.

Então vá dormir.

– Sabe cansaço psicológico? O próprio. Descobri que amanhã tenho consulta com o psicólogo do hospital.

Acha que ele pode ajudar?

– Não sei. Mas vou tentar, quero agradar minha mãe, porque tudo o que eu tenho feito é de desagrado à ela.

Entendi. Que horas é a consulta?

– Às nove.

Então tente dormir. A gente se vê amanhã.

– Ok. Boa noite, Chim.

Boa noite, hyung.

Afasto o celular do ouvido, finalizando a chamada e me arrumando na cama. Espero que a consulta com o psicólogo ajude alguma coisa, não quero ter de ir para um lugar onde não vai surgir efeito.

– Já dormiu?

Vejo minha avó entrar no quarto.

– Já.

Ela ri, fechando a porta atrás de si e logo se sentando na minha cama.

– Sua mãe já está dormindo, então você pode me contar o que está te incomodando, porque eu sei que tem algo que você não está me contando.

Desvio o olhar.

– Eu não sei o que eu preciso falar. Só sei que estou sentindo falta de Hoseok. Eu vi ele hoje e tudo mais, mas é como se eu não o visse há anos. Ele parece tão longe.

– Eu te falaria para ir até ele, mas sei que não vai adiantar.

– Jimin fez um plano, para saber se Hoseok mentiu ou não. Basicamente ele e Taehyung vão fingir que estou quase morrendo e me recusando a ir até o hospital, e vão fingir perto do Hoseok. Só para ver se ele se importa.

– Mesmo que isso resulte com ele surtando de novo?

– Eu não tinha pensado nisso – suspiro, afundando a cabeça no travesseiro. – Se ele surtar, eu tenho medo do que pode acontecer.

– O máximo vai ser ele ir para um hospital psiquiátrico.

– Que Deus não queira isso, amém.

– Mas agora diga para mim, o que está te afligindo?

– Nada.

– Min Yoongi, você nunca dormiu agarrado com nada antes de Hoseok e agora você agarra Dino como se ele fosse fugir.

Olho para baixo, vendo que Dino está ao meu lado, entre meu braço e peito. Afasto o dinossauro e ela ri.

– Eu não sei, vó. É tudo, sei lá, eu não sei.

– Tudo bem. Agora durma, amanhã eu te levo no hospital.

– Pensei que seria a mãe.

– Ela bebeu dois comprimidos para dormir, bem provável que ela não acorde a tempo. Então me candidatei.

Ela se levanta, colocando Dino no meu colo e arrumando a coberta.

– Até amanhã.

– Até.

Ela beija minha testa, deixando o quarto logo em seguida.

Me viro de lado, me encolhendo e fechando os olhos. O sono vem instantaneamente, e sinto que essa vai ser uma boa noite de sono, que mal começa, para ser sincero.

Alguém abre a porta do meu quarto, liga a luz e eu me obrigo a virar para ver quem é. Só não esperava ver Taehyung, soado e chorando.

– Acho que não entendi – resmungo tirando a coberta de cima de mim.

– Só vem comigo, hyung.

– Por que?

– Acho que Jimin não passa de hoje.


Notas Finais


talvez eu tenha mentido nas notas iniciais, só talvez

avisem min yoongi que eu vou proteger ele de todo o mal
mesmo se eu estiver morta


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