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História Rebel Heart - Thousand and One Pieces


Escrita por: MillyFerreira

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS!
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Capítulo 14 - Thousand and One Pieces


Fanfic / Fanfiction Rebel Heart - Thousand and One Pieces

Caí por cima do seu corpo quando ele abriu a porta, mas não chegamos a atingir o chão quando a parede foi nossa tábua de salvação. Nossos risinhos cortaram o silêncio da noite e ele me puxou de volta para os seus lábios, e logo depois fechou a porta com o pé. Minhas costas foram de encontro a parede, e, por um momento, perdi o ar. Eu me inclinei para cima, pressionando os lábios nos dele, com suavidade e lentidão. Quanto mais nossas bocas se fundiam, mais emocionada eu ficava com a realidade do que estava acontecendo. Sua mão emaranhou no meu cabelo e a outra me puxou para mais perto — se é que era possível. Por um tempo, só era nossas bocas ali, nossas línguas acariciando uma a outra, sem pressa, e eu desejei congelar aquele momento pela eternidade, mas não consegui ignorar o latejar entre minhas pernas. 

A ponta dos meus dedos encontraram os primeiros botões da sua camisa. Abri cada um, sem pressa, enquanto saboreava sua boca com o gosto do meu brilho labial. Era absurdamente fantástico! Quando cheguei ao último botão e a camisa ficou segura pelos seus braços fortes e tatuados, toquei a pele exposta do seu abdômen e peitoral, deslizando as unhas pela mesma, arrancando-lhe suspiros entre o beijo. Justin se contorceu todo para deslizar o tecido pelos braços e ao mesmo tempo tentava não tirar seus lábios dos meus. Suas mãos grandes e fortes subiram pelos meus braços nus, e aquele simples toque deixou meu corpo em chamas. Agarrou-me pelos ombros e nossos lábios se desgrudaram feito cola quando ele se manteu em certa distância.

— Espera um pouco — sussurrou, com a respiração acelerada. 

— Que foi? — perguntei baixinho, com medo de que ele tivesse caído na real e não me quisesse mais.

Não. 

Ele não ousaria.

— Não precisamos ter pressa, Ruivinha — ele olhou fixamente nos meus olhos, e em meio a doçura, encontrei uma misutra de desejo e luxúria. — Não é disso que se trata esta noite. 

— Você não vai transar comigo, é isso? — tentei ignorar o desespero na minha própria voz. Um mês de pura tensão sexual se resumia na minha calcinha completamente encharcada.

Ele balançou a cabeça negativamente — ainda olhando nos meus olhos — o que me deixou sem palavras por um momento. Quando pensei em abrir a boca para protestar ou xingá-lo, sua voz rouca e incrivelmente sedutora me tirou as palavras mais uma vez:

— Vou fazer amor com você.

A respiração ficou presa nos meus pulmões ao ouvi-lo proferir aquelas palavras com convicção, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Pela primeira vez em um ano, eu sentia medo do que aquelas palavras poderiam significar. E, principalmente: sentia medo do que eu estava sentindo. Ele percebeu o quão chocada eu estava, então se aproximou com, eu diria, um pouco de cautela, e deixou seu nariz tocar no meu. Sua respiração quente bateu em meu rosto e não demorou um segundo para as paranóias da minha cabeça se dissipar e só permanecer o desejo — bastou olhar para os seus lábios.

— Vem comigo.

Ele segurou os dois lados do meu rosto e pressionou nossos lábios por um tempo. Segurou a minha mão e me guiou para, imaginei, o seu quarto. Cada passo para o paraíso era uma tortura para mim. Eu o seguia dois passos atrás, com meus dedos entrelaçados nos seus, e observava suas costas musculosas e imaginava como elas ficariam depois de arranhadas pelas minhas unhas. Justin abriu a última porta do corredor e a fechou assim que estávamos dentro. Não consegui reparar no quarto, pois seus lábios estavam nos meus mais uma vez, de um jeito mais duro e intenso. 

Minhas mãos deslizaram pelas laterais do seu corpo, e senti seus músculos se tensionarem com o meu toque, o que me deixou ainda mais tentada a senti-lo dentro de mim. Senti o cós da sua calça na ponta dos meus dedos e puxei seu cinto para baixo. Justin beijou diferentes pontos do meu rosto, arrancando-me sorrisinhos, e então deu atenção ao meu pescoço, beijando e lambendo diferentes pontos, e mais uma vez senti o latejar entre minhas pernas. Quando ele sugou a minha pele, foi a minha deixa para a pura insanidade. Empurrei seu corpo com o meu para trás, sem desgrudar nossas bocas, e quando ele parou no limite da cama, coloquei minhas mãos em seu peito e o empurrei para cima do colchão que afundou com o peso do mesmo. 

Lancei-lhe um olhar de pura intensidade, enquanto estava entre suas pernas para fora do colchão. Inclinei-me para baixo, por cima do seu corpo, e coloquei uma mão no seu peito que pulsava pela respiração acelerada e com a outra, me apoiei no colchão. Seus olhos estavam escuros, e seus lábios, entreabertos. Ele me observava com uma adoração gostosa de se sentir. E, pela primeira vez, eu quis fazer as coisas do jeito dele: sem pressa. Cheguei perto o suficiente do seu rosto e pressionei minha boca na sua, e puxei seu lábio inferior com os dentes ao me afastar. 

Uma vez de pé, comecei a deslizar as alças do meu vestido pelo braço, uma de cada vez, sem tirar meus olhos dos dele. Justin observava cada movimento meu com tanta intensidade que causava uma onda de arrepios pelo meu corpo. O tecido deslizou lentamente pelo meu corpo até estar sobre os meus pés e, para sua frustração, meus seios foram cobertos pela camada de cabelo que caiu sobre os mesmos. Sorri de canto de boca quando ele se sentou na beirada da cama comigo entre suas pernas. Seus olhos amendoados passearam pelo meu corpo desnudo — apenas coberto pela calcinha — me causando uma ardência no meu ponto mais sensível. A ponta dos seus dedos tocaram a parte posterior do meu joelho e subiu pela coxa até tocar minha nádega. Estremeci quando ele chegou lá e seus lábios se retraíram num sorriso torto quando ele me encarou. Justin afastou o tecido do meu quadril e chupou ali, agora me arrancando um gemido baixo e rouco. Aquilo só serviu para me deixar ainda mais molhada. 

Com os olhos nos meus, suas mãos agarraram minha calcinha e foi deslizando pelas minhas pernas, agora, então, me deixando totalmente exposta para ele. Nunca me senti tão feliz — e ao mesmo tempo nervosa — de estar nua na frente de um garoto. Desci dos saltos e chutei-os para longe junto com a calcinha. Sem paciência para esperar por mais uma tortura, sentei no seu colo, com uma perna de cada lado. Onze meses de tensão sexual — o que eu ainda não podia acreditar — e seu pênis estava orgulhosamente em pé na calça. Poucos tecidos nos separavam do paraíso, e quando nossas intimidades entraram em contato por cima dos mesmos, soltei um longo e ofegante suspiro. Um centímetro a mais e ele poderia ter atravessado a cueca para estar dentro de mim. Mexi meus quadris para frente e para trás, para o lado e para o outro, arrancando gemidos do fundo da sua garganta. Eu mordi o lábio inferior, afundando os dedos nos seus ombros largos. 

Justin puxou a minha nuca e saboreou minha boca. Em um momento de distração, ele subiu em cima da cama e me deitou no colchão, com seu corpo por cima do meu. Sua mão deslizou pela extensão da minha coxa e tocou minha pele úmida e macia. Deixei escapar um gemido longo de puro prazer. Tentei virá-lo na cama, mas ele me prendeu, parando o que estava fazendo para olhar nos meus olhos.

— Não — disse ele, mais como um sopro no vazio.

— Mas...

— Se você quiser isso tanto quanto eu, vai ter que ser do meu jeito.

Franzi as sobrancelhas. Jura que ele queria discutir isso logo agora? O que estava tentando fazer? Eu nunca deixei um garoto me dizer o que fazer na cama e agora ele queria ditar as regras? 

— Não — neguei, ofegante. — Do meu jeito. Isso que você está propondo não faz muito o meu... estilo. 

— Bem — sua expressão desafiadora me deixou arrepiada só de pensar no que ele poderia fazer —, acho que não vai se importar de ficar sem sexo por hoje, já que é o único jeito de conseguir o que quer.

O que... O quê?! Não, não, não! Entrei em desespero quando o filho da puta estava se afastando. Ele estava mesmo fazendo isso comigo? Ele não podia! Maldito orgulho! Olhei para os lados, sem saída, e assimilei o meu desespero a urgente necessidade de gozar. Tudo bem, eu podia fazer isso. 

— Não, espera — puxei-o de encontro á mim, e Justin sorriu vitorioso. — Tudo bem, pode ser do seu jeito. Só não vai... embora. 

— Foi o que eu imaginei — ele saboreou a minha boca, contente do seu plano para me fazer ceder ter dado certo. 

Sua mão estava entre minha coxa novamente, me tocando. Meus quadris se arqueavam a todo instante, buscando mais contato, enquanto seu polegar esfregava meu clítoris suavemente. A pele do meu rosto estava pegando fogo e meus músculos se contraíam da forma mais deliciosa em reação ao seu toque.

— Justin. — Sussurrei entre seus lábios.

Ele segurou o meu rosto e tornou o beijo mais profundo e intenso. Sua boca macia encontrou a pele quente do meu pescoço, onde ele sugou e beijou com ternura, me fazendo arfar a cada toque. Seus beijos se espalharam pela clavícula, busto, até, enfim, chegar ao meu seio. Com a ponta da língua, ele contornou o mamilo, e depois o prendeu entre os lábios e puxou. Soltei um longo suspiro e me contorci debaixo dele. Justin beijou o espaço entre os meus peitos e fez uma trilha molhada até a minha barriga, fazendo cada centímetro de pele se contorcer em reação a sua boca. Contornou o meu umbigo com a ponta da língua e enfiou a mesma lá dentro. Ele continuou descendo, beijou e lambeu o meu ventre, para então me beijar exatamente ali. Desta vez, gemi alto, e minhas costas se arquearam em aprovação. Afundou seus dedos nas minhas coxas e saboreou minha pele úmida como se estivesse provando da minha boca pela primeira vez. Qualquer pensamento coerente que eu tinha já não existia mais. Meus pés escorregaram para suas costas, o deixando mais confortável para me dar prazer naquela posição.

Os lençóis da cama foi minha única recorrência para expressar a explosão que eu estava sentindo dentro de mim. Ele pressionou a língua em meu clítoris, e gritei em reação. Eu precisava gozar daquele jeito, com sua boca quente exatamente ali... Oh, sim, por favor... Mas ele parou. Sequer me deu tempo de protestar minha frustração, pois estava subindo em cima de mim novamente, com aquele olhar faminto e cheio de luxúria que fez meu corpo pegar fogo. Justin me beijou sem pressa, e deslizei minhas unhas por seus ombros e afundei nas suas costas. Ele gemeu baixo contra os meus lábios e sussurrou algo que não consegui entender. Arranhei seus músculos tensos. Cheguei aos seus quadris e puxei seu jeans para baixo, desesperada para ter um contato mais profundo.

Justin entendeu o meu recado e ficou de joelhos comigo entre suas pernas. Ele precisava disso tanto quanto eu. Em um movimento rápido, ele tirou o cinto, a calça e a cueca, tudo de uma vez, e chutou as peças para longe. Estávamos igualados em relação ás roupas e não havia nada que pudesse nos impedir agora. Ele deitou em cima de mim novamente, sua língua buscando a minha, enquanto, ao mesmo tempo, ele buscava algo dentro da gaveta da mesa de cabeceira. Ouvi o barulho do plástico entre seus dedos e todo meu corpo entrou em alerta em pensar que estávamos a poucos passos do paraíso. Justin rasgou a embalagem entre os dentes e vestiu a camisinha. A única coisa que eu conseguia pensar era de senti-lo dentro de mim. Seus quadris se abaixaram entre minhas coxas, encostando as partes mais sensíveis da sua pele nas minhas. Estava feito. Senti-lo dentro de mim era... não tinha palavras! Um mês de espera e tortura tinha valido a pena. Se tudo isso significasse tê-lo somente para mim neste momento, eu teria feito e aguentado tudo de novo sem pestanejar.

— Olha para mim, Ruivinha — sussurrou.

Meus grandes olhos castanhos esverdeados se ergueram para espiá-lo. Seu rosto era uma mistura de ternura e adoração. Nunca me senti tão... preenchida. Em todos os sentidos. Era como se o vazio do meu coração simplesmente se dissipasse. Eu estava sonhando com isso desde quando havia o conhecido, e finalmente estava acontecendo. Mas estava sendo diferente do que eu imaginava. Eu não sabia ao certo o que estava sentindo. Justin inclinou a cabeça para me beijar com ternura e se moveu gentilmente para frente, me preenchendo por completo. Um ruído estranho emanou dos meus lábios enquanto eu era possuída pelo prazer. Ele fez de novo, de novo, e de novo, até que seus movimentos se tornaram mais ritmados. Meus joelhos apertavam firmes seus quadris enquanto seus olhos estavam nos meus e eu mordia o lábio inferior com mais força. Quando ele fez pressão dentro de mim novamente, puxei-o para mais perto.

— Eu... — ele tentou falar, mas gemeu quando levei meus quadris de encontro ao seu, permitindo que ele fosse mais fundo. — Puta merda! Isso é tão...

— Não pare — sussurrei como uma súplica.

Eu o puxava sem parar para dentro de mim, e quanto mais rápido ele ia, menos controle eu sentia. Podia aproveitar o momento de êxtase para jogá-lo debaixo de mim e ficar por cima, mas sacrifiquei qualquer tipo de criatividade para poder olhar nos seus olhos. Ele beijou diferente pontos do meu rosto e pescoço, gemendo baixo no meu ouvido quando eu rebolava meus quadris de encontro á ele. 

— Eu quero você — ele soprou no meu ouvido.

Deixei marcas nas suas costas. Afundei meus dentes nos seus ombros e ele gemeu. Justin segurou as barras de ferro da cama e deslizou mais fundo — se é que era possível — para dentro de mim. Eu ouvia, em meio aos nossos gemidos, o barulho da cama se chocando contra a parede. Suas investidas para dentro de mim eram profundas, intensas e fortes, e ao mesmo tempo rápidas, ás vezes lentas pelo cançaso, me deixando completamente extasiada e rendida á ele. Seja lá o que fosse, Justin sabia o que estava fazendo, e nunca fiquei tão feliz em deixar alguém que não fosse eu tomar o controle. A camada de suor que se formava entre nossos corpos e deixavam ambos grudados só tornava tudo mais gostoso. Olhando no mais profundo tom de castanho dos seus olhos escurecidos pelo desejo, entendi que não era apenas sexo. Eu não queria admitir o quão estranha estava me sentindo, mas não podia dizer que era apenas sexo. Estava me partindo em mil e um pedaços.

Arqueei as costas e o envolvi com as pernas, enganchando-as atrás dele pelos tornozelos. Saboreei cada parte de seu corpo que pude alcançar, faminta por isso há tempo demais. Quase morrendo de fome por ele. Passou-se uma hora, depois outra. Mesmo exausta, prossegui, temendo que, se parássemos, eu acabasse acordando e percebesse que aquilo não passara de um sonho. Logo quando pensei que podia fazer aquilo durar a noite nota, um formigamento familiar, e ao mesmo tempo estranho, fez minhas pernas tremerem, e logo em seguida, cheguei ao meu limite violentamente. Meu corpo relaxou sobre o colchão quando senti que Justin também tinha chegado lá com a última investida. Ele desabou em cima de mim, com a testa colada na minha, enquanto compartilhávamos no rosto um do outro a respiração forte e acelerada. 

Justin segurou cada lado do meu rosto e pressionou os lábios nos meus por um tempo. Saiu de dentro de mim gentilmente, e mesmo assim senti um beliscão lá no fundo. Ele se jogou ao meu lado na cama e passamos a encarar o teto enquanto, aos poucos, nossas respirações iam voltando ao normal. Senti sua mão repousar na minha barriga nua e não me atrevi olhá-lo por um momento. Virei o rosto para poder encarar seus olhos que agora tinham sua cor normal, com aquela doçura familiar que me deixava em paz comigo mesma. Não consegui decifrar o mistério por trás deles.

— Você estava mesmo se segurando, não é? — decidi quebrar o silêncio, incomodada com o quão fundo seu olhar estava vagando sobre mim.

Alguns vincos surgiram entre suas sobrancelhas.

— Te machuquei? — sua voz saiu rouca com uma mistura de preocupação. 

— Eu só estava brincando — suspirei.

— Ah. 

Sentei-me e deslizei minhas mãos pelas pernas até tocar os tornozelos. Um arrepio me percorreu só de pensar que a pouco ele esteve exatamente ali, me tocando, acalentando-me, me amando... Senti o colchão afundar quando ele se sentou ao meu lado, um pouco atrás de mim, e começou a trilhar linhas imaginárias com as pontas dos dedos nas minhas costas. Prendi a respiração com a sensação causada. Senti seus lábios, de repente, na minha pele, e apertei as mãos em volta dos tornozelos. Justin esfregou seus lábios na minha espinha e eu arfava a cada toque. Os limites estavam se tornando tênues novamente, e logo quando pensei em pará-lo, senti sua boca acariciando a minha cicatriz. Suspirei. Ele beijou ali, como se seus lábios fossem algum tipo de cura. Encolhi-me diante de tal ato. 

Por fim, distribuiu beijinhos pelo meu ombro. Olhei para ele por cima do mesmo e, sem pestanejar, o beijei. Aquela posição era desconfortável para beijá-lo, então virei sobre o colchão e sentei em seu colo, tomando o cuidado para não ter contato com o seu sexo, pois só eu sabia o quanto não conseguiria me segurar. Justin me acolheu em seus braços e, por um momento, só eram as nossas bocas ali se beijando e nada mais. Ele me deitou na cama e se inclinou em cima de mim, com metade do corpo no colchão. 

— Sabe de uma coisa? 

Ele se afastou o suficiente para olhar nos meus olhos. 

— Hum? 

— Deveríamos jantar mais vezes — disse eu, arrancando-lhe um riso descontraído e, ao ver o seu sorriso, sorri também. 

Fingindo pensar, seus olhos se voltaram para o teto.

— Que tal amanhã, ás sete? 

Remexi-me desconfortàvel debaixo dele. Sua proposta era absurdamente tentadora, mas toda minha expectativa se dissipou ao lembrar que tinha prometido á Easton jantar com ele na sua casa amanhã. Por mais que eu quisesse passar esse tempo com Justin, não podia decepcioná-lo. Seria uma puta sacanagem da minha parte!

— Não posso — não consegui disfarçar a apreensão na minha voz. Não sabia o motivo de estar tão nervosa. 

— Por quê?

— Eu, hum, vou jantar com o Easton amanhã.

Uma expressão chocada se formou no seu rosto e me apressei em esclarecer as coisas:

— Não é nada disso que você está pensando! Só vamos estudar biologia. 

— Você não sabe o que estou pensando! — ele se defendeu, levemente irritado.

— Bem, eu posso imaginar — retruquei. — Não vou transar com o garoto, isso nem passou pela minha cabeça. Eu só preciso dessa nota. 

— E em que restaurante ele pretende te levar? — Justin tentou fazer com que a pergunta saísse com naturidade, mas eu pude perceber a raiva por trás delas.

— Bem, na verdade, é na casa dele — encolhi-me.

Ele riu pelo nariz, debochado, e se sentou ao meu lado.

— Isso está ficando cada vez melhor. Bem espertinho ele, não acha?

— Justin, para com isso! 

— Parece que o lance entre vocês está ficando sério — resmungou. 

Com suas palavras, me sentei, com vincos de incompreensão tomando o espaço entre as sobrancelhas. 

— Primeiro: o Easton é meu amigo, e não o vejo desta forma. Segundo: não entendo essa sua implicância com ele. Desde o primeiro momento percebi sua indiferença em relação á ele.

— Ele não é Santo, América! Aposto que ele está dando uma de bom moço para depois... — ele parou, claramente impedindo que as palavras seguintes escapassem dos seus lábios.

— Para...? — Arqueei a sobrancelha.

— Nada — ele balançou a cabeça. — Estou com raiva e ia acabar falando alguma besteira.

— Mas por que você está com raiva? — questionei, confusa.

Ele suspirou.

— Deixa quieto, Meri — balançou a cabeça mais uma vez, como se quisesse afastar algum pensamento importuno. — Fiquei sabendo que seu aniversário é mês que vem — forçou um sorriso e mudou drasticamente de assunto.

Quis questioná-lo, mas não queria brigar, não depois do momento maravilhoso que tivemos juntos. Abri um sorriso, tentando amenizar o clima ruim.

— Quem te contou isso?

— Hum, eu vi marcado no calendário do Eggsy — soltou um risinho.

— Ele é péssimo com datas.

— É, eu sei. É que... Estávamos conversando sobre isso, eu e o meu primo, e queríamos fazer uma festa para você, algo entre amigos. Não sabemos se você se sente á vontade com isso por conta do... — ele hesitou.

— Pelo que aconteceu no meu último aniversário — completei sua frase, encolhendo um pouco os ombros.

— É — ele concordou. — Não queríamos fazer algo surpresa e pegá-la desprevenida. O Egssy queria arriscar mas eu preferi comunicá-la primeiro para não acabar fazendo besteira. 

— É muito nobre da sua parte — sorri amarela. — Eu não sei se...

Ele segurou o meu ombro, apreensivo, e ergueu meu rosto pelo queixo. Tentei sorrir, mas falhei miseravelmente.

— Ei, já passou — ele tentou me confortar, e olhando nos meus olhos acrescentou: — Eu estou aqui agora. Não vou deixar que nada de ruim aconteça á você.

— Eu não quero me lembrar — respirei fundo, tentando controlar a ardência que se formava ao redor dos meus olhos.

— Você não vai! — garantiu, convicto. — Vou cuidar para que sua festa seja lembrada por momentos bons. Confia em mim. 

Abri um sorriso. 

— Não me decepcione — pedi como uma súplica.

Justin sorriu, sabendo que já tinha sua confirmação.

— Não vou — depositou um beijo casto nos meus lábios. — Agora tenho que pensar no que te dar de presente.

Empurrei o seu ombro com o meu.

— Você não precisa me dar nada, bobão!

— Confesso que será uma tarefa difícil. O que dar para uma garota que tem tudo?

— Eu não tenho um carro — brinquei. 

— Não posso te dar um carro — disse ele, risonho.

Abri um sorriso.

— Posso te dar uma dica?

— Por favor — seus olhos brilharam de entusiasmo. 

— Hum — meus olhos se voltaram para o teto e fingi estar pensando em alguma sugestão. — Quero que você me dê algo que eu não encontre em nenhuma esquina, ou em qualquer outro lugar. Algo que não custe nada, e ao mesmo tempo tenha muito valor significativo. Algo só nosso, que eu possa chamar de meu, e apenas meu — olhei em seus olhos.

— Acho que vou ter que transar com você no seu aniversário.

Caí na gargalhada e ele sorriu.

— Você superou todas as minhas expectativas, Justin Bieber. 

— Assossiado a ideia de que você não consegue passar um mês sem sexo, eu superei, sim.

Arqueei a sobrancelha desafiadoramente.

— Quer apostar?

Um sorriso surgiu no canto da sua boca, tão desafiador quanto seu olhar.

— Quero.

Tudo bem, vamos tornar as coisas interessantes.

— Tudo bem então — disse eu. — Se eu perder, qual é sua condição? — lancei primeiro, guardando o melhor para o final.

Ele pensou um instante. E então, abriu um sorriso, eu diria, quase vitorioso. Seria gratificante tirar esse sorriso do seu rosto quando eu ganhasse essa aposta.

— Se você perder, terá de fazer uma tatuagem com o meu nome, para você se lembrar dessa derrota pelo resto da vida — seu sorriso era quase diabólico, e a possibilidade me fez estremecer, mas não deixava de ser tentadora. E acrescentou: — E eu escolho o lugar.

— Fechado — concordei, apostando todas as fichas na minha capacidade de conseguir o que queria. — Mas se você perder — apontei o dedo contra o seu peito, e foi minha vez de sorrir presunçosa — será meu por um mês. 

Justin estreitou os olhos na minha direção, sequer pareceu hesitar diante de tal proposta. Como eu, estava confiante nas próprias fichas. Mas ele não sabia que tinha encontrado uma componente á altura, e no final, um de nós dois saíria derrotado; e não seria eu.

— Feito! 


Notas Finais


√ Meninas, eu não trago uma notícia boa, por isso vou tentar ser o mais calma possível nas minhas palavras, porque, na verdade, estou com uma puta raiva! Percebi que aqui tem algumas leitoras que me acompanham em Belo Desastre, e decidi dar uma explicação do que está acontecendo... Hoje pela manhã quando entrei no Spirit, tudo parecia normal. Mas então, depois de um tempo, o site travou e deixou todo o meu celular maluco, tanto que o mesmo teve de reiniciar novamente. Então, quando tornei a entrar no Spirit, tive uma grande — e decepcionante — surpresa: duas de minhas fanfics tinham sido excluídas automaticamente, sem minha autorização; Body Say (já finalizada) e Belo Desastre (ainda em andamento). Eu fiquei louca! Ainda estou, na verdade. Eu tentei resgatar ambas, mas as mesmas sumiram do mapa. Foi tão chocante para mim que eu comecei a chorar de raiva. Quer dizer, eu gastei meses, até anos da minha vida escrevendo essas duas fanfics, e acontece uma puta sacanagem dessas! Talvez eu tenha sido hackeada, sei lá... Juro que o ódio foi tão grande que pensei até em nunca mais escrever fanfic na minha vida, e pensei em excluir Rebel Heart também, mas percebi que seria muita falta de respeito com vocês, leitoras. Eu estou muito, muito triste com o que aconteceu. Queria poder repostar os capítulos, mas eu escrevo pelo celular e não tenho os capítulos salvos. Talvez eu reescreva ambas um dia; não hoje; não amanhã, mas agora, neste momento, não tem a menor condição, atè porque isso me deixou muito chateada. Então decidi continuar apenas com Rebel Heart. Nem tenho palavras para me desculpar com vocês, leitoras de Belo Desastre, pelo ocorrido. A fanfic tinha menos de dez capítulos para acabar e acontece uma merda dessas! Eu realmente... sinto muito. Os capítulos finais estavam planejados, ia ser tudo muito lindo e tal, mas agora... Me desculpem! Quem quiser saber o que ia acontecer no desfecho final, só é entrar em contato comigo pela mensagem privada que eu conto. É o mínimo que posso fazer por vocês. Obrigada por terem me acompanhado nessa jornada, mas agora só vou focar em Rebel Heart... Enfim. É isso. Espero que entendam que não pude fazer nada para reparar esse erro.

Até a próxima, pessoal...

√ Leiam também, Mistakes Of Love: https://spiritfanfics.com/historia/mistakes-of-love-6329863

The Perfect Move: https://spiritfanfics.com/historia/the-perfect-move-9715163


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