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História Rebel Heart - Flashlight


Escrita por: MillyFerreira

Notas do Autor


→ Desculpem-me qualquer erro. Boa leitura!

Capítulo 21 - Flashlight


Fanfic / Fanfiction Rebel Heart - Flashlight

— Vocês estão namorando, então? — perguntou Easton, levando um pouco de pipoca doce à boca.

— O quê? Não! Por que vocês acham que para fazer sexo com alguém é preciso estar num relacionamento? — bufo com um revirar de olhos.

— Então é só sexo?

Abri a boca de imediato para responder, mas no momento de fazer as oalavras sairem, as mesmas escorregaram garganta abaixo, como se um clarão borrasse minha mente.

— Não — deixei os ombros caírem, derrotada. — Não é só sexo — murmurei.

Easton virou o rosto para me encarar, a brisa do mar balançando seus cabelos negros, enquanto seus braços fortes estavam pressionados no muro da passarela que nos separava do mar. Sua pele estava levemente bronzeada, sua aparência melhorava cada vez mais, ele não parecia tão cansado e desgastado quanto antes. Segundo ele, a doença ia e voltava, às vezes ficava escondida, ofuscada, apenas esperando o momento certo para atacar com todas as forças.

— É… complicado — acrescentei com um suspiro.

— Não gosto de nada complicado — puxou o canto da boca num leve sorriso, um tanto apreensivo. — Você gosta dele, não gosta?

Encarei seus olhos azuis, e eu sabia que não podia mentir para ele. Podia mentir para mim mesma, mas não para Easton Hyde. Tínhamos problemas diferentes, nossas dores eram opostas, mas se tinha algo que nos faziam iguais, era nosso sofrimento na mesma intensidade.

— Gosto.

— Quanto?

Encarei-o por alguns segundos e desviei o olhar para a maré, as sobrancelhas um pouco juntas, mostrando minha apreensão. Era uma ótima pergunta: o quanto eu gostava de Justin? Tínhamos uma ligação forte, com certeza não era só sexo. Estar com ele era confortador, com ele, eu podia ser eu mesma. Mas o que isso significava? Seja lá o que fosse, era assustador sentir isso. Se eu pudesse, arrancaria esse novo sentimento do peito, mas quanto mais eu tentava ignorar, mais crescia, ficava mais intenso, mais profundo, até virar uma poça onde eu mesma ia me afogar.

— Sei lá… tipo… muito? — olhei para ele que acabou rindo, balançando a cabeça. — Que foi?

— Você não pode me fazer esta pergunta, América — sorriu gentil. — Você está confusa, não está?

Soltei um grunhido, esfregando o rosto com as mãos. Esta era a conclusão mais exata para mim neste momento: eu estava confusa. Muito confusa. Meus sentimentos eram uma bola de neve, todos enrolados num mesmo fio.

— Ei, está tudo bem, não há nada de errado em sentir isso — ele segurou o meu braço e apertou fraco, um sinal de conforto.

— Mas o que eu estou sentindo? — arrisquei olhar nos seus olhos, minha cabeça explodindo em milhões de pensamentos, e Justin estava em todos eles.

— Bem, isso só você pode descobrir — sorriu fraco, apreensivo. Ele fez uma pausa, respirou, e continuou: — Talvez você só deva se permitir sentir, seja lá o que isso for.

— Isso me assusta, sabe? — fiz uma pausa. — Isso que estou sentindo é tão… não sei — deixei os ombros caírem, cansada. — Só sei que não consigo ficar longe dele por muito tempo. O que é apavorante, pois talvez eu já tenha estragado com tudo.

— Como assim? — ele me encarou, curioso, jogando mais pipoca na boca, pendendo a cabeça para trás para acertar o alvo entre seus dentes perfeitamente brancos.

— O Justin é um cara incrível, apreensivo e carinhoso, ele sempre está comigo quando eu preciso mas… Talvez isso o torna bom demais para mim — mordi o lábio inferior com o olhar baixo. — Não acho que eu seja a mulher que ele sonha encontrar em uma esquina qualquer e passar o resto da vida juntos — soltei um muxoxo, sem emoção, tentando parecer indiferente em relação ao sentimento, e mais uma vez, falhei. Se tratando de Justin, eu estava sempre falhando, principalmente com as regras que jurei nunca quebrar. Abri um sorriso sem emoção. — O que é estranho, porque às vezes eu quero ser essa mulher, ao mesmo tempo que quero fugir disso tudo. E onde quer que eu vá, ele continua sendo minha lanterna — olhei para ele. — O que isso significa?

Ele soltou um risinho, deixando-me confusa.

— Isso significa que você está apaixonada — disse ele, simplesmente, fazendo meu estômago afundar.

Choraminguei, apavorada. Por que admitir isso em alto e bom som era tão difícil? Porque eu tinha tanto medo de me entregar? Justin não era como o Jared, certo? Ele era… diferente. Mas o Jared também era diferente, e num piscar de olhos, se tornou um monstro, um demônio que me perseguia nos sonhos mais sombrios. Não era medo de sentir; era medo de me decepcionar novamente.

— Eu não quero me apaixonar — choraminguei, o medo e a angústia tomando todo o meu interior.

— Você pode fechar os olhos para as coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir. — Ele segurou minha mão, os olhos carinhosos me passando conforto. — Você só vai se libertar do passado, só vai se libertar do Jared, quando se permitir amar novamente. E eu sei que o Justin é a melhor pessoa para isso.

Eu havia contado todo o meu passado para Easton depois que presenciei seu pai agredindo a sua mãe no hospital. Queria mostrar para ele que eu sabia o que ele estava sentindo, sabia o que Chloe sentia, e que no final das contas, eu não era tão forte quanto parecia.

— E se não for recíproco? — coloquei o meu medo para fora, o peito se apertando cada vez mais.

— Eu sei que é. Todos sabem. Acho que vocês são os únicos que não perceberam ainda — sorriu de canto. — Você tem um mês, América. Apenas faça cada dia ser inesquecível. Pode ser a oportunidade perfeita para você descobrir o que sente de verdade — acrescentou.

Pisquei sob os cílios, a boca ficando seca de repente, o coração cheio de angústia, e ao mesmo tempo curioso para saber onde isso ia dar. Easton tinha razão: estava na hora de eu dar uma nova oportunidade para mim. Estava na hora de parar de fugir deste sentimento como se eu fosse covarde, indefesa. Chegou a hora de voltar a viver novamente; amar e ser amada.

— E você? — perguntei de repente, desviando do azul da água para o azul dos teus olhos.

— Eu? — franziu o cenho, confuso.

— Quando vai dar uma chance ao amor? — encarei os seus olhos, vendo os mesmos vacilarem, mas tudo que ele fez foi rir com certo deboche.

— Há!

— Há?

— É, há! — Seu sorriso desapareceu e ele suspirou. — Talvez possa parecer fácil visto por esse lado, mas não é. Eu estou doente, América. Não sou o que as pessoas querem. Não se trata de beleza ou caráter. No meu caso, é a saúde que conta — puxou o canto da boca.

— Isso não quer dizer nada, East — meu tom era apreensivo.

— Talvez não para você, mas para as outras pessoas, sim — disse ele em um tom triste.

— Isso não significa que você não mereça amor — retruquei, inconformada.

— Eu já tenho amor suficiente, Meri. Eu tenho a minha mãe. Tenho você agora. — Acrescentou, olhando para mim agora.

— Você sempre terá a mim, Easton. Mas você não sente falta de um amor diferente?

Ele engoliu em seco, e mesmo que quisesse disfarçar, eu via a dor estampada em seus olhos, tomando as linhas de expressões do seu rosto. Easton era forte, mais forte do que eu poderia ser, mas nem o sorriso gentil e os olhos carinhosos conseguiram ofuscar o sofrimento que ele sentia, a tortura que ele passava todos os dias por conviver com a AIDS, com a indiferença da sociedade e até do próprio pai.

— Eu… sinto. Sinto, sim — confessou, balançando a cabeça vagamente, os pensamentos longe, os olhos vazios. — Sinto falta de levar alguém á um jantar na sexta á noite, sinto falta de assistir séries na tevê em um dia chuvoso, com alguém aninhado em meu peito — abriu um sorriso triste, o que só serviu para partir o meu coração —, sinto falta de ser o ombro de alguém para chorar e sinto falta do sexo também.

Segurei a sua mão sem ter as palavras certas para falar. Ele olhou para mim, tentou sorrir, mas falhou miseravelmente. Os olhos brilhando em lágrimas, o sofrimento que ele não deixou cair, preferiu deixar acumulado na sua bolha de sofrimento.

— A vida acabou para mim, América — disse ele, a voz rouca, e quando eu abri a boca para discordar, ele continuou, fazendo-me engolir as palavras: — Mas não acabou para você. Às vezes cometemos erros, erros que não podem ser reparados. Eu sei que você tem medo, mas gostaria que fizesse a coisa certa, porque não quero que você acabe que nem eu: sozinha.

Puxei-o para um abraço, e se ele não queria derramar lágrimas, eu mesmo o faria. Abracei-o forte, tentei acolher o seu corpo másculo e alto da melhor forma possível, tentando mostrar todo o meu conforto, todo o meu amor e admiração por ele.

— Não é verdade, Easton. Você não está sozinho.


                          ~♡~


— O Justin não vem para a aula hoje? — perguntei á Eggsy que mantinha o braço ao redor dos ombros de Rosie.

— Ele foi para uma aula de campo, teve de vir mais cedo — respondeu ele. — É algum projeto fora da universidade, ele volta na hora do almoço — deu de ombros.

Ah.

— Vamos para a aula, você vem? — perguntou Rosie.

— Hum-hum, estou indo.

Eu andava dois passos atrás do casal, desanimada. Ok, ele teve de ir para a aula mais cedo, mas se ele tivesse me avisado, eu teria feito um esforço para acordar mais cedo para poder receber um beijo pela manhã… Mas o que eu estou pensando?, pensei. Justin estava me alienando de um jeito discreto, ele estava agindo no escuro, pelas beiradas, e quando atacava, já era tarde demais, eu não podia me defender.

Despedimo-nos na porta da sala e eles seguiram caminho juntos. Carreguei minha mochila nos ombros, percebendo alguns cochichos em minha direção, depois alguns olhares curiosos para minha mesa. Franzi o cenho e, a medida que iam saindo da minha frente, eu podia notar alguma coisa em cima da superfície amadeirada: um cartão vermelho, um bombom grudado na textura grossa e uma tulipa vermelha ao lado, perfeitamente alinhada.

Com a testa ainda franzida, deixei a mochila em cima da cadeira e peguei o cartão, a textura grossa e macia sobre os meus dedos. Desgrudei o bombom para então ler a mensagem simples, um sorriso crescendo nos meus lábios enquanto eu me sentava para poder reler:

“Desculpe não poder dar bom dia como você merece, Ruivinha, mas espero que o chocolate ajude a relaxar da aula estressante.

Te vejo mais tarde.

P.s.: Ouvi dizer que suas flores favoritas são tulipas vermelhas. Espero ter acertado, pois pegá-la do jardim do meu vizinho não foi fácil.”

Um sorriso zombeteiro se formou em meus lábios com a confissão enquanto eu balançava a cabeça e tirava o bombom da embalagem. Olhares curiosos ainda se direcionaram para mim, mas eu estava feliz demais para dar atenção; ele não tinha esquecido de me dar bom dia, afinal.

Easton entrou um segundo antes do professor, e me lançou um sorriso curioso ao ver a tulipa em minha mão enquanto eu desfrutava do último pedaço do bombom. Sorri sem mostrar os dentes, mastigando, e ele se apressou para se acomodar do outro lado da sala. 

— Muito bem, pessoal. Última semana antes das provas finais, vamos aproveitar essa aula para tirar suas dúvidas — começou o professor Charles, escrevendo os assuntos da prova na lousa. — Vamos começar então.

Tentei não pensar muito em Justin e me concentrar nas palavras do professor Charles. As garotas se inclinavam de todos os lados, curiosas para saber quem em sua sã consciência teria me mandado flores e chocolate, e a mesma curiosidade estava estampada nos rostos dos garotos. E mais uma vez, eu tinha me tornado o centro das atenções. Todos se perguntavam: quem era o idiota que dava presentes a uma vadia? Que escrevia palavras bonitas em um papel bonito? Mas naquele momento eu me sentia tudo, menos uma vadia. Mesmo com a maquiagem pesada, os lábios pintados de vermelho e o short curto, eu me sentia uma garota de quinze anos que sonha em ser princesa.

— O Justin deixou todo mundo de boca aberta hoje — disse Easton me alcançando no corredor.

Dei risada, debochada.

— Quem garante que foi o Justin? — olhei-o de soslaio, com um sorriso de canto.

— Tirando o fato de que você estava sorrindo feito uma boba apaixonada a aula toda, sem contar os suspiros... — ergueu o dedo indicador, me fazendo rir — não, ninguém me garante.

— Ah, qual é? Não é nada demais — tentei parecer irrelevante, o que não deu certo. — O Justin é carinhoso com todo mundo, não sou uma exceção — acrescentei enquanto brincava com a flor entre meus dedos.

— Aposto que ele sai distribuindo flores e chocolate para todas as garotas daqui — disse ele em tom irônico.

Olhei para Easton, a sobrancelha arqueada.

— Você está parecendo a Rosie falando. Sério que vou ter que aguentar isso até de você? — parei no meio do corredor, os braços cruzados, enquanto ele parava na minha frente com um sorriso divertido.

— Pode apostar que sim — respondeu ele sem se abalar com minha expressão ameaçadora. — Eu só estou brincando, é melhor tirar essa carranca do rosto — disse ele enquanto apertava minha bochecha e eu revirava os olhos. — Estou torcendo por vocês.

Deixei os braços caírem aos lados do corpo, a expressão se suavizando, um sorriso melancólico crescendo em meus lábios.

— Você não pode torcer por algo que não existe, Easton — disse eu, a voz quebrada.

— Eu posso torcer por algo que existe, mas você insiste em ignorar — ele tocou o meu peito com o dedo indicador, os olhos azuis cintilantes perfurando os meus com avidez. — Eu poderia te contar os vários motivos pelo qual acredito que isso vai dar certo, mas — ergueu o olhar por cima do meu ombro — acho que você vai querer agradecer pelo presente.

Easton deixou um beijo tão rápido em minha bochecha quanto sumiu entre os corpos no corredor. Virei-me sobre o próprio eixo, olhando na direção contrária de que antes eu estava, e lá estava ele, andando em minha direção, com um sorriso aberto, a jaqueta jogada sobre o ombro, a qual ele segurava com o dedo indicador, o típico estilo bad boy, mas os olhos de um anjo. Sua imagem parecia congelada em minha memória, enquanto meus olhos capturavam cada movimento seu em câmera lenta, do sorriso brilhante ao olhar intenso.

— Olha só, justamente quem eu queria encontrar  — disse ele, um sorriso ávido, ao parar na minha frente.

— Estava me procurando? — meus olhos ganharam foco quando encarei suas íris castanhas reluzindo no sol de verão.

— Queria saber se você recebeu o meu presente — respondeu ele, sorrindo, seus olhos desviando de soslaio para a flor em minhas mãos.

— Recebi, sim — dei de ombros, uma mecha de cabelo cobrindo metade do meu rosto. — Você meio que deixou todos bastante intrigados na minha classe — continuei enquanto ele me abraçava pelos ombros e me conduzia entre as pessoas que nos olhavam, mais uma vez, curiosas. — Todos ficaram se perguntando: quem era o idiota que daria flores e chocolate para uma garota tão…

— Incrível? — ele cortou minha frase, fazendo-me rir baixo, e ao ver meu sorriso, ele sorriu também. — Bem, esse idiota fui eu.

Virei meu rosto para encará-lo enquanto me deixava ser conduzida, pelo menos uma vez na vida, compartilhando meu próprio caminho com outra pessoa.

— Você é…

— O quê? — Seus olhos me encararam com intensidade, o castanho mais claro que o de costume, neutro e transparente.

Balancei a cabeça negativamente, um sorriso no canto dos lábios.

— Nada. — Inspirei. — Não é nada. — Cortei a sua palavra no instante em que ele abriu a boca para responder, e entrei em um novo assunto: — Como foi a aula de campo hoje?

Ele me olhou um pouco estranho, como se estivesse me repreendendo por fugir do assunto, mas não durou um segundo, pois seus olhos tomaram um brilho intenso no instante seguinte e seu sorriso se tornou mais largo.

— Ah, foi tão incrível! — contou ele, entusiasmado. — Fiz fotos ótimas, consegui capturar momentos raros, sabe?

— Ah, é? — abri um sorriso, interessada no assunto e, principalmente, encantada pelo seu amor a algo tão simples, mas que para ele, era muito importante. — Gostaria de ver as fotos.

— Claro! Eu posso mostrar, sim. E depois você pode me dizer o que achou, pode ser sincera, tá bom?

— Tenho certeza que ficaram maravilhosas, não espero menos de você — fui sincera.

Ele sorriu agradecido.

— Você é incrível — ele se curvou para baixo e beijou minha bochecha. — Mas as novidades não acabam por aí…

— Não me deixa curiosa, vai — empurrei meu corpo contra o seu e ele me puxou para a esquerda junto com ele, nossos risos baixos pela brincadeira sem sentido.

— Fui convidado para cantar na festa de outono — disse ele.

— Isso é sério? — exclamei, surpresa, um pouco risonha.

— Ideia do Eggsy, é claro — revirou os olhos. — Mas vai render uma grana extra, acabei topando sem muita reclamação.

— Isso é bom, você canta bem. Muito, muito bem — sorri de lado. — Você vai deixar as garotas ainda mais loucas por você — brinquei, com uma pitada de ciúme escondido por trás do tom risonho.

— Nenhuma que eu quisesse — lançou-me uma piscadela. — Você já tem um par, Ruivinha?

— Ah, não — balancei a cabeça negativamente. — Eu não vou a esse tipo de festa.

— Que tipo de festa? — franziu o cenho.

— Ah, você sabe, festas de casais — dei de ombros. — E também, ninguém nunca me convidou — acrescentei baixo.

— Estou te convidando agora — disse ele, olhando nos meus olhos, uma expressão séria no rosto. — Vamos comigo, vamos. Prometo que vai ser divertido.

— Isso não faz… o meu estilo. São festas para casais, Justin. Isso significa que você tem de ir com um namorado — gesticulei com as mãos.

— Exato. Não somos namorados, o que torna as coisas bem mais fáceis. Então não vou ter que me preocupar em te dar um anel quando a música acabar — sorriu de canto.

Soltei um riso baixo.

— Eu agradeço o convite, mas eu estou bem aqui do outro lado da linha.

Justin estreitou os olhos para mim.

— Pelo visto, vou ter que te convencer a ir comigo…

— O que… — antes que eu pudesse raciocinar, Justin estava de joelhos aos meus pés, segurando minha mão, enquanto todos a nossa volta pararam para observar a cena e meus olhos pareciam querer sair da órbita. — O que você está fazendo? Levanta já daí! — ordenei baixo, com um leve rubor nas minhas bochechas.

Entretanto, tudo que ele fez foi abrir um sorriso, não se importando com os olhares curiosos em nossa direção.

— América Greene, você aceita ir á festa de outono comigo? — pediu ele, como se fosse um príncipe pedindo sua amada em casamento, um tom dramático em suas palavras. — E não aceito “não” como resposta.

— Justin, não seja idiota, levanta já daí! — tentei puxar minha mão, mas ele a segurou com mais força, me obrigando a passar pelo constrangimento. — Justin! — grunhi, irritada.

— Só levanto quando você disser “sim” — retrucou ele, um sorriso divertido nos lábios, o desgraçado estava adorando a situação.

Olhei em volta, querendo enfiar minha cabeça em um buraco, enquanto todos pareciam ter segurado a respiração, apenas esperando pela minha resposta. Olhei para Justin no chão, aquele sorriso que me fazia querer enforcá-lo, e ao mesmo tempo beijá-lo. Não me restou opções além de…

— Sim! Eu vou com você, seu idiota. Agora levanta daí. — Puxei-o, fervendo em raiva.

Rindo, ele se pôs de pé, segurando meu rosto entre as mãos, enquanto eu dava alguns tapas em seu peito, tentando não amassar a flor entre meus dedos.

— O que você pensa que está fazendo, seu idiota? — explodi enquanto ele ria, tentando se defender do meu ataque de nervos.

— Apenas dando assunto aos fofoqueiros pelo resto do mês — sussurrou ele, vindo de encontro á minha boca em um beijo lento e ávido, deixando-me extasiada, surpresa demais para ter qualquer reação além de beijá-lo de volta enquanto uma onda de aplausos e gritaria tomavam os corredores. 


Notas Finais




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