História Rebel hearts - A floresta

Marinette cavalgava nas margens da floresta,tentando encontrar a casa da bruxa.A chuva não facilitava seu trabalho e a escuridão tornava tudo mais complicado.Ela sabia que não podia ficar tão a amostra.Se os guardas a pegassem estaria ferrada.Consciente disso,resolveu entrar na floresta.

Quando adentrou o local,uma sensação de tensão se fez presente.Marinette era uma garota forte,não se renderia assim tão fácil.Ela cavalgava em silêncio,apenas observando a paisagem do lugar.

Os galhos das árvores eram cobertos com uma fina camada branca,que pareciam ser  teias de aranha.O chão da floresta era bem escuro,coberto por folhas que a olho nu pareciam negras.Arbustos cheios de espinhos não faltavam.

Marinette prosseguia com cuidado até que ouviu um barulho.Ela puxou as rédeas de Nocturne,que parou no mesmo instante.Ela olhou para os lados e focou em uma criatura branca.O animal a  estava encarando.O bicho parecia com uma salamandra só que muito maior,possuía olhos intensamente vermelhos e cuspia uma gosma branca e leitosa,um ácido.

A azulada não poderia correr,não sabia qual era a rapidez que aquele bicho poderia atingir.Resolveu enfrentar.Marinette desmontou e pegou uma espada em sua bolsa.Escondeu-a por debaixo da capa e retirou a bainha.A criatura branca percebeu o que a mesma fazia e começou a correr a até ela.

A criatura pegou impulso e pulou sobre ela.Ela conseguiu pular para o lado e desviar da investida.Nocturne relinchou e se afastou da batalha.Marinette não tirava os olhos da criatura branca,seu medo estava batendo em sua porta.Ela forte e orgulhosa como era,manteve a porta fechada.

Novamente,o animal pulou sobre ela.Dessa vez ela não se afastou,esperou a colisão e enfiou a espada no peito do animal,sangue negro escorreu de seu peito,o animal se debateu e a azulada enfiou ainda mais a espada.A criatura parou de se mexer,estava morta.

Marinette se levantou e tirou sua espada do corpo branco.Tirou o excesso de sangue preto e colocou de volta na bainha. Quando ia chamar Nocturne,sentiu uma pontada de dor em seu braço.Olhou para o próprio braço,e viu que o ácido da criatura havia caído em sua capa.A azulada começou a sentir uma tontura e começou a perder a consciência.Ela acabou por desmaiar.A última coisa que ouviu foram passos em sua direção e o relincho assustado de Nocturne

Pov's Marinette 

Quando abri meus olhos,foquei meus olhar para um teto branco.Estranhei,havia pensado que se eu realmente fosse acordar, estaria de volta à minha casa e que quando acordasse minha irmã me encheria de perguntas.Não havia ninguém no local.Levantei um pouco da cama ,senti meu braço doer.

Consegui me sentar na cama,com o latejar do meu braço uma onda de memórias me invadiu.Me lembrei da noite que fugi da minha casa,da minha procura desesperada por um abrigo,da luta que travei com o anfíbio branco e do meu desmaio.

Será que estou morta e estou no céu?Olhei ao meu redor,tentando encontrar alguém ou algo que respondesse minha perguntas.Não havia nada ali,mas o quarto não parecia ser comum.As paredes eram brancas e cintilavam,o chão parecia ser feito de nuvens,não havia nenhuma porta,apenas arcos que davam direto para corredores brancos.

Resolvi que iria procurar alguém ou pelo menos tentaria  ficar de pé.Antes de descer da cama,olhei para o meu braço e vi que estava enfaixado.Quem quer que estivesse aqui,havia cuidado de mim e a minha educação impedia a minha saída dali sem agradecer.

Coloquei o primeiro pé no chão e senti tocar algo fofo.Coloquei o segundo pé e levantei.Logo depois senti o chão se desfazer e comecei a cair  de uma altura absurda.Olhei para baixo e conseguia ver as terras que eram cultivadas  perto de minha casa,os prados,o mar um pouco ao longe.

Meu coração batia acelerado,aquele era meu fim.Esmagada,quem diria que isso aconteceria.Minhas aventuras acabaram antes mesmo de começar.Pensei em minha mãe e em Tikki.O quão preocupadas elas deveriam estar.

Fechei meus olhos,lembrei de um ditado que minha mãe dizia.O que os olhos não vêm o coração não sente.Ela vivia dizendo isso para minha irmã.Eu achava essa prática terrível mas talvez aquilo me ajudasse no meu fim ,não é?

O vento batia loucamente em meus ouvidos.Minha mente ficava em branco.Era o meu fim.Senti algo me segurar pela mão,pensei que era a morte.Só que agora o vento não era tão cortante,estava mais calmo agora.Algo estava me puxando para cima.Abri meus olhos e dei de cara com uma figura incomum.

Uma mulher com asas de libélula estava segurando minha mão,me puxava para o céu.As roupas dela eram muito coloridas.Eu preferi por ficar quieta,ela poderia ser um ser cruel ou um outro monstro.Eu não teria força para fazer nada naquela situação.Fechei meus olhos de novo e esperei.

Alguns segundos depois,senti meus pés em solo firme,abri meus olhos e encarei a criatura que me salvou.Ela era uma criatura curiosa,parecia uma pessoa normal mas alguma coisas eram inéditas.Seus olhos não possuíam pupilas,sua íris era de uma azul brilhante.O cabelo dela era em sua maioria castanho mas possuía algumas mechas de cores diferentes,coisa que combinava com suas asas e  roupas .

Ela passava tranquilidade,não parecia querer meu mal.Apesar de eu ter minhas dúvidas.Ela sorriu para mim.E me abraçou.Eu achei estranho,mas retribui.Quando a fada me soltou,me olhou com uma cara de preocupação.

-Você está bem?-A fada disse.

-Sim,eu acho.Por acaso eu...-Eu respondi quando fui cortada.

-Está morta?Não,mas foi por pouco.Eu deveria ter sido mais cuidadosa.-Ela disse,envergonhada.

-Está tudo bem.Onde é que eu estou afinal?-Eu perguntei.

-Você está em Celestine,o reino dos céus,ou seja ,o reino das sílfidies.Venha comigo vou te explicar tudo no caminho.-ela estendeu a mão para mim e a aceitei.A fada levantou voo e voamos juntas entre as nuvens.