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História Rebirth - Capítulo Único


Escrita por: baesouls

Notas do Autor


Pergunto-me o que seria o bom, o bonito. Relativas são as respostas que encontrei, então, pode ser que goste ou não dessa estória um tanto quanto estranha e rápida.
Boa leitura <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Não sei, vai ver nem você sabe também. Metáforas não eram suficientes para preencher o termômetro daqui, elas nunca funcionavam comigo. Suas mãos sobre o meu peito, seu rosto perto do meu, o jeito como sua respiração colidia com a minha, pirando-me. Insano, louco e doente. Você era tudo isso, e as palavras ditas com esperanças chulas faziam mais parte do seu vocabulário do que um simples "perdão". Com ódio, você batia os objetos da sala em mim, em seu "amorzinho", em seu "motivo de suicídio". 

Nunca havia pedido nada a ti, e não importa em qual nível esteja a tua fúria, eu sei que sabia quem era o certo. Cale-se! Ao dizer que faria qualquer coisa pela minha libertação. Usou-me, abusou-me, ridicularizou-me e riu, riu da vergonha alheia que sentiu ao me ver nu. Nu por fora e por dentro. Meu exterior gritava e meu interior degradava, era isso o que você queria? Acho que sim, você também deve achar. 

Flores podres caem sobre o nosso lençol – algo belo ao meus olhos –  com máscaras pálidas e versos em vão.  

"Eu te amo", essa era a frase da nossa Inatividade emocional, eu de presa e você de predador. Com seus olhos ferozes e cabelos bagunçados, roupas coladas e deliciosas, sorrisos sarcásticos e, ao mesmo tempo, assustados. Você me deixava apaixonado.

Era uma vez, eu estava numa floricultura. Essa loja empregava um cara, de seus cabelos loiros a esvoaçar com o vento vindo de uma  pequena janela. Esse arrumava cada planta por ordem de cor, com um jeito um tanto quanto pragmático. Balancei a mão direita para que visse a minha presença ali. Um sorriso aqui e um sorriso ali.

"Posso ajudá-lo?" ele tinha a voz rouca, mas nem tanto.

"Gostaria de saber qual o nome dessa bela flor com as pétalas esbranquiçadas." Sim, eu era péssimo em cantadas.

O mais baixo olhou em volta, procurando pela suposta flor, e enfim, caiu-se a ficha. Soltou um suspiro pesado e mandou eu ir embora (friamente e secamente). Esbravejei as raivas, como um animal descontrolado, segurei em seus pulsos finos e tampei seus lábios quentes. Permanecia em choque, trêmulo.

"Venha comigo."

Empurrei-o forte para dentro da sala de funcionários, joguei-o sobre o chão gelado e amarrei-o na perna de uma estante cinza. Abri minha sacola florida e dali tirei uma caixa vermelha de bombons caros e um ursinho de pelúcia.

Olhares desesperados e chorosos, não, não era aquilo que eu queria vindo dele. Peguei um pente macio e sentei ao seu lado para, assim, pentear seus fios desgrenhados.

"Calma, calma, não é para ter medo."

Pássaros cantavam alto na pequena televisão que havia ali, coloquei suas pernas relutantes sobre as minhas, fracas. O quão admirável era aquela pessoa a qual eu começava a chamar de "amorzinho". Pode parecer tudo muito confuso (alucinógeno), eu sei, mas adoro as misteriosidades da vida. 

Noite de velas acesas, o frio do lado de fora era gostoso demais para não aproveitá-lo. Sobre os meus braços ele estava, cansado de tentar fugir. Suas grandes orbes fixavam-se nas minhas, procurando um algo ou alguém. Perguntas eu te fiz para saber mais, e com uns balançares de cabeça, descobri mais além de tudo.

Lentamente deitei suas costas sobre o solo, aconcheguei-o numa manta colorida e quentinha, e apoiei minha cabeça sobre seu peito frenético. Nossos ares colidindo-se, nossos olhos atravessando-se.

Era mais belo que qualquer flor dali, mais romântico que qualquer estátua clássica daqueles museus antigos, mas não tão delicado quanto as penas de suas asas. O corpo fluía curvas perfeitas e milhares de pintinhas, claras e escuras, a derrubarem-me de ilusão.

E com um simples sinal com os olhos, direcionou para sua boca, querendo me dizer parar tirar o lenço rosa de ti. 

"Quero te mostrar o meu coração, posso?" Fiz um "sim" ansioso, e então, ele pediu-me para encostar meu ouvido em seu peito.

Frio, frio e frio. E quanto mais escuro ficava, mais suas palavras eram fortes, mais o choro e o medo crescia, mais eu adoecia. A vida não é um mar de rosas, realmente. O que acha que acontece com os seres desrespeitados pela sociedade? Eles querem amar mas são julgados como bichos irracionais.

Você o fez feliz, e abandonou com uma facada nas costas e um Adeus aliviado. Eu era louco, você era louco, todos éramos. Jogou palavras de tortura e ódio gratuito na mesa. Assim, pude ver que de longe, você era o pior.

"Que o inferno engula tal pessoa com mente perversa." 

E os pássaros voaram de volta para seus lares, juntinhos e felizes, vivos! 

Ah, viver, morrer, acabou-se o tudo.

Bem vindo ao fim.


Notas Finais


Não revisei, desculpe pelos errinhos cometidos.
Bem, espero que tenha gostado dessas duas almas criadas por mim. Sei que foi tudo um "ué" mas eu quis exatamente criar um mundinho cheio de "ués".
Tenha um bom dia <3


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