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História REC: 182 Minutes - REC 2: The Plan


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


CHEGAY! <3
Então, como teve algumas almas lindas que leram esta humilde fanfic e gostaram, aqui estou eu com o capítulo 2! Espero que continuem gostando! <3 AMO VOCÊS!

Boa Leitura! ;)

Capítulo 2 - REC 2: The Plan


Fanfic / Fanfiction REC: 182 Minutes - REC 2: The Plan

Travis – “Por que raios eu tenho que fazer isso?!”.

Tom e Mark – “Anda logo e faz!”.

Quem vos relata é Travis Barker.

Em meados da primavera de 2003 estávamos na sarjeta. Com apenas um instrumento cada um, uma van e somados cento e cinquenta dólares (que foram quase tudo gastos com gasolina e comida), conseguimos voltar para a Califórnia. Como esperado, nossas casas já estavam ocupadas por outros moradores. O desgraçado do Robert conseguiu mesmo nos aniquilar naquele momento. Conseguiu pensar em tudo.

Corremos de gravadora em gravadora, empresário a empresário, mas nenhum deles nos aceitou. As mentiras espalhadas a nosso respeito seguiam firmes e fortes. Nossa banda caminhava para a ruína. Nem emprego em mercadinho conseguíamos.

– Estou ficando com fome de novo. – falou Tom.

– Controle-se. Estamos quase sem grana. – respondeu Mark.

Passamos em frente a uma vitrine de loja de TV’s, na qual era transmitida uma reportagem sobre nós. Claro, falando mal. Em um dos takes, transmitiram um pequeno trecho do clipe de Adam’s Song. Quando a câmera se aproximou do mural de fotos, meus olhos miraram no canto superior de forma automática, avistando uma foto antiga minha junto de uma garota.

Mordi tanto meus lábios naquela hora que senti gosto de sangue. Sabia que a ideia era péssima e que a possibilidade de sucesso era remota. Mas era isso, ou começar a roubar.

– Eu tive uma ideia. – acabei falando.

– Qualquer coisa vale. Manda aí, brother.  – falou Tom.

– Vamos para Los Angeles. Tem alguém lá que talvez possa nos ajudar.

– Talvez? – perguntou o guitarrista.

– Melhor tentarmos. É melhor que nada. – Mark me apoiou.

Eu não sabia se daria certo, afinal, ela me odeia. E com razão. Mas ela era a única pessoa que poderia nos ajudar naquele momento. Limitei-me a dizer a eles que se tratava de uma pessoa que eu conhecia desde os meus sete anos. Como não sou muito de falar, eles aceitaram essa explicação simples.

Estávamos há uma semana com uma refeição por dia, sem tomar banho e com a mesma roupa no corpo. Acho que não preciso dizer mais nada.

Nossa van entrou na reserva quando chegamos no seu prédio. Perguntei por ela na recepção e me disseram que morava no quinto andar, no apartamento número 182.  Coincidência ou não, lá fomos nós. Chegamos até em frente a sua porta e toquei a campanhinha.

– Fiquem calados. Deixem que eu falo. – acabei falando.

– Você? O Silencioso quer falar? – Tom debochou.

– É sério, Fura Zorba! Fique de bico fechado! – intimei mais uma vez.

Quase no mesmo instante, a janelinha da porta se abriu e seus olhos azuis se encontraram com os meus. Os dela se arregalaram e a janelinha se fechou com força.

– Espera, Beth! – chamei-a.

O que faz aqui?! – a voz furiosa dela ecoou do outro lado.

– Uma garota? – sussurraram os outros dois.

– Beth, abre a porta, por favor. Precisamos conversar... – comecei. – E acima de tudo, preciso da sua ajuda.

Beth era uma amiga de infância. Como já disse a conheci quando tínhamos sete anos. Estudamos juntos até o Ensino Médio. Depois disso, nunca mais a vi. Por muitos anos ela foi a minha melhor amiga... Eu ainda a considero como, mas ela certamente me odeia depois do que eu fiz a ela... (guarde bem essas minhas palavras).

Fiquei bem surpreso quando a porta se abriu. Ela me encarou, claro, e suas sobrancelhas se arquearam ao ver que eu não estava sozinho. Quinze contados segundos se passaram e eu não estava morto. Vantagem minha.

Quem vos relata é Tom DeLonge.

Estávamos nós três diante de uma porta de apartamento, a espera de uma pessoa que segundo Travis, poderia nos ajudar. Foi então que surgiu diante de nós aquela garota. Cabelos loiros e longos, olhos azuis lindíssimos. Vestia apenas uma regata branca decotada, estava sem sutiã e com um shortinho de seda verde. Seu nome era Elisabeth Stewart. Podem me chamar de clichê, mas Ellie era a garota mais linda que meus olhos haviam visto.

– Correção: – começou ela. – O que VOCÊS fazem aqui?

– Podemos ao menos entrar, Beth? – Travis perguntou. Olhei para suas costas naquele momento e o percebi tenso.

Um suspiro longo saiu de seus lábios. Por mais que eu tentasse, não conseguia parar de admirá-la. Sem dizer nada, ela entrou no apartamento, deixando a porta aberta e nos permitindo a entrada. A primeira vista era apenas um grande cômodo, com cozinha, sala e quartos interligados.  Ao olhar direito, notei a presença de outro quarto ao lado, e ao lado da porta da saída estava o banheiro. Na qual ela nos apontou.

– Antes de qualquer coisa, tratem de tomar um banho. Estão fedorentos.

Ellie era durona, mas aos poucos vocês vão ver como ela é um amor de pessoa. Na verdade vai demorar, mas vai acontecer (risos). Tomamos uma bela chuveirada. Um de cada vez, claro. Ninguém tava a fim de ver o bilau molhado do outro.

– Obrigado pelas roupas, Beth. – Travis agradeceu. – De quem são?

– Meu ex-namorado. – falou com naturalidade, enquanto se sentava a mesa e se servia de café. – Eu ia jogar fora de qualquer maneira.

Doce como vinagre, mas linda como flor noviça.

– Podem começar a-

A frase de Ellie foi interrompida porque minha barriga começou a roncar. Ela me encarou de um jeito engraçado, enquanto eu sorria e tentava disfarçar a vergonha que estava passando naquele momento.

– Foi mal Beth, mas não comemos direito há dias. – acabei falando.

Sem dizer nada, Ellie se levantou do sofá, pegou três xícaras, um pacote de pães, queijo e mortadela fatiada. Ninguém hesitou em comer. Estávamos famintos.

– Meu nome é Elisabeth.

– Eu sou-

– Eu sei quem são. – ela cortou Mark na hora. – Tom e Mark. Seus nomes estão em todos os canais recentemente. E não ouvi nada de bom a respeito de vocês.

– Beth, nosso empresário nos passou a perna. – Travis começou. – Roubou todo nosso dinheiro e bens. Pra completar, espalhou falsos boatos a nosso respeito, querendo nos destruir. Não temos nem casa pra morar.

– E vocês querem que eu os abrigue. É isso?

– Acertou em cheio! – falei, sorridente.

Mas recebi uma cotovelada de Travis.

Ellie revirou os olhos e bufou furiosa. Eu adoro quando ela faz isso. Sabe... Ficar brava. É um charme particular daquela loira. Até hoje aquele lamber de lábios me excita. Fui advertido a não tentar ou falar nada que fosse deixá-la furiosa, mas isso ficou muito difícil a partir do momento em que comecei a gostar daquela sua reação de raiva.

Quem vos relata é Mark Hoppus.

Eu sempre disse que o Tom é doido. Às vezes ele fala e faz umas coisas que simplesmente são suicidas, como por exemplo, dizer na cara de Lisa que queríamos morar ali com ela, pois não tínhamos nem teto e muito menos dinheiro para obter um.

Antes de prosseguir com esse relato, quero deixar bem claro minha primeira reação ao conhecer Elisabeth.

Assim que meus olhos bateram em Lisa, era como se uma luz descesse do céu sobre ela. Parecia uma aparição divina, um anjo. Ela era rude e cruel, mas sua beleza era de outro mundo. Ainda hoje eu a admiro muito. Um sentimento sem igual. Ela é perfeita do jeito dela. Jamais conheci alguém como ela, tão especial, tão única. E graças a ela, tínhamos um teto novamente.

– Então estão sem dinheiro. – Lisa falou.

– Alguns trocados que não dão nem para comprar balas. – falou Travis.

– Esse tal empresário secou as contas bancárias de vocês, mas e as vendas do blink não estão enchendo de novo? – perguntou ela.

– Fomos ao banco várias vezes, mas nenhum dinheiro entrou. – comecei. – Todas as gravadoras cancelaram seus contratos e pararam de distribuir os CD’s. E os que estão nas lojas ou foram jogados fora, ou não estão vendendo.

– Fora a pirataria. – completou Travis.

– E a marca de vocês? – ela olhou para mim e Tom. – A Atticus?

– Sem vendas. – respondi.

– Então esse Robert deixou vocês três na miséria mesmo. – falou Lisa, logo antes de terminar de tomar seu café. – E vo, escolheu justo a mim para ajuda-los. Por que, Barker?

– Beth, somos melhores amigos desde a infância...

Éramos melhores amigos! Até você fazer o que fez!

Até hoje não descobri o que houve no passado dos dois. Parece que o que quer que tenha acontecido, trata-se de algo muito particular.

– Eu prometo te pagar por toda a ajuda que recebermos. Assim que... conseguirmos reerguer a banda.

– Não precisam me pagar nada. – começou ela. – Desde que me ajudem com as despesas do apartamento, como água, luz e comida. Cada um ficará responsável por um desses itens, e eu ajudarei com a comida, pois será o mais caro.

– Quer dizer que vai nos abrigar? – acabei perguntando.

– Sim, eu vou. Mas já vou avisando para não abusarem da minha boa vontade. – ela tinha uma expressão fria no rosto, que não tirava em nada sua beleza. – Amanhã vou falar com o dono do prédio, pra ver se ele lhes cede um emprego por aqui.

– Obrigado, Beth. Obrigado mesmo. – falou Travis.

– O que vocês têm de pertences? – perguntou ela.

– Apenas nossa van e um instrumento cada.

– Coloquem a van no estacionamento do prédio. Eu tenho direito a uma vaga, mas como não tenho carro, eu não a uso. – ela fez uma pausa. – Quanto aos instrumentos, se quiserem, podem guardar aqui dentro. Tem um espaço para a bateria naquele canto ao lado do sofá.

Depois daquilo, Lisa nos guiou até o estacionamento. Assim que Travis chegou com a van, a loira torceu os lábios.

– Precisam dar um jeito no nome da banda. – começou ela. – Se alguém ver que é de vocês, poderão até apedrejar.

– Vamos tapar o letreiro com uma película. – propus.

– Você é um gênio, Romeo. – Tom debochou de mim, enquanto ria.

– Tem ideia melhor, Fura Zorba?

– Calem a boca os dois. – falou Travis.

– Não se meta nisso, Silencioso. – falamos Tom e eu.

– Calem a boca os três! – Lisa falou, ao puxar minha orelha e a de Tom ao mesmo tempo.

– Ai, ai, ai, ai! – choramingamos.

Apesar de ser com um puxão de orelha, foi a primeira vez que nos tocamos. Estava doendo, claro, mas nunca vou esquecer. Parecia uma carícia.

Tom – “Romeo ataca novamente!”.

Cala a boca, Tom! (risos).



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