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História REC: 182 Minutes - REC 3: The Job


Escrita por: Day_McKagan

Notas do Autor


Chegaaay! <3
Primeiramente: Quero agradecer quem está favoritando e comentando essa humilde fanfic! *---* Vocês não sabem a felicidade que eu fico ao ver que estão gostando! <3 Espero continuar agradando a todos! <3

Segundamente: Não tenham medo leitores fantasmas, eu não mordo e amo todo mundo! <3 hahahaha!

Terceiramente: Boa Leitura! ;)

Capítulo 3 - REC 3: The Job


Fanfic / Fanfiction REC: 182 Minutes - REC 3: The Job

Quem vos relata é Tom DeLonge.

Aquele não era o melhor emprego do mundo. Nem de longe. Mas foi o melhor que o gerente do prédio conseguiu nos dar. E com nosso estado financeiro da época, não tínhamos condições de escolher muito. Trabalharíamos como zeladores. Travis ficou responsável pelo saguão e estacionamento, Mark ficou responsável pelos corredores do prédio e banheiros. Quanto a mim, ficaria responsável pelo pátio e parque infantil.

Como estávamos zerados, Ellie nos emprestou uma grana pra comprarmos peças de roupa. A segunda-feira nunca foi tão odiada e amada em minha vida. Tivemos que... Bom, é melhor contar em detalhes.

A casa tinha apenas uma cama de casal, que pertencia obviamente a Ellie. O quarto vago estava vazio, e seria usado por nós. Durante um bom tempo dormimos em colchonetes.  Naquela manhã, tivemos nosso sono interrompido assim que Ellie entrou no quarto e acendeu a luz. Meus olhos arderam com a claridade e fui o primeiro a abrir os olhos, ou ao menos tentar.

– Acordem moças. Hoje é o primeiro dia de trabalho de vocês.

Demorou, mas consegui mirar meus olhos na direção dela. Ellie estava vestida com uma jardineira jeans, sobre uma baby look branca do Mickey, botas curtas e meias longas, ambas pretas. Simples e perfeita. Eu tentei sair da cama, mas a falta de vontade de levantar às seis horas da manhã me impediu.

O que aconteceu a seguir foi que Ellie veio pra cima da gente, colocou seu pé direito sobre meu peito (eu estava no meio deles) e puxou Mark e Travis pelos cabelos.

– Acordem, antes que eu expulse vocês da minha casa a ponta pés. – ela falou calma, mas com uma frieza que fez minha ereção matinal sumir em segundos.

– Sim, senhora... – falamos os três, cheios de dor.

***

A única vantagem de ter que trabalhar, é que com isso garantimos um lugar para morar, um pouco de dinheiro e comida. Além é claro do fato de morar com uma mulher como a Ellie. Ganhamos até uniforme. Calça e camisa cinza, sapato preto. Não precisamos de muitas instruções, afinal, tínhamos apenas de limpar tudo pela manhã e manter o mais limpo possível durante o dia.

Ellie se despediu da gente e disse que também ia trabalhar. Ela trabalhava como fotógrafa e diretora de videoclipes de uma companhia. E quanto a mim, naquela fatídica segunda-feira, comecei meu trabalho como zelador. Fui ao pátio do prédio, na qual estava cheio de folhas secas devido ao vento da noite. Demorei mais de meia hora só para limpar a parte da frente do prédio.

– Vamos lá, Tom. Termine logo com isso. Você consegue. – falei para mim mesmo.

Depois do pátio, tinha o parque infantil. Pelo menos no dia de hoje, o serviço era apenas juntar o lixo (papéis de bala, chips e qualquer tipo de comida), limpar a areia da casinha e dos escorregadores, e como extra, verificar se não havia nenhum brinquedo danificado.

***

Quem vos relata é Travis Barker.

Aquela segunda-feira demorou a terminar. Nosso primeiro dia no trabalho e já havia nos deixado completamente moídos. Chegamos ao apartamento de Beth ao mesmo tempo, e nos jogamos no sofá um ao lado do outro, completamente exaustos.

– Meus dedos fizeram calos. – falou Mark.

– Sorte sua. Os meus sangraram. – comentou Tom.

– Travis? – Mark perguntou.

– Bolhas nos pés. – respondi.

Olhei para o relógio e ele marcava exatamente seis horas da tarde. Foi nesse horário que a porta se abriu e Beth entrou. Jogou as chaves da van sobre a cômoda e se dirigiu a pia para fazer café. Como trabalhávamos no prédio, cedemos a van para que Beth fosse trabalhar. Não sei por que não me toquei disso na hora, mas quando ela nos viu sentados no sofá, pegou a primeira toalha que viu e começou a nos bater com ela.

– Sentaram no meu sofá estando sujos desse jeito?! – gritou ela. – Os três para o banho! Já!

Ficamos tão apavorados na hora que entramos os três no banheiro. Beth nos jogou roupas e toalhas e fechou a porta. Entramos um por um no box, claro. Quando saímos, notamos Beth tomando seu café.

– Como foi o primeiro dia de vocês? – perguntou ela.

– Cansativo pra caramba, mas vamos nos acostumar com isso. – falou Mark.

– O gerente os reconheceu como o Blink, por isso lhes deu esse emprego. – Beth começou. – Fiz ele me prometer que daria um emprego melhor caso vocês se saíssem bem nesse por um tempo.

– Obrigado, Beth.

Ela me olhou meio séria, antes de entrar no banheiro. Ela tratava mal a todos nós, mas o olhar que ela me lançava doía. Eu gosto dela. Beth é minha melhor amiga, mas não sabia na época o que fazer para mudar a atitude dela comigo. Até hoje não sei. Espero um dia conseguir fazê-la mudar seu conceito sobre mim.

Beth saiu do banho minutos depois. Vestia uma camiseta cinza de corpo um pouco curto e um mini short que mais parecia uma calcinha. Detalhe: estava sem sutiã. Não preciso nem dizer que os caras começaram a secar Beth. Não hesitei em dar um pescotapa nos dois.

– Escuta, ah, Lisa, você nunca usa sutiã? – perguntou Mark.

– Em casa não. – respondeu simplesmente. – E se ficarem olhando vão receber um chute no saco.

Tom, que desde o momento em que ela saiu do banheiro a tarava, desviou o olhar e engoliu a saliva a seco.

– Cuidado então com o Fura Zorba. – Mark zombou, rindo.

– Como se o Romeo não fosse um pervertido igual.

– Escutem aqui. – começou Beth. – Você não tem mulheres não?

– Não. – respondemos os três.

– Travis e eu nos separamos no começo do ano, e a namoradinha do Mark largou ele alguns dias atrás. – explicou Tom.

– E o que vocês pretendem fazer a respeito da banda? – ela se serviu de café e se sentou a mesa com a gente. – Vocês não podem ficar trabalhando de zelador para o resto da vida. Tem uma carreira a zelar. E principalmente... sair da minha casa.

Beth sempre falava com a gente daquela maneira. Fria. Seca. Ríspida. Ela nos odiava. Talvez não a Mark ou ao Tom, mas a mim com certeza. E como eles estavam comigo, descontava parte de sua raiva neles.  Dizia várias vezes para que eles não rebatessem sua falta de simpatia, mas nem sempre isso era possível.

– Você é sempre simpática assim com seus hóspedes?

Até hoje eu dou bronca no Tom por ter dito aquela frase infortuna. Beth o encarou nada contente. Mas em seguida, sorriu.

– Perdão, Tom. Tentarei ser mais cordial com vocês.

O forno apitou, avisando que a comida estava pronta. Tratava-se de lasanha. Ela tirou um pedaço exato e serviu para cada um. A não ser o prato de Tom. Ela o deixou sem nada. Não preciso nem dizer ele a encarou com cara de What The Fuck.

– Nova regra da casa: quem me contrariar, fica uma semana sem jantar. – e ela sorriu.

Quem vos relata é Mark Hoppus.

E ela o deixou sem jantar. Aquela garota era mesmo um foguete. Travis não estava brincando quando disse para não irmos contra nada do que ela disser. Lisa é do tipo de garota independente e que não precisa de homem para nada. E ela não hesitava em mostrar e dizer isso sempre que podia. O estranho era que mesmo sendo grossa do jeito que era eu não conseguia deixar de admirá-la. O que eu posso dizer é que... eu já estava apaixonado.

***

Era enfim quinta-feira. Nosso quinto dia na casa de Lisa. O trabalho estava começando a fazer parte da nossa rotina. Ainda não estávamos acostumados, e nos cansávamos muito, mas já sentia que não seria o fim do mundo. A má notícia daquele momento era que ainda não conseguimos pensar em nada para recuperar nossa carreira musical.

Além de ter nos arruinado, Robert tomou as rédeas de outro grupo de rock na época, chamado Sum 41. Ouvimos suas músicas no dia anterior àquela quinta. São bons. A banda não tem culpa de nada, mas ele não deixa de ser um filho da puta. Não duvidamos em nada que esse desgraçado vá fazer com eles o mesmo que fez com a gente. Tomara que não. Assim como nós, eles não merecem tal castigo.

Havia enfim chegado a hora do jantar, e como ainda estava de castigo, Tom ficou sem comida.

– Como foram no trabalho hoje?

Todos os dias ela perguntava. Parecia ter virado rotina. Não sei se eu estava tendo uma impressão errada, mas até hoje eu penso que ela estava preocupada com nosso desempenho, preocupada se íamos nos sair bem em um emprego que não fosse à música, se íamos conseguir sobreviver de algo que não tivesse haver com nosso talento natural. Não que fôssemos músicos realmente bons, existe bandas muito mais talentosas, mas é o que sabíamos fazer de melhor.

– O gerente me elogiou hoje. – comecei. – Disse que estou me saindo bem.

– Também fui elogiado. – comentou Travis.

Lisa olhou para Tom, intimidando-o a responder. Mas como ele estava de castigo, sem jantar, o guitarrista estava um pouco emburrado recentemente. Para fazê-lo responder, Travis o chutou por debaixo da mesa.

– Bem. – respondeu simplesmente.

Lisa sorriu, contente com as respostas, enquanto terminava de tomar seu suco de laranja.

– E você, Lisa. Como foi seu dia? – resolvi perguntar.

Ela me olhou meio surpresa. Acho que não esperava pela minha pergunta.

– Bem também. – começou ela. – Terminei meus trabalhos dessa semana e meu chefe me deu folga amanhã. Agora só segunda-feira de novo.

– Há, há, há. Que bom! Pena que ainda vamos demorar em ganhar uma folga.

– Continuem limpando tudo direitinho e quem sabe, não é? – brincou ela.

A primeira brincadeira. Demorou cinco dias, mas finalmente ela sorriu sem ser em forma de deboche ou cheia de raiva. Eu, que me apaixono rápido, já estava caidinho. Mas precisava me controlar, afinal se eu desse um passo em falso eu iria ficar sem jantar por uma semana...


Notas Finais




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