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História Recess - Assiduous Girl


Escrita por: MorenaCandy

Notas do Autor


Cupcakes! Cupcakes!
Eis aqui a continuação do capítulo anterior! Estou muito contente por saber que estão gostando. #EternamenteGrata

Capítulo 11 - Assiduous Girl


Fanfic / Fanfiction Recess - Assiduous Girl

Melanie Singe não era normal. As suas atitudes não correspondiam à uma pessoa convencional. Disse aquilo para ela, que apenas retrucou com um tímido sorriso no canto direito de seus lábios.

Após termos saído do alcance dos olhares dos meus amigos, sorridente, fui guiado até o parque aquático. Gostei de conhecer sua amiga também. Seu nome era Priscille. Garota comunicativa. Elas se conheciam, desde a infância. Tinham muita intimidade e tiveram prazer de me incluir na conversa calorosa. Fomos até o Volcano, falando sobre a estrutura do parque. Era maravilhosa, realmente.

Assim que chegamos lá, Melanie e sua amiga foram direto para o banheiro feminino, trocar suas roupas. Caminhei até o toilette masculino e fiz o mesmo. E após alguns minutos, nos encontramos do lado de fora. Meu corpo ficou quente. Não havia sentido em ficar daquele jeito, mas, ainda assim, não fui capaz de ser discreto. Fiquei olhando para seu corpo, enquanto Melanie estava distraída com sua amiga.

Laurent Bourgeois, pare com isso! Essa garota nem chega aos pés da Jess! Mas que diabos, homem! O que é isso?!

— Quer ir em qual brinquedo? — Os seus cílios eram tão espessos e longos, que a faziam parecer uma boneca.

— Quer mesmo que eu escolha? — Quis deixá-la amedrontada. Mas falhei.

— Ora. Você é minha companhia. A Priscille irá encarar o Ko'okiri Body. Isso faz dela uma maluca, certamente! — Ela passou os dedos em seus cabelos. Tive que concordar. — Você pode escolher a nossa aventura. Ao menos que queira ir com Priscille.

Não era uma opção. Eu queria ser o companheiro dela, não de sua amiga. E por mais que tentasse negar, eu havia gostado de saber que Priscille não seria a pessoa que ficaria entre nós. Amava a sua companhia. Ao ponto de sentir uma grande vontade de sequestrá-la.

— Ok. Vamos para o Krakatau. Ele parece ser bastante eletrizante! — falei.

Krakatau Aqua Coaster? — Foi a melhor careta de todas. Comecei a rir. — Tinha outra coisa em mente. Não sou fã de adrenalina excessiva. Queria ir para o Kopiko Wai Winding River. O que acha?

— Acho que você tem que perder o seu medo. — Cruzando os braços, falei. — Adrenalina é legal. Teria ido com sua amiguinha, mas você precisa de mim e eu vou levá-la para o Krakatau Aqua.

— Sem chance! — Ela tentou fugir. Mas fui mais rápido e segurei seu braço, dizendo que, se fosse preciso, a pegaria no colo e a levaria até o brinquedo. — Eu estou começando a acreditar que você é maluco, Laurent Bourgeois!

— Se quiser, ficarei segurando sua mão. Vamos fazer isso. Juntos.

Bela desculpa, negão! Sei que você só quer tocá-la. PARE COM ISSO! Você é apaixonado por Jessica Aidi! Ponto final.

Aquilo não significava nada, afinal. Melanie era minha nova amiga. Só. Larry estava errado e eu tinha certeza. Então, comprovando aquilo, ela aceitou minha proposta e me acompanhou até lá. Nós demoramos um pouco, mas assim que chegamos no brinquedo, tive que fazer o que podia para mantê-la ao meu lado. E, apreensiva, Melanie entrou na canoa. Eu me sentei atrás dela e, como prometido, entrelacei meus dedos nos seus.

Um calor subiu pela espinha. Algo incomum, já que nunca havia sentido tal coisa. Nem mesmo com Jessica.

Aqui é quente. Talvez seja isso.

Não sabia muito bem, afinal. Tinha certeza, apenas de uma única coisa. Ela não era uma garota normal. Aquela foi a melhor tarde das minhas férias.

                             •••

— Você estava verde como o Hulk!

— Seu bobo, isso é mentira! — Sua risada não poderia ser mais gostosa. Eu não era tão forte para me manter firme, diante daquele olhar misterioso e de sua boca perfeitamente desenhada.

Nós ficamos horas no Krakatau. O tipo de coisa que nos deixou mortos de fome. E, antes que eu a mordesse, tive a ideia de irmos para o BAMBU, que era o restaurante mais casual e sofisticado da área do Volcano Bay. Ficamos entre as armações de bambu, ao olhar nu do céu azulado. O Sol ainda estava forte. Com muita fome, pedi logo um Reka Burger. E ela, uma salada tropical.

— Quer experimentar? — Estendeu a colher em direção à minha boca. Tive que recusar. Parecia coisa de casal. Nós não éramos um. — Tudo bem. Irá sobrar mais para mim. — brincou.

— Claro. Você precisa mesmo. Sua cor tem que ser recuperada, já que ficou verde no Krakatau Coaster. — Comecei a provocá-la, mais uma vez.

— Mentira! — Ela me empurrou. As gargalhadas dela estavam me matando. Ninguém poderia ser tão meiga daquele jeito. — Tem de admitir que fui forte. Eu nem precisei ficar segurando sua mão o tempo inteiro. Não é verdade?

Claro, claro. Infelizmente.

Afastei aquele pensamento.

— Sim, mas estava cheia de medo. Não pode negar a verdade, Singe. Eu fui o seu herói particular. — sorri.

— Ah, é? E você quer que eu pague seus serviços com o cartão de débito ou crédito? — As palavras dela me fizeram cair na risada. Então, brincando, peguei um pouco de sua salada e pus em meu prato. Ela me deu outro empurrão. — Se você fizer isso de novo, vou roubar o seu hambúrguer.

— Dúvido. — Sorrindo, estendi meu lanche para ela. Fugindo da situação, a desculpa dela era o tamanho do Reka. — Sabia que iria dizer isso. Eu também não tenho a mínima ideia de como vou dar uma mordida nessa coisa! — falei. E ela riu da minha sinceridade.

— Você está melhor agora?

— Se estou melhor? Como assim?

— Quando estávamos no vôo, você disse que havia terminado uma relação. Está melhor agora ou ainda pensa nela?

— Nunca serei capaz de esquecer. Ainda sou apaixonado por ela. — Aquilo era uma dura realidade. — E não estou assim por que quero. Apenas não tenho forças para viver sem ela.

— Mas você ainda está aqui. Vivo. Sinal de que quer prosseguir. — Apoiou seus cotovelos sobre a mesa quadrada. — Só existe uma coisa te atrapalhando. Seus pensamentos. Enquanto você está com um pé adiante, eles estão com dois atrás. Não há como dar certo.

— Você não entende. Não é minha culpa. Eu quero esquecê-la. — Já podia sentir meu sangue ferver.

— Não, Laurent Bourgeois. A única coisa que você não quer é esquecê-la. — Ela levou seu copo de suco gelado para perto de seus lábios. — Se quisesse da forma como está dizendo, já teria feito isso. Tudo o que está fazendo é fugir da decisão de seguir em frente. Assim que tiver coragem para enfrentar a situação, será mais fácil suportar a ausência dela.

Ela tinha uma habilidade profunda de me fazer calar a boca. E mesmo que quisesse sentir raiva, não conseguia. Eu enxergava sentido em tudo que dizia. E ficava impressionado com sua postura. Ela não tinha medo de dizer a verdade.

Ficamos calados, durante algumas horas, degustando nossos pedidos. Até o momento em que, desastrado, cortei o meu dedo com a média faca que usava para partir o Reka Burger. Até quis fazer de conta que nada havia ocorrido, mas Melanie percebeu.

Quem não iria perceber, Laurent? O seu sangue está escorrendo pelo prato!

Foi um corte muito feio. Porém, de maneira veloz, Melanie tirou algo de sua bolsa que estava em seu colo. Eu fiquei observando. Era um curativo adesivo. Eu olhei seu rosto, enquanto ela cobria a tal ferida com ele, me perguntando de onde aquela mulher havia saído. Sorrindo, ela disse que tudo estava bem.

— Pelo visto, sua heroína particular sou eu. — Me lançou uma piscadela. Eu permanecia imóvel, bobo de surpresa. — Fique tranquilo, Bourgeois. Prometo que irei protegê-lo de si mesmo, até o final dessas férias. — brincou.

Então, jure de dedos cruzados. Não é minha intenção que você saia de perto.

                            •••

Às oito e meia, cheguei no hotel. E, curioso, Larry me enquadrou e fez várias perguntas sobre meu passeio. Fiz o que podia para afastá-lo, deixando a cabeça dele trabalhando à todo o vapor. Lilo me deu um abraço apertado e depois puxou o pai, pedindo para que brincassem.

— Isso, bro. Vá brincar com a sua filha. — Não era minha vontade encher a cabeça dele com propagandas falsas. E eu nem estava apaixonado por Melanie.

— Você irá ver só, Lau! Depois, vou querer saber o que aconteceu. — falou.

Nada aconteceu, cabeção. — Fiz questão de virar as costas e ir até o meu quarto. Queria tomar um banho longo. O meu corpo gritava por aquilo.

Mas, assim que entrei no quarto e tirei minha camisa, deitei sobre a cama. A minha consciência estava com pressa para dormir, mas não conseguia deixar a cena do restaurante para trás. A forma como Melanie havia pegado minha mão e colocado o curativo sobre o corte. Seu rosto concentrado no que fazia. Aqueles olhos cor de avelã, aqueles dedos sobre a minha pele. Não conseguia esquecer.

Até fiquei encarando o curativo em meu dedo, como se fosse um dos meus anéis. E quando me peguei com um leve sorriso no canto da minha boca, resolvi me pôr de pé e ir para baixo do chuveiro.

Chega de palhaçada, Laurent! Você sabe muito bem que Melanie não chega aos pés de Jessica, não sabe? Ela nem é tudo isso, afinal. Há pessoas melhores.

Mas, aquele curativo em meu dedo indicador era incapaz de dizer mentiras. Se realmente haviam pessoas melhores que ela, então, estavam escondidas.

Melanie era a única que havia tido a coragem de sair do esconderijo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Beijinhos!


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