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História Reciprocal - Doze


Escrita por: Exospirit

Notas do Autor


DAAALEEE GALERAAA
Sobreviveram ao meu surto de maldade? HAUAHUAHUAHUAHUAHUA
Vim acabar com o sofrimento de vocês e estou postando o cap 12!
Então é isso pessoal!
Enjoy

Capítulo 13 - Doze


 

BaekHyun fora ao banheiro. Mais pelo fato de que queria passar um tempinho sozinho do que para aliviar a bexiga. MinSeok começara a falar besteira, fazendo JunMyeon rir e WuFan começar a reclamar, de novo, da infantilidade do menor. Já ele estava cansado, queria silêncio, mesmo que fosse só pelo tempo de ir e voltar. Resolveu ir a um banheiro longe, só para ganhar mais tempo sozinho. Voltou todo o caminho de sua sala de aula e entrou em outro corredor, quase esbarrando em um garoto do segundo ano. Ele parecia assustado e confuso. Olhou para BaekHyun e parou de andar.

– Está indo ao banheiro? Recomendo não entrar nesse. – ele murmurou, como se estivesse espantado.

– Por que não? – BaekHyun perguntou confuso.

– Vá por mim, não entre aí. A não ser que queira levar uma surra. – o garoto aconselhou, seguindo seu caminho. BaekHyun não entendeu o que o garoto falara. Ninguém no colégio costumava agredi-lo sem motivo aparente.

Com exceção de uma pessoa.

Observou o garoto se afastar. Sendo ChanYeol ou não a pessoa a qual o garoto havia se referido, resolveu seguir o conselho do outro e voltou a andar, de volta ao refeitório.

Então ouviu um barulho.

Um barulho não muito alto. Mas parecia que algo havia se chocado contra algum vidro. Assustou-se ao perceber que o barulho vinha do banheiro o qual não estava muito longe, apressou-se e o alcançou, entrando rapidamente no local. Precisava saber se essa pessoa estava bem, estando ela alterada ou não.

Ao adentrar o banheiro assustou-se com a cena que viu. ChanYeol segurava o punho direito e um pouco de sangue escorria até o seu pulso. Uma parte do espelho havia quebrado, e o mais impressionante de tudo era que ChanYeol chorava.

E aparentemente não chorava por causa do corte.

– ChanYeol! O que você está fazendo?! – exclamou.

– Saia daqui. – ChanYeol murmurou, dando as costas para BaekHyun não vê-lo chorando.

– ChanYeol, o que você está fazendo? –exclamou novamente,aproximando-se do maior.

– Eu mandei você IR EMBORA! – ChanYeol empurrou BaekHyun, sem querer o sujando com o sangue que estava em sua mão. O moreno olhou pasmo para o seu braço melado. Ouvia ChanYeol soluçar baixinho, falhando em sua tentativa de disfarçar o choro.

–Por que você fez isso?! – BaekHyun o colocou de frente para si, segurando em seus ombros.

– Cale a boca. Não é como se você se importasse. – disse com amargura. Mas BaekHyun pôde perceber a tristeza misturada com a raiva na sua voz. E por mais incrível que pareça, sentiu o coração apertar ao ver o estado do outro.

Pela primeira vez na vida, preocupou-se com  ChanYeol.

– Deixa de falar besteira, seu idiota. Por que você fez isso? Você enlouqueceu? – mesmo que reclamasse e o encarasse com o cenho franzido, não conseguia sentir raiva do outro. Apenas sentia um aperto forte no coração, uma angústia ao ver a situação em que ChanYeol se encontrava. Não chegava a ser pena. Não entendeu muito bem o que sentia. Só sabia que não gostou nem um pouco de vê-lo daquele jeito. – Vamos... Vamos sair daqui.

Disse puxando ChanYeol até a pia. Abriu a torneira e levou a mão do mais alto até a água, lavando o sangue que secava aos poucos, revelando alguns cortes não muito grandes. O maior gemeu de dor ao sentir a mão arder devido à água, mas BaekHyun não permitiu que ele puxasse a mão de volta.

Ele puxou ChanYeol pela mão e o levou de volta à sala de aula, que no momento se encontrava vazia. Precisava levá-lo para um lugar tranquilo, onde ninguém pudesse incomodá-los. E como ainda estava na hora do intervalo, eles teriam em torno de 20 minutos de privacidade se ficassem ali.

– Diga-me o que aconteceu. – disse firme, enquanto ChanYeol sentava-se em cima da mesa dos professores.

– Não quero falar sobre isso. – respondeu frio, fungando e enxugando os olhos inchados com as costas da mão.

– Pois vai falar sim. – BaekHyun disse autoritário, sentando-se ao lado do maior e o encarando sério. – Me diga porque está assim.

– Cara, por que você quer tanto saber? Não precisa fingir que é um bom samaritano e se importa com o próximo. Eu sei muito bem que você me odeia e não dá a mínima para mim. – ChanYeol falou grosso, olhando para o outro lado, evitando um contato visual com o mais baixo.

– Por favor... Eu... Eu estou tentando te ajudar! – BaekHyun disse impaciente. Seu orgulho não permitia que dissesse claramente que estava preocupado com  ChanYeol, mas de qualquer forma queria passar confiança ao outro, encorajando-o a falar.

– Não... Não quero falar sobre isso. Me deixa em paz. – disse, fazendo um bico infantil.

– Deixe de ser idiota e me fale. – BaekHyun estava sério.

– Meu pai...  –  ChanYeol respirou fundo, em seguida contando tudo que acontecera. Por um momento, antes de falar, hesitou, sem saber se seria bom contar para BaekHyun e se podia mesmo confiar no menor, mas resolveu falar de uma vez, pois percebera que ele não aceitaria um “não” como resposta e queria ver aonde aquilo iria chegar.

Baekhyun ouviu toda a história calado. Quando ChanYeol terminou, apenas suspirou.

– Eu nunca vou perdoá-lo. – ChanYeol disse por fim, encarando o chão.

– Por que diz isso com tanta convicção? – perguntou BaekHyun. ChanYeol riu soprado.

– Não tem como perdoar. Meu próprio pai matou a minha própria mãe. – afirmou, enxugando rapidamente uma lágrima que escapou dos seus olhos.

– Não diga isso. Quem sabe um dia você não possa perdoá-lo?

– Não vou perdoar um assassino. – ChanYeol disse frio.

– ChanYeol... Eu sei que seu pai errou, mas... Acho que ele já foi castigado o suficiente por isso. – começou, falando gentilmente. ChanYeol levantou o olhar até o menor.

– Do que você está falando? Ele não foi castigado por isso. Ele simplesmente usou seu poder para vencer a justiça, como sempre faz.

– Não falo desse tipo de castigo. Analise a vida do seu pai. Ele causou a morte da mulher que mais amara na vida. Viverá o resto de sua vida com remorso e saudade. Sempre se culpando por tudo o que causou com toda essa história, e ainda conviveu todos esses anos sem o amor do único filho. Sei que ele errou, mas as pessoas mudam. Pelo que você me disse, ele está mais do que arrependido. Talvez não agora... Mas quem sabe um dia você não possa perdoá-lo? – BaekHyun disse, escolhendo bem as palavras ditas.

ChanYeol ficou em silêncio. Será que um dia poderia perdoá-lo? Ouvir aquilo de uma pessoa que não fosse seu pai o fez pensar sobre isso. Será que seria capaz? Acabou balançando a cabeça, em negação.

– Não, nunca. – ele disse enxugando os olhos novamente. Ouviu BaekHyun suspirar, mas este também não disse nada. Ficaram assim por alguns segundos. – BaekHyun...

– Sim?

– Por que você me ouviu? – perguntou. – Digo, p-por que você me ajudou? Eu sei que você me odeia.

BaekHyun olhou para baixo, sem jeito.

– E-eu me preocupei, é óbvio. Quando eu te vi daquele jeito no banheiro o meu instinto foi ajudar. – respondeu desconcertado.

– V-você se preocupou comigo? – ChanYeol perguntou em um murmúrio, surpreso pela declaração do menor.

– S-sim... – respondeu novamente, tentando inutilmente parecer sutil. ChanYeol o encarou por um tempo. Pela primeira vez em dias ele sentiu um calor em seu peito. Pela primeira vez em muito tempo sentiu seu coração se encher de um pouco de felicidade.

BaekHyun encarou ChanYeol de volta, sentindo seu rosto esquentar e seu coração acelerar. Seu primeiro instinto fora desviar o olhar, mas era encarado tão intensamente que ele sentiu como se estivesse preso ao olhar do outro.

– BaekHyun, eu... Eu queria te agrade... – antes que pudesse terminar de falar, a porta da sala abriu e os alunos começaram a entrar. BaekHyun e ChanYeol arregalaram os olhos e se afastaram rapidamente, indo aos seus lugares.

Eles não se falaram e nem se olharam mais. ChanYeol sentou-se em seu lugar, olhando para baixo.

– Eu pensei em te seguir na hora do intervalo, porque fiquei preocupado. – SeHun disse quando sentou-se em seu lugar. – Mas imaginei que você quisesse ficar sozinho.

– Está tudo bem. Foi bom ficar, hm... Sozinho. – disse ChanYeol, com um pequeno sorriso.

– Eu percebi... Passar um tempo sozinho te fez bem. Você parece bem melhor. – afirmou. ChanYeol alargou  o sorriso.

– Pois é. Eu estou bem melhor. – ChanYeol falou, em seguida se virando ao professor que acabara de entrar na sala.

De fato o intervalo o fizera bem. BaekHyun o fizera bem. Saber que o menor sentiu-se preocupado com ele foi a melhor coisa que acontecera nos últimos dias. Desde que tudo acontecera, nunca teve nenhuma esperança sequer de que poderia ter alguma chance com BaekHyun. Ele sempre achara que era uma batalha perdida. Aquilo não poderia significar muita coisa, mas pelo menos uma pequena chama de esperança brotou em seu peito. Sim, suas chances eram poucas. Mas não custava nada tentar.

Estava pronto para correr o risco.

 

 

Quando as aulas acabaram, ChanYeol logo se despediu de SeHun e os outros, mas não foi até o seu carro.

Procurou por todos os lados, com medo de que BaekHyun já tivesse ido para casa. Apressou-se para alcançar o garoto, procurando-o por todos os lugares. Entrou no corredor da biblioteca, e felizmente deu de cara com ele, que saía do local com um livro na mão.

BaekHyun topou com ChanYeol ao sair de súbito da biblioteca, esbarrando com o livro no peito do maior.

– Ch-ChanYeol, me desculpe. Não te vi aí. – ele disse olhando para baixo, sentindo a bochecha esquentar. O coração de ChanYeol também acelerou como de costume sempre que ficava perto demais do menor.

– Está tudo bem, eu... Eu quero falar com você. – ele começou, um pouco nervoso. ChanYeol tinha medo de que BaekHyun pudesse ouvir as batidas de seu coração.

– Falar comigo? P-pode falar. – respondeu, abraçando mais o seu livro em sinal de vergonha.

– E-eu queria te agradecer. Não pude naquela hora. Mas de qualquer forma, obrigado por... Se preocupar comigo. – disse ChanYeol, limpando a garganta e olhando para os lados, evitando encarar BaekHyun.

– Oh... – BaekHyun voltou a encarar o chão. – Não foi nada. Eu... Eu realmente espero que você fique bem.

Sentiu o rosto quente ao perceber o que tinha dito. O coração de ChanYeol pulou de ansiedade.

E também de felicidade.

– BaekHyun, sua putinha! Me espera! – Antes que ChanYeol pudesse falar mais alguma coisa, MinSeok saiu da biblioteca, com um sorriso no rosto. Ele parou de repente ao ver ChanYeol conversando com o amigo.

– Oh, olá ChanYeol! Como vai a sua vida de ogro? – MinSeok disse alargando o sorriso.

– Olá para você também, nanico. – retrucou.

– Vandalizando muito por aí? – MinSeok perguntou sarcástico.

– Até que não... Mas bem que eu estou precisando extravasar a raiva dando uns socos por aí. –disse ameaçador, se aproximando.

– Enfim. – disse BaekHyun. – A conversa está muito agradável, mas precisamos ir, não é MinSeok?

– Tchau, varetão. – disse MinSeok enquanto BaekHyun o puxava.

– Tchau, pançudo. – respondeu ChanYeol, indo na direção oposta.

– EU NÃO SOU GORDO, SEU IDIOTA! APENAS TENHO AS BOCHECHAS GRANDES! – MinSeok gritou enquanto era puxado por BaekHyun. ChanYeol apenas riu baixo, indo em direção ao estacionamento. O menor riu baixo do amigo,MinSeok sempre ficava alterado quando o chamavam de gordo.

– Filho da puta. – MinSeok grunhiu.

– Ignora ele. – disse BaekHyun segurando o riso.

– E você? O que você estava falando com ele? – perguntou desconfiado.

– E-eu? Não estávamos conversando, e-eu só topei com ele, por que conversaríamos? – BaekHyun disse nervoso. MinSeok o encarou com os olhos semicerrados.

– BaekHyun... Você tá de olho no ChanYeol?

– O QUÊ? – se engasgou com a própria saliva, parando de andar. – QUE IDEIA É ESSA?

– Porra, Baek! Tanto cara pra você gostar e você fica de olho logo no ChanYeol? – MinSeok parecia decepcionado.

– PUTA QUE PARIU, MINSEOK! É CLARO, ÓBVIO, EVIDENTE QUE EU NÃO GOSTO DELE – BaekHyun disse com raiva.

– Tem certeza?

– CLARO.

– Ah bem. Ufa. – MinSeok voltou a andar.

– MinSeok, você tem cada ideia. – BaekHyun o acompanhou.

– Mas de qualquer forma, que ser humano normal se apaixona pelo ChanYeol? Ele é desprezível. – riu e foi acompanhado pelo amigo. – Imagina que nojo fazer sexo com aquele ogro.

BaekHyun fechou a cara na mesma hora.

– Desculpa,Baek. Mas só de pensar me dá ânsia de vômito. – MinSeok fez uma careta.

– De qualquer forma, não me interesso sobre esse assunto. Vamos falar de outra coisa. – disse sério.

– Mas imagina, cara! Para ter tanta garotinha atrás dele então ele deve ser bem dotado ou é bom de cama.

– MINSEOK! – exclamou BaekHyun, sentindo-se envergonhado.

– Eu estou sendo sincero! Porque particularmente eu não vejo nenhum atrativo naquele trasgo. Eu sou mais gato. – MinSeok passou as mãos pelos cabelos.

– Ah, claro. Você é o gostosão do colégio. – ironizou BaekHyun.

– Tenho certeza que o meu pau é maior que o dele. – disse MinSeok, e BaekHyun se afastou, deixando o amigo falando sozinho.

 

 

 

 

– Vamos, Baek! Por favor, almoça com a gente! – KyungSoo insistia. BaekHyun havia inventado outra desculpa para não ficar mais tempo no mesmo ambiente que JongDae, mas tinha que admitir que estava tentado a ir. Gostava de KyungSoo, LuHan e JongIn, e teria que ser sincero. Gostava da companhia do JongDae. Independente de tudo, sempre foram bons amigos.

Ou costumavam ser.

– Não sei, acho melhor eu ir para casa, porque eu... Eu tenho compromisso. – disse BaekHyun, usando sua mais típica desculpa.

– Ah, vamos lá, Baek! Não vamos demorar! – LuHan disse, juntando as mãos em sinal de clemência. BaekHyun riu, sentindo-se feliz.  LuHan, KyungSoo e JongIn pareciam gostar mesmo dele.

– Okay, talvez eu possa ir rapidinho. – BaekHyun cedeu aos garotos pidões, que comemoraram alegres. JongIn passou o braço pelos ombros de BaekHyun, sorrindo.

– Fico feliz que você tenha resolvido logo, Baek. Estou com tanta fome que já estava quase te levando apulso. – ele disse, começando a andar.

– Onde está o JongDae? – perguntou BaekHyun ao chegarem na rua. JongDae saíra da sala assim que a aula acabou e não voltou.

– Ah, o JongDae não vem com a gente hoje. – explicou LuHan. – Ele teve um problema na família.

– Oh. – disse BaekHyun, sentindo-se mais aliviado. – Espero que não seja nada grave.

– Não é, não se preocupe. Ele está bem. – tranquilizou LuHan.

– Okay, vamos logo antes que eu coma meus dedos. – apressou JongIn.

– BaekHyun? – ouviram uma voz masculina chamar. Os quatro garotos viraram e BaekHyun arregalou os olhos ao ver quem o chamara.

– Ch-ChanYeol? O que você está fazendo aqui?! –perguntou confuso. ChanYeol parecia hesitante e estava aparente nervoso quando se aproximou.

– E-eu preciso falar com você. – ele disse sem jeito.

– Agora?

– S-sim, se você puder, claro. P-pode almoçar comigo? – ChanYeol suava frio, sem conseguir olhar nos olhos do menor. Os outros três garotos notaram o clima que se formou ali.

– B-bem, eu vou almoçar com meus amigos agora. – disse BaekHyun, olhando para baixo. Também não conseguia olhar para o maior.

– BaekHyun, por favor... É importante. – disse ChanYeol.

– ChanYeol, a-acho melhor não, eu...

– Decide logo, porra. Estou com fome! – reclamou JongIn, levando uma cotovelada discreta de KyungSoo.

– Pode ir, BaekHyun. Seu amigo parece preocupado. Almoçamos juntos no próximo sábado. – disse KyungSoo fuzilando JongIn com o olhar. Este apenas fez um bico infantil e encarou o chão.

– Pois é, Baek. Vá lá. – disse LuHan triste. BaekHyun sorriu fraco.

– Me desculpem. Eu juro que semana que vem a gente almoça junto, okay? – disse BaekHyun, se despedindo dos garotos que se foram. Em seguida, olhou para ChanYeol.

– O que aconteceu? – ele perguntou confuso.

– Me desculpe por atrapalhar seus planos. – ChanYeol sussurrou envergonhado.

– Tudo bem, mas o que aconteceu de tão grave?

– Não é nada grave, desculpe. Eu queria te pedir um favor. – disse ChanYeol sentindo o rosto corar.

– Que tipo de favor? – BaekHyun perguntou hesitante.

– Vamos para algum lugar tranquilo, para falarmos sobre isso com calma.

 

 

Ele o levou a um restaurante não muito longe. Era um restaurante caro, mas ChanYeol disse a BaekHyun que pagaria tudo. Que ficou receoso no começo, mas o maior insistiu tanto que acabou cedendo. Mas de qualquer forma, pediu o mesmo que o outro.

– Então, o que você quer falar comigo? – perguntou BaekHyun depois de um tempo.

– Hm, Bem... Eu queria pedir sua ajuda. –sentiu-se hesitante novamente.

– Minha ajuda? Para o quê? – BaekHyun perguntou confuso.

– Eu nunca fui o aluno mais dedicado, você sabe disso. – ChanYeol deu um pequeno sorriso de lado. – E ainda mais com todos esses problemas, principalmente com o meu pai... Eu não estou conseguindo me concentrar muito bem nas aulas.

BaekHyun arqueou uma sobrancelha, não entendendo aonde ChanYeol queria chegar.

– Preciso recuperar as notas em algumas matérias. Preciso da ajuda de alguém inteligente. E... Eu queria saber se você pode me ajudar... – pediu sem jeito, sentindo as bochechas queimarem de vergonha. Seu coração estava acelerado e ele tinha medo da reação do outro.

BaekHyun o olhou surpreso.

– Você quer que eu te ajude com os estudos?

– Bem... É. – ChanYeol disse com um sorriso tímido.

– E você espera que eu aceite assim do nada?

– Er... Não. – encolheu os ombros. – Por favor, BaekHyun!

– ChanYeol, por que você está pedindo isso para mim? –perguntou sério.

– Eu... Eu me sinto culpado por todas as vezes que infernizei a sua vida, eu... Eu queria me aproximar de você e... Quero mostrar que não sou esse ogro que você pensa que eu sou... A-acho que podemos ser amigos. – ele respondeu, tentando vencer o nervosismo. BaekHyun o encarou.

– Acho que você está confundindo as coisas. Não podemos ser amigos. – o rosto de ChanYeol adotou um semblante triste ao ouvir as palavras do menor.

– E por que não? – ele perguntou franzindo o cenho.

– Eu não posso fingir que não sinto nenhuma antipatia por você. Eu sei que você está passando por um momento difícil e realmente espero que tudo se resolva. Mas não foi intenção minha alimentar em você qualquer esperança de... Aproximação. – BaekHyun enfatizou a última palavra.

– Não, eu não tenho segundas intenções. – ChanYeol disse imediatamente. – Eu só quero... Só quero te mostrar que não sou tão desprezível assim.

BaekHyun respirou fundo, soltando o ar pela boca.

– Por favor. – ChanYeol o olhou com os olhos pidões. BaekHyun chegou até a sentir vontade de rir, mas não admitiria que achou aquilo fofo.

– Tá certo. – ele cedeu com um pequeno sorriso. ChanYeol retribuiu com um sorriso de orelha a orelha.

– Obrigado, BaekHyun! Muito obrigado! – ele só faltava levantar da cadeira e começar a beijar os pés do menor de tanta felicidade.

– Em quais matérias você precisa de ajuda?

– Física, química e biologia. – respondeu ChanYeol ainda sorrindo. Nunca ficou tão feliz em precisar recuperar as notas.

– Okay, eu som bom nessas. Eu não posso te ver todo dia, porque eu tenho mais o que fazer. – avisou, revirando os olhos devido à animação do outro.

– Quando podemos nos ver?

– Eu trabalho todas as tardes. Mas podemos nos encontrar nos finais de semana, e toda a quarta, que é a minha folga. – disse BaekHyun. – Nos veremos sempre das três da tarde até as seis. Nada mais do que isso.

– Okay. Mas, BaekHyun... Tem um detalhe. – disse ChanYeol.

– O que é?

– Não espalhe isso okay? – disse ChanYeol cauteloso. BaekHyun arqueou uma sobrancelha novamente. – Não é nada com você é que... Bem, se meus amigos descobrirem sobre isso, bem... Não seria legal, eles iriam estranhar nossa aproximação repentina e... Poderiam desconfiar que... Bem...

– Eu já entendi, ChanYeol. – disse BaekHyun.

– Entendeu? E... E você está de boa com isso?

– Tanto faz para mim. – BaekHyun revirou os olhos. ChanYeol riu abobado novamente, fazendo o outro também segurar o sorriso.

ChanYeol sabia que não tinha derrubado completamente a muralha invisível que BaekHyun construiu entre os dois, mas realmente não esperava que o menor fosse aceitar a sua proposta.

Sentiu-se feliz consigo por ter tido coragem de não desistir de BaekHyun. Era a primeira vez em muitos dias que arrumara um motivo para sorrir de verdade. Seu famoso sorriso de orelha a orelha, o qual não dava há muito tempo.

Ainda não podia cantar vitória, mas era um começo.


Notas Finais


E AÍ GENTE NÃO FOI FOFOGAY??? EU SEI QUE SIM TuT
Vocês podem perceber que finalmente ChanYeol conseguiu dar o primeiro passo rumo ao kokorozinho do Bacon dele *u*
Então é isso, glr. Até daqui a uma semana! ^^


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