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História Reciprocal - Dezessete


Escrita por: Exospirit

Notas do Autor


AEEE!
DEMOROU MAS CHEGOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11 *joga confete*
Mentira, nem demorou muito, não foi? Parece que foi ontem que eu postei o capítulo 16...
Bem, aqui está! Chega de falatório e enrolação! Sei que cês tão tudo doido pra ler logo essa porra então vamo que vamo!
Enjoy!

Capítulo 18 - Dezessete


SeHun, YiXing e Tao não falaram nada de imediato.

Depois de alguns segundos, Tao começou a rir.

– Você tá zoando, não é? – ele disse, fazendo YiXing começar a rir também.

–ChanYeol, que brincadeira idiota. Para com isso. – disse YiXing.

– Não, eu estou falando sério. – ChanYeol afirmou sem sorrir, mas seus amigos continuaram a rir, com exceção de SeHun.

– É sério, ChanYeol. Para. Isso não tem graça.

– Ele não está brincando. – SeHun interrompeu Tao. Os três o encararam surpresos, principalmente ChanYeol.

–Ch-ChanYeol... Isso é mesmo verdade? – YiXing perguntou ficando sério.

– Bem... Sim. – ChanYeol respondeu sem abaixar a cabeça. Um silêncio desconfortável tomou conta do quarto de SeHun. ChanYeol alternava seu olhar pelas três faces à sua frente, esperando alguma reação dos amigos. Tao e YiXing o encaravam surpresos e sérios, enquanto SeHun fitava o chão, com o rosto inexpressivo. – Já faz um tempo... D-desde o aniversário do SeHun. Quando vocês foram embora ele não estava raciocinando muito bem, e eu também não, então acabou que a gente... Dormiu junto e... Bem, depois disso eu percebi que... Estava apaixonado.

ChanYeol deu uma pausa, esperando alguma reação. Tao o encarava com um pequeno sorriso divertido no rosto, como se ainda não acreditasse que o maior estava falando a verdade. ChanYeol engoliu a seco.

–S-sei que isso é estranho... Muito estranho. M-mas é a verdade. Eu o amo e sei que ele também me ama. – se calou novamente para analisar a reação dos amigos. Sua mão tremia e ele sentiu um calafrio ao ver que a face dos três garotos à sua frente estavam sérias. – A... A gente meio que tá junto... Ou pelo menos estávamos, eu... Eu não sei mais...

ChanYeol sentia as mãos molhadas de suor devido ao nervosismo. Encarou os amigos mais uma vez, sentindo o coração acelerar de forma dolorosa contra a sua costela por causa do silêncio sufocante.

–P-pessoal... – ChanYeol fora interrompido pelo celular de YiXing. Este retirou o celular do bolso, lendo a mensagem que acabara de chegar.

–Er... Bem... Minha mãe precisa de mim agora. E-eu preciso ir. – o garoto se levantou evitando olhar para ChanYeol. Tao se alertou e também ficou de pé.

–A-acho melhor eu ir também. Er... Kung Fu. – ele disse seguindo YiXing. ChanYeol sabia que as aulas de Kung Fu de ZiTao eram apenas nas tardes de quarta-feira, e era segunda.

– Pessoal... – ele chamou novamente, mas os dois garotos deixaram o quarto sem olhar para trás, os abandonando. ChanYeol se virou para o menor, que ainda encarava o chão.

–SeHun, eu...

– Você estava distante, triste, desesperado e desamparado, e de repente do nada você fica bem. Como se todos os problemas tivessem evaporado de repente, mas continuou distante, e todo misterioso. Como eu não percebi antes?  - SeHun riu baixinho. – Eu sou um idiota mesmo.

– Me desculpe, eu... Eu não queria ter feito isso, eu... Eu só tive m-medo de que você pudesse me... Deixar. – ChanYeol falou com a voz trêmula de nervosismo.

– Achei que não existissem segredos entre a gente. – disse em um tom de voz que ChanYeol não conseguiu decifrar.

–SeHun, por favor me perdoe. – não sabia mais o que dizer. SeHun finalmente levantou o olhar até o rosto do maior, o olhando inexpressivo.

– ChanYeol, você está doente. Isso é uma doença. Você devia buscar ajuda e...

– O que você disse? – ChanYeol o interrompeu perplexo.

– Você enlouqueceu! – disse SeHun se levantando e encarando o maior com o cenho franzido. – Está louco, completamente fora de si! Isso é uma doença! Isso é... BaekHyun é uma aberração!

– CALE A BOCA! – ChanYeol levantou-se também e empurrou o menor com força, encarando-o enquanto este apenas o olhava assustado e perplexo. – LAVE A SUA MALDITA BOCA ANTES DE FALAR DO BAEKHYUN!

– O-o que? – SeHun murmurou em um pequeno sorriso de perplexidade.  – Você está... Defendendo o BaekHyun?

– Sim, estou. – respondeu ainda com raiva. SeHun riu soprado olhando para ChanYeol chocado, balançando a cabeça negativamente em sinal de descrença.

O menor abriu a boca como se fosse falar algo, mas tornou a fechá-la segundos depois, indo em direção à cama que ChanYeol estava há pouco tempo e sentou-se, apoiando o cotovelo no colo e abaixou a cabeça até as mãos, passando-as pelos cabelos e em seguida fitando o chão novamente. ChanYeol apenas o observava. Mesmo que já esperasse essa atitude dos amigos, ainda tivera esperanças de que pelo menos SeHun não o julgasse. Mas pelo visto se enganara.

Estava completamente decepcionado.

– Eu pensei que fôssemos amigos, independente de tudo. – o maior sussurrou desviando o olhar.

– Eu também pensei que fôssemos. – SeHun murmurou sem levantar o olhar. – Mas então você me diz do nada que vem mentindo para mim e que está apaixonado pelo... BaekHyun.

– Me desculpe! – exclamou ChanYeol impaciente. – Não era algo que eu poderia me sentir confortável em contar assim para vocês, esperando sorrisos e votos de felicidade! Você teria escondido da mesma forma se estivesse no meu lugar!

–ChanYeol, me ouça. – SeHun se aproximou do maior, segurando seu rosto com as duas mãos e encarando-o com um olhar gentil. – Eu te perdoo. Você é meu irmão. Eu não vou te abandonar, okay? Eu vou ficar ao seu lado e vou te ajudar a superar essa está me ouvindo? Vamos achar uma solução e vamos te curar dessa doença horrível e...

–SeHun, PARE! – exclamou empurrando o menor. – Eu não preciso de ajuda. Eu não estou louco e isso não é uma doença! E-eu amo o BaekHyun, e sei que ele também me ama. Você deveria tentar me entender. Ele precisa de mim agora e eu não vou abandoná-lo. E e-eu também preciso dele.

ChanYeol murmurou a última frase sem olhar para SeHun. Sentia-se envergonhado por se expor daquela forma para o amigo, pois nunca fizera isso, já que nunca se apaixonara antes.

– E eu preciso de você também. – ChanYeol olhou para SeHun finalmente e se aproximou alguns passos. SeHun olhou para o chão quando ChanYeol chegou perto de si novamente. – Por favor, não me abandone.

SeHun ficou em silêncio por um minuto e coçou a nuca, sem saber como reagir. Ele olhou para cima a procura dos olhos do maior que se surpreendeu ao perceber que SeHun lutava contra as lágrimas que ameaçavam escapar. Levou a mão direita até o rosto de ChanYeol, hesitando antes mesmo de tocá-lo e se afastou triste, mordendo os lábios.

– Acho que está na hora de você ir. – ele disse de costas para ChanYeol, que o olhou surpreso, ao mesmo tempo em que já esperava isso.

– SeHun... – ChanYeol tocou no ombro de SeHun em um pedido mudo de que o menor não o abandonasse. SeHun apenas puxou o ombro para longe bruscamente sem se virar.

– Por favor, vá embora. – SeHun murmurou com a voz embargada. ChanYeol enxugou rapidamente uma lágrima que ameaçava cair e se virou devagar, indo em direção da porta. Ao alcançá-la virou-se novamente, encarando as costas do menor que permanecia imóvel, suspirou triste e finalmente fechou a porta, indo embora cabisbaixo.

 

 

 

 

Se ChanYeol antes pensava que sua vida não podia ficar pior, ele estava muito enganado. Se antes pensava que não conseguiria superar descobrir a verdade sobre o seu pai, descobrir a verdade sobre BaekHyun era mil vezes pior. E ainda mais quando precisava passar por isso sozinho.

Sentia falta de seus amigos, ainda mais de SeHun. Claro que era popular e vivia sempre cercado de pessoas aonde quer que fosse, mas essas pessoas não eram verdadeiras amizades. Eram apenas colegas, conhecidos. Amigos de verdade eram apenas YiXing, Tao e SeHun.

Principalmente SeHun.

Sentia falta do melhor amigo como nunca sentira falta de ninguém antes. Falta essa que causava um buraco no coração de ChanYeol, um vazio. Precisava do outro ao seu lado como nunca precisou antes, nem quando fora rejeitado por BaekHyun ou quando seu tio o contara sobre a história de sua mãe. Doía ver que SeHun se afastara dele ao descobrir a verdade, mas sabia que precisava ter feito aquilo. Não poderia continuar escondendo sobre ele e BaekHyun. Não depois de seus sentimentos atingirem uma intensidade tão grande. Sentia que não era capaz de superar tudo sozinho.

Mas precisava ser forte.

Fez exatamente o que JunMyeon mandou. Não procurou BaekHyun, mas também não fugiu. Continuou indo à escola mesmo que fosse para ficar sozinho o tempo todo, evitando trocar olhares com YiXing, Tao e SeHun, que para o seu alívio não contaram a ninguém sobre a última conversa.

Mas o colégio não chegou a ser algo muito relevante para ChanYeol, pois BaekHyun parara de ir às aulas. Em certo aspecto sentia-se aliviado por não ter que encarar o menor depois do que acontecera, porque querendo ou não sentia certa raiva por causa da covardia de BaekHyun, mas também não podia deixar de ficar preocupado. Perguntava todo dia para Suho se o menor estava bem, com medo de que algo de ruim tivesse acontecido. JunMyeon sempre falava a mesma coisa. Dizia que ele estava se sentindo um pouco pior e adoecido, mas não era nada com o que ChanYeol devesse se preocupar de verdade. Mas é claro que se preocupava, pois agora sabia o que deixava BaekHyun mal com tanta frequência.

Um bom tempo se passou e ChanYeol seguiu a sua vida normalmente, apenas com uma diferença.

Ele não estava vivo. Ele apenas existia.

ChanYeol não estava vivendo. Não estava sentindo prazer em viver. Seu corpo realizava todas as funções necessárias para manter-se e apenas isso. Sua alma, seu coração, perdera a vida.

O mês de junho já estava quase no final e BaekHyun ainda não voltara ao colégio. JunMyeon dizia que ele além de doente, era um covarde e por isso estava usando a nem tão grave doença para fugir de ChanYeol, o que fazia o mesmo sentir-se tanto preocupado quanto frustrado. Confiava nos conselhos de Suho, mas estava começando a ficar cansado e impaciente de tanto esperar. Queria – ou melhor, necessitava – saber se BaekHyun estava realmente bem ou não. JunMyeon dizia que todas as tardes ia até BaekHyun atualizá-lo sobre os assuntos das matérias e ajudá-lo a estudar, e sempre que ia dizia que ele aparentava estar bem, apenas um pouco fraco. E ChanYeol não aguentava mais de frustração, mas não havia nada o que fazer em relação à isso, pois Suho tinha razão. E de qualquer forma, cansou de ser o único a correr atrás. Queria ver se BaekHyun também viria atrás de si.

Queria saber se BaekHyun também sentia sua falta.

ChanYeol sentira-se muito sozinho desde que SeHun e os outros se afastaram dele, mas de qualquer forma, era bom estar sozinho. Não estava com ânimo nenhum para conversar, rir e sair para se divertir. Passava o dia inteiro em casa, ou estudando ou apenas pensando no quanto sentia falta de BaekHyun. Definitivamente não estava com cabeça para sair. Nas poucas vezes que saía para beber, era sozinho. E apenas para manter o corpo dormente por algumas horas e esquecer-se dos problemas. ChanYeol agora costumava voltar para casa assim que tocava o sinal, pois não havia mais motivos para ficar matando hora no colégio. E se acostumou a passar todas as tardes em casa e para ser sincero não sentia falta de sair quase todos os dias como antes.

Era uma sexta quando resolveu dar uma de suas raras saídas solitárias para ir beber alguma coisa e dar um descanso à sua mente. Colocou uma roupa qualquer e saiu de casa com o cabelo parecendo uma palha, já que não tinha força de vontade nem de pentear o cabelo nos últimos dias. Pegou as chaves do carro e deixou sua casa esfregando os olhos, sonolento. Não tinha uma boa noite de sono há um bom tempo, pois só conseguia dormir bem quando bebia. Estava tão distraído que só percebeu a presença de mais alguém quando ouviu seu nome ser chamado.

– ChanYeol-ah. – ele ouviu ser chamado timidamente. Olhou para o lado rapidamente, assustando-se por ser despertado de seus devaneios. Assustou-se mais ainda ao ver BaekHyun parado a poucos metros de si. O menor se aproximou notavelmente nervoso. ChanYeol ficou sem reação. Sentiu a ansiedade e se esqueceu de respirar.

JunMyeon tinha mesmo razão.

BaekHyun parou quando ficou próximo ao maior. Ele olhava para baixo e tentava normalizar a respiração, como se estivesse mais nervoso do que o possível. Não disse nada por alguns segundos antes de respirar fundo como se tomasse coragem e finalmente olhou para cima. ChanYeol pôde perceber que o menor tinha olheiras fortes, iguais às suas, e estava mais pálido e magro. Uma aparência deplorável.

– Primeiramente eu queria dizer que fui um completo idiota. – ele começou com a voz trêmula. – M-me desculpe por ser um... Idiota.

BaekHyun desviou o olhar novamente com um semblante sofrido. ChanYeol apenas o encarava calado.

– Eu não devia ter sido tão covarde. Tão... Egoísta. – ele disse e em seguida se calou, como se esperasse para ver a reação do maior, que se manteve em silêncio. – E-eu... Eu não consigo te tirar da cabeça nem um minuto sequer. Não consigo parar de pensar em... Nós. Não consigo ao menos dormir. Eu te amo, ChanYeol. E não consigo mais ficar longe de você. Não consigo.

BaekHyun começou a chorar de repente, deixando ChanYeol surpreso. O menor escondeu o rosto com as mãos, envergonhado.

– Me perdoe, ChanYeol. Me perdoe, por favor. Eu estou desesperado.  Não consigo mais viver se não estiver contigo. Eu preciso de você. – BaekHyun enxugou os olhos com a manga da camisa, aproximando-se do maior e pegando em seu rosto com as duas mãos. – Eu te amo.

BaekHyun aproximou os seus lábios aos de ChanYeol, em um simples selar, que se manteve parado, sentindo todos os pelos de seu corpo se arrepiarem com a pequena carícia que os lábios fazia nos seus. O menor abraçou ChanYeol pelo pescoço ainda sem afastar o selar, enquanto uma lágrima se juntava ao pequeno beijo que aos poucos fora se aprofundando, a medida em que BaekHyun sugava o lábio inferior de ChanYeol com os seus. O maior apenas recebia o beijo calmo sem impedir, mas também sem reagir. BaekHyun se afastou minimamente e suspirou de olhos fechados.

– Por favor, diga que ainda me ama. – ele sussurrou contra os lábios do maior.

– Eu ainda te amo. – ChanYeol murmurou. BaekHyun começou a chorar mais ainda com as palavras do maior. Ele agarrou a blusa do outro com as mãos e afundo o rosto em seu peito, molhando a blusa do maior com suas lágrimas.

– Por favor, não me deixe. Não me abandone. – BaekHyun falou com a voz abafada devido à blusa de ChanYeol. O maior levantou os braços devagar, envolvendo o garoto tão pequeno e tão frágil à sua frente.

– Eu não poderia abandoná-lo. – ele sussurrou. – Estou preso a você e não permitirei que fuja de novo.

– Eu não vou mais fugir. Eu sou seu. Inteiramente seu. – BaekHyun murmurou levantando o rosto e encarando o maior com os olhos vermelhos. ChanYeol levou uma de suas mãos até o rosto do outro sem soltá-lo e acariciou com ternura, retirando uma mecha da franja que estava na frente dos olhos do menor.

– E eu não deixaria. – ele disse segurando o queixo do menor.

– ChanYeol...

– Sim?

– Me beije. – BaekHyun pediu em um sussurro, fechando os olhos e esperando a aproximação do maior. ChanYeol suspirou em antecipação e lentamente aproximou seus rostos, sua língua invadindo a boca do menor com urgência assim que tocaram os lábios. ChanYeol inclinou o corpo pelo do menor enquanto o segurava para ele não cair. O beijo era urgente e carinhoso ao mesmo tempo, como se ChanYeol tentasse sugar todas as forças de BaekHyun. O menor agarrou a blusa do outro com mais força, gemendo contra a boca do maior duramente o beijo. ChanYeol o segurava pela cintura de forma possessiva, como se tivesse medo de que o menor pudesse fugir novamente.BaekHyun o abraçou pelo pescoço, demonstrando que dessa vez não iria deixá-lo, para poder tranquilizá-lo. ChanYeol apenas se afastou quando sentiu seu fôlego faltar. Continuou os beijos agora no pescoço do menor, que arfava baixinho, sentindo o rosto quente devido à euforia.

– J-JunMyeon me disse que você o procurou. – BaekHyun falou com dificuldade. – Ele me contou tudo e disse que você me amava de verdade e... – BaekHyun parou de falar de repente e começou a gemer baixinho.

– E...? – disse ChanYeol descendo e subindo a mãos nas costas do menor, fazendo-o se arrepiar.

– E-e eu resolvi deixar de ser um idiota e vir logo atrás de você antes que fosse tarde demais. – BaekHyun concluiu antes de deixar um gemido um pouco alto escapar de sua boca devido à língua habilidosa de ChanYeol passeando pelo seu pescoço.

– JunMyeon é algum santo ou algo do gênero? – ChanYeol disse antes de voltar a atacar os lábios do menor.

– ChanYeol... Pare. Estamos no meio da rua. – BaekHyun se afastou minimamente agora que recuperava a noção das coisas, com o rosto vermelho.

– Mas não tem ninguém na rua agora. – ChanYeol disse sem querer se afastar.

– Mas alguém pode aparecer. – BaekHyun disse lutando contra a própria vontade de continuar com os beijos.

– Bem, nesse caso, é melhor a gente entrar. – ChanYeol disse com um sorriso malicioso e puxou BaekHyun pela mão, fazendo o menor hesitar de novo.

– ChanYeol, é melhor não...

– Não se preocupe. As empregadas já foram para casa e meu pai só chega tarde. – ChanYeol abriu a porta de casa novamente sem esperar que esta estivesse novamente fechada para tomar novamente os lábios do menor. ChanYeol o empurrou contra a parede e começou a tocá-lo em todos os lugares que alcançava. BaekHyun arfava prensado contra a parede, tentando recuperar o fôlego que ChanYeol roubava.

Era incrível a como BaekHyun ficava submisso à ChanYeol.

– Senti sua falta, Baekkie. – ChanYeol sussurrou contra o ouvido do menor. – Precisava de você, nem que fosse apenas só te olhar. Ver que você está bem.

– Eu estou aqui. – BaekHyun sussurrou abraçando forte o maior, que parou de beijá-lo e retribuiu o abraço.

– Mas não está nada bem. – ChanYeol encarou BaekHyun com um olhar preocupado.

– E-eu apenas estou doente.

– Há quanto tempo?

– Eu estou bem, ChanYeol. – BaekHyun selou seus lábios carinhosamente. – Agora eu estou bem.

– Eu te amo, e não vou deixar nada de ruim acontecer a você. – o maior afundou o rosto no pescoço do outro, precisando inclinar o corpo para isso. BaekHyun acariciou a nuca de ChanYeol com ternura, suspirando.

– Há coisas que não podemos mudar, ChanYeol. Às vezes devemos apenas aceitar o nosso destino. – BaekHyun disse triste. ChanYeol apertou o menor, como se tivesse medo de soltá-lo.

– Eu não posso te perder, Baekkie.

– Por favor, não vamos falar sobre isso agora. – BaekHyun puxou o rosto do maior delicadamente fazendo seus olhares se encontrarem. – Eu estou aqui agora, é o que importa. Vamos apenas viver o presente sem se preocupar com o futuro. Eu preciso de você agora.

ChanYeol beijou BaekHyun novamente, explorando cada canto da boca do menor, lenta e apaixonadamente. BaekHyun sugou sua língua apreciando a sensação que estar perto de ChanYeol lhe proporcionava, completamente inebriado pela língua e pelos toques do maior. Com uma urgência que contrastava com a gentileza do beijo, ChanYeol agarrou as coxas fartas do pequeno garoto e puxou suas pernas para cima, fazendo-o envolvê-lo com elas. Levou o garoto até as escadas e subiu até o seu quarto, sem cessar o beijo terno. Ao chegar ao quarto, deitou BaekHyun em sua cama e trancou a porta antes de voltar e deitar-se sobre ele, que se encontrava apoiado em seus cotovelos , e aproximou novamente os seus rostos, fazendo  suas testas se tocassem.

– Prometo que dessa vez não irei fugir. – BaekHyun sussurrou contra o rosto do maior.

– Como eu lhe disse, de qualquer forma eu não deixaria. – ChanYeol avançou lentamente em BaekHyun, fazendo-o se deitar por completo. – A partir de agora não tem mais volta. A partir de agora, pertencemos um ao outro. Eu sou inteiramente seu, e você é inteiramente meu. Para sempre. Você me promete?

– Eu prometo.

 

 

E pela primeira vez BaekHyun se entregou por completo a ChanYeol do começo ao fim. Pela primeira vez ChanYeol o teve sem precisar de uma batalha para isso. Seus corpos se tornaram um só de uma forma tão intensa quando o amor que sentiam um pelo outro. BaekHyun parecia tão frágil que ChanYeol teve medo de que o menor pudesse quebrar devido à qualquer toque mais brusco.

BaekHyun se entregou à ChanYeol de uma forma completamente diferente da primeira vez em que dormiram juntos. Estava completamente rendido, entregue, dominado por ChanYeol.  Completamente diferente do garoto decidido e malicioso com quem o maior se deitou na primeira vez. BaekHyun entregou-se por inteiro. Seu corpo era de ChanYeol, e seu coração também.

Assim como o coração de ChanYeol também era seu.

E não só por uma noite, mas sim para sempre.

Ou pelo menos até chegar sua hora de partir.


Notas Finais


Lindo, não é? TuT
Queria pedir desculpas para quem estava esperando o Lemon narrado... Mas espero que compreendam porque eu resolvi não fazer Lemon nesse capítulo.
Meio que ia tirar a beleza das palavras e do momento entende? Iria tirar a magia e a emoção que eu queria passar nessa cena. Bem, espero que vocês tenham gostado mesmo assim. Escrevi esse capítulo com muito carinho e coloquei meu coração, principalmente na última parte.
Enfim, é isso! Até a próxima sexta! Tchau tchau ^^


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