1. Spirit Fanfics >
  2. Reciprocal >
  3. Vinte

História Reciprocal - Vinte


Escrita por: Exospirit

Notas do Autor


Yaaaaaaaay, aqui estou eu postando mais um capítulo dessa história cabeluda que é Reciprocal!
E aí, o coraçãozinho de vocês aguentaram o tranco? Estão vivos para lerem mais um capítulo? É bom que estejam, porque esse capítulo é um dos meus preferidos e AAAAAAAAAAAAAAWN a Mag disse que chorou!
Mas isso não significa nada, vocês são uns chorões que choram por tudo u_u
Que tal chorarem mais um pouquinho? =D
Enjoy.

Capítulo 21 - Vinte


KyungSoo disse.

Sabia que se não o dissesse JongIn não o deixaria ir. Não o deixaria ir e também não subiria naquele palco. Disse ao maior tudo o que JongDae lhe contara no telefone. Tudo sobre o que estava se passando com BaekHyun.

JongIn o olhou perplexo, sem acreditar em suas palavras. Antes que um deles pudesse dizer mais alguma coisa, puderam ouvir alguém chamando pelo nome de JongIn desesperadamente pelos corredores, o chamando para entrar no palco.

O homem apareceu e KyungSoo desviou seu olhar, para não ser pego chorando por mais uma pessoa. O homem furioso puxou JongIn corredores adentro, exclamando desesperado e reprimindo o garoto por ter saído do camarim tão encima da hora. E KyungSoo correu de volta para o salão, sentando-se em uma das mesas perto do palco, esperando aflito que a apresentação começasse. As luzes ficaram mais fracas e um homem apareceu no palco. O que ele dissera, KyungSoo não fazia a mínima ideia. Sua cabeça estava em outro lugar. Estava em JongIn. No medo que sentia por ele.

O mesmo homem saiu, os dançarinos se posicionaram no grande palco e a música começou. Os olhos de KyungSoo passearam apressados pelo palco, procurando por aquela pessoa em especial. Encontrou JongIn no meio, dançando de forma tão bela como sempre.

Mas KyungSoo percebera que seu olhar estava diferente.

Seus olhos não estavam sedutores e confiantes, como costumavam ficar sempre que o moreno dançava. Ele parecia preocupado, perdido no meio dos outros dançarinos, desesperado.

Ele tentava esconder isso do público, mas seu nervosismo transparecia de forma evidente, e a dança parecia não fluir tão naturalmente como costumava. O coração de KyungSoo apertou em preocupação e culpa.

Não devia ter contado.

Olhou em direção a plateia para garantir que o nervosismo de JongIn não estava sendo percebido pelas pessoas, e se aliviou ao perceber que o público parecia estar impressionado, talvez sem perceber o conflito interno que transparecia nos olhos de JongIn. Mas KyungSoo avistou, há poucas mesas de distância de si, a professora de dança de JongIn. Esquecera-se de que a mulher também estaria ali e viu que ela olhava para o aluno, preocupada. Ela notara que ele estava diferente. Mas de todo jeito, o nervosismo de JongIn parecia despercebido para o resto das pessoas, o que acalmou KyungSoo por hora.

Mas havia algo que JongIn não contara para KyungSoo.

 

Surpreendeu-se quando as luzes se focaram em JongIn e o maior se dirigiu ao centro do palco. De início, KyungSoo não se deu conta do que estava acontecendo até que o moreno começou a se mover no ritmo da música, acompanhado pelos outros dançarinos que estavam mais atrás.

JongIn tinha um solo na apresentação.

KyungSoo apenas olhava o maior boquiaberto, sem conseguir esconder sua admiração. JongIn tinha um solo, e não dissera nada. Claro que já vira JongIn dançar inúmeras vezes, mas naquele momento sentiu como se estivesse vendo o outro pela primeira vez na vida. Ele era encantador.

Por um momento se esquecera dos problemas que estavam acontecendo e apenas admirava o maior com os olhos brilhando. Até que seus olhares se cruzaram, e KyungSoo percebeu algo que fez seu coração parar de bater por um segundo.

JongIn estava chorando.

Não era um choro indiscreto ou muito perceptível, mas ao cruzar os olhos com o do outro foi como se tivesse visto a sua alma refletida naquele olhar. KyungSoo sentiu seu coração apertar e antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, seus olhos se arregalaram e se levantou instintivamente da cadeira ao ver o que acontecera.

Em apenas uma fração de segundos, no pequeno momento em que seus olhos se cruzaram, JongIn sentiu seu equilíbrio pregar-lhe uma peça e de repente seu pé esquerdo escorregou. Em uma fração de segundos, ele estava no chão.

Ouviu os murmúrios chocados e seu rosto esquentou de vergonha. Ignorando a forte dor no seu pé esquerdo, se levantou o mais rápido que pôde e retomou a coreografia. Sabia que KyungSoo estava em uma mesa na frente do palco, mas não teve coragem de levantar o rosto e encarar o menor naquele momento. Apenas focou a retomar a coreografia e terminá-la. Mesmo que estivesse sendo um grande esforço naquele momento.

Pela primeira vez não estava sentindo paixão ao dançar.

 

KyungSoo olhava para o garoto notavelmente abalado no palco à sua frente. Ouvia os murmúrios das pessoas ao seu lado e rapidamente passeou os olhos pelo local. As pessoas olhavam para o palco surpresas, cochichando entre si. Ele pôde ver a professora de dança de JongIn olhando-o com os olhos tristes e cheios de pena. Aquilo partiu seu coração.

Olhou um pouco mais e percebeu dois homens parados não muito longe de si. Um deles era o organizador que selecionara JongIn. Ele parecia decepcionado e nervoso ao tentar explicar algo para o outro homem, que encarava o palco com o olhar desaprovador. Imaginou do que aquilo se tratava. Voltou a olhar para JongIn e percebeu que agora a sua confiança se esvaiu de vez. Passou a mão pelos cabelos em sinal de desespero, amaldiçoando-se por ter contado aquilo ao maior antes dele subir ao palco.

Era mesmo um idiota.

Assim que a música acabou e os dançarinos deixaram o palco, KyungSoo correu de volta até o corredor que levava aos camarins, sem ligar para as próximas atrações da festa. Correu desesperadamente pelos corredores e parou de repente quando se deparou com a porta do camarim, obviamente fechada. Não sabia o que fazer e hesitantemente levantou o punho para bater na porta, mas o recolheu quando ouviu vozes um tanto alteradas do outro lado.

“O que aconteceu? Todo mundo estava contando com você!”

“Me desculpem.”

“Você estragou tudo, JongIn. Você disse que dava conta! O que diabos aconteceu naquele palco?”

“Eu disse que ele não dava conta.”  KyungSoo sentiu a raiva subir quando ouviu a terceira pessoa se pronunciar. Queria saber quem era e queria que JongIn revidasse, mas tudo o  que ouviu foi apenas um suspiro pesado provavelmente da segunda pessoa.

Apenas encostou-se na parede e esperou. Alguns minutos depois, a porta se abriu e os dançarinos começaram a deixar a sala. KyungSoo se alertou e olhou para baixo sem jeito quando os olhares pararam em si.

– Quem é esse garoto? Ele tem permissão para estar aqui? – uma dançarina sussurrou para outra olhando para KyungSoo ao mesmo tempo que se afastava. O garoto coçou a nuca sem jeito até que outra pessoa chamou-lhe a atenção.

– Eu sabia que ele não ia conseguir. Eu disse que poderia fazer muito melhor.  – um dançarino falou para outro enquanto saía da sala. KyungSoo levantou o olhar e o encarou, enquanto este ria de alguma piadinha maldosa que seu amigo lhe sussurrara no ouvido. KyungSoo fechou os punhos de raiva. Queria seguir o dançarino e dar-lhe um soco. Era a mesma voz da pessoa que atacara JongIn com palavras há alguns minutos. Lutou contra a raiva até que a última pessoa saiu da sala. Um dos organizadores. Ele suspirou e olhou para dentro do camarim antes de fechar a porta.

O homem encarou KyungSoo e este por um momento pensou que seria expulso dali, mas o rapaz apenas lhe reverenciou discretamente com a cabeça e deixou a porta encostada, como se entendesse porque ele estava ali, e foi embora. KyungSoo entrou hesitante no camarim, fechando a porta com delicadeza atrás de si.

Deparou-se com as costas de JongIn, que estava apoiando-se na grande penteadeira, usando apenas uma regata branca e as calças com que dançara. O garoto não encarava o espelho. Mantinha a cabeça baixa e não se movia. KyungSoo se aproximou devagar, sentindo as lágrimas nublarem a visão.

– JongIn... – ele murmurou. O garoto não se moveu. KyungSoo se aproximou mais do maior, tocando-lhe nas costas. – JongIn me desculpe. E-eu não devia ter contado...

JongIn afastou-se bruscamente e KyungSoo pôde ouvir que o maior soluçava baixo. Aquilo partiu seu coração pela milésima vez naquela noite.

– JongIn...

– Não pode ser verdade. – sussurrou entre os soluços, deixando o menor surpreso. – BaekHyun não pode... Ele não pode...

JongIn virou-se revelando seus olhos cheios de lágrimas, fazendo KyungSoo não conseguir mais segurar as suas. O menor enxugou os olhos com as mãos trêmulas, olhando para baixo.

– E-eu deveria ter esperado a apresentação acabar. E-eu estraguei tudo. M-me desculpe. – KyungSoo escondeu o rosto com as duas mãos, soluçando alto. Ouviu o maior soluçar também e se assustou ao sentir que este o abraçou, seu peito subindo e descendo devido ao choro que não conseguia mais controlar.

– N-não é sua culpa. – JongIn disse com dificuldade, apertando o menor em seus braços. KyungSoo passou a mão pela cintura do maior, apertando-o com força enquanto molhava a sua regata com suas lágrimas. JongIn afundou o rosto entre o ombro e o pescoço do menor, molhando-o também, enquanto ambos soluçavam abraçados.

Não souberam dizer quanto tempo ficaram ali até que conseguissem se acalmar. Talvez até quase o final da festa. JongIn não tinha raiva de KyungSoo, e muito menos se preocupava com a sua apresentação agora. Não conseguia pensar em nada no momento. Ele apenas precisava acalmar o menor e a si mesmo agora. Precisavam ser fortes.

Por BaekHyun.

Acima de tudo por BaekHyun.

 

 

 

 

ChanYeol, JongDae e LuHan ficaram no hospital a noite toda. JunMyeon, MinSeok e WuFan logo se juntaram a eles. ChanYeol sentiu-se mais aliviado ao ver JunMyeon, enquanto WuFan tentava acalmar MinSeok, que chorava compulsivamente sentado em uma das cadeiras da sala de espera. Podia sempre implicar com o menor e adorava tirá-lo a paciência, mas vê-lo daquela forma partiu seu coração de uma maneira que lhe surpreendeu. Vê-lo chorando tão desesperadamente pelo amigo, o qual não sabia sua verdadeira condição, lhe deixou triste. Na verdade aquela cena toda o deixava triste. Todos ali, sentados em silêncio e cabisbaixos, tentando esconder um dos outros as lágrimas que não conseguiam conter, esperando desesperadamente por qualquer notícia, sendo ela boa ou ruim.

Era meia noite quando JongIn e KyungSoo se juntaram aos demais no hospital. JongIn mancava devido ao pequeno acidente que lhe acontecera e KyungSoo tinha um semblante culpado no rosto. JongDae e LuHan ficaram de pé subitamente ao verem os amigos se aproximando e foram ao seu encontro.

– Onde está o BaekHyun? – JongIn perguntou antes que qualquer um deles  pudesse falar.

– B-bem, ainda não temos notícias dele. – explicou JongDae. – O que ouve com seu pé?

– Isso não vem ao caso agora. – disse JongIn triste, mancando até as cadeiras e sentando-se ao lado de JunMyeon.

– JongIn-ah, você devia cuidar do seu pé. – sussurrou KyungSoo cabisbaixo.

– Eu irei chamar um médico pra você. – JunMyeon disse se levantando. Em pouco tempo JongIn fora atendido e tivera apenas uma torção um pouco feia, mas nada grave. Quando ele foi levado para enfaixar o pé, KyungSoo sentou-se em uma das cadeiras e suspirou, triste.

– O que aconteceu? – perguntou JongDae. Ele e LuHan sentaram-se um em cada lado do menor, que esfregou o rosto com a mão, cansado.

– Eu estraguei tudo. – murmurou KyungSoo.

– Como assim?

– Quando você me ligou eu... E-eu não consegui esconder e... Eu sabia que ele me faria dizer de qualquer forma e... M-me desculpem! – KyungSoo caiu em lágrimas novamente, escondendo o rosto com as mãos.

– KyungSoo, o que aconteceu com ele? – LuHan perguntou assustado, alisando o ombro do amigo em forma de consolo.

– Ele caiu. Na frente de todos. E a culpa foi minha. – KyungSoo parou por um segundo para soluçar. – Ele tinha um solo. Provavelmente queria fazer uma surpresa para nós... E eu estraguei tudo. Estraguei sua surpresa, e estraguei a maior oportunidade de sua vida.

– Não diga isso... A culpa foi toda minha, KyungSoo. Não devia ter te ligado. Foi uma atitude impensada. – JongDae suspirou, sentindo-se culpado.

– Mas eu que devia ter ficado calado! Tínhamos combinado que você iria me ligar assim que tivesse notícias! – KyungSoo levantou os olhos molhados de lágrimas e encarou o maior de uma forma um tanto melancólica.

– Mas eu não devia ter ligado de qualquer forma! Não imaginava que seria algo tão grave assim e... Isso não é algo que se diga por telefone.

– Mas eu mandei você ligar!

 – Mas ficar se culpando não vai mudar nada do que aconteceu com o JongIn ou com o BaekHyun. A última coisa que eles precisam agora é que nós fiquemos dessa forma. – LuHan interrompeu os dois, fazendo com que os garotos concordassem com a cabeça. KyungSoo enxugou os olhos e suspirou.

– Ele está tão mal... Primeiro por causa do Baek. E agora mais essa... Ele... Ele estava tão empolgado com isso... Ele deu o melhor dele para ser perfeito e... – o garoto voltou a chorar. Seus amigos o abraçavam e o reconfortavam, mesmo que estivessem se sentindo da mesma forma.

ChanYeol apenas observava a cena de longe, sentado algumas cadeiras de distância, ao lado de JunMyeon. Aquilo o deixava mais triste ainda. Não tanto pelo que aconteceu com JongIn, pois na verdade nem conhecia o garoto. Mas por ver todos ali, desesperados, sofrendo por aquele motivo. Aquelas horas que passaram esperando por alguma notícia pareceram intermináveis. Um verdadeiro inferno. ChanYeol não conseguia sentir-se confortável na cadeira e a única coisa que queria agora era levantar dali e sair correndo pelo hospital, abrindo de porta em porta, até achar BaekHyun.

Todos se levantaram quando o Dr. Kim retornou, chamando o Sr. Byun, às três horas da manhã.

– O que aconteceu? – ChanYeol se intrometeu, sendo seguido por todos os outros.

– Por favor, peço que mantenham a calma e não se alterem. – disse o Dr. Kim, olhando através de seus óculos, apreensivo para os garotos, principalmente para ChanYeol. – BaekHyun acordou. Faz uma hora.

– ACORDOU? – ChanYeol exclamou na mesma hora. O Dr. Kim tocou em seu ombro, como se pedisse para ele se acalmar.

– Por favor, não se altere. Vocês todos poderão vê-lo. Claro que não todos ao mesmo tempo, mas aos poucos, vocês poderão vê-lo. Mas primeiro, acho justo que seja o Sr. Byun. – disse o Dr. Kim. ChanYeol achou aquilo muito injusto, claro. Ele devia ser o primeiro.

– ChanYeol-ah, espero que você seja compreensivo, mas... Acho melhor você ser o último a vê-lo. – disse JunMyeon depois que o Dr. Kim levou o Sr. Byun até o quarto de BaekHyun.

– Hã? Por quê? – exclamou ChanYeol.

– Bem... Eu imagino que você não vai sair daqui tão cedo.

– Não, não vou.

– Já imaginava. – disse JunMyeon. – Eu queria muito ficar também, mas infelizmente não posso. Por isso, queria que nos deixasse vê-lo logo para depois ficar com ele o tempo que quiser.

– Mas eu quero vê-lo logo! – reclamou ChanYeol com o cenho franzido.

– Por favor, ChanYeol. Só queremos falar com ele. Mostrar que estamos aqui! Por favor, seja compreensivo! Depois você pode ficar com ele o resto da noite e no dia seguinte. – ChanYeol pensou por um momento, aceitando de má vontade. JunMyeon sorriu em agradecimento e ambos voltaram a se sentar.

 

Vinte minutos depois e o Sr. Byun já estava de volta. O homem cumprimentou os garotos, agradecendo pelo apoio, e foi para casa. Aos poucos, foram-se formando duplas para entrarem no quarto e verem BaekHyun. ChanYeol apenas esperava “pacientemente” sua vez, sentindo seu traseiro começar a ficar quadrado de tanto tempo sentado naquela cadeira dura e desconfortável.

Eram quatro e meia da manhã quando JunMyeon – o último antes dele – retornou com os olhos marejados.

– Você pode ir agora. Obrigado. – sussurrou JunMyeon antes de se despedir e ir para casa.

– Venha, ChanYeol. – disse o Dr. Kim, indicando para que ChanYeol o seguisse. O garoto levantou e o fez, sentindo seu coração acelerar de ansiedade.

Entraram em vários corredores, parando em frente ao quarto.

– Ele está aí. Não se esqueça: mantenha a calma. BaekHyun está muito cansado e abalado. – explicou o Dr. Kim. ChanYeol assentiu com a cabeça e se despediu do médico. Assim que este o deixou, ChanYeol respirou fundo e abriu a porta do quarto devagar.

Ele colocou apenas a cabeça para dentro, receoso. BaekHyun estava na cama, sentado e encostado em um travesseiro, cabisbaixo. ChanYeol não podia ver seu rosto direito, mas sabia que BaekHyun percebera que alguém entrava.

E sabia quem era.

Ele colocou todo seu corpo para dentro do quarto, fechando a porta atrás de si devagar. Observou o menor por alguns instantes, agora que podia vê-lo melhor. Ele estava péssimo.

Aparentemente não só no físico.

ChanYeol não disse nada e apenas se aproximou do menor, sentando-se na poltrona ao lado da cama. BaekHyun ainda não levantara o rosto, mantendo o olhar em seu próprio colo. ChanYeol respirou fundo e levou uma mão até os cabelos do menor, alisando gentilmente. Ele começou a sentir seus olhos encherem-se de lágrimas novamente. Queria abraça-lo, beijá-lo e dizer que o amava mais do que qualquer coisa no mundo, mas sabia que o menor estava cansado e não queria fazê-lo se esforçar. Enquanto lutava contra as próprias lagrimas, surpreendeu-se ao ver que uma caíra dos olhos de BaekHyun e pingara no lençol. BaekHyun deu um pequeno soluço baixo.

– Me desculpe. – o menor sussurrou com a voz fraca.

– Por que você está se desculpando? – ChanYeol perguntou, embargado. BaekHyun não respondeu.

ChanYeol desceu a mão do cabelo até o rosto do menor, alisando sua pele macia e enxugando suas lágrimas. Ele estava muito pálido e com uma aparência bastante doentia. Seu coração se partiu com isso.

– Me desculpe por as coisas não serem como nós queríamos. – o menor levou sua mão até a de ChanYeol, acariciando-a. O maior não conseguiu mais segurar as lágrimas, que agora caíam pelo seu rosto.

– Não diga isso, meu amor. – ChanYeol continuou a alisar o rosto do menor. – Não é sua culpa.

– Não devia ter te iludido. Sabia que essa hora ia chegar. – BaekHyun disse com a voz embargada pelo choro.

– Eu também sabia. E deixei bem claro que independente de tudo não iria abandoná-lo nunca. – ChanYeol pegou a mão do menor, que estava por cima da sua, e a apertou. – Vamos ficar juntos, BaekHyun. Haja o que houver.

– Não é justo com você. – BaekHyun começou a soluçar. – Você vai sofrer. Você está sofrendo.

– Estou com você, BaekHyun. Isso é a única coisa que importa agora.

– Eu fui egoísta! Novamente, eu fui egoísta. Deixei que você se aproximasse e não impedi isso por puro egoísmo. Por querer você para mim mesmo sabendo que faria você sofrer no final. – BaekHyun soluçava, banhando seu rosto de lágrimas.

– Shhh... Você não devia falar essas coisas. Você não é egoísta. Não há problema nenhum em amar. Eu quis isso. Eu estava ciente de tudo. Se estou com você, é porque estou disposto a enfrentar qualquer coisa para ficarmos juntos...

– Esse é o problema, ChanYeol! Não vamos ficar juntos! – ChanYeol levou o dedo indicador até os lábios do menor, fazendo-o parar de falar. O maior aproximou-se e beijou o seu rosto, em cima de uma lágrima que descia de seus olhos.

– Ei... Estamos juntos agora, não estamos? O que mais importa? – o menor segurou a mão de ChanYeol que estava a frente de si, segurando-o com ternura contra o seu rosto.

– ChanYeol-ah... – ele disse encarando o maior nos olhos.

Sim? – o maior perguntou em um sussurro.

– Não me abandone. – BaekHyun deixou mais algumas lágrimas caírem. – Por favor.

– Eu nunca vou abandoná-lo, meu amor. – ChanYeol disse dando um pequeno beijo em seus lábios. – Vou ficar ao seu lado hoje e para sempre. Eu prometo.

ChanYeol não o abandonou naquele dia. Dormiu na poltrona, ao lado do menor, sem soltar sua mão. Ficou ao seu lado naquela noite, e pretendia ficar no dia seguinte. E no outro. E também no outro, e todos os dias. Aquilo era uma promessa.

 


Notas Finais


NYAAAAAAAAAAAAAAAH adoro o final desse capítulo TuT
O amor deles não é lindo e puro e perfeito e contagiante e a coisa mais bela do mundo? Acreditem, a única coisa de que o Baekhyun precisa para ter forças é de Chanyeol do lado dele. Tendo isso, ele não precisa de mais nada <3
Okay, não vou filosofar sobre o amor porque imagino que vocês já estejam com lágrimas nos olhos.
AVISO: Reciprocal entrará em Hiatus de duas semanas por motivos de: a vida ela não está fácil =/
Por favor não me odeiem, bjs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...