1. Spirit Fanfics >
  2. Reciprocal >
  3. Dois

História Reciprocal - Dois


Escrita por: Exospirit

Notas do Autor


YAY! Segundo capítulo!
Só digo uma coisa: este capítulo está polêmico, polêmico, e polêmico -v-
Enjoy

Capítulo 3 - Dois


ChanYeol acordou bruscamente com o barulho do celular. Ele sentou-se na cama em um pulo, pegando o aparelho na mesinha ao lado da cama e vendo que era uma ligação do SeHun.

– Cara, por que você tá me ligando uma hora dessas? – ChanYeol reclamou no telefone, sonolento.

Cala a boca que já é meio dia. – SeHun revidou. – Mas enfim, aonde você foi ontem? Não te vi o resto da festa.

– Bem... Tente adivinhar... – ChanYeol riu.

Ah claro. – SeHun riu também, entendendo. – Nosso típico Yeollie, sempre sumindo das festas com algum rabo de saia.

ChanYeol riu novamente com as palavras do amigo.

– Você só ligou pra saber como eu estava? Que fofo. – ChanYeol debochou.

Haha, muito engraçado. Só que não.

– Então diga logo.

– Você sabe que minha mãe dá aulas de canto no centro da cidade?

– Sim...

Pois bem, hoje mais cedo eu fui visitá-la. Coisa que eu nunca faço. Lá só tem viado. Mas eu precisava falar com ela...

– Estou muitíssimo interessado nos detalhes do seu dia, mas pode ir direto ao ponto?

Nossa, que gentil. Enfim. Quando eu cheguei lá, adivinha quem estava dentro da sala, com os alunos da minha mãe!

– Tao? – brincou ChanYeol.

Não. Pior. Ou melhor, mais hilário ainda: BaekHyun. – ChanYeol quase derrubou o celular.

– Q-QUEM? BAEKHYUN? – ele gritou no telefone.

SIM! – o amigo disse rindo. – CARA! CÊ TEM NOÇÃO DO QUANTO ISSO É GAY?

– BAEKHYUN TENDO AULAS DE CANTO? ESSA É A PIADA DO ANO! – ChanYeol não controlava a risada. – ELE TE VIU?

Claro que não! Eu o vi pelo lado de fora. Sabe aqueles espelhos que se vê tudo que está dentro, mas não dá pra ver o que têm por fora?

– Sei... Cara, o mundo precisa saber disso! – ChanYeol ria.

- Isso não é tudo! Eu perguntei à minha mãe sobre ele, como quem não quer nada, dizendo que o conhecia do colégio. E você não sabe o que ela disse!

– O que, Maria Fofoqueira? – ChanYeol debochou, mas na verdade estava louco para saber.

– “O BaekHyun? Nossa! Ele é um menino de ouro!” – SeHun imitou a voz da sua mãe. – “Nunca tive um aluno tão bom! Ele tem uma voz de anjo! De derreter a alma de qualquer pessoa! Além disso, é muito esforçado! Tem muito amor pela música! Ele até arrumou um emprego de meio período para poder pagar as aulas! Eu realmente gosto do BaekHyun. Menino de ouro!

– Nossa, sua mãe adora o BaekHyun. – comentou ChanYeol, surpreso com o discurso.

– Porque eu não falei a parte em que ela disse que eu deveria começar a andar com ele na escola e que era incrível que estudássemos juntos. – SeHun disse rindo.

– Qualquer dia desses poderíamos ir lá dar um “oi” para o nosso amiguinho.  – ChanYeol sugeriu com um sorriso maléfico.

– Acho uma boa ideia... – SeHun fez o mesmo, embora não pudessem se ver.

 

E no centro da cidade, no mesmo instante, BaekHyun encerrava sua aula de canto.

– E então, BaekHyun... O que está achando das aulas? – a bondosa professora o chamou para conversar.

– Estou adorando Sra. Oh! – BaekHyun falou com os olhos brilhando.

– Que ótimo!  Estou tão honrada em ensinar a um talento bruto! – BaekHyun corou com o elogio.

– Que nada, Sra. Oh. Eu que estou honrado de ter aulas com a senhora.

– Awn, que adorável! – a mulher bagunçou seus cabelos. – BaekHyun, posso lhe perguntar uma coisa?

– Claro, professora!

– Você conhece Oh SeHun? – BaekHyun congelou.

– S-sim, sim. Eu o conheço. – ele disfarçou.

– Ah, que ótimo! Sabe, ele é meu filho. – a mulher falou empolgada. BaekHyun deu um sorriso amarelo.

– S-sério? Nossa, que l-legal!  - BaekHyun estava pasmo. Não conseguia entender como aquele demônio em forma de gente podia ser filho de uma mulher tão simpática.

– Sim... Ele esteve aqui mais cedo. Foi ele quando eu dei uma saída. Ele te reconheceu e tudo, perguntou sobre você. Falei muito bem é claro. – BaekHyun queria que um buraco o engolisse naquele momento. SeHun o viu tendo aulas de canto? Sabia muito bem como aquilo iria acabar.

– F-foi mesmo? N-nossa, obrigado! – ele forçou um sorriso.

– Vocês se falam na escola? São da mesma turma? Nossa, seria ótimo se vocês fossem amigos!

– S-sim, somos da mesma turma.

– Que ótimo! E me diga, SeHun é legal com você? Você gosta dele? – ela estava tão empolgada que BaekHyun nem se permitiu pensar na possibilidade de falar a verdade.

– S-sim, SeHun é um cara legal! – BaekHyun coçou a nuca, desconfortável.

– Vocês deveriam ficar mais próximos. Seria ótimo ver o meu SeHunnie andando com um garoto tão amável como você! – a Sra. Oh disse com olhos brilhando. – Você poderia ir jantar lá em casa um dia desses, o que acha?

– B-bem, p-pode ser, eu adoraria. – BaekHyun queria morrer.

– Ótimo! Bem, não vou mais tomar o seu tempo. Vá para casa. Tome cuidado, e me prometa que um dia vai jantar lá em casa.

– P-prometo sim! – BaekHyun a reverenciou e pegou sua mochila, saindo da sala querendo morrer.

BaekHyun sempre ia à casa de JunMyeon depois das aulas de canto, e naquele dia não foi diferente. BaekHyun chegou em frente a grande casa e tocou a campainha. Desesperado.

– Calma, calma! Já cheguei! – BaekHyun ouviu a voz do JunMyeon. E depois a porta destrancando. BaekHyun adentrou no jardim, enquanto JunMyeon aparecia na porta da casa.

– O que aconteceu?

– Seus pais estão? – BaekHyun parou de andar.

– Não, mas MinSeok e WuFan estão. – assim que JunMyeon falou, os dois garotos apareceram atrás dele.

– Ah! Bacon chegou! – MinSeok correu em direção ao amigo e o abraçou, bagunçando seu cabelo. – Bacon, Bacon! Quero comer Bacon!

MinSeok cantarolou. Ele sempre cantarolava aquilo quando queria irritar BaekHyun.

– MinSeok, não estou no clima para brincadeiras. – o garoto o empurrou.

– Eita! Que bicho te mordeu, Bacon? – disse MinSeok rindo da própria piada.

É sério. – BaekHyun entrou na casa, passando por WuFan e JunMyeon, jogando-se no sofá, com uma expressão arrasada no rosto.

– Baek... O que aconteceu? – JunMyeon perguntou. Os três garotos se aproximaram do amigo, todos com semblantes preocupados.

– O mínimo de orgulho que ainda me sobrava acabou de se esvair. – ele disse para a parede. Os três se entreolharam e sentaram-se ao lado do mais novo, que os contou tudo.

– B-bem... Isso não é tão ruim assim. Qual o problema em ter aulas e canto? – JunMyeon tentou consolar o garoto, olhando para os outros, procurando apoio. Eles concordaram com a cabeça.

– Vocês não vêem? Não vêem como isso é... Gay – os olhos de BaekHyun exalavam desespero. – Eles já me infernizaram por muito menos.

– Ei, você sabe que se eles tentarem qualquer coisa, a gente dá uma lição neles. – WuFan se pronunciou.

– Não podemos contra eles, WuFan.

– Somos quatro e eles também. Mas eu valho por dois, então podemos sim. – WuFan riu.

– O Seokie é um fracote. Eu sou uma mariquinha que não pode nem contra um garoto do primeiro ano. Suho é um anão defensor da paz que acha que tudo poder se resolver na base do diálogo. Só sobra você, e você não pode contra quatro brutamontes. – BaekHyun encarou WuFan sério.

– Já os enfrentamos muitas vezes.

– E nós três saímos quebrados.

– Não vamos resolver nada com briga, caras. – JunMyeon fuzilou WuFan com o olhar. – BaekHyun, fale com o diretor.

Não. – BaekHyun falou rápido.

– BaekHyun, isso não pode continuar. – JunMyeon falou sério.

– Não vou dar esse gostinho a eles, Suho! Não adianta, eu não vou falar!

– Deixe disso, BaekHyun! Não vê que essa é a solução?

– NÃO, Suho. Essa NÃO é a solução! – BaekHyun levou as mãos até o rosto, esfregando-o, e em seguida as encarando. – dizer ao diretor não vai mudar porcaria nenhuma! ChanYeol é o rei daquele colégio, e mesmo que indiretamente, até o próprio diretor atende às vontades dele!

– Mas você tem que fazer alguma coisa em relação a isso, Baek! O que não pode é continuar! – MinSeok insistiu.

– Só falta um ano. Eu aguento. – BaekHyun respirou – Só um ano para completar o ensino médio. Depois, nunca mais terei que conviver com ChanYeol e os outros.

– Falta muito para o ano acabar. – MinSeok suspirou.

– Para quem aguentou por tanto tempo, não morro por mais um ano. – BaekHyun falou por fim.

 

O fim de semana passou rápido e logo já era segunda-feira. ChanYeol nunca pensou que o início da semana pudesse ser tão hilário, mas quando viu BaekHyun à sua frente, não pôde conter um sorriso largo.

ChanYeol acelerou o passo até ficar bem próximo ao garoto, silenciosamente, para não ser notado. Os seus amigos seguravam o riso atrás. ChanYeol aproximou-se do ouvido de BaekHyun e sussurrou:

– The hills are alive, with the sound of music… – BaekHyun deu um pulo devido ao susto.

– O que...

– With song they had sung, for a thousand yeeeeeears… - ChanYeol deslizava as mãos pelo ar no ritmo da música.

– Oh no, not I, I will survive! – Tao foi ao encontro de ChanYeol, rebolando.

– Qual é o seu estilo musical? Opera? – ChanYeol levou as mão ao peito, dando um grito de ópera. Todos riram, menos BaekHyun, que o encarava sério.

– Musical? – SeHun se aproximou fazendo alguns passos de dança exagerados.

– Pop? Like a virgin! – YiXing cantou segurando um microfone imaginário, também se aproximando, dançando que nem uma garota. As pessoas ao redor já notavam a brincadeira e riam confusas.

– I bring the sexy Baek! – ChanYeol dançou ao redor de BaekHyun, que apenas o encarava cheio de ódio. Os outros riam de se acabar com a piada. BaekHyun apenas deu as costas ao grupo e continuou a andar.

– Vem cá, Baek! Me ensina uma música! La la la la la, la la la la la! – ChanYeol passou os braços pelo ombro do menor, que apenas revirou os olhos e continuou andando.

– Vá arrumar o que fazer, ChanYeol. – ele falou sem ânimo. ChanYeol fez bico.

– Nossa, que grosso! Eu só pedi pra aprender uma música! – ChanYeol o acompanhava ainda mantendo os braços sobre seus ombros.

– Cala a boca, ChanYeol. – BaekHyun respirou fundo. ChanYeol apertou o abraço, aproximando-se do ouvido do outro.

– Você me daria aulas particulares? Se ficássemos sozinhos, você chuparia o meu pau? – ele sussurrou no ouvido do menor de forma provocativa.

– JÁ MANDEI VOCÊ CALAR ESSA MALDITA BOCA! – BaekHyun deu um empurrão em ChanYeol, que cambaleou rindo.

– Ué, BaekHyun? Eu pensei que você gostasse de uma conda na boca. – ChanYeol falou com um sorriso sarcástico. – Sabe, o aniversário do SeHun está chegando e eu estava procurando uma putinha para animar a festa. Se você estiver interessado ou precisando de uns trocados você podia...

– JÁ MANDEI VOCÊ CALAR A BOCA! – BaekHyun gritou e, para a surpresa de ChanYeol e até do próprio BaekHyun, acertou um soco no rosto do maior.

ChanYeol cambaleou com o corpo curvado e com a mão cobrindo o rosto, onde fora acertado. BaekHyun apenas o encarava paralisado, com uma expressão de pânico no rosto, sem crer no que acabara de fazer. SeHun, Tao e YiXing, que estavam um pouco atrás, também estavam paralisados, olhando pasmos de ChanYeol para BaekHyun.

– O-o que... C-como você ousa? – ChanYeol começou, olhando para o pouco de sangue que estava em seus dedos. – Você tem ideia do quanto está morto?

– Me desculpe! Me desculpe, eu, eu... – BaekHyun tentou desesperadamente se desculpar, mais foi interrompido por um soco mil vezes mais forte do que o seu. Ele caiu no chão sentindo o nariz latejar e o sangue quente escorrer.

– VOCÊ QUER MORRER? HÃ? – ChanYeol deu um chute no menor deitado no chão. Todos ao redor agora olhavam perplexos ChanYeol dar chutes em BaekHyun, que encolhia o corpo a cada toque. Ele tentou se afastar engatinhando para longe, mas o maior o alcançou com facilidade e o puxou pela gola da camisa.

Ch-ChanYeol... Pare... Por favor. – BaekHyun pediu com a voz fraca, o sangue escorrendo do nariz para a boca, e da boca pingando no chão.

– Já se acovardou, huh? – ChanYeol arqueou uma sobrancelha, a voz uma mistura de raiva e ironia. BaekHyun levou as mãos até a do maior, tentando soltá-las de sua camisa. ChanYeol as empurrou e acertou mais um soco forte, dessa vez na sua costela. Não deixando o garoto encolher o corpo, ChanYeol o puxou de volta e o colocou com o rosto bem próximo ao seu.

– Vê o quanto você é patético? Não sabe nem se defender sozinho. – ChanYeol cuspiu as palavras. BaekHyun tentava o empurrar para longe, mas na verdade as mãos fortes do outro era a única coisa que o mantinha de pé. ChanYeol acertou um soco no seu olho, sem largá-lo.

O que eu fiz? – BaekHyun falou com dificuldade, olhando para baixo.

– O que você disse? – ChanYeol rosnou, trazendo o garoto para mais perto de si.

Por que você me odeia tanto? – a voz de BaekHyun saia fraca. E pela primeira vez, ChanYeol viu algo diferente do ódio característico nos olhos de BaekHyun. ChanYeol viu... Dor.

Não apenas a dor física. Mas também dor.

Sofrimento, como se BaekHyun se perguntasse qual o problema consigo, o que havia de errado com ele.

– Eu sou tão desprezível assim? – BaekHyun disse em um murmúrio, o qual ChanYeol só ouviu porque estavam muito próximos. O rosto do maior suavizou, e involuntariamente suas mãos afrouxaram na camisa do outro. Por algum motivo, a dor de BaekHyun o atingiu junto com suas palavras sussurradas. E aquela velha sensação de culpa apoderou-se do peito de ChanYeol. BaekHyun não o olhava nos olhos. Mais uma lágrima derramou de seus olhos e a culpa se agravou ainda mais no peito do maior. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, a chegada de mais alguém chamou sua atenção.

– O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO? – Suho apareceu com raiva na multidão, sendo seguido por WuFan e MinSeok, empurrando as pessoas de sua frente para poder ver o que estava causando tanto alvoroço. Ao verem ChanYeol segurando um BaekHyun ensanguentado e ferido, o desespero tomou conta de seus corpos. – MAS O QUE...

Suho os olhou assustado, e sem dar uma palavra sequer, WuFan correu em direção dos dois, separando-os e dando um empurrão em ChanYeol, que caiu no chão. WuFan avançou em sua direção e Tao e SeHun logo correram e o pararam, segurando-o com dificuldade enquanto JunMyeon e MinSeok correram para Baek.

– Você passou dos limites, Park ChanYeol! – JunMyeon exclamou. – Olha o estado do pobre BaekHyun!

Você está morto. – WuFan rosnou. ChanYeol apenas se levantou, encarando a todos, sério.

– Vamos para a diretoria. Agora. Seokie, leve o Baek até a enfermaria. Depois o traga para a sala do diretor. Estaremos lá esperando. – JunMyeon ordenou, puxando ChanYeol pelo braço. MinSeok segurou BaekHyun pela cintura e o ajudou a se mover em direção à enfermaria.

– Dessa vez você não escapa. Dessa vez, eu não vou ficar calado. Foda-se o que BaekHyun pensa. – JunMyeon dizia mais para si mesmo do que para ChanYeol, enquanto o puxava furioso pelos corredores da escola. Este estava mudo, mas olhava para o menor com arrogância. Ao chegarem à frente da sala do diretor, JunMyeon parou em frente ao balcão da secretária.

– Preciso falar com o diretor Lee. Agora. É grave.

– E o que é tão grave? – a mulher de cabelos tingidos o olhou, estranhando o modo como Suho havia falado e como ele segurava o braço de ChanYeol, que se mantinha calado.

– Eu tenho uma denúncia a fazer. Uma denúncia que deveria ser feito há muito tempo.


Notas Finais


oia as treta
ui rs.
Enfim, quero avisar que a fic será atualizada de 5 em 5 dias. Só isso mermo. Espero que tenham gostado, e não me difamem por ter fodido com a vida do Baek rs. Comentem pfvr 1bj


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...