Amor que muda.
Baby this love, I'll never let it die
Can't be touched by no one
I'd like to see him try
I'm a mad man for your touch
Girl, I've lost control
I'm gonna make this last forever
Don't tell me it's impossible
[...]
Infinity.
O amor é uma construção, pode erguer-se com esforço ou cair em apenas um deslize.
- Frase própria.
Prólogo.
Dizem que o ódio é recíproco, tanto quanto o amor pode ser. É como uma linha tênue existente entre ambos, é fácil odiar a quem se amou. E eu deveria saber disso, pelo menos em tese. Sim, realmente em "tese" porque, por mais motivos que ele tenha me dado, mesmo com todo mal que ele me fez, não consigo odiar o maldito que está me aguardando do outro lado desta sala de espera.
Reciprocidade para alguns talvez seja como aquela peça perdida de um quebra-cabeças que estamos montando a meses. É aquela água gelada em um dia extremamente quente. Ou aquela comida que estamos sempre desejando, e quando provamos, vamos ao céu. É como uma sintonia entre dois corações que não se pode controlar.
É uma palavra grande, com um significado grande, e com um valor maior ainda.
É o que muitas pessoas desejam, outras têm e não percebem, ou nem se importam. E não acho que me encaixe em nenhuma dessas categorias.
A questão, ou o ponto em que quero chegar, é que se me perguntasse o quanto uma vida, a minha mais especificamente, poderia mudar dentro de um ano eu diria: "não muito". Porque, de certo, até um ano atrás eu tinha isso como uma certeza. Vários motivos indicavam que os 365 novos dias da minha vida seriam como todos os outros - a falsa perfeição que me rodeava -, onde nada de ridiculamente grande ou especial acontece... Doce engano, porque aconteceu.
É engraçado como os protagonistas de uma história, principalmente de sua própria, nunca sabem que sua vida está prestes a dar um giro de 360° graus até que por fim, isto ocorra... Mas é a verdade, falo por mim mesma que ironizava tanto este "fator clichê". Eu jamais poderia imaginar ou prever os acontecimentos que me levaram estar ali, naquela sala enquanto a secretária irritante falava com ele ao telefone, esperando que ele me recebesse. Principalmente, porque se dependesse de mim, jamais o encontraria novamente.
As feridas emocionais que ele tinha me feito ainda doíam, ainda estavam abertas, algumas talvez nunca cicatrizassem. Porém, somente uma tão profunda quanto a que eu tinha no coração, somada ao desespero crescente que me consumia a cada minuto, teria me feito estar ali... Escondida, sem que ninguém soubesse, prestes a fazer um pedido desesperado em busca de ajuda ou socorro.
Um que venho repetindo em minha mente desde que acordei no hospital de Konoha, e me inteirei de toda a situação... Por que logo ele poderia me ajudar? Bem, é aí onde a belíssima reciprocidade entra, pois a única pessoa que poderia entender os sentimentos e aflições que trago comigo, mesmo que no momento ainda não soubesse disso, era aquele maldito. Porque sei, ou tenho ao menos esperança, que assim que disser o que tinha me levado até ali, todos os sentimentos que me atormentavam, de igual modo ele sentiria.
E era nisso que eu tinha fé.
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