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História (Re)Começo - Segundo Capítulo:


Escrita por: MsShooky

Notas do Autor


Olá, voltei com mais um capítulo para vcs, espero que gostem, desculpe qualquer erro e boa leitura 😘😘😘

Capítulo 2 - Segundo Capítulo:


Fanfic / Fanfiction (Re)Começo - Segundo Capítulo:

Cinco anos depois


Uma das principais áreas da psicologia é feita em hospitais…

O professor estava a frente da sala dando introdução a primeira aula do dia, eu brigava comigo mesmo para me manter acordada, na noite passada havia recebido mais uma visita daqueles pesadelos, desde o ocorrido à cinco anos atrás, são raras as noites que consigo ter um sono digno, as sessões de terapia me ajudaram muito, mas ainda sim era assombrada por aquelas pessoas, todas depositando mesmo olhar de culpa em mim, não, nenhuma delas estavam no carro ou pelo menos viram o que houve, mas a sociedade tem o mau costume de apontar sem nem mesmo saber todos os lados da história, em parte elas estavam certas, quem estava ao volante era eu, também havia bebido, até o ser vivo com o mínimo de consciência também me culparia, e não, eu não fui presa, sim, tudo estava contra mim, mas pelo menos tive a sorte de conseguir um bom advogado, mas quando as leis dos homens falham o universo aplica a sua, não tive ferimentos graves no acidente, não fisicamente, mas tive o pior ferimento possível, a perda, o acidente resultou na morte de HanByul.

Finalmente o primeiro intervalo de troca de aulas.

 Ellen!

Ouvi meu nome no final do corredor, olhei para trás encontrando os olhos de Anne.

– Oi!

Ela se colocou ao meu lado.

– Está no mundo da lua? Eu te chamei umas duas vezes.

– Me desculpe Anne, é o sono, não dormi direito e a viagem até aqui também não ajudou.

– Você mora muito longe, esse cansaço acumulado vai acabar te matando.

– E você quer que eu faça o que? As únicas opções são: comprar um carro ou mudar para um campus que seja mais perto de casa e eu não tenho dinheiro nem para o xerox dessa semana.

– Já pensou em se mudar para esse bairro?

– Como? Eu sou mantida pelo governo e por aqui não há apartamentos baratos.

– Eu até te convidaria para morar comigo, mas você sabe, lá já está cheio.

– Sim, eu sei, tudo bem, são três anos aguentando isso, já me acostumei.

Chegamos no refeitório e nos sentamos em uma mesa mais ao fundo. Não tinha fome, então apenas cruzei meus braços sobre a mesa e me deitei nos mesmos.

– Já sei!

Anne quase gritou me assustando e chamando a atenção das demais mesas.

– O que foi?

– Hoje eu parei naquele painel de avisos, pois estava procurando algum trabalho extra e vi um anúncio de alguém que está procurando uma pessoa para dividir o apartamento.

– Eu não vou dividir um apartamento com uma pessoa que não conheço.

– Você fala isso como se não já tivesse feito isso antes…

– Quantas vezes você vai jogar isso na minha cara? É passado, ou seja, passou

– E qual a diferença disso para aquilo?

– Minha mente, ela mudou.

– Não começa com essa auto análise ou qualquer coisa que vocês psicólogos fazem, essa é a melhor alternativa.

– Não.

– Caramba Ellen, vamos fazer assim, você pega o número e conversar com a pessoa, se não se sentir confortável, não faz mais nada.

Levantei meu rosto para olhar para ela.

– Ok, odeio como você consegue ser manipuladora.

– E eu amo como você é manipulável.

O sinal tocou indicando o fim do intervalo, deixei a tarefa de pegar o número do telefone com Anne, estava muito cansada para pensar nisso agora, ainda teria que sobreviver ou pelo menos ficar acordada em mais três aulas.


O sol fazia questão de demonstrar para o que veio, o dia parecia começar, mas a única coisa que passava pela minha mente era como minha cama era confortável.

– Ellen!

– Pensei que você tinha ido embora.

– Desculpe a demora, o professor me pegou pra burro de carga, bem, aqui o número.

Ela me entregou um daqueles papeizinhos que se destaca dos anúncios, o encarei por alguns segundos, havia algo errado.

– O que está esperando? Liga logo!

Assenti pegando meu celular do bolso, discando no teclado e o levando a orelha, chamou algumas vezes até alguém atender.

Alô!

Era um cara, prendi um suspiro e o soltei com a resposta.

– Alô, é… eu vi seu anúncio na faculdade

Sei, sobre o apartamento, tem interesse?

Ele tinha uma voz séria, ao mesmo tempo suave como se acabe de acordar.

– Sim…

Ótimo, podemos nós encontrar?

Podemos…

Ok… eu ainda estou na faculdade, sabe onde fica setor artístico? Pode me encontrar aqui?

Pensei por um instante, Anne, que estava ao meu lado, me olhava confusa, querendo saber o que acontecia.

– Sei sim, ainda estou na faculdade, posso ir até aí.

Tudo bem, vou te esperar e depois podemos ir até o apartamento, te mostro ele assim você pode se decidir melhor.

Ótimo… até.

Até!

Ele encerrou a ligação, estava um tanto receosa de encontrá-lo, Anne estava inquieta de tanta curiosidade.

– Você vai me dizer como terminou ou terei que ligar para pessoa e perguntar.

– Calma pessoa, vou me encontrar com ele

– Ele? Então era um cara.

– Engraçado você perguntar isso, quem pegou o número?

– Eu apenas peguei o telefone, não parei para ler o anúncio direito.

– Percebi, agora tenho que ir me encontrar com ele.

Parei pensativa.

– O que houve?

– Já não estava gostando da ideia de dividir o apartamento com alguém, imagina com um cara, de qualquer jeito preciso ir, não vou deixar ele plantado lá.

– Boa sorte.

– O que? Você vai comigo!

– Desculpa Ellen, mas hoje meu turno começa mais cedo, já estou atrasada só de ficar aqui conversando com você.

– Tudo bem, mas se aquele cara for um traficante de órgãos e me matar, eu vou até seu emprego puxar o seu pé e o do seu chefe.

– Deixa o NamJoon fora disso.

– Lá vem ela defender o chefinho.

Ellen…

– Você não estava atrasada?

Recebi um olhar mortal de sua parte, mas logo ganhei meu abraço tradicional das nossas despedidas.

– Cuidado! E manda mensagem depois que acabar o encontro!

– Não é um encontro!

Tá tá.

Ela subiu em seu ônibus e seguiu para seu trabalho de meio período, adorava provocá-la em relação ao seu chefe, sabia da queda ou melhor tombo que ela alimentava por ele, por isso era tão engraçado, por algumas historietas que Anne me contava, o rapaz parecia corresponder aos seus sentimentos, mas tanto ela quanto ele não esbanjavam segurança suficiente para uma confissão. Logo cheguei no setor artístico, era um andar muito extenso, assim que entrei no mesmo, me toquei, não conhecia o cara e não havia lhe perguntado em qual sala estaria, pensei em ligar novamente, mas assim que peguei o celular, começou a tocar uma música que parecia vir das últimas salas, segui naquele enorme corredor, a cada passo a melodia se tornava mais auditiva, havia uma grande janela de vidro que me permitia ver dentro do cômodo, e lá continha um piano e a sua frente um rapaz que o tocava com maestria. Me aproximei devagar, apenas vi sua silhueta de costas, não era muito mais alto do que eu, usava uma camiseta branca e uma calça jeans, cabelos pretos, já estava ao lado de sua cadeira, então toquei seu ombro.

– Oi…

Disse num tom baixo, mas que pôde ser ouvido por ele, que levantou seu rosto e olhou para mim, nesse momento meu corpo foi tomado por uma sensação de déjà vu e antes que ele pudesse falar qualquer coisa o interrompi.

– E-eu te conheço? 


Notas Finais


Obrigada por ler ❤


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