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História RECOMEÇO - To Infinity.


Escrita por: crazyunicorn

Capítulo 14 - To Infinity.


Fanfic / Fanfiction RECOMEÇO - To Infinity.


Na volta para casa (N) estava em silêncio. Ela olhava pela janela enquanto acariciava a parte de baixo da barriga, perdida em pensamentos. Um filme passava em sua cabeça. Eles passam por um parquinho onde várias crianças brincavam com a supervisão dos pais e ela não consegue segurar o sorriso, imaginando sua menininha correndo de um brinquedo para outro. Logo adiante ela enxerga uma mulher e uma garota de no máximo quinze anos, provavelmente mãe e filha. Elas pareciam discutir e a adolescente revirava os olhos, os braços cruzados. Aquilo estava bem distante para (N), mas ela já conseguia imaginar perfeitamente.

(N) não poderia imaginar uma vida melhor. Ela pensa que todo o sofrimento e solidão finalmente valeram a pena. Estava trabalhando com o que mais gostava, tinha Bucky e agora uma filha. Se a dois anos tivessem lhe contado isso, ela não teria acreditado.

Logo Bucky para em outra sinaleira, essa na frente de uma escola. Um pequeno engarrafamento dos carros dos pais buscando seus filhos e crianças passando. Um típico fim de tarde para muitos, mas para (N) tudo estava diferente.

Ela sente a mão direita de Bucky em sua coxa e sorri, desviando o olhar da janela para ele.

‘’Se importa em compartilhar?’’

‘’Eu te amo.’’ (N) simplesmente diz e Bucky parece ser pego de surpresa.

‘’Eu também amo vocês, minhas garotas preferidas.’’ Ele se inclina para frente e beija a testa dela e depois o pico de sua barriga.  

(N) leva uma mão até a cabeça de Bucky procurando seus cabelos e encontra um boné. Ela tira o acessório e joga no banco de trás do carro, rindo.

‘’Mas que coisa, eu quero seu cabelo.’’

Bucky ri e volta para o banco do motorista, rindo das buzinas atrás deles insistindo para que saíssem do caminho. Ele arruma o cabelo para trás e acelera o carro.

Durante todo o caminho para casa (N) o observava. Bucky parecia radiante, leve, despreocupado. Cantarolava baixinho junto com uma música do rádio, improvisando as palavras que não sabia a letra. De vez em quando ele lançava olhares para a médica e piscava.
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Já em casa, Bucky termina de fechar a porta do apartamento enquanto (N) tirava os sapatos. Ela olha a sala de estar e imagina bagunçada, com brinquedos por todos os lados e uma garotinha correndo por todos os lados. Sem perceber ela começa a acariciar a barriga.

‘’Você está muito distante, não sei se gosto disso.’’ Bucky encaixa o corpo atrás de (N) e beija seu pescoço.

‘’É uma menina, Bucky.’’

(N) conseguiu praticamente ouvir ele sorrir em seu pescoço. As mãos que estavam em sua cintura escorregam devagar até a barriguinha saliente, segurando pelas laterais.

‘’Minhas garotas preferidas.’’ (N) não conseguia enxergar, mas imaginava o sorriso radiante estampado no rosto de Bucky.

‘’Precisamos pensar em um nome.’’

‘’Eu tenho algumas ideias…’’ Ele enterra o nariz entre os cabelos da médica, inalando seu perfume. ‘’Espero que concordemos com todas.’’

‘’HUM, eu vou adorar ouvir!’’ Ela se desvencilha do abraço e começa a andar até a cozinha, risonha. ‘’Depois que eu comer alguma coisa… Estou faminta!’’

Bucky encosta o ombro direito na parede para observar a futura noiva. Ela prende os cabelos em um coque no alto da cabeça e abre a geladeira, escaneando com o olhar tudo o que tinha dentro. As duas mãos na cintura, salientando a barriga. Ela acaba optando por uma garrafinha d’água, enquanto supostamente ainda pensava no que comer.

Com a gravidez o corpo da médica acabou mudando, obviamente. As curvas em maior evidência. Bucky lembra que no começo precisou redobrar a paciência, pois para ela as mudanças corporais foram um desafio. (N) se olhava no espelho e via uma imagem distorcida de si mesma. Para ele ela estava linda, mas a médica não achava isso. Bucky sorri ao perceber que ela finalmente estava a vontade com o próprio corpo. Até dando outras investidas. O que também era um problema.

Desde o descobrimento da gravidez o casal não teve mais relações íntimas. Os enjôos matinais e a insegurança com o corpo bloqueavam qualquer tipo de interação entre os dois. Bucky por outro lado tinha medo de fazer qualquer tipo de mal ao bebê, então mantinha-se longe desse tipo de atividade com (N).

‘’Para de olhar, Barnes.’’

‘’Eu não consigo evitar.’’

(N) revira os olhos e fecha a geladeira. Ela dá meia volta e vai até Bucky, enlaçando os braços atrás de seu pescoço, começando uma massagem. Ele fecha os olhos e se deixa levar, relaxando aos toques, emitindo um gemido baixinho que (N) não deixa escapar.

‘’Sim... Eu também.’’

Bucky abre os olhos e encontra os de (N) fixos. Ela tinha o lábio inferior preso entre os dentes e a expressão que ele bem conhecia.

‘’(N), não podemos…’’ Ele fecha os olhos com força e deixa a testa descansar no ombro da médica, suspirando.

‘’Bucky, isso é besteira sua. Nós podemos sim.’’

‘’Mas e se…’’

‘’Bucky, eu também sou médica e estou dizendo que sua teoria não faz o menor sentido. É impossível encostar na bebê.’’ (N) ria baixinho, agora acariciando os braços dele. Adorando o contraste do gelado com o quente.

‘’(N)... Você tem certeza?’’

‘’Sim, eu tenho certeza.’’ Agora ela se apoiava nos ombros de Bucky para ficar na ponta dos pés, depositando beijos no pescoço e por onde conseguia alcançar. ‘’Você vai ser capaz de negar alguma coisa a mim, James?’’

Isso era algo impossível. Depois de três meses parecia impossível para Bucky dizer não. Mesmo ainda com medo de se empolgar e causar qualquer mal, ele não ousa negar sua vontade. Segurando o rosto de (N) com as duas mãos ele fixa o olhar no dela, querendo ver qualquer sombra de dúvidas.

‘’Se eu fizer qualquer coisa que você não se sinta à vontade por favor me fala?’’

‘’Sim, você vai saber, Bucky. Agora vem comigo’’

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Bucky acordou naturalmente. O quarto quase todo escuro, (N) adormecida e tranquila em seu lado. O corpo nu da médica coberto apenas em partes, sendo iluminado pela luz da rua que entrava pelo vidro da janela. Ela parecia pacífica, descansada e satisfeita. Depois de três meses sem sexo Bucky imaginou que seria intenso. E foi. Mas não nesse sentido. O que realmente aconteceu foi um casal extremamente apaixonado consolidando uma forte paixão. Um momento único que certamente não seria esquecido por nenhum dos dois. Bucky não era bom com palavras, então tentava traduzir o que sentia através de gestos e interação física.

O que para (N) acabava sendo sempre muito bom.

No relógio marcava 4h50 e isso o faz ter uma ideia.

Vai ser hoje.

Ele se apóia nos cotovelos e deposita um beijo nos cabelos de (N), tentando não acordá-la. Com a gravidez o sono da médica acabou se tornando mais pesado, sendo assim ele conseguiu levantar da cama sem ser percebido por ela. Ele se veste e coloca a caixinha com o anel no bolso da calça. (N) ainda dormia. Bucky tem tempo de entrar em contato com o zelador do prédio e se certificar de que o terraço estava vazio.

Perfeito. Agora eu preciso acordá-la.

Com cuidado para não assustar a mulher grávida, ele se inclina e beija o ombro nu, depois o braço, cabelos, pescoço…

(N) acorda com o doce som dos beijos de Bucky em sua pele quente e nua. Ela sorri e leva uma mão nos cabelos dele, acariciando. Quando percebe que ele estava arrumado ela se assusta e começa a sentar na cama.

‘’Que horas são? Por que você está vestido? Aconteceu alguma coisa?’’

‘’Shh… Calma, não. Não aconteceu nada.’’ Ele sussurra, dando um último beijo na testa da médica, acalmando-a. ‘’Está tudo bem, eu não estou indo a lugar nenhum. Não sozinho.’’

(N) fica alguns segundos em silêncio, a sobrancelha arcada enquanto tentava entender. No relógio da cabeceira ela percebe ser 5hs da manhã. Normalmente quando Bucky a acordava dessa forma era porque havia surgido alguma missão de emergência, fazendo-o partir no meio da noite se fosse preciso. Porém hoje não parecia ser um desses casos. Bucky não parecia triste por precisar partir. Ele parecia tranquilo e pacífico. Sua mão direita e quente acariciando o quadril da médica enquanto beijava seu pescoço.

‘’Eu quero que me acompanhe.’’ Ele sussurra próximo a orelha dela, depois beijando o local.

‘’Mas Bucky… são…’’

‘’Eu sei que horas são.’’ Ele ri baixinho e (N) sente os efeitos da risada arrepiarem seu corpo inteiro. Depois de dois anos isso continuava acontecendo. ‘’Mas mesmo assim eu quero que me acompanhe. Confia em mim?’’

(N) não responde. Ao invés disso ela começa a levantar da cama. Bucky a ajuda a se vestir. Sem questionar o que ele tinha em mente ela aceita a roupa que ele separou, terminando com uma jaqueta de Bucky pelos ombros.

‘’Você pode sentir frio.’’ Ele disse, quanto arrumava a jaqueta por cima dela, finalizando com um beijo em seu pescoço.

‘’Ok…’’ Ela apenas ri, sendo guiada por Bucky para fora do apartamento.

Quando chegam na ponta da escadaria que levava para o terraço, Bucky surpreende a médica pegando-a no colo no estilo ‘recém casados’.

‘’Bucky!’’

‘’Nem pensar que eu vou te deixar subir essas escadas.’’ Ele fala mais para si mesmo do que para (N).  

Quando chegam no terraço Bucky a coloca cuidadosamente no chão. (N) percebe que ele estava silencioso demais. Mais do que o normal. No horizonte era possível ver o sol chegando para iniciar o dia. Um pequeno flash laranja no fundo de NY. Ela anda até o muro do terraço para conseguir olhar mais longe. Nunca em todos os anos que morava naquele prédio ela havia assistido  o nascer do sol daquele ângulo.

‘’Bucky, vem aqui, dá para enxergar melhor.’’ (N) vira para chamá-lo  e encontra Bucky apoiado em um joelho.

Ai, Deus.

‘’Bucky, o que…’’ Foi tudo que ela conseguiu dizer.

(N) nunca havia presenciado aquele olhar. Ele estava completamente alheio ao lindo nascer do sol sobre NY, sobre todo o resto. (N) era a única pessoa na face da terra naquele momento. Ele parecia extremanente concentrado, focado, determinado, mas ao mesmo tempo com corações nos olhos.

‘’Eu estou planejando isso já fazem algumas semanas porque você sabe que não sou muito bom com palavras. Eu costumava ser mas… enfim. Você está me ajudando a recuperar isso. Você fez tudo, (N). Você me ajudou a me tornar no homem que sou hoje então eu acho que devo começar te agradecendo.’’

‘’James…’’

Bucky estica a mão direita para ela, que se aproxima. Ele beija as costas de sua mão e depois sua barriga, demorando mais alguns segundos ali. Bucky suspira de olhos fechados como se a barriga de (N) fosse lhe dar algum tipo de força divina. Voltando, ele continua em apenas um joelho, mantendo o olhar firme em (N).

‘’Sabe o que eu penso todos os dias quando acordo do seu lado? Que todas as noites sozinho naquele lugar horrível, fazendo aquelas coisas horríveis… tudo aquilo valeu a pena. Tudo aquilo me trouxe até aqui, agora. Até você.’’ (N) não pôde ignorar o fato de que Bucky tinha lágrimas nos olhos e isso era novo. ‘’Eu quis que você visse o sol nascendo porque eu acredito que essa seja a demonstração mais fiel ao que você representa para mim. Uma luz gigante e infinita que cobre toda a escuridão.’’’

(N) estava em silêncio. Ela já havia desistido de enxugar as lágrimas, então apenas as deixava rolar pelas bochechas, sorrindo como o Cheshire. Ela começa a soluçar quando Bucky puxa do bolso uma caixinha vermelha.

Não pode ser…


‘’(N)...’’

Ela não precisava esperar ele dizer as palavras. A resposta já era evidente. Mas mesmo assim ela espera.

‘’Você me daria a extrema honra de ser minha esposa?’’

(N) deixa uma risada escapar. Não por ironia ou desdém, mas sim pela escolha de palavras feita por Bucky. Ela leva uma mão na boca para conter um pouco da emoção, assentindo com a cabeça.

‘’Sim.’’

‘’Eu te amo, (N).’’

‘’Eu te amo, Bucky.’’

E com isso ela estende a mão esquerda, deixando o lindo diamante escorregar em seu dedo anelar.

‘’Santa mãe de Deus, olha isso…’’ Ela sussurra com o próprio consciente, fazendo Bucky abafar uma risada. ‘’É um diamante, Bucky.’’

‘’Eu sei.’’

‘’Bucky. James. É um diamante.’’

‘’Sim, doutora.’’ Bucky ainda ria enquanto se levantava do chão, levando a mão de (N) até os lábios para beijar logo acima do anel.

(N) ri e segura o rosto dele com as duas mãos, beijando-o como se não o visse a meses. Quando eles se separam Bucky tinha as duas mãos sobre a barriguinha dela, acariciando de leve.

‘’Pronta para ser a senhora Barnes?’’

‘’Hum. Gostei disso.’’ (N) enlaça os braços em volta do pescoço dele, sorrindo. Sem conseguir parar de sorrir.

Bucky fica alguns segundos acariciando a barriga dela, em silêncio, um aproveitando a presença do outro. Até que ele volta a achar as palavras.

‘’Eu acho que te devo desculpas.’’

‘’Eu não entendo.’’ (N) diz, franzindo as sobrancelhas, mas Bucky nega com a cabeça e olha para baixo, mostrando a barirga dela.

‘’Estou conversando com ela.’’

Ele volta a ficar de joelhos, agora cara a cara com a barriga de (N). Uma mão em cada lateral.

‘’Eu preciso pedir desculpas para você, bonequinha. Desculpe se o papai foi um idiota com você. Ele era um medroso, fraco. Mas eu prometo que ele está fazendo o máximo para melhorar. Ele vai proteger você e a mamãe. Vai ter paciência e vai amar você com tudo o que ele tem. Todas as forças possíveis.’’ Ele faz uma pausa e enxuga uma lágrima com a mão direita. ‘’Você nem nasceu ainda e eu já te amo com todas as minhas forças. Por favor confie no papai. Ele vai ser melhor por você e pela mamãe e vamos ser a família mais legal de todas.’’

Ele termina com um beijo longo e demorado diretamente na barriga dela, como se estivesse recarregando as energias no local. (N) a essa altura já estava chorando de novo. Ela acariciava os cabelos de Bucky enquanto ele terminava o beijo, voltando a ficar em pé.

‘’Pronto. Eu só queria dar uma palavrinha com ela.’’ Ele abafa um sorriso, piscando para (N).

‘’Bucky…’’ A médica ainda chorava. Sem palavras. Aquele Bucky era novo e inesperado e veio no momento certo, sendo lindo. ‘’Eu não sei se eu te amo ou te odeio por me fazer chorar desse jeito.’’

‘’Acho que você me odeia porque meu cabelo é maravilhoso.e você tem inveja.’’ Ele brinca, arrumando os cabelos para trás com a mão esquerda, sabendo que (N) adorava.

‘’Às vezes você é tão exibido…’’

‘’Eu sei, mas você me ama.’’

Os dois seguem assistindo o sol nascer até ele iluminar toda a Nova York, abraçados dentro de uma bolha de extrema felicidade e paz.


Notas Finais


HELLO!
Vou dizer que quámorri com a receptividade de vocês <3
São todas lindas e maravilhosas e eu adoro todas. Continuem a trocar ideias comigo que eu amo responder.
Obrigada pelo carinho e por amarem esse casal maravilhoso.
Vocês ficaram emotivas? Não? Porque eu fiquei emotiva sim. HAHAHA


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