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História Reconquistando o Ex (Jikook) - Prólogo


Escrita por: withdevil

Notas do Autor


Olá galera! que saudade~
bom "Reconquistando o Ex" é uma fanfic muito especial para mim, foi a primeira que eu consegui concluir totalmente e que me deu um enorme prazer enquanto a escrevia. Quero agradecer a todos que me acompanharam nessa jornada, mas eu não estou nenhum pouco feliz com a escrita e da forma que ela se desenvolveu.
eu acabei me empolgando demais e perdi completamente o foco, para mim não ficou nenhum pouco legal o final, enfim.

Então, agora eu estou aqui para reescrevê-la. Haverá muitas mudanças, talvez fique mais longa, mas a essência continuará a mesma! Irá continuar sendo Jikook e terá mais lemons, valorizando meu jikook flex que tanto amo.

Quando eu comecei a escrever, jamais imaginaria que ela chegaria nesse nível, olha o tanto de favoritos e visualizações! isso é mais para mim, k. não vai ser nenhum pouco fácil excluir, mas eu peço que vocês dêem uma nova chance para a nova versão de "Reconquistando o Ex"
Posso contar com vocês?

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Reconquistando o Ex (Jikook) - Prólogo

Liberdade. 

Todo pré-adolescente e adolescente sonha com isso e eu não fui diferente. Privacidade, não ter hora para sair nem para chegar, comer o que quiser, enfim, ser dono da própria vida. E esse tão sonhado dia chegou e cara, que bosta.

Quando meus amigos foram para faculdade, eles tiveram uma ajuda dos pais até se estabelecerem financeiramente. E meu sonho era isso, começar a trabalhar e estudar, ter minha independência financeira, um namoradinho para amar e cuidar, visitar meus pais aos fins de semana. Mas tudo desandou, nada saiu como eu planejei, e agora eu estou na capital sul-coreana, sem um emprego fixo, morando no subúrbio e dividindo meu apartamento com um traficante.

Não, eu não estou usando drogas, mas é o que eu posso pagar.

— Ei, Jeon, o Lee vai vir aqui lá pelas dez pegar a mercadoria, dá pra você entregar pra mim? — meu colega de quarto, Kim Seokjin perguntou enquanto tomava o café recém-feito por mim. Nada contra drogados, traficantes, mas eu não me envolvo nessas paradas. A única droga que eu uso é álcool, e olhe lá.

— Jin, eu vou ter que fazer hora extra hoje, para conseguir pagar algumas contas — menti. Não tinha como eu simplesmente negar esse favor para ele, afinal esse cara me ajudou desde que eu botei meus pés em Seul, me deu teto e me arrumou um emprego, serei eternamente grato, mas eu realmente não quero me meter nas paradas dele.

— Tô ligado. — Suspirou desanimado, abrindo a casca da  semente de girassol e comendo o grão. Seokjin é viciado nesse negócio, e me viciou também. — Mas e aí, como tá indo seus estudos?

— Tô conseguindo me organizar melhor, meus trabalhos estão adiantados e minhas notas estão na média — contei, sentando-me em sua frente. Kim Seokjin trabalhava como chofer em um hotel chique em Cheongdam, mas infelizmente não rende tanto. Abandonou a faculdade de gastronomia faltando apenas dois anos para se formar por não ter como pagar o aluguel, o curso, e as contas de água, luz, nem mesmo a comida. —  Mas eu ainda estou com bastante dificuldade em química. 

— Na minha época, alguns veteranos se encontravam com os calouros para ajudarem na matéria, porque não tenta? Sabe, os caras tem quase sua idade, podem ajudar mais do que o velho Avilmar. — Só de ouvir aquele nome já me dava calafrios. Avilmar (ou dinossauro para os mais íntimos) trabalha na universidade desde sempre, ele já deu aula para todos estudantes de lá. Ele é um senhor legal, simpático, se você pedir dez mil vezes para ele explicar a mesma matéria, ele explica, até mesmo faz algumas piadinhas para o ambiente ficar mais descontraído, mas cara, eu não entendo o que esse velhote fala. 

—  Acho que tem um pessoal dando essas aulas, você poderia pedir pro Namjoon deixa eu entrar mais tarde, não é? —  pedi, fazendo um biquinho extremamente adorável. 

— Eu vou tentar conversar com ele. — Sorri e me inclinei para beijar Kim, esse é o lado bom de morar com o namorado do chefe de um de seus empregos. Namjoon não sabia dessa “vida dupla” e por enquanto (segunda Kim Seokjin) ele não precisa ficar sabendo. Eu já disse minha opinião sobre isso, mas ela não é significativa para o relacionamento deles. 

— Bom, agora eu preciso ir —  avisei bebendo o resto do café com pressa e deixei a caneca sobre a pia para o Jin lavar. — Vou tentar chegar mais cedo para ver os horários que os veteranos vão dar aula, alguns são depois das aulas, e outras são de noite.

— Boa sorte, moleque.

Jin era um cara legal e gentil, oposto do que aparenta ser. Ele é alto, tem cabelo loiro, ombros largo, cheio de tatuagens, tem dois piercings no nariz, uma argolinha no lábio, no smile e um na sobrancelha, sua orelha é cheia de brincos. Parece ser um cara barra pesada, um rebelde encrenqueiro. Mas, ele tira todos os piercings quando trabalha no hotel, deixando apenas alguns brincos discretos em sua orelha. 

Quando cheguei na universidade, faltava poucos minutos para iniciar a aula. Deu problema no ônibus que eu peguei na metade do caminho e tive que esperar uns quarenta minutos até o outro chegar, consequentemente peguei um puta de um trânsito, no final, acabei chegando no horário de sempre. Corri — literalmente —  até a biblioteca, que ficava no prédio oposto do meu. Song Yuqi é responsável pela organização do cômodo, ou seja, ela organiza as doações de livros, e sempre acaba enfeitando o local, deixa alguns post-it com mensagens motivacionais em algumas prateleiras e mesas, faz café e chá e deixa em uma mesinha ali no canto e organiza os avisos fixos nos quadros, resumindo, a biblioteca é toda bonitinha graças a Yuqi, e eu sou muito grato por ela deixar o ambiente tão agradável, mas por que ela tinha que colocar um tapete  de crochê bem na entrada? Essa merda só faz a gente tropeçar e se você não tiver muita sorte — como é o meu caso — cair e pegar mico na frente de veteranos e calouros. 

— Você está bem? — Seo Soo Jin perguntou, ajudando-me a levantar. Nós estudamos juntos e até já fizemos alguns trabalhos também. Ela é uma moça muito inteligente, carismática, simpática, meiga e ama literatura. Nunca entendi bem o motivo dela escolher ciências biológicas, particularmente acho que ela se daria muito bem com ciências humanas.

— Sim, sim, obrigado Seo Soojin — agradeci, exibindo um sorriso sem graça. 

— Nós já conversamos com a Yuqi para tirar esse tapete, acho que você é a terceira pessoa que já cai aqui. — A garota bateu levemente em meu ombro, ajeitando minha roupa. Ela é mais velha, então desde que nos conhecemos, sempre me tratou com muito carinho, ajudou-me em matérias que eu tinha dificuldade e até já pagou almoço para mim, segundo ela, eu lembro seu falecido irmão mais novo (o coitado morreu por causa da aids, tipo Freddie Mercury). — Ela disse que irá trocar depois que terminar a aula. Mas, o que você tá fazendo aqui? Sempre fica na sala esperando  a aula começar.

— Bom, eu vim dar uma olhada na programação de estudos que os veteranos estão organizando — contei, indo até a parede cheia de quadros com vários papéis fixos: prevenção ao suicídio, show de talentos, apresentação de dança, feira de livros…

— Está com dificuldade em química? — perguntou a garota perto de mim e eu apenas concordei com a cabeça, sem olhá-la. 

— Bom, tem um veterano do nosso curso, ele tira dúvidas de noite, o horário que você sai do restaurante. Normalmente não tem muita gente, acho que seria uma boa ideia para você. — Olhei para a mais velha animado, com um sorriso de orelha a orelha. Aquilo era perfeito! Perfeito!  Eu tinha vergonha de tirar dúvida na frente das pessoas, e também não poderia ficar de tarde, então...— Eu sei que hoje você tem plantão, mas acho que ele é amigo do Yoonie.

— Você poderia…

— Eu não poderia nada! Você vai falar com ele, afinal, é você que quer essas aulas — me interrompeu, deixando-me com uma expressão emburrada. — E cara feia para mim é fome, vai se foder.

Suspirei pesadamente e sai da biblioteca, correndo — literalmente — até meu prédio, se eu desse sorte eu poderia pegar o lugar na frente para poder admirar a beleza do tailandês, Kunpimook Bhuwakul, meu professor de Anatomia. Cara, essa universidade tem muito professor velho, mas quando eles contratam alguém mais jovem, é de foder, viu? Além de serem lindos, maravilhosos, gostosos, são atenciosos. Não posso considerar o senhor  Bhuwakul como uma paixão platônica, afinal, eu só tenho uma leve atração por ele — fisicamente falando —, afinal ele é um homem bonito e eu gosto de homens bonitos, não que aparência fosse tudo, mas… Qual é? Todo mundo tem atração por gente bonita — com exceção dos demissexuais —, mas isso não significa que você ama a pessoa, porra! 

E mesmo se eu quisesse, eu não conseguiria me envolver romanticamente com alguém por enquanto, meu coraçãozinho ainda não superou meu ex-namorado.
Porra, foram quatro anos namoro, meu primeiro namorado, meu primeiro beijo gay, o primeiro garoto que eu transei… Eu me apego facilmente, e com ele não foi diferente. Nossa separação foi, teoricamente, tranquila. Não brigamos, afinal. Mas, ele havia terminado o ensino médio e iria vir para Seul iniciar a faculdade, concordamos que namoro a distância não iria dar muito certo, e também não valeria muito apena ele me esperar, afinal eu ainda estava no segundo ano do colegial. No primeiro ano dele na universidade nós ainda conversávamos, chegamos até mesmo nos encontrar, mas aconteceram algumas coisas e perdemos totalmente o contato. 

— Jungkook, guardei seu lugar! — Eunbi levantou a mão, chamando-me para sentar ao seu lado. — Eu falei com a minha mãe e ela finalmente deixou eu fazer aquela tatuagem! Você vai fazer comigo, não é

— Por enquanto eu tô sem grana, na verdade… — murmurei envergonhada. Há tempos Eunbi vem tentando convencer sua família autorizar a mesma fazer uma tatuagem. Quer dizer, ela já é maior de idade, mas tinha medo de fazer e ser expulsa de casa, seus pais são bem rígidos, confesso que me sinto mal por fazê-la esperar mais.

— Tudo bem, a gente faz outro dia. Eu vou fazer o meu solzinho com a lua — contou animada, mostrando em seguida a foto do desenho. Não poderia negar que realmente, era muito bonita. — Você não tem medo da gente brigar? Sabe… Tatuagem é para sempre.

— E nossa amizade também, Jung Eunbi — falei, apertando levemente a bochecha da garota. Ela  tem cabelo curto e franjinha, uma carinha de bebê, mas acredite quando eu digo que essa menina é braba, parece um Pinscher. 

— Para com isso, menino —  bateu em minha mão, fazendo-me recuar. — Eu hein, te dei intimidade pra ficar com gracinha comigo? 

(...)

Eu estava puto, morto e triste.

Puto porque eu tava morrendo de fome e não tinha dinheiro pra nada além da minha passagem do ônibus, morto porque minha hora extra tinha durado mais do que eu havia planejado e triste porque provavelmente o veterano já tinha ido embora e eu estava indo na biblioteca atoa, faltava meia hora para universidade fechar e mesmo com minhas pernas doendo para um caralho, eu estava correndo para o prédio onde ficava a biblioteca pela segunda vez e o caminho não é curto não, essa faculdade é enorme. 

De longe, eu vi a sala da biblioteca com a luz acesa e a porta aberta. Por sinal, era a primeira sala aberta que eu vi durante o trajeto, uma pontinha de esperança se acendeu em mim. Entrei no cômodo e encontrei o tal veterano, ele estava de costas para mim, possuía fios loiros e não era tão alto assim, familiar. 

— Com licença — disse baixinho, dando duas batidinhas na porta. — Desculpe-me o atraso, eu tive alguns probleminhas com o meu trabalho…

— Não tem problema. — Sua voz era tão familiar quanto o corpo, fazendo-me ficar levemente espantado. O mesmo se virou e meu queixo foi para o chão, literalmente. Ele mudou o corte do cabelo, seus traços estavam mais maduros, mas seu sorriso contagiante continua. 

Eu acho que vou chorar. 

 

 


Notas Finais


capa por @diangusexs da @moonchild, obrigado 💜💜💜💜💜💜

galera, é muito bom voltar a escrever essa belezinha aqui, dessa vez com mais organização :)
até a próxima, galera ~


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