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História Reconquistando o Ex (Jikook) - Sofrência


Escrita por: withdevil

Notas do Autor


Oii galera ~~ voltei, como vocês estão? Eu espero que bem, nenis
não ignore as notas finais e boa leitura!

Capítulo 2 - Sofrência


Fanfic / Fanfiction Reconquistando o Ex (Jikook) - Sofrência

No fundo, eu sabia que iria esbarrar com ele algum dia. Só não estava preparado ainda. 

Digo, estou há dois anos aqui e é impossível eu não tê-lo notado antes, impossível! Eu posso não ser o aluno mais popular, ou o mais inteligente… Ok, eu sou tipo um fantasma nessa universidade. Conheço todo mundo, mas eles não me conhecem. Se você perguntar para qualquer um — com exceção de Soo Jin e Eunbi — se conhece um tal Jeon Jungkook, ninguém saberá responder. Nem mesmo o Yoongi sabia quem eu era, claro que nós não somos melhores amigos, talvez conhecidos, mas eu fiquei uma semana dividindo meu almoço com aquele ingrato. E para quê? Para merda nenhuma.

— Você cresceu tanto… — ele murmurou, olhando-me de baixo para cima, fazendo-me ficar levemente tímido. 

Quero dizer, levemente é apelido, eu fiquei tímido para caralho, parecia que ele iria, sei lá, me atacar. Me senti como a Judy de Zootopia. Não que Jimin faça eu me senti desconfortável — jamais —, mas é estranho essa situação toda. 

— Pelo visto, você diminuiu — falei. O comentário mais idiota e infantil que alguém poderia ter dito. Sinceramente, como eu consegui 35% de bolsa? 

Mas ele riu. E mostrou suas covinhas, eu acho que me apaixonei novamente. Não que eu tivesse deixado de amá-lo, mas agora sinto-me uma pessoa mais madura, creio que até mesmo sentimento mais saudável. 

— Seu nariz cresce cada dia mais, assim como seus dentes — chicoteou, levantando sua mão e levando até meus fios, bagunçando os mesmos. Soltei a respiração (que eu nem sabia que estava segurando) por minhas narinas. Uma sensação deliciosamente nostálgica me invadir, ele sempre fazia comentários sobre meu nariz e dentes avantajados, no início, quando nos conhecemos (ainda no fundamental) eu sentia-me extremamente magoado, mas nós começamos a conversar, criamos uma amizade maneira e eu nem me importava mais com seus comentários. Eu me sentia feliz, porque ele reparava em mim. — Ficamos tanto tempo sem nos ver… 

— Dois anos. — Sim, dois funcking anos. Quanto tempo deveria passar para eu te superar de vez e poder conversar contigo normalmente sem sentir esse frio na barriga, minhas mãos suando como alguém que tem hiperidrose e um sorriso bobo que, infelizmente não é fofo como os atores de drama, pareço um retardado.

Silêncio.

Ficamos quietos, só nos encarando. Antes, era legal ficar desse jeito com ele, mas agora é… é estranho. Não temos mais assunto, e isso é tão, mas tão desconfortável. 

— Então… — murmurou, olhando para mim levemente confuso. 

As dúvidas! Porra, eu havia esquecido essa merda. 

— Eu tenho algumas dúvidas sobre química... Me falaram que você é bom. 

— Ah, sim!

Nós nos sentamos à grande mesa da biblioteca e mostrei algumas anotações minhas sobre a matéria. Jimin me explicou, junto com o auxílio dos livros, até mesmo resolvemos alguns exercícios juntos.

— Química forense… Nunca pensei que você seguiria esse rumo — comentei, enquanto guardava meus materiais. Descobri que Park Jimin havia pedido transferência, para tratar do câncer de sua mãe na capital, onde os recursos são bem melhores, fazia poucos meses que estava na cidade.  

Desde que conheço Jimin, ele sempre se encantou por artes, principalmente por dança. 

— Por quê está tão surpreso? — perguntou Jimin, fazendo-me balançar levemente a cabeça e soltei um riso baixo. 

— Só… Você não parece ser de exatas — comentei. Fechei e tranquei a porta quando o menos saiu da biblioteca, em seguida, mandei mensagem para minha amiga, avisando que já havia utilizado a biblioteca e que iria devolver as chaves. 

— Quando a necessidade aperta, sabe como é. — Jimin deu de ombros, não descolando seus olhos do aparelho. — Não temos tempo para nossos sonhos.

Ouvir aquilo doeu. Doeu 'pra caralho.

— Mas você está fazendo, sei lá, um curso? — Ele negou. 

Esse não é o Jimin que eu conheço, definitivamente, não é ele. Meu Jimin nunca falaria uma coisa dessas. Ele nunca iria desistir de seus sonhos.

— Você está fazendo o quê? — perguntou. 

— Nutrição.

— Mas, você sempre quis ser fotógrafo. — E você sempre quis ser dançarino.
 

Mas eu escolhi nutrição porque… Bom, para cumprir o sonho da minha mãe. Ver a felicidade estampada em seu rosto me dava forças para continuar, eu ainda atuava como fotógrafo, mas por diversão, nada sério, às vezes rende uma grana extra. E, bom, nutrição não é tão ruim assim.

— O tempo passou, né, hyung? Eu quis fazer nutrição invés de fotografia. 

— Entendi. 

Silêncio.

Um puta silêncio desconfortável.

— Você… Vai pedir Uber? — perguntei, a fim de quebrar aquele clima saia justa.

— Não, não, meu namorado vai vir me buscar. 

— Ah… Você está namorando? Que legal. — Forcei um sorriso, apertando a alça da mochila, tentando me mostrar menos desconfortável possível. Sei lá, não gostei de saber disso.

Não que Jimin não pudesse se envolver com outras pessoas, não é nada disso. Mas quando você ainda não superou um relacionamento de quatro anos, é difícil ouvir esse tipo de coisa. 

Ou eu que sou idiota demais.

— É… Quer dizer, estamos em um relacionamento aberto. 

— Relacionamento aberto? — Acho que meu espanto até assustou Jimin, mas, veja só, Park sempre fora um menino ciumento, tanto com as família, amigos e namorados. Não era um ciúmes possessivo, sufocante, mas ainda sim era um ciúmes onde cogitar um relacionamento aberto significava término. 

— Que cara é essa? Você acha isso errado?

— O quê? Não! — respondi rapidamente, um pouco alto demais. — Na verdade, eu amo isso, sério! É uma coisa muito interessante e, cara, tão moderno. Eu sou um jovem moderno, e cara, isso é super, super futurista. Sério, cara, é ótimo. Você vive no futuro, Jimin, na moral. — E talvez, eu tenha falado demais, porque Jimin não parava de rir. 

— Que bom que você pensa assim, digo… Eu só estou em um relacionamento, isso não me faz um adúltero, ou diminui o que eu sinto por meu parceiro. — Confesso que a última parte foi desnecessária. 

— E não é! Você não é nada disso, Jimin, não é mesmo. — Eu ainda vou costurar minha boca, porque tá foda pra caralho deixar de ser o cachorrinho do Jimin.

Park sempre me tratou muito bem, e eu sempre um bobinho apaixonado por ele. Vivia fazendo tudo por ele, mesmo que ele não pedisse, eu fazia porque queria agradá-lo, simples. E Jimin nunca se aproveitou disso, mas eu não deixava de ser seu cachorrinho, e era recíproco até certo ponto.

Mas eu exagerava.

— Seria tão bom se as pessoas fosse compreensíveis como você, Gguk — murmurou, tocando minha bochecha. 

Senti minha pele queimar com seu toque, meu coração acelerou-se drasticamente e foi impossível conter um sorriso largo.

— Meu namorado chegou, até mais. — Retirou sua mão do meu rosto, mas antes dele ir até o carro vermelho que havia acabado de chegar, segurei em seu pulso.

— Você pode me dar mais aulas? — perguntei, soltando seu pulso, um tanto envergonhado quando o loiro me olhou confuso devido a minha ação repentina. 

— Claro! — O loirinho sorriu.— Te vejo amanhã, no mesmo horário. 

E então, ele se foi. 

E eu não deixei de reparar aquela bunda farta marcada pelo jeans enquanto ele andava, parecia que ele rebolava de propósito para mim, mas era somente seu jeitinho de andar. 

(...)

– Escuta aqui, Jeon Jungkook, você pare de chorar como uma colegial virgem, ou eu te encho de porrada!  – vociferou Kim Seokjin, me puxando do sofá, fazendo-me cair de cara no chão. Meu nariz! 

– Poxa hyung, eu estou sofrendo! – explicando, me levantando enquanto acariciava meu nariz.

– Está sofrendo por alguém que está em um relacionamento aberto, garoto! Acorda, você tem chance.  

Quando Jimin entrou naquele carro e se foi, eu caminhei até o ponto de ônibus e durante todo o trajeto eu ouvia ANAVITÓRIA — uma dupla brasileira incrível —, estava tão desanimado. Eu falei tudo aquilo pro Jimin, mas não foi por vontade própria. Doeu saber que, de certa forma, ele estava comprometido. 

— Não me diga mentirinhas, dói demais. 

— Para com essa porra, cacete, tá me dando nos nervos já!

— M-mas hy-hyung…

— Para de gaguejar, caralho, Tu não é gago, seu bosta — gritou, dando-me um tapa na nuca. — Respeite sua história, homem! 

— Me deixa sofrer em paz, Jin-hyung — pedi baixo, escondendo meu rosto em uma almofada. 

— Não deixo! — Puxou minha almofada e jogou para longe, fazendo-me choramingar. — Eu sou seu amigo, irmão. Eu não vou deixar você na merda, cara. 

Eu sabia que ele não iria me deixar sozinho, mesmo que estivesse cansado. Ele me prometeu isso, mas eu sabia que ele não estava ali por obrigação e sim porque me ama. Um amor fraterno, algo que eu nunca tive do meu irmão de sangue, estou tendo agora.

— E sabe o porquê eu não vou te deixar? Porque eu te amo, cara.

— Eu também, Jin-hyung — respondi, abraçando Seokjin com força, fechando meus olhos. 

O abraço de Seokjin era caloroso, eu me sentia acolhido, meu porto seguro. E, cara, isso é bom ‘pra caralho. Eu sentia tanta saudade dos meus pais, do idiota do meu irmão, e Kim Seokjin tornou-se minha nova família, atuando como meu pai, mãe e irmão ao mesmo tempo. 

— Foca em seus estudos, moleque — murmurou, afastando-se brevemente e depositou um demorado beijo em minha testa. — Porque isso é o seu futuro, irmão.

— Eu sei, hyung. Eu estou me esforçando. 

— Eu sei que está. — Sorriu e acariciou meu ombro, antes de bagunçar meus fios. — Eu iria dormir agora, mas o sono até foi embora, então eu vou fazer pipoca e tem um monte de hotteok para nós comermos enquanto assistimos Euphoria, hm? — Concordei, e enquanto ele fazia nosso lanche, eu conectava a Netflix na TV e colocava o episódio de Euphoria de onde tínhamos parado. Peguei alguns travesseiros e o arrumei junto com as almofadas. 

Não demorou muito e Seokjin apareceu com a pipoca, hotteok e duas latinhas de cerveja. Sentou-se ao meu lado e dei play no episódio, enchendo minha boca de pipoca enquanto ele bebia a cerveja.

Fico me perguntando, se eu realmente teria chance com Jimin, se eu seria capaz de fazê-lo se apaixonar novamente por mim.

Se seria um grande problema ainda amá-lo como antes.

“— À noite, eu dormia pensando em você, e de manhã, eu acordava pensando em você.”

— Me identifiquei — comentei, levando um murro no ombro.

— Cala boca.

 


Notas Finais


olááá ~~ como vcs estão???
é, jungkook, eu entendo sua dificuldade em química :\
bom galera, eu tenho uma coisinha aqui pra vocês: RECONQUISTANDO O EX TEM PLAYLIST NO SPOTIFYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY:
https://open.spotify.com/playlist/2jamWGpXyQxmrlEDluD2IW

ela ainda NÃO está completa, mas tá aí :)

Galera, pfv, não esqueçam de comentar, isso é muito importante pra mim S2
bom, até a próximaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


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