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História Reconstrução - Capítulo Três


Escrita por: MLI23

Notas do Autor


Hi! Fiquei meio presa numa série, mas estou de volta!

Capítulo 4 - Capítulo Três


SARAH

  Decisões ruins. Geralmente sabemos quando tomamos uma. Vir a essa festa por exemplo, foi uma delas. Tentar me "enturmar", foi outra. Mas nós também sabemos quais são as piores entre todas as más decisões. E aquele quarto copo de sabe-deus-o-que foi uma das piores com certeza!
   Minha cabeça está girando e meu corpo se sente no mínimo estranho. Comecei a beber para relaxar, e está na cara que foi uma péssima ideia. Agora não consigo falar com ninguém e, para piorar, parece que sou o tipo de bêbada paranóica. Tenho a impressão de estar sendo observada atentamente, com olhos de águia, e isso não é uma coisa boa quando se está bêbada em uma festa cheia de adolescentes. Merdas podem acontecer a qualquer momento.
   Tento me convencer de que vou ficar bem se encontrar Jonas e pedir que ele me leve pra casa. Nos separamos um pouco antes de eu tomar o maldito e desnecessário quarto copo daquela mistura doce e aparentemente cheia de álcool. Na ocasião eu estava "alegre", agora estou para lá de bêbada e estar assim sem alguém que eu confie por perto não é nada bom.
    Deus! Se eu só pudesse encontra-lo. Estou procurando a pelo menos 5 minutos. Mas 5 minutos de bêbado podem ser 1 hora ou 30 segundos, então eu não tenho certeza. Vou continuar procurando, tenho que dar o fora daqui antes que as coisas piorem. Já posso sentir meu estômago se rebelando. Parece que ele tambem não aprovou a quarta dose. Eca.
   Desde quando essa festa está tão lotada? Lembro que quando cheguei conseguia ver as paredes pintadas de um azul claro cobertas de fotos de família (David está dando a festa em sua casa) e itens aleatórios de decoração, agora no consigo ver nada além de corpos em movimento. Sério! Não conseguiria ver um metro à frente nem para salvar a minha vida. Talvez se eu sair da sala, que está fazendo o papel se pista de dança, consiga encontrar meu melhor amigo.
   Finalmente consigo ver a porta lateral e me apresso, tantando aproveitar a brecha que se abriu no mar de gente. Estou quase chegando quando tropeço em alguém. Uma garota. Levo meu tempo para recuperar o equilíbrio, mas quando faço fico impressionada. Meu deus como ela é bonita! Cabelos loiros e curtos, pele bem clara (o que é um milagre, uma vez que moramos no litoral) e olhos negros de tirar o fôlego. Estou tão ocupada babando por uma estranha, que nem percebi que a mesma está me xingando.
   - Olhe por onde anda com essa sua bunda bêbada, vadia! - Ok. Então ela não é uma pessoa legal.
   - Me des... - começo a dizer, mas sou cortada por uma nova ofensa.
   - O que os populares - ela cospe a palavra como se fosse algo tóxico. - têm na cabeça? Vocês acham que podem andar por aí derrubando as pessoas só por que querem?!
   Nossa! Quanto rancor... E vale resaltar que eu nunca nem falei com essa garota antes, já vi ela na escola mas nunca de perto, e agora, sabe deus porque, ela esta despejando a merda dela em mim. Eu posso estar bêbada, mas isso não significa que vou deixar ela falar comigo assim e deixar por isso mesmo.
   - .Olha aqui! - falo por cima de suas reclamações. - Me desculpe, não tive a intenção de te derrubar. Foi sem querer, e... - mais uma vez sou interrompida.
   - Sem querer, uma ova! A sua raça não faz nada por acidente!- Ok! Pra mim já deu!
   - Querida, - ela tenta falar novamente, mas levanto a mão, a silenciando. - eu não sei que bicho mordeu a sua bunda metida, mas você não pode tratar as pessoas assim. - digo olhando em seus ohos.- Eu esbarrei em você e pedi desculpas. Seja lá qual for o seu problema, não é culpa minha, então supere e tente ser uma pessoa menos insuportável.
   Dito isto, me viro e continuo minha caminhada nada graciosa até a porta, mas não antes de ouvi-la soltar um: "Você acredita naquela vadia?!". Bufo e sigo andando. Finalmente consigo sair da casa e o ar fresco que me recebe é muito bem vindo. Digitalizo o jardim e encontro Jonas em uma conversa muito animada perto da cerca. Ele fala gesticulando amplamente com os braços. Quando me aproximo entendo porque, ele está falando de Star Wars. Ele simplesmente não consegue se segurar quando se trata da sua saga favorita.
   - ... descobre da pior maneira que o Vader é o pai dele! - ele diz como se estivesse sentindo a dor de Luke. - A cena é épica!
    Agora que estou ao lado deles percebo que o cara com quem ele está falando está, talvez, mais bêbado do que eu. E não esta muito entusiasmado com a conversa.
   -Hey Jonas. Podemos ir? - pergunto enquanto coloco a mão sobre minha barriga. As coisas vão ficar piores logo logo, meu estômago está embrulhado. A cada mimuto que passa eu fico pior.
   -Mas já?! Eu estava aqui conversando com o Rico...- será que ele não notou que o cara está mais interessado nas folhas da árvore que ele não para de acariciar?
   - Não me sinto bem, acho que vou ficar doente em breve. - digo, resaltando a informação acariciando minha barriga levemente.
   - Oh! - ele entendeu o recado. -Tudo bem, vamos lá.- ele fala meio desanimado.- Tchau, Rico.- eu imaginei ou o tal Rico pareceu aliviado?
   - Tchau, cara! - ele responde um pouco alegre demais. É... eu não imaginei.
   Bom, a boa notícia é que estamos indo embora. A má é que temos que voltar para a superlotada pista de dança.  Yep! O lugar parece ainda mais quente do que quando saí e a mistura de odores (álcool, suor, nicotina e outras coisas que eu prefiro não mencionar) estão me deixando seriamente enjoada. Eu não vou conseguir sair daqui a tempo. A primeira contração acontece e eu sinto o gosto amargo de álcool e bile em minha boca. Seguro e engulo, muito a contra gosto, na primeira vez. Eu preciso sair daqui já! Vejo a saida e acelero, estou quase chegando quando, através da moldura da porta vejo alguém vomitando da varanda nos abustos, e antes que eu possa desviar o olhar o cheiro me atinge e não posso segurar mais. Viro para a esqueda logo do lado de fora da porta e despejo o conteudo do meu estômago em jatos longos, que produzem sons profundamente desagradáveis.
   Meu estômago se contrai até estar completamente vazio. Recupero o fôlego e enxugo o suor frio e pegajoso que agora cobre minha testa.
   - Deus, isso foi horrivel... - falo comigo mesma.
   - Pode apostar que foi. - responde uma voz irada. Me encolho, abro lentamente os olhos e vejo um par de botas. Botas em que eu acabei de vomitar. Minha nossa senhora da vergonha! Isso pode ficar pior?! Quando olho para cima, olhos negros e furiosos estão me encarando.
     Eu não devia ter perguntado... Eu sabia que sair de casa hoje tinha sido uma má idéia!

DANIEL

   Que festa. Dancei com minha garota, bebi um pouco, ri até sentir que minha cabeça ia explodir e depois bebi um pouco mais. Agora estou conversando com os caras. David e Lucas, meus melhores amigos, estão em uma discussão que parece não ter fim. Querem decidir quem é a mais bonita da festa, Lucas diz que é Lidya, e David diz que é Marcella. Eu prefiro não opinar, só assisto e rio loucamente dos argumentos.
   - E daí que a Marcella tem peitos grandes?! A Lidya piscou pra mim uma vez! Pelo menos eu tenho uma chance! - brada Lucas!
   - Ela piscou pra você?! Grande coisa, a Marcella me deu um tapa uma vez! - eu estou rindo tanto que sinto lágrimas se acumulando em meus cílios.
   - Caras, o que uma coisa tem a ver com a outra? - pergunto entre gargalhadas.
   - Não basta ser bonita se não tivermos nenhuma chance! - diz David.
   - E está na cara que as minhas chances são melhores. Fala sério! Você levou um tapa! Um tapa! - fala Lucas, como se fosse a coisa mais obvia. E na verdade, é.
   Eles seguem discutindo e argumentando, e eu rindo, até que somos interrompidos por Rico que chega ofegante chamando meu nome.
   -Daniel, vem rápido! A Demi está começando uma briga lá fora! - ele diz, apontando para a porta da frente.
    Saio correndo. Tudo estava indo tão bem, e agora Demi está começando uma briga. Ótimo!
   Alcanço a porta e quando vejo a cena a minha frente meu mundo para por um segundo. Só pode ser brincadeira... Demi tem a mão direita profundamente enterrada nos cabelos de Sarah e está puxando com tanta força que até eu me encolho.
   O destino é uma vadia..


Notas Finais


Voiu corrigir os erros em um futuro próximo! Então, o que acharam?


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