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História Reconstrução - Felicidade?


Escrita por: adolf0 e @3tangfei

Capítulo 15 - Felicidade?


— Que cara é essa, Gaara?

Um ruivo, parado na porta de seu apartamento provisório, mantinha o olhar direcionado à fechadura, com a chave engatada no tambor. De repente não se recordava mais como fazia para trancar uma porta. Como, afinal, fora parar dentro de casa? Onde estacionou o carro? Aparentemente ele mesmo possuía um piloto automático, que era ativado em momentos em que sua mente agitava-se de tal forma que simplesmente desligava.

— Gaara?

O advogado piscou demoradamente os olhos, voltando para a terceira dimensão. Viu Kankurou jogado no sofá da sala, com uma travessa de pipoca no colo, olhando-o com o cenho franzido.

— Falou comigo?

O irmão mais velho arqueou as sobrancelhas, quase juntando-as, imaginando o tipo de medicamento que o psiquiatra deveria estar receitando ao ruivo. Fazia alguns anos desde a última vez que vira Gaara tão fora de órbita. Ainda com a dúvida estampada em suas feições, o moreno indagou:

— Você tá bem?

Gaara apertou os lábios, sentindo uma inconsciente vontade de sorrir. Estava bem, sentia-se incrivelmente bem. E sem o auxílio de uma grama sequer de serotonina sintética.

— Estou bem. — Suspirou, tentando se recompor. Quando saíra de casa no começo da tarde, nem fazia ideia do desfecho que aquele dia teria. — Onde está o Naruto?

Kankurou soltou uma risada anasalada, voltando os olhos novamente para a televisão.

— Na casa da Hinata.

O ruivo não respondeu, apenas jogou as chaves do carro sobre o rack da TV e seguiu para dentro do apartamento. Parou, porém, assim que escutou novamente a voz do irmão soar pelo cômodo.

— Seu celular tava fazendo barulho até agora. — Disse, apontando para o balcão que dividia a cozinha da sala de estar, onde o ruivo deixara o aparelho carregando.

Gaara assentiu com um aceno de cabeça, indo em direção ao balcão para alcançar o celular. Desconectou-o do carregador, sentindo o coração acelerar gradativamente ao ver as notificações que levavam o nome da engenheira, que era parte de seus pensamentos recentes. Engoliu em seco, ansioso. Não sabia ao certo como agir após do beijo compartilhado em frente à casa da loira, não sabia nem ao menos o que pensar sobre o ocorrido.

Inspirando um pouco de coragem, ele destravou o ecrã e abriu as mensagens recém chegadas.
 

Y. Ino: Ai, meu Deus. [19:43✓✓]

Y. Ino: O que foi que eu fiz? [19:43✓✓]

Y.Ino: Desculpa, nossa. Agora eu não sei mais como vou olhar na sua cara. [19:43✓✓]

Y. Ino: ヾ(。><)シ [19:43✓✓]

Y. Ino: Aaaaaa, mas a culpa é sua! [19:43✓✓]

Y. Ino: Se você fosse menos você, Gaara. [19:43✓✓]

Y. Ino: Mas não. Você tinha que ser você. [19:43✓✓]

Y. Ino: aaaaaa, tô ficando louca. Tô parecendo uma adolescente kkk [19:43✓✓]

Y. Ino: A culpa é sua kkkkk. [19:44✓✓]

 

Gaara arqueou uma das sobrancelhas, não sabendo ao certo como interpretar as mensagens. As mulheres com quem se envolveu durante a vida eram unânimes em reclamar de sua personalidade. “Seja menos isso.”, “Seja menos aquilo”. “Seja menos… você, Gaara.”, era o que diziam constantemente. Impessoal demais, introvertido demais. Por que Ino fazia aquilo soar positivo? Ou ela estava sendo igual a todo mundo, e ele apenas se apegando a uma falsa esperança?

Ino não era todo mundo, porém. E ele tinha consciência disso.

 

Gaara: Desculpa…? [19:52✓✓]

Gaara: Vou tentar ser menos eu. [19:52✓✓]

Y. Ino está escrevendo…

 

Ele trancou a respiração, esperando pelo que viria em seguida. Aquilo não era um jogo para ver quem conseguiria ser mais imparcial, quem trataria aquele beijo de forma mais frívola. Ele tinha certeza de que Ino não era aquele tipo de pessoa, e ele tampouco. Mas precisava se sentir seguro, para não se encher de expectativas e pender na ponta de um precipício.

 

Y. Ino: Não, relaxa! [19:53✓✓]

Y. Ino: Tá bom do jeito que você é :) [19:53✓✓]

Y. Ino: Eu só estou realmente querendo enfiar a cara num buraco kkk (⁄ ⁄•⁄ω⁄•⁄ ⁄) [19:53✓✓]

 

“Tá bom do jeito que você é”

Gaara não conteve um sorriso, talvez tenha sido a primeira vez que alguém falava que estava tudo bem em ele ser do jeito que era. Sua irmã o arrastou para um psiquiatra, acreditando que talvez um pouco de controle sintético fosse ajudá-lo; Naruto reclamava dos remédios que tomava, as mulheres com quem se envolveu se incomodavam constantemente com quase tudo que dizia respeito a sua personalidade mais reservada. Quer dizer, se nem seu pai o quis, por que outra pessoa o aceitaria? Aquele pensamento era tão constante, que começou a tê-lo por verdade única e absoluta.

Entretanto, alguém afirmava que ele, do jeito que era, estava bom. Um menino se abraçava em suas pernas, desejando que fizesse parte de sua vida. O que diabos aquela família Yamanaka estava fazendo consigo?

 

Gaara: Por que você quer enfiar a cara em um buraco? [19:53✓✓]

Gaara: Foi tão ruim assim? [19:53✓✓]

Gaara: (。•́︿•̀。) [19:53✓✓]


 

“Carinhas, Gaara, carinhas fazem suas frases soarem menos estúpidas”, lembrou-se dos conselhos de Naruto, olhando para a tela do celular e deixando a conversa rolar. Era melhor encarar aquilo de uma vez, antes que ficassem postergando ao ponto de nunca mais terem coragem de trocar uma palavra sobre o assunto e fingir que nada daquilo havia acontecido.

 

Y. Ino: Pelo contrário kkk. [19:53✓✓]

Y. Ino: Eu só não sei mais como olhar na sua cara. [19:53✓✓]

Y. Ino: ╮(︶▽︶)╭ [19:54✓✓]

Gaara: Você quer fingir que nada disso aconteceu e seguir a vida? [19:54✓✓]

Y. Ino: Eu quero seguir a vida, com certeza. [19:54✓✓]

Y. Ino: Mas não quero fingir que nada aconteceu. [19:54✓✓]

Y. Ino: E você? [19:54✓✓]

Gaara: Tenho a mesma opinião que a sua. [19:54✓✓]

Y. Ino: Ótimo. [19:54✓✓]

Y. Ino: Ah! O Inojin está sendo um ótimo menino.[19:55✓✓]

Y. Ino: Te espero amanhã às 14h, vamos levá-lo para tomar sorvete. [19:55✓✓]

Y. Ino: E vou falar com a Temari para levarmos o Shikadai também. [19:55✓✓]

Gaara: Sim, senhora. [19:55✓✓]

Y. Ino: Boa noite :) [19:55✓✓]

Gaara: Boa noite pra você também [19:55✓✓]

Gaara: =) [19:55✓✓]

 

13h56

Gaara inspirou fundo, após dar uma breve olhada em seu relógio de pulso e apertar mais que o necessário o volante do carro. Estava praticamente em frente à casa da Yamanaka, esperando que ao menos desse duas da tarde para aparecer, pois não queria aparentar estar desesperado. Mesmo que toda sua expressão denunciasse o nervosismo que tomava conta de seus músculos.

Ino não parecia arrependida do ocorrido na noite anterior, muito menos ele estava. Conseguia, porém, entender perfeitamente o chilique da engenheira sobre o assunto. Não queria causar um climão, mas ao mesmo tempo o nó em seu estômago parecia não desatar.

Inspirou fundo, não adiantava mais postergar.

Abriu a porta do carro com rapidez, seguindo em linha reta à entrada da casa da Yamanaka. O tempo, sempre relativista, fez com que os passos contados parecessem passar em apenas um piscar de olhos. Quando deu por si, seu polegar apertava no interruptor da campainha.

E, antes que pudesse sair correndo, a porta se abriu.

Ino apareceu na entrada, com um sorriso no rosto e sem conseguir disfarçar a igual ansiedade em que se encontrava. Ela o olhou, sorrindo, fazendo com que todo aquele incômodo em seu estômago passasse magicamente. O ruivo abriu a boca, decidido que um simples “oi” era melhor do que aquele silêncio; porém, foi parado pela indicador da loira que, com um sinal, pediu que permanecesse quieto.

Ela colocou a cabeça ligeiramente para dentro de casa, parecendo verificar algo.

— Inojin! — Ela chamou o menino, com a voz alta o suficiente para que a vizinhança toda a escutasse. — Tá tomando banho ainda, moleque?

— Tô! — A voz do menino soou baixa, vindo de um cômodo um pouco mais ao fundo. — Já vou sair, mamãe!

A engenheira virou-se novamente na direção do advogado, com um meio sorriso estampando o rosto. Gaara, com cara de paisagem, aguardava para saber o que se passava na mente da loira. Naquelas circunstâncias, já não conseguia mais sentir um pingo de ansiedade e, antes que pudesse piscar, uma boca colou-se à sua.

Suas sobrancelhas arquearam em surpresa enquanto a loira ficava na ponta dos pés para abraçar-lhe pelo pescoço, podendo tocar seus lábios com facilidade. Seu coração gradativamente se acalmava ao passo que, entendendo o que acontecia, ele fechava os olhos e se entregava ao momento.

Findado o contato, Ino sorriu como se estivesse vivendo as primeiras aventuras da adolescência e, dando espaço para que o ruivo entrasse em sua casa, finalmente o cumprimentou:

— Boa tarde, Gaara!

O advogado devolveu o cumprimento com um aceno de cabeça, ainda surpreso com a forma pouco convencional da Yamanaka de lidar com a situação. Ino era, sem dúvidas, uma mulher surpreendente.

— Inojin! — A loira chamava o menino enquanto voltava para dentro de casa. — Anda, pestinha! O Gaara já está aqui!

— Já tô indo!

Ino seguiu para a sala de estar, virando-se ligeiramente em direção ao ruivo e piscando-lhe um dos olhos.

Ele sorriu em resposta, Ino era mesmo surpreendente.

 

— … Daí amanhã o pessoal vai lá começar a instalação hidráulica. — Ino falava, olhando para o perfil de Gaara, que dirigia e observava com atenção as ruas em sua frente e o céu, que ganhava tons alaranjados.

Após uma tarde bastante agradável no parque com as crianças, os adultos resolveram que era hora de voltar para casa; afinal, os pestinhas precisavam descansar, pois tinham aula cedo no dia seguinte. Embora um pouco constrangidos de início, o advogado e a engenheira conseguiram gradativamente lidar com suas borboletas e dar um seguimento natural e tranquilo ao dia, mantendo apenas uma pequena distância para não chamar a atenção dos meninos. Gaara, porém, não poderia deixar de sorrir toda a vez que Ino esbarrava propositalmente em seu braço enquanto caminhavam lado-a-lado, observando as crianças correrem despreocupadas; ou quando ela lhe presenteava com um sorriso discreto e piscava um de seus olhos azuis.

— Essa reforma está saindo mais rápida do que eu esperava. — Gaara comentou, aproveitando-se de um sinal vermelho para virar o rosto e olhar a engenheira.

— Eficiência é o lema da I&I Construtora, meu bem. — Disse sorrindo. — E você não tem mais passado por lá.

O ruivo voltou a olhar para frente, passando a marcha e atravessando o cruzamento, após o sinal abrir.

— A culpa é do seu novo funcionário. — Respondeu, soltando um sorriso anasalado. — Com o Naruto de peão de obra, sobrou para mim os processos dos nossos clientes na capital.

— Ele é o melhor da equipe em carregar entulho. — Ino riu, com imagens de Naruto arrastando carrinhos de mão com madeira aparecendo em sua mente.

— Já deixo avisado que vai ficar sem seu carregador amanhã. — Pontuou, prestando ainda atenção nas ruas e dando-se conta de que no tempo em que morava em Konoha, não tinha noção do quão bonita e arborizada era a cidade. — Nós temos uma audiência para ir.

— E estou ficando tão acostumada com a presença de vocês, que esqueço que são burgueses da capital, Doutor Sabaku.

— Não tenho doutorado.

— Bacharel Sabaku?

— Mestre Sabaku, por gentileza.

Ino soltou uma risada.

Sua risada era como uma doença contagiosa, pensou Gaara quando seus lábios arquearam instantaneamente.

— Igual o mestre dos magos, tio? — A cabeça loira de Inojin apareceu entre os bancos dianteiros, chamando a atenção de sua mãe e do ruivo.

— Coloca de novo o cinto de segurança, moleque! — Ino ralhou, virando-se para olhar as crianças no banco de trás. Shikadai, alheio ao mundo, cochilava enquanto Inojin aparentemente prestava atenção na conversa dos adultos. Após fazer o filho se ajeitar no banco, a loira virou-se novamente para o advogado. — Que tal então passarmos lá na obra? Tenho algo pra te mostrar.

— Tudo bem.

 

-

-

 

— Não saiam daqui, crianças! — Ino gritava para Shikamaru e Inojin, que se penduravam no parquinho comprado por Naruto para o novo orfanato (e montado por Kiba, por pura falta de talento do loiro). — E cuidado para não se machucarem!

— Tá bom, tia! — Shikadai respondeu, deslizando pelo escorregador e sendo seguido por Inojin, que se prendeu em suas costas.

Ino acionou o gerador que acendia as luzes externas e internas da construção, que deram de imediato à Gaara uma visão bastante nostálgica. De fato, as coisas estavam indo mais rápidas do que julgava, visto que as madeiras das paredes pareciam todas novas.

— Falta ainda muita coisa para fazer. — A loira disse, observando a expressão de surpresa do ruivo. — Mas o mais pesado foi feito, conseguimos trocar todas as madeiras podres, adicionamos um novo forro e o Kiba e meu pai encontraram telhas iguais às originais.

— Vocês têm feito mesmo um trabalho excepcional.

Ino apenas sorriu em resposta, passando pela antiga recepção e seguindo para os cômodos interiores.

Gaara parou por um segundo, próximo grande balcão de madeira, não deixando de reparar como tudo retomava forma novamente, ganhando detalhes que apenas quem chamou aquele lugar de lar conhecia. Se viu criança, correndo porta afora atrás de Temari e Kankurou, brincando de pega-pega com os irmãos mais velhos. Aquela fora sua única casa, e não conseguia deixar de sentir um pouco de inveja de seus irmãos e de pessoas com Ino. Eles possuíam um lugar para voltar, passar as férias ou apenas visitar quando cansados do dia-a-dia da vida adulta. Se tudo desse errado, teriam os pais - biológicos ou adotivos - para dar três tapinhas em suas costas e falar que tudo ficaria bem.

Se tudo em sua vida desse errado, para quem correr?

Seus pensamentos voltaram para o presente quando sentiu uma mão entrelaçar-se a sua, fazendo-o voltar os olhos para a loira que ainda sorria.

— Vem logo, Gaara! — Ino o puxava, fazendo-o acompanhá-la.

Ele passou a andar no mesmo passo da loira, porém, ao invés de soltá-la, apertou um pouco mais sua mão na dela. Estar perto de Ino era confortável, muito mais do que esperaria ser.

Assim que entraram em um dos cômodos, Ino ligou a lâmpada improvisada, iluminando o quarto e fazendo o ruivo ter mais um de seus rompantes de nostalgia. Ele reconheceu de imediato o quarto, que estava quase igual a sua primeira versão.

— Eu dormia aqui.

— Eu sei, o Naruto contou. — Ele se perguntou como Ino conseguia sorrir por tanto tempo sem cansar, enquanto ela continuava a puxá-lo até uma das paredes. — Mas, olha só essa madeira que conseguimos manter a original.

Gaara abaixou-se a fim de olhar para o que Ino apontava, vendo traços tortos, pintados na madeira, tomarem forma em frente de seus olhos. Eram bonequinhos, desenhados pelas mãos pouco habilidosas de um menino que, na época, tinha cinco anos. Uma família de bonecos tortos, três irmãos de cabelos diferentes, um pai e uma mãe desenhados a partir da imagem que possuía graças a descrições pouco exatas que escutava.

— Você disse que gostaria de tudo o mais fiel ao original possível, então demos um jeito de manter essa obra de arte renascentista aí. — Ino abaixou-se para ficar na mesma altura do ruivo, olhando dele para o desenho na parede.

— Obrigado, Ino.

— Agradeça seu amigo, essa tábua teria ido fora se ele não tivesse achado. — Explicou, observando o desenho rabiscado na madeira. Aquela era uma parte do passado do ruivo e, a cada pequeno detalhe que conhecia dele, passava admirá-lo ainda mais. — Nós só demos um jeito de colocá-la de volta no lugar.

Gaara levantou-se, não queria ficar muito tempo preso em lembranças. Muitas coisas estavam sendo colocadas no lugar com aquela reforma, ele pensava enquanto estendia a mão para que Ino também se erguesse.

Ele levou a mão ao rosto da engenheira, colocando para trás uma mecha de cabelo que sempre caía teimosamente sobre seu olho direito. Deslizou os dedos para seu pescoço, puxando-a para juntar seus lábios. Ino tinha o gosto da leveza, seu cheiro de flores o transportava para um lugar no universo onde o passado parecia ter pouca relevância e ele já não se sentia mais incrivelmente sozinho e rejeitado. Não fazia ideia o tipo de bruxaria que a engenheira fazia consigo, apenas que não queria que aquele encanto se quebrasse.

 

— Bom, chegamos. — Estacionando o carro em frente à casa de sua irmã, o Sabaku o deixou em ponto morto, virando-se para seus passageiros. Shikadai bocejou, desejoso por se jogar em sua cama, enquanto Inojin fazia um bico chateado por seu dia ter acabado tão depressa.

— Tchau, tio. — O Nara foi o primeiro a se despedir, colocando o corpo entre os bancos dianteiros para dar um breve abraço no ruivo, que o retribuiu, mesmo um pouco torto.

— Inojin, vá com o Shikadai, que eu já sigo vocês. — Ino virou-se para o filho, que assentiu, ainda bicudo.

— Tchau, tio Gaara. — O menino repetiu o gesto do melhor amigo, abraçando o tio postiço e lhe agradecendo pelo dia. — Boa noite!

— Boa noite, artista.

Vendo o filho sair do carro e seguir junto do amigo para dentro da casa dos Nara, Ino voltou-se novamente para o ruivo.

— Obrigada por hoje, Gaara. — Ela sorriu, transmitindo toda sua satisfação nas linhas de expressão.

— Eu que agradeço.

— Olha, desculpe a intromissão... — Ela pigarreou, ajeitando-se no banco enquanto desafivelava o cinto. — Mas vocês vão ficar quantos dias na capital?

Gaara sorriu.

— Voltaremos depois de amanhã.

— Ah sim. Bom, tenha cuidado na estrada, viu?

— Sim, senhora. — Ele inclinou o rosto em direção a loira, dando-lhe um simples beijo na têmpora. — Eu te aviso quando chegar lá.

Ino suspirou, aliviada por Gaara não parecer achá-la invasiva com sua pergunta.

— Ótimo! — A Yamanaka abriu então a porta do carro do ruivo, desejando intimamente ficar mais tempo ali dentro com ele. — Boa noite, Gaara.

— Boa noite, Ino.

Com um aceno de mão, ela fechou a porta do caroneiro e seguiu para a casa da Sabaku mais velha, deixando um ruivo para trás com o coração aos pulos. Havia alguns dias que seu coração acelerava com algo que não era ansiedade e ele, em sua pouca experiência com aquele tipo de sensação, começava a desconfiar que estivesse provando de um pouco de felicidade.

 

 

 


Notas Finais


Te entendo, Gaara.
Esse pedacinho de Ino e Inojin me enchem de felicidade também ♥


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