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História Recover HIATUS - Segunda Chance


Escrita por: Calla_Michaelis

Notas do Autor


Hey guys o/Yo,ho
Todos juntos
Nossas cores erguer
Ladrões e mendigos
Não aceitam morrer

Sorry, tava com essa música na cabeça...

Minha primeira fic aqui no fandom, então cuidem bem de mim 'w'

= História minha, sei que o tema é muuuuuuuuito usado em fics, mas sinceramente eu não li nenhuma fic para não afetar o processo de criação;

= Os personagens não me pertencem e vocês sabem que eu só brinco com eles (aquela carinha);

= A capa foi relaxadamente criada por mim com imagens que eu catei na net;

= A Fic não é movida à comentários, mas ver o retorno de vocês me motiva, então não se acanhem de deixar um oi, críticas construtivas são sempre bem vindas também ;)

= Yaoi, ou seja, os homi se pega, mas se você já entrou aqui é porque goxxxxxxta SAFADENHO;


Espero que curtam tanto quanto eu estou amando planejar essa estória 'w'

Música para o capítulo nas notas finais o/

Capítulo 1 - Segunda Chance


Fanfic / Fanfiction Recover HIATUS - Segunda Chance

Segunda Chance

 

Por um momento, tudo o que Eren via era o céu azul claro. Tudo o que ele ouvia era o canto dos pássaros que agora voavam despreocupadamente em direção ao sul.

Seria esta a calmaria antes da tempestade?

Ou era esta a calmaria após a tempestade?

Não, era ambas.

O titã de quinze metros sentado aos pés de uma montanha olha para baixo. Centenas de corpos espalhados à sua volta, titãs, humanos e até animais. Conseguiria sentir o cheiro de sangue mesmo na forma humana há quilômetros dali e só o pensamento fez seu estômago se revirar.

Então era essa a verdade há tanto tempo escondida? Isso é que manteve os humanos na ignorância como animais enjaulados à mercê dos titãs que pareciam apenas brincar com suas vidas?

Esperava de tudo, menos aquilo.

Doía. Não uma dor física. Doía na alma. Eren por um momento se sentiu traído, traído por sua própria existência, traído pelos seus semelhantes, traído por aqueles que ele estava dando a vida para proteger.

Mas a esperança neles havia mesmo acabado?

Não. Pensou ele lembrando-se da coragem e proteção de Mikasa, da bondade e determinação de Armin, da paixão e dedicação de Hanji, da audácia e confiança de Levi e até mesmo da ousadia e persistência de Jean. A humanidade ainda tinha chances.

Não conseguia se regenerar. Se tornava cada vez mais ciente das pilhas de corpos à sua volta.

Até quando essa luta iria continuar? Até onde os titãs se espalhavam mundo afora? Até quando seguiria vendo pessoas que ele ama morrerem bem diante de seus olhos?

Estava esgotado, talvez se fizesse muito mais esforço poderia chegar ao limite de suas forças e consequentemente de sua vida.

Não poderia deixar acabar assim. Eles não podem vencer. Os humanos têm que ter uma chance de provar seu valor e por mais que no fundo de seu consciente uma vozinha lhe gritasse que todos os insultos que ele ouvia sobre o homem haviam fundamentos, ele se prendia à imagem e às lembranças daqueles que lhe são importante usando-as como força para fazer seu último trabalho.

Duas coisas. Só me permita aguentar até fazer duas coisas. Ele falava em pensamentos.

As lembranças de todos foram desbloqueadas. A verdade veio à tona e agora o mundo estava em guerra.

As batalhas, as mortes, as traições, tudo passava diante de seus olhos como um filme em câmera lenta.

Então o titã gritou.

Um urro de fúria, uma ordem sem palavras. Uma súplica que sugava toda a força de seu ser.

Parem onde quer que estejam. Matem todos, acabem com a existência de qualquer titã que encontrar. Não deixe restar um único e quando isso acontecer... Morram.

Eren não sabia, mas seu grito se estendeu por toda a floresta. Se espalhando pelos campos abertos e atravessando os oceanos como um chamado de dor, de perdão e de raiva.

Titãs também podem chorar.

Ele fecha os olhos. Se concentrando com o que restava de sua consciência. Focando naqueles pelos quais estava se sacrificando. Era uma questão de tempo, podia sentir a vida lhe deixando aos poucos e só podia rezar para que seus preciosos companheiros ainda estivessem vivos.

A verdade universal. A origem dos titãs. A traição da humanidade. Quando tomou consciência das memórias roubadas dos humanos, a ideia do que devia ser feito já ecoava em sua mente, agora precisava de forças para realizar isso.

Sentia-se adormecendo. Mergulhando nas melhores lembranças de sua vida. O calor do sol atingindo seu rosto desfigurado que caía aos pedaços após a luta, sem energia para se reconstruir.

Podia jurar que via sua mãe sorrindo para si.

E com essa imagem, Eren se foca em apagar a memória do mundo inteiro.

 

~~~∆~~~

 

Um barulho incessante lhe incomodava.

Era estranho, como um bip irritante que repetia constantemente. O garoto tenta se mexer desconfortável, mas seu corpo parecia dolorido demais para permitir.

Geme com com dor. Abre os olhos lentamente, mas uma claridade forte lhe impede de o fazer imediatamente então ele os abre mais devagar, para se acostumar.

Estava com um gosto amargo na boca, seus músculos pareciam duros demais e em alguns pontos a dor era maior.

Era um quarto branco. Muito branco. Com uma decoração estranha e com uma fonte de iluminação nunca vista por ele antes, ao seu lado pôde ver a fonte do barulho irritante vindo de um aparelho esquisito com uma linhas verdes desenhadas em um padrão. Alguns tubos estavam ligados ao seu corpo e pôde ver manchas roxas e machucados espalhados por seus braços.

Onde estava e como fora parar ali?

Seria aquilo um sonho? Não estava no pé da montanha usando o resto de sua energia para acabar com tudo?

— Sr. Jaeger? — Uma voz feminina surpresa chama sua atenção e na porta do quarto havia uma mulher com trajes de uma única cor meio esverdeada, ela segurava uma placa de anotações na mão e arrastava um carrinho de metal com o que parecia medicamentos em cima deste.

Tenta falar alguma coisa, mas sua garganta está seca demais para que pudesse o fazer. A mulher sai correndo do lugar e Eren consegue ouvir ela chamando alguém, um Doutor.

Uma dor surge em seu peito e ele leva a mão até este com dificuldade apertando ali. O bipe do aparelho ao seu lado começa a ganhar velocidade parecendo ficar mais forte.

Sua visão vai ficando embaçada, mas consegue distinguir quando um homem de jaleco branco entra correndo acompanhado de mais três pessoas com roupas semelhantes às da mulher de antes.

— Eren?! — O homem lhe chama, mas sua consciência já estava se esvaindo mais uma vez — Fique conosco garoro!

Então ele apaga de novo.

 

~~~∆~~~

 

— Eren! — Uma voz grossa familiar o chamava repetidamente — Eren!

Quente. Estava muito quente. Eren consegue ouvir o som da fumaça que saía de sua carcaça de titã, por algum motivo arranjou forças para sair dali antes de cristaliza-la, provavelmente em um gesto automático.

— Droga pirralho! Abre os olhos!

Não sabe porque, mas ser chamado daquela maneira o fez sorrir.

— Heichou... — Sussurra com a voz fraca abrindo os olhos lentamente.

Levi estava péssimo. Rosto machucando e inchado com sangue escorrendo de seus ferimentos. O cabo parecia sem forças e tonto.

Levi cerra os dentes.

— Que merda você fez?!

Eren deixa um fraco sorriso escapar. Não imaginou que seria com ele que passaria seus últimos momentos.

Mas por alguma razão gostou.

— Memórias... — Ele sussurra sentindo-se ser segurado pelo cabo que o deita em seu colo — A humanidade precisa esquecer de tudo isso...

— E esquecer tudo o que você fez para salvá-los? — Levi parecia em uma mistura de raiva e desespero.

— Esquecer tudo. Uma segunda... chance.— O jovem respirava com dificuldade — Para recomeçar.

Levi percebe que o mais novo estava ainda usando seus poderes, estava aos poucos manipulando a mente das pessoas que ainda restavam no planeta.

— Se continuar com isso não vai resistir.

— Heichou... eu ainda vou... ver o oceano com Armin. — Eren já estava no limite de sua exaustão, mas ainda se esforçava para estender aquele momento — Não vai ser nessa vida... talvez nem na próxima. Mas eu quero... eu vou me encontrar com todos vocês de novo. E dessa vez quero... — Ele tosse cuspindo um pouco de sangue, sente os braços do mais velho se apertarem um pouco mais à sua volta — Quero aproveitar cada momento... Por isso eu peço... se você quiser... permita que eu te encontre lá? Permita que eu participe desse novo mundo ao seu lado e dos outros?

Eren nunca pensou que um dia veria Levi chorar.

O cabo pega na mão do garoto entrelaçando seus dedos aos dele.

— Eu prometo.

 

~~~∆~~~

 

— Heichou... — Eren sussurra roucamente sentindo a garganta doer.

Ao abrir os olhos lentamente encontra dois pares de grandes olhos cinzentos lhe encarando com um brilho infantil no olhar.

— Papai! Ele acordou! — O garotinho devia ter cerca de quatro anos e estava em cima do corpo dolorido de Eren que geme de dor quando o pequeno se sacode sobre seus ferimentos.

— Pietro! Não pule em cima dele! — Um alívio percorre o corpo do garoto ao ouvir uma voz familiar. Vê quando o garotinho agitado de cabelos alaranjados é retirado de cima de si.

— Eren? Pode me ouvir? — Levi surge em seu campo de visão com uma expressão preocupada, o cabo estava limpo, sem machucados ou sujeira da luta que acabaram de sair, suas vestes estavam diferentes do habitual, apenas uma camisa branca bem passada e calças negras.

— Heichou... — O garoto repete ainda com a voz limitada.

Para a surpresa (e susto) do garoto o mais velho dá um sorriso torto beirando ao sarcasmo.

— Se você tem esse tipo de fetiche posso me acostumar a ser chamado assim.

Uma crise de tosse atinge Eren antes que pudesse perguntar o que diabos cabo Rivaille queria dizer com aquilo. O garoto percebe estar no mesmo lugar que se encontrava quando desmaiara na forma de titã e a mesma mulher que o encontrou ali antes aparece correndo vindo lhe auxiliar.

— Ele está bem? — Ouve Levi perguntar enquanto agarrava o recipiente com água que a mulher lhe oferece e ingere o líquido quase se afogando com este.

— Ele só precisa descansar. — De forma calma e simpática, a mulher empurra Eren de leve fazendo este se deitar na cama — O Doutor quer falar com você.

Eren abre os olhos respirando fundo observando enquanto Levi pegava na mão da criança e se retirava do lugar. Quase pediu para que o cabo ficasse, estava assustado e em um lugar estranho, queria saber o que aconteceu depois que desmaiou, se o que ele fez havia dado certo, mas antes que as palavras saíssem de sua boca a voz infantil e um pouco manhosa do pequeno de cabelos alaranjados ecoa pelo ambiente.

— Ele vai ficar bem, papai?

Espere aí! Papai?!

— Você tem que ficar deitado senhor Jaeger. — A mulher (Grace, estava escrito em sua camisa) fala autoritária quase parecendo uma mãe chamando sua atenção quando o garoto começa a se erguer.

Eren olha para a porta se perguntando se ouviu direito. Aquele garoto era filho de Levi? Por quanto tempo ficou desacordado? Como sobreviveu?

Sente uma ardência no braço e vê que Grace injetava algo em sua veia, provavelmente remédio.

Ela sorri para ele.

— Estamos felizes que acordou, Sr. Jaeger. Seus amigos e familiares estavam muito preocupados, principalmente seu marido.

Eren arregala os olhos se perguntando que tipo de alucinação bizarra estava tendo.

Ela disse... Marido?


Notas Finais


Aaaaaaand That's All Folks!

Música: https://www.youtube.com/watch?v=pUlX8ltm_JU

A música do capítulo (que sinto vontade de chorar quando ouço por sinal) se encaixa para o Levi, se é o da era dos titãs ou o da era atual, não direi, fica o questionamento...

Gente, eu não li as fics do fandom para não comprometer o desenvolvimento dessa história, mas passei os olhos por cima em algumas sinopses e vi que muitas fics sobre reencarnação é com Eren e Levi sendo amantes que reencarnam e ficam tendo sonhos um com o outro, o que não é o caso da minha, ele nunca se relacionaram romanticamente nessa época dos titãs e... bem não vou ficar falando muito por aqui, leiam e tirem suas conclusões hehehehehe

Próximo capítulo já está pronto, mas vou aguardar o feedback de vocês pra saber se não estou fazendo merda aqui kkkkkkkkk

Abraços para vocês e até o próximo o/


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