Maggie pont of view
Nova York - 12:47 pm
Entramos no prédio silencioso de Blaze e esperamos até que o elevador alcançasse o térreo. Dentro do elevador, uma melodia irritante quebrava o silêncio entre Justin e eu.
Sua franja loira estava lisa e no lugar, fazendo-me admirar seu rosto e seu maxilar definido. Minha vontade era de agarrá-lo aqui mesmo e nunca mais deixar esse elevador. Mas o fato de ainda estar fazendo drama me impossibilitou.
Estávamos atrasados graças a Justin e sua idéia, mas o pior ainda não era isso; ele começou e não terminou. Não deixou-me chegar... lá.
Justin estava inquieto, seus pés batucavam contra o piso da caixa metálica e sua respiração estava pesada. Eu sabia de seu medo por elevadores, mas não iria distraí-lo, não dessa vez.
Ele saiu em minha frente assim que as portas se abriram e segurou-as com os braços, para que eu pudesse passar. Senti seu olhar queimar minhas costas e então, uma risada fraca correu sobre seus lábios fazendo-me revirar os olhos.
— Estão atrasados! - recebemos o olhar apreensivo de minha melhor amiga mas eu apenas assenti, seu braços me envolveram e então abracei Chaz, logo em seguida — Já está quase pronto.
— Você precisa de ajuda?
Ela negou enquanto balançava a cabeça. Seus fios loiros estavam presos no topo da cabeça e o óculos de grau mantia-se estável na frente de seus olhos. Eu sempre admirei a capacidade de Blaze em ficar incrivelmente linda de qualquer maneira.
— Porque se atrasaram? Aconteceu alguma coisa?
Senti vontade de rir. Na verdade, nada tinha acontecido ainda. Justin simplesmente provocou-me, me deixando completamente excitada e decidiu que estava na hora de ir.
— Não, só pegamos trânsito.
Meu sorriso fraco foi o que deixou-a mais tranquila. Quanto menos perguntas eu tivesse que responder, melhor.
Blaze deixou a cozinha e puxou-me junto com ela até sua sala. Justin e Chaz acompanhavam um jogo de hóquei pela televisão enquanto eu e ela falávamos sobre o bebê.
Seus planos estavam se tornando cada vez mais radicais, mas eu entendia. Blaze queria trocar de casa e comprar um trilhão de coisas, até aí, eu perguntava-me apenas até aonde seu salário duraria.
— Mamãe virá para acompanhar o início do pré-natal, você sabe, ela não ia querer ficar de fora disso. - explicou-se quando lhe pedi sobre as consultas.
Justin e Chaz que antes assistiam a competição de hóquei agora mantinham sua atenção em nós. Blaze levantou e observou a comida na cozinha alegando que já estava tudo pronto.
Nos sentamos na mesa todos juntos e esperamos até que Blaze trouxesse a travessa de lasanha sobre a mesa. Meus olhos se derreteram e minha barriga fez um barulho baixo, agradeci pelos resmungos de Chaz, se não fossem eles, todos saberiam da minha fome.
A mão de Justin pairou sobre minha perna enquanto Blaze se servia e então eu o lancei um olhar apreensivo. Eu estava sim fazendo drama, mas ele devia saber que não se brinca com as minhas vontades.
— Vocês já sabem alguns nomes? - Justin perguntou, quebrando o silêncio entre todos.
— Eles mal sabem se será um menino ou uma menina, Justin.
Blaze riu baixo e sentou-se depois de servir o namorado.
— Qual é, eu já disse que vai ser um menino, tenho certeza!
— E eu já disse para não ficar escolhendo as coisas, Chaz. - ela revirou os olhos — O que vier, vai ser bem vindo.
E ela estava certa, eu só não entendi porque o clima pesou tão rápidamente. Estávamos em silêncio e os únicos sons presentes eram os talheres se chocando com o prato.
— Hm... são tantos nomes, eu nem sei.
Blaze quebrou a tensão com um sorriso e seu namorado continuou. A maneira como eles complementavam um a frase do outro era surreal. Eles sempre foram extremamente apaixonados.
— Charlotte, Clary, Dylan, Matthew..... eles são tantos, não acredito que teremos que tomar uma decisão final.
Assenti. Essa era realmente uma escolha complicada.
— Eu gosto de Charlotte.
— É lindo.. - Justin complementou minha opinião.
Eu realmente nunca imaginei-me no lugar de Blaze agora. São tantas coisas para pensar, fazer e comprar e mesmo faltando tanto tempo, as preocupações não cessavam.
xx
Observei a hora na tela do celular. Justin se despedia de Chaz e Blaze enquanto eu o aguardava no corredor.
Eram quase sete horas da noite e espantei-me ao ver como o tempo estava indo rápido. Ficamos junto deles durante a tarde e assistimos um ou dois filmes.
Justin tentava se aproximar ou demonstrar qualquer forma de afeto mas eu sempre o cortava. Talvez eu realmente esteja gostando de vê-lo passar por isso.
As vezes eu segurava-me para não tocar meus lábios nos seus ou entrelaçar nossos dedos durante o filme, mas eu prometi para mim mesma que não seria tão facil novamente.
Então eu tornei-me difícil por algumas horas, talvez até demais, mas o sentimento todo esvaziou-me quando avistamos um drive-thru já na estrada.
— Podemos comprar sorvetes?
Os olhos de Justin encontraram os meus pelo retrovisor e ele sorriu, observando a franquia logo na nossa frente.
— Agora você está falando comigo?
Deixei um riso fraco escapar enquanto movimentava meus ombros. Ele manobrou até a entrada do estabelecimento e pediu por dois sorvetes.
Minutos depois eu já parecia a criança mais feliz do mundo, e toda e qualquer birra que eu tinha com ele havia ido embora.
O clima entre nós estava um tanto quanto mais leve e até a música animada no rádio contribuia para esse momento.
Mesmo que as coisas já estivessem mais leves, não trocamos palavra alguma até entrar no elevador. Justin respirou fundo e encarou seu semblante no espelho. Eu queria abraçá-lo.
Em passos curtos, alcançamos a porta de meu apartamento. Quando entramos, ele ficou para trás enquanto chaveava a porta mas dentro de poucos minutos, seu corpo estava colado no meu.
Seus braços tatuados envolveram meu corpo o deixando presa. Seus lábios tocaram o lóbulo de minha orelha igualmente sua respiração quente que batia contra a minha nuca. Eu estava muito arrepiada.
— Não está mais brava comigo, huh?
Não respondi. Estava concentrada demais tentando controlar meu corpo e todos os meus comandos. Justin podia fazer muito comigo mesmo de longe.
— Vai me desculpar?
Seus lábios agora chocaram-se com meu pescoço e eu podia sentí-lo arfar. Se ele queria me provocar, estava conseguindo.
Virei-me em sua direção enquanto ele apagava a luz do corredor e rodeei seu pescoço com minhas mãos. Aproximei nossos lábios o suficiente para sentir seu hálito, mas não deixei que passássemos disso.
— Talvez?
Ele sorriu levemente e falhamente, tentou unir-nos em um beijo. Neguei. Meus lábios correram até a base de seu pescoço e não resisti a marcá-lo com beijos molhados.
Suas mãos ágeis entraram debaixo de minha blusa e juntos, enquanto trocávamos olhares, caminhamos até o quarto.
Justin empurrou a porta com os pés e no mesmo momento, libertou-me do sutiã. Pude sentir meu corpo todo queimar quando sua mão, ainda sob minha blusa, acariciou meu seio. Ele empurrou-nos sobre a cama e ficou por cima de mim enquanto tirava minha blusa. Seus lábios quentes passearam sobre meu pescoço até encontrar meus peitos.
A luz apagada e nossos corpos suados tornaram o momento mais excitante do que pude imaginar que ficaria.
Retirei sua camiseta tateando seu abdômem definido e antes que eu percebesse, rapidamente ele livrou-se de seus tão indesejados jeans. Sentei-me sobre seu colo já sentindo sua ereção. Mesmo com a baixa luminosidade eu podia vê-lo morder os lábios enquanto eu arranhava o cós de sua boxer.
Rapidamente livrei-o do pedaço de pano e deliciei-me com o som de sua voz ao pô-lo na boca.
Com movimentos rápidos de vai e vem permaneci até que seus gemidos eram incontroláveis. Suas mãos que seguravam meus cabelos me trouxeram até sua boca nos juntando em um beijo quente.
Retirei o único pedaço fino de renda que separava o conflito dos nossos corpos e posicionei-me sobre ele, sorrindo de satisfação.
— Você é tão gostosa.
Suas mãos grandes seguravam minha cintura influenciando meus movimentos enquanto palavras sujas deixavam meus lábios.
Eu iria explodir a qualquer momento.
Eu já sentia gotículas de suor correr pela minha testa quando cheguei lá. Justin juntou nossos lábios mais uma vez e então ele também encontrou seu ápice.
Caí em seu lado na cama enquanto tentava regular minha respiração. Eu mal conseguia abrir meus olhos, foi com certeza, a melhor noite de todas.
Justin puxou-me para perto e entrelaçou nossa pernas. Beijei delicadamente seu rosto enquanto agradecia mentalmente por tê-lo comigo.
— Você está com sono? - balbuciei.
Ele negou.
— Eu tenho um jogo, quer jogar?
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