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História Red and Silver - Capítulo único: Azul, como seus olhos


Escrita por: HelenaDiAngelo

Notas do Autor


alguem me ajuda
eu amo a rainha vermelha e shippo Mare e Maven apesar de tudo
ESCREVI ISSO TD DE UMA VEZ OLHA OQ ESSA SERIE FAZ COMIGOOOO

dedico pra minha miga Letícia que me apresentou a essa coisa maravilhosa e me empresta os livros <3 te amoo e espero q goste tanto quanto eu

Capítulo 1 - Capítulo único: Azul, como seus olhos


Mare

A luz solar que adentra meu quarto acaba por me acordar. Um sorriso brota em meu rosto assim que me dou conta de que dia é hoje. Meu corpo treme de felicidade, animação e nervosismo.

Logo, criadas aparecem no cômodo prontas para me arrumar. Sou arrastada para a banheira, onde meu corpo é esfregado com uma essência de rosas que meu noivo tanto gosta e meus cabelos castanhos são lavados com um shampoo suave e refrescante, afim de suportar o verão de Norta. A maquiagem é feita com precisão, e cores delicadas são postas sob minhas pálpebras. Um delineado dá a aparência de poder; meus lábios sorridentes são pintados de vermelho e o blush é dispensado, já que sou naturalmente corada.

Meu sangue é vermelho.

Meu nome é Mare Barrow e sou a futura rainha de Norta.

É impossível não lembrar como as coisas começaram, afinal, mesmo agora não posso crer que estou nessa posição. Eu era uma plebeia vermelha como todas as outras; que não tinha muita escolaridade e lutava para conseguir pôr comida na mesa de casa. Vinda de família grande, estava acostumada com a algazarra de viver em sete pessoas numa casinha pequena.

E, um dia, esbarrei com o príncipe Maven na feira da cidade.

Tinha ido com Gisa até um lugar bem mais desenvolvido que Palafitas, afim de ajuda-la com a entrega de suas peças de costura tão exuberantes. Era sempre assim. Gisa estava na frente, sempre. A mais talentosa, gentil, extraordinária, especial. A favorita. Eu era sua mera sombra.

Mas, tudo bem. Nos amávamos, ainda que essa divisão me machucasse. Eu tinha meus outros irmãos também, então tudo ficaria bem. E não posso deixar de agradecê-la por ter me obrigado a ir junto naquele dia, pois minha teimosia de não querer permanecer no mesmo cômodo que sua graciosidade me fizeram passear pelas feiras.

E enquanto eu olhava uma barraquinha de artesanato, senti uma mão encostar a minha ao tentar pegar um anel azul metálico. Óbvio que eu pretendia roubá-lo, afinal, não tinha dinheiro para pagar algo daquela magnitude. Porém, o estranho de olhos azuis me fez parar imediatamente; não por medo de ter sido descoberta, mas porque ele era bonito demais para ser ignorado.

—Perdoe-me. – Sua voz bonita ressoou. Não era tão grave. Ele parecia ser um garoto à um homem, mas não deixava de ter seu charme. – Pode ficar com o anel, senhorita.

Neguei. Disse que estava apenas observando-o, pois achei bonito. Então, aconteceu a coisa mais estranha possível: ele sorriu para mim e se ofereceu para comprar o acessório.

E quando ele deslizou o anel no meu dedo, tudo dentro de mim pareceu se encaixar. Um calor confortável emanava daquele estranho que eu sequer sabia o nome, e eu não queria que ele fosse embora. Não queria que aquela sensação de paz e completude se esvaíssem de mim.

—Azul. – Ele murmurou, olhando a joia. – Como as minhas chamas.

Não soube o que ele quis dizer. Eu era uma menina ignorante da favela, como poderia? Como poderia reconhecer que ele era filho de Tiberias VI? Um prateado da casa Calore?

Ele sorriu mais uma vez, algo tão suave e bonito, como uma pintura clássica que foi feita para estampar as casas dos nobres. E então fez menção de sair, mas foi parado pela minha voz.

—Mare. Meu nome é Mare.

Ele não respondeu, mas o brilho nos seus olhos denunciava que também sentiu algo.

—Vamos nos ver de novo? – Eu perguntei, sem saber o porquê. Mas eu queria vê-lo, e conhecê-lo, e apreciar mais da sua companhia radiante.

—Com certeza, sim.

O anel era azul, como seus olhos.

Rio sozinha ao rever a cena dentro de minha cabeça. Por causa de uma mera paixonite momentânea, resolvi tomar jeito na vida e parar de ser uma ladra. Arrumei um emprego naquela cidade, esperando encontrá-lo novamente. Gisa me apoiou, assim como toda minha família. Estavam felizes por ver que eu tinha um rumo, mesmo que não fosse baseado em algo concreto.

O vi três vezes antes de descobrir quem ele era. Havíamos conversado tanto, se conhecido... e ele insistia em não me dizer seu nome, alegando ser mais divertido manter o mistério.

Mas não importava. Eu estava apaixonada pelo moreno de olhos azuis.

Na quarta vez, tamanha foi a minha surpresa em perceber que ele estava rodeado de guardas reais que não pareciam querer despistá-lo de jeito nenhum. E eu vi a surpresa e a culpa em seus olhos quando estes caíram sobre mim.

—Você...

—Mare – Murmurou. – Pelas minhas cores, me perdoe! Eu queria ter te contado...

—Você é o príncipe. É Maven Calore. – Balbuciei, incrédula. Meu coração doía por saber que qualquer chance que pudéssemos ter estava acabada. Ele era mais do que um prateado; era um nobre da família real.

Chamas azuis.

Casa Calore.

O mandei embora. Estava partida por dentro, ainda que quisesse negar. Eu estava no meio de um amor proibido, porque prateados e vermelhos não podiam se envolver amorosamente. Vermelhos serviam, prateados mandavam. Essa era a ordem. Vermelhos eram ratos. Prateados não sucumbiam à tolice do amor.

—Quero me casar com você. – Ele disse, fazendo meus pés travarem no caminho da saída. Eu não conseguia olhá-lo, mas seu tom de voz denunciava que estava falando sério.

—Não diga besteiras. – Permaneci impassível. – Sou vermelha. Não moro mais em Palafitas, mas... você é o príncipe, Maven.

—E logo serei rei. – Sua voz estava repleta de tristeza.

—Como?! Mas e quanto ao seu irmão mais velho? – Indaguei, surpresa.

—Foi assassinado hoje por uma Casa traidora. Empalado por metal.

Casa Samos.

—Isso significa que eu sou o sucessor. Mas, Mare, você não sabe de tantas coisas... A nobreza é um caos. As Casas estão em constante traição e os vermelhos são tão explorados que é desumano. Estão se rebelando. As pessoas querem mudança, e eu quero dar isso a elas.

Minha respiração parou.

—Quero que você seja a minha rainha. Não só para mostrar para o povo que uma nova era virá; que teremos justiça. Mas porque amo você, Lady Barrow.

Lady Barrow, futura rainha de Norta.

Meus pensamentos são interrompidos quando o vestido entra pelo meu corpo. Ele é rubro como o meu sangue, que sempre foi motivo de orgulho para mim apesar das adversidades. Tem pequenas ramificações prateadas, representando meu poder elétrico que é como o deles, ainda que diferente, e a essência do amor de um prateado que me consumiu por inteiro.

No fim, amor era essencial para todos.

As criadas anunciam que Maven me espera na porta da sala do trono. Sorrio novamente, agradecendo mentalmente por ele me conhecer tão bem. Sabe que não iria querer entrar sozinha.

Meus saltos ecoam enquanto caminho para lá, e meu coração salta dentro do peito quando avisto o homem por quem me apaixonei. Já não parece mais um menino, ainda que mantenha seu espírito brincalhão e gentil. Ele é um nobre feito, que está lutando com todas as forças para mudar o sistema que temos no país. Quer paz entre vermelhos e prateados; igualdade.

E meu peito se enche de orgulho.

—Está magnífica, meu amor. – Ele diz antes de beijar uma de minhas mãos e, dando uma risadinha, puxar meu corpo contra o seu para um beijo calmo.

—Cuidado com o meu batom, Calore. – Brinco. Ele ri.

—Está pronta? – Questiona, estendendo seu braço em L.

Estou.

Eu seria sua rainha vermelha; e ele, o meu rei prateado.

Juntos, seríamos invencíveis. 


Notas Finais


sao uns nenes mesmo
protejam meu otp


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