História Red Line (Imagine Kai) - Halmeoni

Eunbi POV ON

Eu estava limpando a cozinha que estava com farinha, ovos, azeite, água, entre outros, por todo o lado.

Hoje era sábado e Yuna teve a brilhante ideia de prepararmos um bolo. Tudo estava muito bem até Kai jogar farinha no meu cabelo e no rosto da pequena garota de propósito e como não deixaríamos isso passar sem dar o troco eu e Yuna começamos uma pequena guerra contra Jongin na cozinha.

Eu já havia tomado meu banho e como já disse antes me encontrava limpando a bagunça que nós três fizemos, Yuna também já tinha tomado seu banho e agora estava assistindo um desenho animado que passava na TV e Jongin? Bom eu acho que ele escorregou, bateu a cabeça e desmaiou no banheiro porque não é possível uma pessoa demorar tanto para tomar um mísero banho e ele nem tinha saído tão sujo assim, mas em sua defesa, talvez seja difícil tirar todo aquele ovo dos cabelos.

E o que aconteceu depois do beijo? Ou melhor, o que aconteceu depois do quase beijo roubado por Jongin?

Bem no começo foi estranho, pelo menos para mim já que Kai pareceu não se importar como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Nos primeiros dias (o beijo foi a uma semana atrás) eu corava instantaneamente toda vez que o via olhando para mim e tudo que Jongin fazia era dar aquele seu sorriso de lado e então eu corava mais ainda. Mas graças a Yuna essa “tensão” que estava no ar se dissipou e agora agimos como se nada tivesse acontecido, apesar de eu notar o olhar do mais velho sore mim algumas vezes.

O barulho irritante da campainha soou em meus ouvidos e como Kai ainda não havia saído do banho sobrou para mim abrir a porta.

Encontrei parada em frente a mesma uma mulher que aparentava quarenta e poucos anos, tinha cabelos castanhos e extremamente lisos, seus olhos eram de um tom escuro de castanho e sua pele se igualava a cor do leite de tão branca, sem falar no sorriso, que extremamente igual ao de Jongin.

-anyoung haseyo. –Falei me curvando e sorrindo para a mulher a minha frente. –Sou Eunbi.

- anyoung haseyo, chamo-me Kim So-Young estou procurando pelo meu filho Kim Jongin mas acho que errei de apartamento, Joesonghamnida, não voltarei a incomodar.

Eu estava parada na porta olhando igual a uma idiota para a mulher que acabara de se apresentar e que agora também me encarava. Como fui tão idiota? Ela tem tantas semelhanças com Kai que eu deveria ter percebido de cara ou ao menos desconfiado que ela era alguma parente dele.

-Está tudo bem? Você está pálida criança. –Ela falou me encarando com olhos atentos e preocupados.

-V-Você não errou de apartamento, Jongin m-mora aqui sim. –Falei tentando me recuperar de meu choque momentâneo. E então sinto alguém puxar minha blusa.

-Omma quem é ela? –Yuna perguntou direcionando seus olhinhos curiosos para a mulher parada em sua frente. E ai que minha ficha caiu.

Droga, a mãe de Jongin nem imagina que Yuna existe, mas agora não tem mais como mentir e na minha opinião (não que ela seja importante) Kai não conseguiria se esconder e esconder Yuna de sua família por muito tempo, uma hora ela ia começar a fazer perguntas e ele não teria opção a não ser contar a verdade.

-Acho que é a sua halmeoni querida. –Falei vendo a mulher a minha frente abrir a boca em surpresa enquanto Yuna tentava me “escalar” para subir no meu colo com um enorme sorriso no rosto, então a peguei no colo e dei espaço para que a mulher pudesse passar pela porta. –Quer entrar?

Ela apenas confirmou com a cabeça e me seguiu até a sala.

-Sinta-se à vontade, Jongin está no banho e deve descer daqui a pouco. Deseja alguma coisa, água, café, chá? –Perguntei deixando Yuna descer de meu colo.

-Um café seria bom. –Ela falou encarando Yuna que agora se ocupava com um quebra cabeça das princesas.

-Arasso, vou até a cozinha fazer seu café e volto em poucos minutos. Yuna –Falei chamando a atenção da pequena garota esparramada no chão da sala cercada de peças de quebra cabeça. –Seja uma boa companhia para So-Young ne?

-Ne omma. –Ela respondeu logo voltando a atenção para seu passatempo enquanto eu caminhava até a cozinha.

Estava esperando a água ferver quando vejo So-Young entrar na cozinha meio receosa.

-Desculpe se estou me intrometendo na sua vida, mas você é a mãe de Yuna? Se é casada com meu filho porque não usa aliança? Porque esconderam minha neta de mim por tanto tempo? Quantos anos Yuna tem? –Ela me encheu de perguntas e eu sorri. Entendia ela e estaria da mesma forma se estivesse em seu lugar.

-Não, não sou a mãe de Yuna e também não sou casada com seu filho. –Falei pegando o açúcar e vi a mesma arregalar seus olhos. –Yuna tem cinco anos e eu não sei o motivo de Jongin não ter contado dela para a família. –Respondi calma.

-Mas então porque ela te chama de omma? –Sorri ante de responde-la.

-É uma longa história e eu prefiro que saiba ela por Jongin, acho que vocês tem muito o que conversar.

-Joesonghamnida, não deveria fazer tantas perguntas mas estou um pouco assutada.- Ela falou se desculpando.

-Eu entendo. –Falei lhe entregando a xícara de café. –Então como você gosta do açúcar em seu café? –Perguntei na intenção de mudar de assunto e deixa-la mais confortável.

-Eun.- Kai falou entrando na cozinha e sim, eu havia ganhado um apelido. –O que acha de sairmos com Yuna para tomar sorve...

Sua frase parou na metade juntamente com Kai quando o mesmo reconheceu a mulher que acabara de se virar para ele com um sorriso nos lábios e os olhos marejados.

-adeul, senti tanto sua falta. –Ela falou correndo até ele e o abraçando.

-Eomma, o que faz aqui? –Kai perguntou com os olhos arregalados enquanto eu apenas observava a cena em silêncio.

Continua...