POV Danny
⁃ Porque... Bom estou com conjuntivite. - Disse rápido. Estranho.
⁃ Mesmo?
⁃ Claro. Por que eu mentiria? - Perguntou como se fosse óbvio.
⁃ Hmmmm... Porque você nem me conhece, dormimos juntos, você acha que nunca mais me verá. - Disse como quem não quer nada.
⁃ Ue... Você nunca mais me ver seria uma boa pra te falar, mas talvez não seja o caso. - Disse olhando pra sua comida.
⁃ Então estou certo, você ta mentindo. - Ri fraco. - Pode contar comigo Nath, mesmo sem parecer, sou um cara legal. - Por que eu disse isso? Na real, eu to me importando com ela por quê?
⁃ Por que ta se importando tanto comigo em Danny? - Disse depois de terminar seu café.
⁃ Sinceramente, também não sei - E rimos - Você me parece ser uma boa garota, apesar do trabalho que tem. Quero ser seu amigo. - Disse e ela riu.
⁃ HA nunca seremos amigos, você já me comeu.
⁃ E isso impede? Isso é melhor ainda. Uma amiga com privilégios. - Disse erguendo os braços.
⁃ Não Danny, é melhor você não se meter comigo. - Disse sem olhar pra mim.
⁃ E por quê não? Você é um tipo de criminosa? - Disse rindo.
⁃ Bom, eu não.
⁃ Não entendi - Me fiz de ingênuo.
⁃ Nada Danny. Acho melhor eu ir embora. - Disse se levantando.
⁃ Eu te levo. - Me levantei.
⁃ Não - Falou alto. - Não precisa, fica pra próxima, mas obrigada.
⁃ Tudo bem, então. - Suspirei. - Até breve, baby.
⁃ Até Danny. - Riu e saiu do estabelecimento.
Peguei minhas coisas e voltei pra casa.
Eu vou descobrir o que houve com ela nem que eu tenha que levar ela pra casa de novo... Até que não é uma má ideia.
POV Nath.
Voltei para casa e graças aos céus Scott não deu as caras durante o dia todo.
Fui para o clube e já tinha movimento, vesti um corpete vermelho, uma calcinha preta e meus saltos.
⁃ Ei Nath... - Disse Milla sentada no bar.
⁃ Hey... Pronta pra mais um dia? - Fingi empolgação.
⁃ Quando não né? Seria melhor se for um gostoso.
⁃ Não sei como vocês falam com tanta naturalidade... - John o barman, comentou.
⁃ Chegamos aqui antes de você querido - Milla começou.
⁃ Cheguei antes da Milla. Não gosto de me prostituir, mas comparado a vida que eu tinha antes de vir pra cá, isso é bom porque aqui tenho minha casa, comida, roupas... nos orfanatos não.
⁃ Não sabia que é órfã, desculpa - John mostrou pena.
⁃ Não me olha assim.
Olhei pro relógio nos fundos do bar e já marcavam 23:50, as meninas já iriam se apresentar. Peguei uma bandeja e comecei a andar em voltas das mesas levando bebidas. Isso cansa.
Respirei fundo ao ouvir um velho asqueroso me chamar de gostosa e bater em minha bunda, apesar dos anos não da pra se acostumar isso, nunca.
Entreguei o último copo da bandeja e fui em direção do bar.
⁃ John, mais uma rodada. - Disse sentando em um dos bancos.
⁃ Pra já.
⁃ Quanto devo te pagar pra mais uma noite como a última? - Alguém sussurrou no meu ouvido e pelo perfume deduzi quem é.
⁃ Talvez se me der um café da manhã dessa vez... - Riu com minha condição.
⁃ Feito! Mas antes... - Tirou a bandeja de minha mão e me puxou pra dançar.
(...)
Entramos em seu apartamento já aos beijos, Danny sem blusa e eu já com sua jaqueta, que ele pôs em mim ao saírmos do clube, na mão.
Suas mãos me puxaram pela coxa enquanto seu pé fechava a porta.
Danny se jogou no sofá e eu sentei rebolando em seu colo.
Desci meus beijos ate seu pescoço e deixei minha marca que com toda certeza ficaria roxa. Tirei sua blusa e contemplei a vista a minha frente, suas mãos foram até o fecho do sutiã tirando-o.
Senti suas mãos descendo ate minha bunda e apertando, minha intimidade implorava por seus toques. Comecei a tirar sua calça desesperadamente, esse homem me deixa sedenta. Me deitou no sofá, seus beijos desceram pelo meu pescoço e parando em meus seios. Senti uma de suas mãos descerem ate minha calcinha e tirá-la enquanto sua boca chupava e mordiscava meus seios.
Eu estava quase delirando de tetão quando finalmente senti seu dedo massagear meu clítoris.
⁃ Você gosta né vadia. - Disse tirando minha calcinha e enfiando dois dedos em mim.
⁃ Ia gostar mais se fosse seu pau...
⁃ Não seja por isso.
Danny se levantou tirando o que faltava de si e vestindo a camisinha. Se posicionou no meio de minhas pernas e fechei meus olhos para absorver melhor as sensações.
⁃ Abre os olhos Nath, quero vê-los transbordando de desejo. - Disse ao pé do meu ouvido me fazendo ir a loucura. Obedeci obviamente.
Depois de um tempo senti Danny chegar em seu limite, poucos segundos antes de mim. Nos ajeitamos no sofá e Danny me puxou pra deitar em seu peito, cena clichê, mas aqui é confortável demais apesar dos pelinhos. Me perdi em pensamentos enquanto passava a mãos por uma das estrelas em seu peito quando ele me despertou com sua voz.
⁃ Por que Little Nath? Ta óbvio o seu nome.
⁃ Eu sei... Na época eu não aceitava bem essa história e me recusava a ser alguém diferente no clube. Queria ser eu em qualquer lugar... Eu sabia que ia acabar ficando lá.
⁃ Por que? Sua família sabe? - Disse se ajeitando pra me olhar e mexer no meu cabelo.
⁃ Não sabem. - Me limitei a dizer.
⁃ E por que eles nunca foram atrás de você? - Disse indignado.
⁃ Eu não gosto de falar sobre isso Daniel. - Me levantei - Eu tenho que ir. Pode me pagar? - Perguntei sendo cara de pau mesmo.
⁃ E por quê? - Disse se levantando, vestiu sua cueca e parou de frente pra mim que já estava vestida com a lingerie.
⁃ Eu mal te conheço Danny... Não gosto de falar sobre isso, mesmo.
⁃ Não confia em mim? - Fiquei calada. Não é que eu não confie nele, ele me transmite uma segurança que nunca senti antes - Já entendi. Eu só sou o cara que te comeu duas vezes seguidas. Tudo bem, mas eu vou conquistar sua confiança.
⁃ Danny, não faz isso. Sou uma prostituta. Ninguém quer ser meu amigo. - Disse indo pra porta.
⁃ Eu quero caralho. - Gritou. - Sou ninguém agora? Muito obrigado pela consideração. Mas você está errada e eu vou te provar. - Disse sério.
⁃ Como? - Ri.
⁃ Sai comigo amanhã pra jantar.
⁃ Acho que estarei no meu lindo trabalho. - Ri da sua tentativa falha.
⁃ Almoço e não aceito um não como resposta. Eu te busco.
⁃ NÃO - Gritei e só depois percebi a merda que seria. Passei as mãos pelos meus olhos os esfregando e logo resmungando de dor. Merda.
⁃ Que foi? Por que não? - Olhou bem nos meus olhos. - Por que caralhos seu olho está roxo? Alguém te bateu Natalia? - Se exaltou e se aproximou de mim.
⁃ A propósito, é Natalie.
⁃ Responde caralho.
⁃ ...
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