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História Red Roses - Captain Swan - Good Girl


Escrita por: SwanPrincess

Capítulo 13 - Good Girl


Seis meses depois, conseguimos nos estabelecer em Storybrooke. Meu pai trabalha pela manhã e pela tarde na delegacia enquanto minha mãe passava suas manhãs dando aula para crianças do primário.

Nesses últimos meses, minha amizade com os meus novos amigos só aumentou, principalmente com Killian. Vários passeios de lancha e encontros no Granny's enchiam minha agenda. Com a chegada do segundo período da faculdade passei a me esforçar mais nos estudos.

Belle e Sr. Gold continuam se encontrando às cegas, sendo que certo dia Belle me disse que queria tornar o relacionamento algo mais sério, mas com medo de alguma reação repulsiva dos amigos preferiu continuar com a relação escondida.

Tinker continua com a sua paquera, não tão secreta, pelo Killian. Eles vivem conversando de forma amigável, mas com certeza não é só isso que ela quer.

Acordei pela manhã e tive preguiça de levantar da cama. Ontem, depois da nossa pequena viagem para ilha cheguei casa exausta. Mais um domingo e mais um dia de corrida com Killian.

Com tantos compromissos, Killian me convenceu a fazer mais uma atividade. Corrida pela cidade. Todos os Domingos ele vinha até minha casa e saíamos para nos exercitar.

Fui ao banheiro e tomei um banho morno. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo no topo da cabeça e passei uma leve maquiagem, quase imperceptível. Vesti uma camiseta preta e um short azul escuro que ficava colado ao meu corpo. Peguei o moletom cor-de-rosa que estava pendurado atrás da porta do meu quarto e vesti.

Desci as escadas silenciosamente para não acordar os meus pais e fui à cozinha. Tomei um pouco de café que ainda estava na cafeteira e comi algumas torradas.

Olhei para o relógio de pulso e percebi que Killian chegaria a qualquer momento. Enchi a garrafinha de água rapidamente e sentei-me em um banquinho a fim de calçar meus tênis, que estavam recostados na parede.

Abri a porta com a garrafinha de água em minhas mãos e lá estava ele.

–Aí está você- ele disse tirando os óculos escuros e revelando os olhos azuis.

–Pontual como sempre- falei fechando a porta da casa.

–Então, qual percurso faremos hoje?- falei estando ainda parada na frente da minha casa.

–Pensei em algo diferente- ele disse me puxando para a calçada.

–Killian Jones, pode ir falando- falei autoritária.

–É uma surpresa- ele disse me guiando para o sentido oposto ao que o nosso percurso normal seguia.

–O que você está aprontando?- falei desconfiada enquanto seguia o seu ritmo na corrida.

–Eu já lhe decepcionei alguma vez?- ele disse me fitando.

Neguei com a cabeça e um sorrisinho brotou em minha boca.

–Você tem que parar de me fazer acordar cedo- protestei, mudando de assunto.

–Vamos lá, Swan, nesses últimos meses foi muito agradável ter alguém para fazer exercícios.

–Eu não vou negar- falei desajeitada- Tem sido legal.

–Estamos quase lá- ele disse enquanto caminhávamos pela floresta que tínhamos adentrado.

–Onde você está me levando, Jones?- falei temerosa.

–Aqui... - ele abriu uma passagem entre as folhas que revelava a trilha escondida- Siga-me- ele disse pegando a minha mão.

Depois de alguns instantes chegamos a uma área aberta. Flores de todos os tipos e cores rodeavam a linda nascente de um rio. Um banquinho estava improvisado em um dos cantos do local. Fiquei boquiaberta.

–Killian, isso é... - eu estava sem palavras.

–Lindo? Eu sei- ele disse completando- E você é a primeira pessoa que eu trago aqui.

Olhei-o singelamente. Sentamos nos bancos e ficamos contemplando a maravilha daquele lugar.

Recostei minha cabeça em seu ombro enquanto ouvíamos ao som da água correndo e dos pássaros cantando. De repente, ouvi um gemido baixinho.

–Você está ouvindo isso?- perguntei levantando do banco.

–Isso o quê?- ele perguntou passando os olhos pelo local.

–Um tipo de choro- afastei algumas folhas que revelaram o animal fraco e magro- Killian!- gritei.

–Um cachorro- ele disse surpreso- deve ter se perdido e parado aqui.

–Vem cá, garoto- chamei o labrador.

–Cuidado, Swan, você não sabe o que ele pode fazer- Killian disse receoso.

O cachorro levantou com dificuldade e veio até mim.

–Isso, garotão- falei afagando seus pelos- Precisamos leva-lo daqui- direcionei meu olhar para Killian que estava em pé ao meu lado.

–Sim... Claro- Killian gaguejou.

Saímos do nosso “lugar secreto” e voltamos à cidade.

–O quê você vai fazer com ele?- Killian perguntou enquanto acompanhávamos os passos lentos do cão.

–Ele devia estar lá por alguns dias e como eu não vi nenhum folheto de busca pela cidade... -falei determinada.

–Você está pensando em ficar com ele... -ele me cortou.

–Você tirou as palavras da minha boca.

–Então, como vai ser o nome dele?- ele perguntou olhando para frente.

–Duck- falei baixinho.

–Você não vai dar o nome para um cachorro de "pato", não é? Que seja... - ele respirou fundo- em tenho "uma cisne" como amiga- ele me abraçou de lado.

Voltamos para a minha casa e encontramos meu pai e minha mãe na cozinha.

–Mãe... - chamei entrando o cômodo.

–Emma- ela me olhou surpresa- Você chegou cedo.

–Eu trouxe um amigo- Killian estava atrás de mim junto com Duck- Na verdade, dois.

Meu pai se levantou da mesa e veio até nós. Quando ele notou o cão que Killian tentava segurar, um grande sorriso se formou em seu rosto.

–Esse é o Duck- falei enquanto meu pai se abaixava e fazia carinho no cachorro- Eu pensei que poderíamos ficar com ele.

–Claro, Emma- ele disse enquanto Duck passava por entre suas pernas- Agora só é sua mãe deixar.

Mamãe veio até nós e franziu as sobrancelhas. Duck foi até ela fazendo-a sorrir.

–Duck, não é mesmo? Bem Vindo a família- ela disse brincando com o cachorro- Agora vocês dois tem que dá um jeito em toda essa sujeira- ela fitava a mim e a Killian- Vocês podem ir lá para trás e lava-lo com a mangueira.

–Bom Dia, Sra. Blanchard- Killian acenou.

–Killian, como vai?- minha mãe disse animada.

–Muito bem- ele me olhou- obrigada

–Jones- me pai falou ríspido.

–David, é um prazer revelo- Killian disse simpático.

Minha mãe já tinha se acostumado com as visitas frequentes de Killian na nossa casa, mas meu pai continuava com o comportamento desconfiado. Típico dele.

–Melhor nós irmos- puxei-o para a parte de trás da casa e Duke nos seguiu.

–Você não tem jeito- falei enquanto caminhávamos pelo imenso quintal.

–Só estava tentando ser educado- ele disse cínico ao mesmo tempo em que pegava a mangueira.

–Por favor, você gosta de provocar que eu sei- falei tirando o moletom e jogando-o na grama do pátio.

–É mesmo, é?- ele falou chegando perto de mim com a mangueira nas mãos e um sorriso travesso.

–Por favor, não- falei antes dele ligar-la e soltar um jato de água em meu corpo. Ele caiu na gargalhada.

–Você me paga- falei correndo até ele, arrancando a mangueira de suas mãos e molhando-o.

–Você não fez isso, Swan... - ele disse me encarando- Agora é a minha vez de me vingar- ele se aproximou de mim e começou a fazer cócegas em minha barriga.

Eu ria e tentava me libertar de suas mãos, mas ele sempre me segurava. Quando finalmente me soltei, corri pelo gramado molhado. Ele me perseguia enquanto Duke latia e corria em nossa volta. Ele me alcançou e me abraçou com força. Estava tudo perfeito até que ambos escorregamos na grama molhada. Caí por cima de Killian. Ríamos histericamente. A proximidade dos nossos rostos ficou visível.

–Swan, você está me constrangendo- ele brincou.

–Emma, o que você está fazendo?- minha mãe apareceu ao nosso lado com um sorriso malicioso no rosto.

–Nós caímos- me levantei tentando disfarçar.

–Já vamos dar banho no Duke- Killian interrompeu-me.

Ela entrou na casa e começamos a rir novamente.

–O que ela vai pensar de nós agora?- falei com um sorriso irônico no rosto.

–Nós somos amigos, não é mesmo?- ele disse com certa amargura.

–Mais do que isso- falei e ele me olhou esperançoso- Somos melhores amigos.

Ele olhou para baixo disfarçando a aflição. Demos banho em Duke e minha mãe colocou algumas sobras do jantar para ele comer. Quando ele finalmente estava dormindo, eu e Killian sentamos exaustos em um banco de madeira perto de algumas flores.

–Missão cumprida- falei limpando o suor da testa.

–Nem tivemos tempo de desfrutar aquele lindo lugar- ele disse cabisbaixo.

–Nós teremos Killian... -suspirei- Afinal aquele é o nosso lugar, não é?

Ele concordou com a cabeça ainda olhando para baixo, percebi um sorrisinho brotando em seus lábios.

–Você aceitaria comer um cachorro-quente comigo?- ele disse me olhando com aqueles lindos olhos azuis.

–Claro- falei dando o soquinho em seu braço desnudo- Hoje à noite?

–Eu te busco às sete horas- ele disse se levantando e tirando um cílio que tinha caído em minha bochecha- Até mais, Swan.

O resto da manhã e da tarde passaram rápido. Quando a noite estava caindo apressei-me em me arrumar para encontrar Killian. Depois de um demorado e relaxante banho de banheira envolvi-me na toalha e penteei meus cabelos de uma forma que pequenos cachos se formavam nas pontas.

Já acostumada com a noite fria de Storybrooke, coloquei um sobretudo vermelho pálido e uma calça jeans escura. Passei uma maquiagem leve e peguei minha bolsa. Desci as escadas e calcei botas pretas que tinham um pequeno salto.

–Tchau, mãe- gritei saindo pela porta.

Ele estava andando distraído pela calçada. Blusa xadrez, jaqueta de couro e a calça jeans lhe caiam perfeitamente. Quando me notou sorriu perfeitamente.

–Pronta, senhorita?- ele disse enganchado seu braço ao meu.

–Você ainda pergunta?- falei fazendo-o ficar sem graça.

–Belle me disse que ela e o senhor Gold estavam querendo tornar o relacionamento público.

–Sério?- falei surpresa.

–Sempre soube que uma hora eles não iriam aguentar e querer contar para todo mundo- ele suspirou- Às vezes você quer contar uma coisa e teme que a outra pessoa não tenha a reação que você esperava, portanto você prefere guardar para si- ele falou sério.

–Não sabia que você tinha um lado filósofo- falei o encarando- Mas tem tanta coisa que eu não sei sobre você que seria possível você ser um astronauta e eu ser a última a saber.

–Não, Swan, eu não sou um astronauta- ele falou depois que deu uma pequena risada.

–Obrigada por me ajudar com o Duck hoje- falei singelamente.

–Quem merece o título de "salvadora" é você. Não fui em quem tive a ideia de leva-lo para minha casa.

–É... - falei pensativa.

–Eai, - falei tentando mudar de assunto- como vai o seu "relacionamento"- fiz aspas com os dedos- com a Tink?

–Relacionamento? De amizade, você quer dizer- ele disse sarcástico.

–Não, idiota...

–Falando nisso- ele me cortou- como vai o SEU relacionamento com o Graham?

–Sério mesmo? Nós somos bons amigos, assim como você e eu- ele franziu o cenho- Para com esse ciúme, Killian, você sempre será o meu preferido- falei fazendo sua expressão ficar mais leve.

–Então- mudei de assunto- como vão as coisas entre vocês, o Nick e o Joey?

–Ainda não suporto olhar para cara deles sem ter vontade de soca-la- sua expressão enrijeceu.

–O Nick está sofrendo só de estar com aquela menina. Ela é suportável- bufei de raiva.

–Se ela fizer alguma coisa contra você pode me avisar, ela vai receber a maldade em dobro- ele disse cerrando os punhos.

–Relaxa aí, esquentadinho- peguei em seu braço- Um dia alguém me disse que minhas cotoveladas eram muito boas- pisquei para ele- então, se aquela garota vier para cima de mim. Eu dou uma cotovelada nela.

–Nunca conheci uma garota tão durona quanto você. Deve ser isso que me faz sentir tão próximo de você.

Enquanto caminhávamos, a brisa da noite começou a ficar mais fria fazendo com que eu me agarrasse mais ao braço de Killian. Fomos chegando ao carrinho onde um velho senhor vendia cachorro-quente.

–Fique aqui, eu vou lá buscar- ele disse soltando seu braço do meu.

Enquanto Killian estava comprando os sanduíches, decidi passar o olho pelo local. Várias pessoas conversavam, riam e andavam pela rua onde estávamos.

A lua cheia e as luzes da cidade formavam uma combinação perfeita para a iluminação do local. Continuei olhando o local quando duas pessoinhas chamaram minha atenção. Duas crianças estavam sentadas no meio-fio com roupas sujas e velhas. Eram pedintes, com certeza. Estavam com as mãos no estômago e com carinhas tristes. A fome era uma evidência ali.

Fiquei tocada com a situação. Sempre tive tudo na vida, nunca passei fome e sempre tive os meus pais comigo. Aquelas crianças estavam sozinhas, famintas e congelando.

Killian veio até mim sorridente. Entregou-me o meu cachorro-quente e quando ele ia dar a primeira mordida tive uma ideia. Tomei o sanduíche de suas mãos e ele protestou.

Caminhei até aquelas crianças e entreguei-lhes os sanduíches. Elas ficaram maravilhadas e temerosas ao mesmo tempo.

–Vocês podem comer, está uma delícia- falei e elas correram para outra rua saltitando de alegria.

Voltei-me a Killian. Sua expressão estava perplexa.

–Eu tenho que ir... - ele disse fitando o chão.

–O quê?- perguntei surpresa.

–Eu preciso ir, Swan, me desculpe. É muito importante, um dia você entenderá.

–Mas... - comecei, mas ele já estava de costa para mim, andando na direção contrária.

Ele me deixou sozinha no meio da rua. Foi embora sem nenhuma explicação, me deixando com cara de tacho no meio de toda aquelas pessoas.


Notas Finais


Comentem o que vocês estão achando. O que será que está acontecendo com o Killian?? *suspense*


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