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História Red Roses - Captain Swan - Happy Birthday


Escrita por: SwanPrincess

Capítulo 9 - Happy Birthday


Acordei bem cedo no dia seguinte e tomei um rápido banho. "Desenterrei" do fundo do meu armário uma blusa e uma saia social. Prendi os meus cabelos loiros em um coque perfeito e fiz uma maquiagem leve. Procurei por sapatos sociais, mas só encontrei botas e sapatilhas. Desci as escadas rapidamente e encontrei minha mãe fazendo ovos e bacon na cozinha.

–Eu preciso de sapatos sociais- falei apressada.

–Acho que eu tenho algum no meu closet- falou pensativa.

Subi as escada e ouvi a voz de minha mãe.

–Não faça muito barulho, seu pai ainda está dormindo.

Concordei com a cabeça e continuei subindo os degraus.

Abri a porta do quarto bem devagar para não acordar meu pai. Andava lentamente para tentar fazer o mínimo de barulho possível. Girei a maçaneta gelada do closet e me direcionei a área de sapatos, que eu não imaginava ser tão grande. Notei que havia uma pilha de caixas ainda não abertas, as empurrei sem nenhum esforço. Atrás das caixas encontrei um sapato preto formal com salto bem menor dos que eu costumava usar. Calcei-o me sentindo desconfortável. Dei um passo para trás e esbarrei nas caixas que caíram fazendo sons de pequenos sinos. Provavelmente os enfeites de Natal. Meu pai apareceu no closet ainda sonolento.

–Emma, você me assustou- ele disse, coçando os olhos.

–Desculpa- falei envergonhada.

–Nunca tinha visto você vestida desse jeito- ele falou rindo.

–Por favor, pai. Até você?- protestei

–Tá bom, eu paro. Aliás, hoje é o grande dia da entrevista, não é mesmo?

Balancei a cabeça positivamente.

–Nervosa?

–Um pouco.

–Não precisa ficar assim- ele me puxou para um abraço- Você se sairá bem, tenho certeza- falou me dando um beijo na testa- Agora vá, sua mãe já deve estar lhe esperando para café da manhã.

–Obrigada, pai.

Desci as escadas desajeitadamente com o sapato apertando meus pés. O prato que estava em cima da mesa tinha dois ovos e um pedaço bacon que formavam uma carinha feliz.

–Você sempre sabe como eu gosto dos meus ovos com bacon- falei, me sentando à mesa.

–É para isso que servem as mães- falou sentando-se ao meu lado- Então, Emma, tem uma coisa me deixando curiosa.

–Pode falar... falei saboreando meu café da manhã.

–É sobre o Killian.

–O Killian? O quê tem ele?

–Acho que ele sente alguma coisa por você.

–Mãe, nós somos só amigos e, aliás, muitas coisas impediriam que nós ficássemos juntos.

–Então você sente alguma coisa por ele?- ela falou desconfiada.

Eu não tinha parado para pensar o que eu realmente sentia pelo Killian. Talvez atração, mas dada as circunstâncias seria impossível que ficássemos juntos. Ainda mais agora, que tinha criado uma grande amizade com Tinker.

–Não. E ,na verdade, acho que eu estou atrasada- desconversei.

–Boa Sorte, então- ela falou dando um beijo em minha testa.

Peguei minha bolsa, que estava pendurada perto da porta e saí. Pela temperatura da manhã, podia-se dizer que era Verão em Storybrooke, mas com a mudança drástica durante a noite, as estações eram indeterminadas.

Caminhei até a universidade que, por sinal, ficava bem distante da minha casa. Aqueles sapatos estavam me matando.

Como toda cidade, a Universidade de Storybrooke era um tanto quanto sofisticada. O imenso jardim que ficava de frente para a enorme construção renascentista tinha flores de todos os tipos possíveis, as árvores estavam podadas perfeitamente e o grande chafariz dava um ar mais elegante ao local.

Entrei no grande de prédio que ainda era mais majestoso por dentro. Quadros, esculturas, arranjos florais, carpetes e lustres decoravam o local. A grande escadaria levava as pessoas para o andar de cima. Pessoas que vestiam roupas sofisticadas e iam e viam por toda a parte.

Segui o mapa que foi dado a minha mãe. E depois de atravessar todo aquele "labirinto" de salas cheguei à sala do reitor. Bati na porta algumas vezes e adentrei a sala. Uma moça bem jovem estava sentada em uma mesa, ela batia rapidamente nas teclas do teclado do computador. Quando notou minha presença, sorriu.

–Você deve ser a Emma.

–Sim.

–Muito prazer, Emma- estendeu a mão para um aperto que retribui- A senhora Lee lhe espera- falou abrindo a porta.

Entrei na sala e mulher com características orientais veio até mim sorridente.

–Emma, que bom te conhecer. Sua mãe me falou muito bem de você. Vem, vamos nos sentar- ela disse puxando uma cadeira à minha frente.

Uma mesa me separava da senhora Lee, que estava sentada em uma clássica cadeira executiva. Um pequeno ar condicionado refrigerava a sala que como o resto do local, tinha modelos renascentistas. O grande quadro que ficava atrás da reitora me assustava um pouco, a mulher representada na pintura me dava sensação de vulnerabilidade.

–Pelo que eu vi no seu histórico escolar, as suas notas são excelentes- ele abriu uma pasta e pegou um papel- Nós temos um prazer enorme de ter você como uma das nossas alunas, mas me conte mais sobre você.

–Eu nasci em Nova York e moro com meus pais. Desde pequena quis fazer faculdade de Direito- falei, tentando ser tão amigável quanto ela.

–E por que exatamente você quer cursar Direito?- perguntou.

–Eu sempre tive uma grande influência do meu Pai, mas conforme os anos foram passando eu percebi que era exatamente aquilo que eu queria fazer. Não permitir que as pessoas sejam injustiçadas e fazer do mundo um local mais seguro- falei com certo entusiasmo.

–Você é exatamente o tipo de pessoa que nós queremos aqui na universidade. Pessoas visionárias. Então, senhorita Swan, suas aulas começam na próxima semana- ela abriu uma das gavetas e tirou uma pequena chave- Essa é a chave do seu armário. Nós temos um anexo atrás da área das salas de aula onde os alunos podem guardar suas coisas- ela me entregou a pequena chave que tinha o número "305" gravado.

–Muito obrigada, senhora Lee- falei em um aperto de mão.

–Nós é que agradecemos a sua preferência. Todas as regras lhe serão ditas na segunda-feira.

–Obrigada, mais uma vez- dito isso saí da sala mais aliviada e me despedi da secretária, que ainda estava mexendo no computador.

Cerca de uma semana se passou. Uma semana de idas constantes ao Granny's, passeios pela cidade e conversas agradáveis com meus novos amigos.

No sábado do meu aniversário acordei com os raios de sol que atravessavam a persiana.Chequei o celular e me deparei com várias mensagens de parabéns vindas dos meus amigos de Nova York. Fui ao banheiro e preparei um banho de banheira, enquanto a água ia subindo, eu respondia todas as mensagens enviadas dos meus antigos amigos. Depois do relaxante banho desci as escadas com a toalha ainda enrolada da cabeça. A casa estava extremamente silenciosa. Notei um bilhete na porta da geladeira. "Fomos ao Granny's, deixei ovos e torradas em cima do fogão". Achei muito estranha a ausência de meus pais. Sempre no meu aniversário, eles passavam o dia todo comigo e, aliás, minha mãe sempre preparava as "famosas panquecas de aniversário". Mas, esse ano foi diferente. Eles não estavam ali comigo, no meu dia especial. No meu aniversário de dezoito anos. Talvez, eles chegassem mais tarde com um bolo.

Comi as torradas e os ovos e subi, novamente, para o meu quarto. Decidi tirar o dia só para mim. Vesti uma calça de moletom e uma blusa folgada. Peguei um livro que estava na cabeceira da cama e deitei no sofá que ficava estabelecido na parede da janela do meu quarto. Comecei a ler o livro, mas algumas vezes olhava pela janela a procura de algum sinal de meus pais, mas sem sucesso.

Decidi ligar para Ruby para perguntar se hoje iríamos à ilha.

–Oi, Emma- a voz dela estavam estranha.

–Oi, Ruby. Eu queria perguntar se nós vamos passear de lancha hoje?- falei animada.

–Olha, Emma, hoje nós decidimos que vai ser uma viagem de casais e como o Graham vai passar o dia na delegacia, seria estranho você vir.

–Entendo- falei perdendo totalmente a animação- Tchau.

–Tchau.

Todos tinham decidido me abandonar hoje. Será que tinham esquecido do meu "Dia Especial". Nenhum dos meus novos amigos tinham telefonado ou mandado uma mensagem. Ruby não tinha nem mencionado o aniversário enquanto falávamos no telefone. Continuei lendo meu livro. À tarde comecei a sentir fome, então fui para cozinha e peguei uma maçã que estava na fruteira no centro na mesa da cozinha.

Fui até o meu closet, já que não havia nada para se fazer resolvi reorganiza-lo. Era a maneira mais depressiva de se passar um aniversário. Quando finalizei a arrumação, a noite já tinha chegado. Todo mundo realmente tinha se esquecido de mim. Deitei em minha cama para checar os emails em meu celular. Quando já estava quase pegando no sono, uma mensagem de minha mãe chegou em meu celular. "Aconteceu uma coisa terrível aqui no Granny's. Venha para cá, AGORA". Saltei da cama em desespero. O que mais teria acontecido para estragar meu aniversário?

Desci a escada rapidamente, vesti o casaco que estava pendurado atrás da porta e calcei minhas botas de couro. Abri a porta e me deparei com o frio de Storybrooke. Corri o mais rápido que pude na direção do Granny's. Meu coração pulsando mais forte que o normal. Meus cabelos desgrenhados voavam com o vento frio.

Quando cheguei ao local, as luzes estavam todas apagadas. Abri a porta com certa precaução e...

–SURPRESA!!!- todos gritaram.

Lágrimas de felicidade escorriam pelo meu rosto.

Meus pais e amigos estavam todos ali. Aqueles que por alguns momentos eu tinha pensado que tinham esquecido de mim.

A lanchonete estava toda enfeita em dourado e roxo. Balões, cartazes de parabéns, flores e luzes enfeitavam o local que tinha tido suas mesas retidas.

–Parabéns, minha filha- minha mãe e meu pai me puxaram para um abraço. Minha mãe usava um longo vestido branco, enquanto meu pai combinava um paletó azul com uma gravata amarela.

Notei que todos estavam com roupas extremamente chiques. Vestidos de gala e Smokings. Olhei para baixo e vi que ainda usava a blusa larga e a calça de moletom.

–Emma, parabéns!- as meninas gritaram vindo em minha direção e dando um abraço coletivo.

–Você não achou mesmo que a gente tinha esquecido da sua festa, não é?- Ruby disse.

–Meninas, vocês estão lindas. Mas, olhem as minhas roupas- falei apontando para baixo.

–Isso não é um problema, Emma- Tink disse se aproximando com uma enorme caixa vermelha envolta por uma fita dourada.

Abri a caixa e reconheci o vestido vermelho que uma semana antes tinha visto enquanto caminhava com a Tinker.

–Obrigada- puxei Tink para um abraço. As lágrimas ainda desciam dos meus olhos.

–Esse é um presente de todas nós- Ela falou.

–Muito obrigada, meninas. Vocês são as melhores amigas que eu já conheci- falei ainda emocionada.

–Agora, dona Emma, você tem que se trocar- Ruby disse me puxando para um corredor ao fundo da lanchonete- A aniversariante tem que estar bonita, não é mesmo?

–Aonde a gente tá indo?- perguntei assustada.

–Ao meu quarto- Ruby respondeu.

Entramos em uma porta no final do corredor. Todas as meninas nós seguiram. Me fizeram sentar na penteadeira de Ruby que tinha uma infinidade de maquiagens. Enquanto Regina tentava desembaraçar meus cabelos, Ruby fazia minha maquiagem. Depois de alguns minutos, eu não parecia aquela menina que tinha ficado em casa o dia todo. Regina tinha feito um bom trabalho em meu cabelo, suas pontas formavam pequenos cachos enquanto o resto estava completamente liso. Enquanto A sombra escura e o batom vermelho formavam uma combinação perfeita em meu rosto.

Tirei o vestido da caixa e me direcionei ao banheiro. Ele tinha um busto muito justo, o que revelava minhas curvas, enquanto a saia era esvoaçante.

Saí do banheiro e as meninas fizeram um "Uau" ao mesmo tempo. Belle me entregou sapatos pretos com apenas o saltos dourados. Calcei-os rapidamente.

Voltei ao salão principal do Granny's e todas as atenções se voltaram em mim.

–Emma, você está linda- meu pai disse me puxando para mais um abraço- Tem uma coisa que eu e sua mãe queremos lhe mostrar.

–O quê é?- perguntei curiosa.

–Você já vai descobrir- ele disse, me puxando para a porta da frente do Granny's.

Fora do restaurante, senti a mudança térmica. Os meus ombros estavam nus, o que fazia a minha espinha tremer.

Notei um pequeno fusca amarelo que outrora não estava estacionado na frente do Granny's.

–É seu- meu pai disse tirando as chaves do bolso.

–Um carro?- falei surpresa- Eu pensei que nós não estávamos bem financeiramente.

–Isso era o que nós queríamos que você pensasse- ele falou.

–Obrigada, Pai- falei em meio as lágrimas

Ele sabia que eu tinha uma "queda" por carros antigos, mas eu nunca imaginaria que ele me daria um fusca. Um carro que eu achava que tinha seu própio charme.

Fui em direção do carro, quando meu pai segurou meu braço.

–Você tem uma festa para aproveitar, mocinha. Depois, você tem todo o tempo do mundo para aproveitar esse carro- ele disse.

Concordei com ele e entrei novamente no local.

Uma música muito agitada tocava no local. As meninas dançavam feito loucas, fui em direção à elas quando uma mão encostou em meu ombro.

–Oi, Graham- falei.

–Oi...- ele disse sem graça- Eu ainda não lhe entreguei o seu presente.

–Não precisava, Graham- falei desajeitada.

Ele tirou de uma pequena caixinha um distintivo de Xerife.

–Eu não acredito, Graham- falei animada- Obrigada- falei o abraçando.

–Você um dia vai precisar de um, então, por que não esse?

–Emma, vem dançar- Regina gritou do fundo do restaurante.

De algum jeito, as meninas tinham conseguido colocar luzes psicodélicas no local. Fazendo-o ficar mais escuro que o normal.

–O dever me chama- falei.

–Pode ir, hoje é o seu dia- ele falou sorrindo encantadoramente.

Fui na direção das meninas que gritaram histericamente quando me notaram. Depois de muitas músicas, decidi me sentar um uma das mesas de plástico na parte de trás do local. Killian sentou na minha frente, me surpreendendo.

–Swan, nós podemos conversar lá fora?- ele falou.

–Aconteceu alguma coisa?- perguntei temerosa.

–Eu só quero conversar em particular.

Me levantei da mesa e andei até a entrada do restaurante.

–Achei que você não usasse esse tipo de roupa- falei já do lado de fora da lanchonete.

Ele usava um smoking preto e uma daquelas famosas gravatas borboleta, que o deixava encantador.

–É por uma boa causa. E, por sinal, você está linda, uma verdadeira princesa- ele falou, me fazendo corar.

–Obrigada.

–Eu comprei algo para você, Swan. Mas, não é nada como um vestido de festa, um distintivo de Xerife ou um carro- ele tirou de dentro de um dos bolsos do smoking uma caixinha roxa aveludada e me entregou.

–Não é nada de mais- ele falou em quanto eu abria a pequena caixa.

Ela revelava um cordão dourado com um pingente de cisne.

–Killian, é lindo- falei contemplando o colar- Você põem em mim?- falei levantando os meus cabelos e me virando de costa para ele.

Ele assentiu com a cabeça e colocou o cordão em meu pescoço.

Feito isso me virei para ele e lhe dei um abraço, entrelaçando meus braços em seu pescoço. Pude sentir o cheiro forte de perfume masculino, um cheiro que me fazia tremer.

–Obrigada- falei em meio ao abraço.

–Emma, é hora de cortar o bolo- Ruby anunciou, abrindo a porta.


Notas Finais


Meu twitter pra quem quiser : @thatbuckys


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