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História Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 9: Colapse - Tag, You're It - 11


Escrita por: Naomi_Ukazani_

Notas do Autor


Capítulo novo e beeem grande! Mas muito importante.
Obrigada de novo SunShawn por comentar! <3 <3 <3
Espero que gostem dele!
Música: Tag, You're It - Melanie Martinez
Boa leitura!

Capítulo 31 - Parte 9: Colapse - Tag, You're It - 11


Fanfic / Fanfiction Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 9: Colapse - Tag, You're It - 11

Lola P.O.V’s On

     O teto branco não me oferecia nenhum entretenimento, mesmo assim, continuei deitada em minha cama. Há menos de vinte e quatro horas Elena desmaiou no palco, durante um ensaio. A simples menção do incidente já me deixa arrepiada, mas é impossível não fazê-la, já que nesse instante Elena não está em casa por causa disso. Em casa. A ideia de chamar esse lugar de casa me faz rir internamente. Definitivamente, o Red Smoke não está em casa. Até porque tenho certeza absoluta de que o quarto que divido com G.B no dormitório tem um teto mais emocionante do que esse.

    O desmaio de Elena foi algo realmente alarmante. Ela está no hospital agora, internada. Quando fui vê-la, estava inconsciente e com uma agulha imensa enfiada no braço. Nos revezamos para ficar no hospital, mesmo sabendo que ela vai continuar dormindo já que foi sedada pelos médicos. Acabei de voltar do meu “turno”, tirei as botas na entrada e me arrastei até o quarto que divido com G.B, Ace e a cama vazia que vai pertencer à Nicki. Não me surpreendo de ver que nem G.B nem Ace estão no quarto. Quando Elena desmaiou, jurei que G.B fosse enfartar. Ela segurou Elena e simplesmente não sabia o que fazer, ficou em pânico. Eu nunca tinha visto G.B travar de tanto pânico e Ace tendo uma crise de choro não ajudou a situação a ser mais tranquila.

    Mesmo não sentindo vontade nenhuma de me mexer, rolo na cama e me levanto quando escuto batidas na porta. Para a minha surpresa – ou não – vejo que é Sehun.

    - Oi. – ele diz, com um sorriso fraco.

    Não respondo com palavras, apenas sorrio de volta.

    - Eu... ãh... – é estranho ver Sehun sem saber o que falar, normalmente ele tem uma resposta para tudo na ponta da língua –  você ‘tá afim de dar uma volta?

    Meu cenho se franze, tentando entender o que se passa na cabeça dele.

   - Uma volta? - pergunto.

   - É, tipo - ele começa, mas se interrompe para passar a língua nos lábios - as coisas estão tensas por causa da Elena, então pensei que você talvez quisesse dar uma volta e... Bem, relaxar, sabe?

   - Sei. - respondo, desviando o olhar - Mas não sei se é uma boa ideia sairmos juntos.

    - Ah, qual é, Lola?! - ele diz sem alterar seu tom de voz - Vamos, vai ser legal!

   Sehun leva a mão até meu cabelo, enrolando a mecha ruiva na ponta de seu dedo. Ele passa a língua pelos lábios de novo e insiste:

   - De verdade, eu sei que você está preocupada com a Elena, todos estamos. Mas não há nada que possamos fazer agora além de esperar que os médicos deem alta pra ela. Então não faz sentido ficar aqui trancada, as coisas já estão complicadas o suficiente sem isso.

   Não consigo evitar que um sorriso se espalhe pelo meu rosto enquanto balanço a cabeça concordando com Sehun.

    - Aonde vamos? - questiono.

    - Surpresa. - ele responde com um sorriso travesso - Coloque uma roupa confortável, volto em meia hora.

    Terminando de dizer isso, Sehun não me dá nem tempo de responder e sai para o andar de baixo, descendo a escada aos pulos. Quando entro de volta no quarto e começo a rir, pensando na atitude infantil que foi descer a escada daquele jeito, mas Sehun estava tão... feliz. Mas eu também estou feliz. Sehun está certo, não adianta nada ficar estressada se não podemos fazer absolutamente nada pela Elena por enquanto. Mesmo que meu coração doa, por pensar nela naquela cama de hospital, ainda assim sei que preciso me distrair, antes que eu pare em uma cama de hospital de tanto estresse.

    Como prometido, trinta minutos depois Sehun estava batendo à porta do quarto. Ele estava maravilhoso. Usava calça preta, uma camiseta branca e uma jaqueta jeans por cima, definitivamente melhor do que minha calça jeans e blusão de lã. Mesmo assim, quando abri a porta, um sorriso iluminou o rosto dele.

   - Você está linda.

   - Nem vem de mimimi. – avisei e passei por ele, indo descer as escadas.

   - Não é mimimi – ele se defendeu – é só o que vejo. Apesar de que...

    Ele deixou a frase morrer e a curiosidade falou mais alto. Me virei para ele com as sobrancelhas arqueadas.

    - Apesar de que? – questionei.

    - Você devia ter deixado o cabelo solto, fica mais bonita. – ele falou e continuou descendo a escada, o rosto baixo tentando esconder o rubor das bochechas.

    Ainda no meio da escada, levei as mãos ao meu cabelo, preso de qualquer jeito no topo da cabeça e o soltei, deixando as mechas caírem sobre meus ombros.

    - Vai me contar para onde estamos indo? – questionei de novo, enquanto passávamos pela porta.

   - Não – respondeu Sehun rindo -, mas relaxa, você já vai descobrir. – ele completou, enquanto abria a porta do carro para mim.

    Pelo menos, ele não estava mentindo, já que em menos de dez minutos chegamos ao nosso destino e minha curiosidade foi calada. Era um grande parque, com as árvores já meio sem folhas e assim o chão coberto de folhas secas que estalavam quando pisávamos nelas. Sehun me levou a um lugar mais afastado, estendeu uma toalha e quando nos sentamos, ele começou a tirar comida de dentro de uma grande cesta.

    - Quando foi que você planejou isso tudo? – perguntei enquanto pegava uma uva de um potinho.

    - Noite passada. – ele deu de ombros, jogando um biscoito dentro da boca – Eu pensei que seria uma boa.

     - É uma boa. – confirmei e sorri para ele.

    - Eu gosto disso, sabe? Esse clima bom entre nós. – ele falou, um pouco mais baixo do que segundos antes.

    - Eu também. – assumi.

    - Você sabe que eu sinto muito por tudo, não sabe? – ele levou a mão até meu rosto, fazendo um carinho suave na minha bochecha.

   - Eu sei... e também sinto muito. Eu devia ter ouvido você naquela época.

    Sehun soltou uma risada triste e balançou a cabeça, olhou para o outro lado, não conseguindo me encarar. Com as pernas flexionadas, ele mantinha os braços apoiados nos joelhos.

    - Uma parte minha concorda com isso, outra não. Eu devia ter contado tudo o que você precisava saber, isso teria evitado vários problemas.

    - Besteira.

    - Besteira? – ele indagou confuso.

   - É, besteira. Nós começamos isso de brincadeira, Sehun. Vamos ser sinceros, começou só por diversão. Você não tinha obrigação nenhuma de me contar tudo e eu não devia ter ficado tão braba. Estávamos juntos por uma semana, eu pensei que você tivesse ficado com a Nari e estivesse me usando. Mas era só uma semana.

    - Mas uma semana foi o suficiente para que eu me apaixonasse por você.

    Agora ele olhava em meus olhos e, sim, eu conseguia ver a dor dele. Ficamos juntos durante uma semana e mais de um ano separados. Doía tanto em mim quanto nele.

    - Além disso – ele disse –, eu sabia que você achava que relações entre idols não dão certo. Por isso devia ter sido sincero, devia ter tentado fazer dar certo.

     - Nem vem assumindo toda a culpa! – reclamei , empurrando-o de brincadeira – Eu era meio paranoica com isso.

     Ele me olhou sério, esperando que eu corrigisse.

     - Ok, ok! Ainda sou! – levantei as mãos, em um ato de rendimento – Mas acho que talvez eu esteja certa.

    - Por quê?

    - Ué, porque a G.B e o Tao se separaram e porque o mesmo aconteceu com a Ace e o Chen e ainda tem todo o rolo entre a Nicki e a Tiffany.

    - O caso da Tiffany e da Nicki não tem relação com o fato de serem ou não idols, tem a ver com homofobia. E quanto à G.B e Tao, Ace e Chen, eles são casos específicos. – argumentou.

     - O que? Não são, não!

     - São sim! – insistiu Sehun – Pensa bem, Tao e G.B estão separados, mas você acha mesmo que eles não gostam mais um do outro?

     Fiquei em silêncio, Sehun provavelmente está certo, mas isso não muda o fato de que o que Tao fez foi imperdoável.

    - Viu? – ele falou vitorioso – E o mesmo também vale para Ace e o Chen. Chen tem se sentido mal, mas ainda acha que Ace o traiu e isso dói demais para ele.

    - Chen é idiota! – acusei, meio me levantando e falando mais alto – É a Ace, ela nunca o trairia!

     Sehun riu.

    - Hey, calma! – ele ainda ria, mas me puxou lentamente, para sentar de novo – Eu sei disso, mas conseguir convencer o Chen já é outra história!

    - Verdade. – concordei.

    - E a maior prova de que pode dar certo é sem duvida Suho-hyung e Lay-hyung. Os dois precisaram passar por muitos problemas antes de se resolver, mas agora, as coisas estão melhores do que nunca entre eles.

    Sorri, me lembrando do dia em que descobrimos que os dois tinham um relacionamento. Os dois ficaram em pânico, mas para o Red Smoke foi super tranquilo, principalmente porque isso indicava que eles não descriminariam Nicki.

    - Talvez todo casal precise de sua cota de problemas antes de se resolver. – falei, dando de ombros.

    Eu só pensava em como deve ter sido difícil para Suho e Lay, principalmente pelo fato de que Suho já havia ficado com garotas antes de conhecer Lay. Não que isso faça ele “menos gay”, é claro que não, isso não existe. Suho apenas disfarçava o que era e escondia, mas ele não pode mais fazer isso, não depois de se apaixonar por Lay. Do mesmo modo, pensava e desejava que os problemas entre minhas amigas e seus namorados acabassem, passassem e tudo ficasse bem. Ace já sofreu demais por causa de garotos, Chen sem duvida é o melhor namorado que ela já teve e ele claramente é louco por ela, mas essa situação toda do beijo com N causou uma confusão grande demais para os dois. Já G.B e Tao... isso é mais complicado, não consigo decidir se acredito que Tao não traiu ela, mas se ele traiu, isso vai ser imperdoável demais para G.B.

    - Você... – Sehun começou, mas se interrompeu – deixa pra lá.

    - Ah, não! Nem pensar! Agora fala! – exigi.

     - Não, é besteira.  – ele falou.

     - Não, não, não, não, não! Fala, Sehun, por favor!  - implorei.

    Ele parou os olhos em mim, estava mais sério do que há poucos instantes.

     - Certeza que quer que eu diga? – sua voz estava baixa e rouca.

     - Sim. Absoluta.  – confirmei.

     Sehun suspirou e de novo afastou os olhos de mim.

    - Você acha que... você acha que nós já passamos por todos os problemas que precisávamos passar?

     Apenas quando terminou de falar ele olhou para mim. Estava sério e visivelmente tenso. Os punhos cerrados em cima dos joelhos e os olhos tentando esconder o nervosismo, que era entregue pela respiração rápida e curta.

    - Talvez. – respondi e ele parecia sem saber como reagir – Você já fez muita besteira, eu já fiz muita besteira – me virei para o lado, para a pequena torta de limão coberta de chantilly –, mas às vezes você pode ser um babaca completo, então não acho que passamos por tudo ainda.

    Percebendo que eu o havia ofendido, Sehun se virou para mim, mas antes que tivesse chance de argumentar, passei o dedo pela torta e depois coloquei uma bolinha de chantilly na ponta do nariz dele. Sehun ficou perplexo, travado e então riu. Deu aquela risada gostosa, que tanto gosto de ouvir e tentou me dar o troco, pegando também um pouco de chantilly. Mas tudo o que conseguiu foi cair em cima de mim e sujar a própria jaqueta com chantilly. Nossas risadas enchiam o ar do parque e quando meus braços deram a volta no pescoço dele, fiz a única coisa que eu sabia que precisava para tornar meu dia perfeito: beijei Oh Sehun.

***

    Só fomos embora quando o sol já tinha se posto. Sehun ia segurando minha mão e carregando a cesta, a jaqueta suja de chantilly dava a ele um cheiro doce que se misturava ao perfume dele. Mas quando estávamos indo para o dormitório, pedi que ele me deixasse na SM. Eu queria ensaiar um pouco. Ele insistiu em me acompanhar, mas neguei, neguei e neguei até que ele desistisse. Estávamos aprendendo coreografias do Exo, como parte da missão da troca de managers e mesmo que a ajuda dele fosse bem vinda, queria fazer uma surpresa quando o Red Smoke chegasse executando as coreografias com perfeição.

    Entrei sozinha no prédio, fui sozinha até a sala de pratica que o Red Smoke tinha usado na última semana e baixei a cortina persiana que tinha sobre a porta. Queria privacidade. Eu estava de costas, concentrada, não vi quando Kwan entrou, só vi quando ele trancou a porta e guardou a chave no bolso. Congelei, temendo o que ele faria.

     - Quem diria... o que faz aqui tão tarde, Lola? – ele perguntou, senti nojo ao ouvi-lo falar meu nome. 

    - Ensaiando. – respondi com simplicidade.

    - Sabe uma coisa curiosa sobre homens? Nós amamos as mulheres, amamos sua perfeição, principalmente quando isso vem de forma simples. Por exemplo – ele se aproximou de mim e virou meu corpo de frente para o espelho, para que eu observasse meu próprio reflexo ao invés de observa-lo - assim.

    Ele fez um gesto indicando meu corpo todo. A roupa justa, o rosto sem maquiagem, o cabelo bagunçado.

    - É sexy. – ele disse, para então levar a mão até minha bunda e apertar.

    Me afastei dele, com nojo enquanto ele sorria para mim.

    - Ah, não, querida. Você não vai a lugar nenhum. – ele ainda sorria quando avançou de novo contra mim.

    Eu corri, desviei dele e fui até a porta, só então me lembrando que ela estava trancada. Bati com força, gritando por ajuda. Mas era tarde, eu sabia que não tinha ninguém aqui. E ele também sabia. Puxou meu cabelo e me forçou a deitar no chão. Me arrastou para longe da porta e passou as mãos pelos meus peitos. Tentei chuta-lo para longe, tentei gritar, mas ele subiu em cima de mim e cobriu minha boca com a mão.

    - Temos duas maneiras de fazer isso: – ele sussurrou no meu ouvido – a fácil e a difícil. Na fácil, você fica quieta enquanto eu faço e assim você não vai apanhar e eu vou me satisfazer. Na difícil, você grita, mas vai parar depois de eu bater em você, depois eu vou fazer isso com você de qualquer jeito, mas não vou estar satisfeito o suficiente, por isso vou ir atrás de alguma das outras garotas. Quem sabe a Elena? Acho que o quarto do hospital não tem câmeras.

       Lágrimas escorriam pelo meu rosto, eu estava em pânico. Eu não podia deixar ele fazer isso comigo. Quando a mão dele deslizou para o meio das minhas pernas, gritei que parasse. Não tive muito tempo para me proteger, a mão dele voou com toda força contra meu rosto, me calando exatamente como ele prometeu.

    - Você quer mesmo que eu vá até outra garota? Isso não vai fazer com que eu fique longe de você. Mas você pode protege-las, sabe? Se você ficar quietinha e não contar a ninguém, não vou atrás delas. Não sou idiota, vou mirar nas fracas, assim como você. Posso começar com a Elena, que inclusive está sedada. Que tal depois a Ace? Ela deve estar carente desde o fim do namoro com JongDae, deve inclusive fazer isso de forma bem... satisfeita.

    Me mexi de novo, em pânico, mas com apenas uma mão ele prendeu meus pulsos acima de minha cabeça, a outra mão ainda deslizava no meio das minhas pernas.

      - Você quer o jeito fácil? – ele questionou – Não quero bater em você de novo e nem quero ir atrás das outras, apesar de que me atrai a ideia de que Elena vai estar apagada, você ainda é mais gostosa. Então... jeito fácil?

     Eu não respondi, continuei parada, com medo de me mexer.

     - Eu perguntei  - ele começou com calma, mas então sua mão saiu do meio das minhas pernas e socou meu estômago – se quer do jeito fácil?!

     O ar sumiu de meus pulmões e lágrimas brotaram em meus olhos. Aquilo doeu muito, mas ainda não tinha acabado, eu sabia que se não respondesse ele bateria de novo, mas não conseguia me mexer. Irritado pela minha demora, ele se preparou para bater de novo, então desesperada, balancei a cabeça. Fiz que sim, com medo de que ele me batesse de novo e então, ele sorriu.


Notas Finais


Aaaaah, eu me sinto mal! DESCULPA LOLA T.T
Obrigada por ler, desculpe qualquer erro. AVISO IMPORTANTE: ando meio ocupada, não tenho 100% de certeza de que vou conseguir postar semana que vem, mas se provavelmente vou, ok?
Até semana que vem!
~chu


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