D.O P.O.V's On
Propositalmente, eu estava voltando para a casa enquanto todos os outros estavam fora. A produção queria que a volta de Do KyungSoo fosse uma surpresa, porém eu sei que tanto Hayashida quanto G.B não se uniram aos outros na "grande missão" de fazer as compras do mês para a casa. Haya tem tido insônia, ficou para dormir e G.B... bem, ela não tem sido forçada a fazer nada. Pelo que soube, a recomendação médica é de que G.B não seja forçada a nada. Ela deve se reintegrar sozinha na rotina, para evitar traumas.
Sabendo da situação delicada, pensei em ir vê-la. Talvez ela precise de um amigo. Ao mesmo tempo... me pergunto o que ela pensa de mim, já que eu quebrei a mão de Kwan. Ela acha que eu sou uma pessoa ruim?
Quando passei pela porta, descalcei os sapatos e carreguei minhas malas somente até a sala, onde as coloquei em cima do sofá, evitando fazer barulho. Preguiçosamente me sentei, afundando no estofado macio. Eu primeiro preciso reunir a coragem e depois subir para ver G.B. A julgar pelo silêncio da casa, talvez ela esteja dormindo, assim como Hayashida.
Um baque surdo veio do andar de cima. Alguma coisa havia caído no chão. Hesitei para levantar, o que poderia ter sido esse barulho?
Impulsionado pela curiosidade, levantei do sofá e subi as escadas de forma silenciosa. Quando abri a porta do quarto de G.B ela estava deitada no chão, na mão dela, um frasco de remédios jazia vazio. Quando me abaixei ao lado dela, pude ler a palavra Antidepressivo entre os dedos dela. A pele de G.B estava fria e ela suava frio. Tremia, com os olhos abertos encarando o nada.
- Não! - eu disse, mas minha voz soou fraca e baixa.
Um milhão de vezes essa palavra passou na minha cabeça. Isso NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO.
- NÃO! - dessa vez eu gritei, na esperança de acordar Hayashida.
G.B estava mais pesada do que normalmente, mas isso não me impediu de passar os braços em volta da cintura dela e arrasta-la até o banheiro no fim do corredor.
Não sei o que nem o quão alto, mas eu estava gritando e gritei o suficiente para que Hayashida acordasse e parece estupefata, me vendo arrastar G.B pelo corredor.
- Alguém chame o médico! - implorei - Chame ajuda, agora!
A banheira retangular e razoavelmente alta estava vazia, coloquei G.B lá dentro, ainda segurando-a. Abri o chuveiro deixando a água fria molhar rosto dela. Com os braços entrelaçados sob o estômago de G.B puxei até vê-la cuspir as pílulas.
Longe, eu conseguia ouvir as sirenes tocando. Conseguia ouvir Hayashida chorando ao telefone, falando com alguém que não consegui identificar se era uma das meninas, um dos integrantes do Exo ou até mesmo YongNam, o manager delas.
Afastei o cabelo molhado do rosto de G.B, tentando acorda-la, mas ela não tinha nenhuma resposta. Ela estava muito longe dali.
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