1. Spirit Fanfics >
  2. Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) >
  3. Parte 10: Rupture - Bad Liar - 04

História Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 10: Rupture - Bad Liar - 04


Escrita por: Naomi_Ukazani_

Notas do Autor


Cheguei aí com mais um capítulo e um que eu particularmente gostei bastante.
No capítulo anterior eu esqueci de dizer que Do I Wanna Know é uma música da maravilhosa banda indie Arctic Monkeys, eu poderia fazer a fanfic inteira só com nomes de músicas deles, recomendo.
Nessa semana a música é Bad Liar da Selena Gomez.
Boa leitura!

Capítulo 47 - Parte 10: Rupture - Bad Liar - 04


Fanfic / Fanfiction Red Smoke: Rupture (Segunda Temporada) - Parte 10: Rupture - Bad Liar - 04

Sehun P.O.V’s On

    Os primeiros raios de sol da manhã entravam suavemente, burlando a proteção das persianas. Ela só usava calcinha e uma pequena camiseta branca, que colava à pele e mostrava a nudez do corpo. Apesar disso, Hani não parecia nem um pouco desconfortável. O cabelo estava completamente bagunçado, mas ela aparentemente não tem problemas em estar um pouco desarrumada na minha frente. Desarrumada? Sim. Feia? Nunca. Mesmo no meio da cozinha, encostada na pia, com as pernas cruzadas e uma garrafa de bebida na mão, Hani mantinha-se deslumbrante.

    - Dormiu? – perguntei quando entrei na cozinha.

    Ela balançou a cabeça, negando. Atualmente, nos encontramos em uma amizade colorida, então cada vez mais minhas visitas ao apartamento dela tornavam-se comuns. O relógio de ponteiros na parede da cozinha indicava seis e quarenta e sete, o que significa que dormi no máximo duas horas. É sábado. Ontem à noite cheguei ao apartamento antes da própria Hani, o que não foi problema já que tenho minha cópia da chave, ela chegou pouco mais de uma hora depois de mim. Trocou de roupa, jantamos, assistimos um filme qualquer e depois transamos até não aguentarmos mais. Eu estaria mentindo se dissesse que não gosto dessa rotina.

     Ela me ofereceu a garrafa e eu solenemente bebi um grande gole, a bebida desceu queimando minha garganta. Hani colocou um aplique no cabelo desde a última vez que eu havia visto ela. Antes o cabelo dela estava curto, agora vai longo até o fim das costas, a única coisa que sempre permanece intocada é a franja. Quando ela passou pela porta ontem à noite, por um segundo, jurei que fosse Lola. Sinceramente, no fundo acho que tudo isso não passa de uma tentativa de esconder tudo o que se passou. Hani e eu somos amigos há muito tempo e não é a primeira vez que usamos um ao outro para se distrair, não que ela saiba exatamente do que estou me distraindo. Apesar de tudo, nossas relações costumam serem resumidas ao físico, sem todo papo furado das amizades. Mesmo assim, não trocaria isso por nada.

     - Oppa. – ela chamou.

     Não gosto disso e ela sabe. Hani é mais velha que eu, dois anos, mas insiste em me chamar de oppa.

     - Você teve alguma coisa com a Lola? – questionou ela.

     Franzi o cenho. Essa me pegou de surpresa.

      - Como sabe disso? – perguntei.

      - Li na internet essa manhã. – contou ela com casualidade.

      Eu não costumo ser muito expressivo, mas devo ter ficado com uma cara de pânico porque ela começou a rir muito.

      - Relaxa, eu só tava zoando. – ela disse rindo – Você falou o nome dela enquanto dormia.

      Eu estaria encrencado caso saísse alguma notícia desse tipo, minhas fãs/fãs do Exo nem sempre aceitam bem esse tipo de coisa.

       - Eu só ando preocupado com ela, como amigo. – desconversei, passando a mão pelos meus cabelos.

       - Sei. – concordou Hani, apesar de não parecer muito convencida – Como ela está? Quer dizer, tipo, depois da história do abuso.

       - Mal. – assumi – Mas acho que o pior já passou.

       Eu espero.

       - Vocês namoraram? – perguntou.

       - Mais ou menos. Lembra da Nari?

       - Sua ex maluca que não aceitou o fim do relacionamento?

       - Essa mesma. Mentiu um monte de coisa sobre mim para a Lola, nos conhecíamos há uma semana e ela acabou acreditando.

       - E depois? – interrogou.

       - Depois foi só uma montanha-russa de momentos bons e ruins, mas nunca voltamos.  

        Hani me analisou cuidadosamente.

        - Você quer voltar. – acusou – É por isso que está aqui, está tentando esquece-la.

        - Isso é tão óbvio?

        Ela está certíssima.  

        - Não. – ela riu e de novo tomou um gole de bebida – Mas você é um mau mentiroso.

 

Lola P.O.V’s On

     Sentindo a lâmina deslizar pela minha pele, me senti bem. Não mais nos braços, chama atenção. Corto as coxas. Cortes que quase dão a volta, mas isso não faz diferença, ninguém vai ver. Corto, procuro por vestígios de sangue que posso ter deixado para trás e então saio do banheiro. Entro no quarto sem fazer barulho, não quero incomodar as outras meninas. Ao lado da minha cama tem um grande espaço, vazio, maior do que costumava ser. Retiraram a cama de G.B daqui tem uns dias

      É um pouco assustador pensar que foi aqui do meu lado que G.B se encheu com suas pílulas de felicidade até apagar. Então eu apenas fecho meus olhos e espero que a noite passe logo. Não gosto de ter que deitar e dormir, há semanas tenho pesadelos. Sonho com Kwan em cima de mim, me machucando e não me deixando nunca sair dali, nunca satisfeito.

 ***

     O médico é velho, mas G.B não parece se importar. Ela balança os pés enquanto está sentada em uma grande poltrona. O homem está bem na frente dela e pergunta, escuta atentamente as respostas de G.B e faz anotações. O quarto em que G.B está agora é bem pequeno, mas ela parece bem. Ou melhor, não parece mal. Estou parada na porta e não posso ouvir o que eles conversam, mas de um modo geral não parece um assunto feliz.

     Em uma situação normal, G.B sorri muito, pra qualquer coisa. Mas ela mal reage, não importa quanto tempo passe, apenas se mantém ali, comportada. Responde o médico e não parece sentir nada. O doutor entrega a ela um remédio e cuida enquanto ela bebe, certifica-se de que ela engoliu a pílula e então continua a conversar com G.B.

     Às minhas costas, a porta da frente da casa se fecha seguida de uma voz dizendo “sinto muito”. Não foi um dos meninos do Exo, a voz é diferente. Quando me viro, encontro Elena encarando a porta, as chaves penduradas na fechadura ainda balançando de um lado para o outro.

      - O que houve? – perguntei.

      - U-Kwon terminou comigo. – ela contou, se virando para mim.

     Prestes a chorar, com os lábios formando um biquinho adorável. Eu apenas abri os braços e Elena correu em minha direção e me abraçou, chorando em meu ombro.

     - Vai ficar tudo bem. – prometi a ela, mesmo temendo que isso não acontecesse.

      Nesse momento Kai e Chen adentraram a sala rindo, mas pararam automaticamente quando viram que Elena chorava.

      - Ele disse – ela começou a contar, sem se importar com a presença dos meninos – que eu sou uma bagunça e que eu preciso me “consertar” antes de partir para um relacionamento, se não eu só vou afetar as pessoas à minha volta.

      - Besteira. – respondi – Você não é uma bagunça, só está passando por uma fase difícil. Não liga pra isso, – pedi – você merece coisa melhor.

       Nenhum dos meninos se atreveu a se meter na conversa, nem Kai, nem Chen. Mas ainda assim os dois permaneceram ali, prontos para dar qualquer apoio para Elena. Porque é isso que amigos fazem, eles nos dão a mão quando estamos no meio de tempestades.

 


Notas Finais


Obrigada por ler e até o próximo!
~chu


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...