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História Redemption - Chapter 3 - Smoke.


Escrita por: rarebabygirl e bieberspace

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 3 - Chapter 3 - Smoke.


Fanfic / Fanfiction Redemption - Chapter 3 - Smoke.


Regras, regras e mais regras. As folhas que Meg havia dado à Charlie tinha cem regras de convivência e estadia no colégio.
Toque de recolher às 22h00; proibido passar a noite no quarto dos meninos, no caso das meninas; proibido qualquer tipo de objeto cortante; proibido qualquer tipo de drogas (i)lícitas; Charlie não havia lido nem trinta das regras ainda e já havia revirado os olhos mais vezes que o normal e já havia concluído que aqueles seriam os três piores anos de sua vida. 
Já enjoada de fingir que se importava com aquela papelada, ela jogou as folhas no criado mudo e se levantou da cama. A mala e sua mochila ainda estavam no mesmo lugar que em havia deixado assim que entrou no quarto e enquanto não dava a hora da tal festa que ela tanto ansiava por conta do seu querido tabaco, Charlie resolveu desfazer a mala. 
Ela jogou todo o conteúdo da mala em cima da cama e pegou os cabides do guarda-roupa para começar pendurando as poucas peças que havia trazido e, observando melhor, se arrependeu da quantidade de roupa que havia levado. Apesar de ser metade do closet que manteve na casa de sua tia, deveria ter pegado mais coisas, levando em conta que seriam três anos ali no colégio. 
No meio das roupas, os porta-retratos apareceram e Charlie parou com o que fazia; ela deixou as roupas de lado e pegou as fotos que agora eram a única coisa em que importava em sua vida. Ela abriu o suporte dos dois porta-retratos e colocou ambos no criado mudo, de forma que ficassem bem virados para a sua cama. Dormir olhando para o rosto sorridente e os olhos brilhantes de Tyler seria a única parte boa do seu dia. 
Já havia feito um mês de sua morte e Charlie ainda revivia aquele dia todos os dias. Já fazia um mês e ela ainda não havia chorado. 

Charlie virou de lado e deu uma leve empinada na sua bunda. Estava quase na hora de Aléxis passar em seu quarto e ela ainda não havia decidido qual roupa usar, não que se importasse com isso, ou era como costumava pensar. Ela só não queria estar arrumada demais, mas também não queria ir de calça jeans e moletom. Já cansada da dúvida que sentia, ela tirou o vestido e o jogou de volta na pilha de roupas que havia acumulado em cima da cama, ou seja, todas as peças que havia levado. Charlie caçou seu moletom preto favorito e vestiu o primeiro shorts que encontrou, e de sapato, escolheu seu velho all-star preto mesmo. Pronto, estava ótimo.  
Ela soltou o cabelo do coque que havia feito para tomar banho e deu uma leve chacoalhada nos fios para dar certo volume.
— Olá.
Era a voz de Aléxis, acompanhada por leves batidas na porta. 
— Só um segundo. 
Charlie checou sua aparência no espelho e apesar de não estar em seus melhores dias, ficou satisfeita com o que viu. Ela abriu a porta e saiu em seguida, já a fechando. 
— Passei muito antes da hora? Desculpe, sou ansiosa. 
Charlie negou com a cabeça e observou Aléxis na sua frente. A garota vestia um shorts jeans e uma blusinha tomara que caia. 
— Não, tudo bem. 
Aléxis começou a caminhar pelo corredor e Charlie a seguiu. 
— Já teve tempo de conhecer o colégio? — começou ela, puxando assunto. 
— Só o caminho entre o quarto o banheiro.
— Ah, então você já conheceu o caos.
Charlie deu os ombros e enfiou as mãos nos bolsos.
— Já estive em banheiros comunitários piores.
— Que pena para você. 
Era verdade, as repúblicas, bares, boates e becos que Charlie costumava buscar Tyler eram tão piores que ela chegava a sentir que já tinha visto tudo de ruim que pode existir. 
— Como vocês podem dar festas aqui? — perguntou ela, deixando sua curiosidade vencer.
— Poder, não podemos — Aléxis sorriu brincalhona — Depois do toque de recolher, os inspetores só checam se os corredores estão vazios. Agora, se você está dentro do seu quarto ou não, não importa. Eles meio que fecham os olhos para as coisas em que alunos fazem, para eles, não faz diferença, contanto que nossas família continuem enchendo a conta bancária do colégio de dinheiro. 
Charlie assentiu e elas seguiram o restante do caminho em silêncio. Havia tantos quartos ali, e os corredores eram tão extensos que Charlie se sentia tonta; ela deu graças a Deus quando Aléxis abriu uma porta, revelando um caminho mal iluminado e ali naquele lugar, era possível ouvir a música que tocava através da última e única porta que tinha no corredor. 
— Bem vinda ao nosso cantinho — Aléxis disse, sorrindo, enquanto abria a porta para Charlie poder entrar. Na sua frente, uma pequena escada levava para uma pista de dança cheia de gente e o cômodo era o dobro quarto, talvez até maior, era bem extenso, na verdade.
— Legal — elogiou ela, e Aléxis sorriu. 
— Venha, vou te apresentar para o pessoal. 
Aléxis pegou a mão de Charlie e a guiou pelos degraus e foi abrindo caminho entre os adolescentes que balançavam seus corpos em um ritmo frenético ao som de Twenty One Pilots. Charlie esbarrou e pisou no pé de um monte de gente, mas ninguém pareceu sentir, ou sentiu e não se incomodou. 
— Eles estão ali — gritou Aléxis por cima do ombro e Charlie assentiu. 
Um grupo de garotos estavam sentados em um sofá pequeno e dois deles estavam empoleirados nos braços do móvel. 
— Meninos, essa é a Charlie. 
Charlie forçou um sorriso sem mostrar os dentes. Ela não gostava de receber atenção e quatro pares de olhos a observava atentamente.
— Olá. 
— Charlie, eu sou Louis — um moreno disse, sorridente — Esse são Niall, Liam e Harry — completou ele, apontando para os garotos ao seu lado.
— Bem vinda ao inferno — o garoto de cabelo cacheado disse, enquanto gargalhava e Charlie deu os ombros.
— Obrigada. 
— Vodka? — perguntou Louis e estendeu um copo para ela. 
— Eu não bebo, obrigada. 
Aléxis, mesmo de salto, ficou na ponta dos pés e apoiou as mãos no ombro de Charlie, fazendo ela curvar levemente para frente. 
— Eles são muito gente boa, você vai ver. Ah, não liga para as aparências. 
Charlie negou com a cabeça — sorrindo — piercings e tatuagens não a assustavam.
— Fica tranquila. 
— Hey, Lexi, você viu o Malik? 
Aléxis soltou o ombro de Charlie, a permitindo endireitar sua postura e negou com a cabeça.
— Não vi ele o dia todo. 
Enquanto Aléxis começou um assunto com os garotos sobre o tal Malik, Charlie olhou ao seu redor, observando as pessoas entretidas demais com suas bebidas e danças. 
— Você fuma? 
Charlie voltou a prestar atenção nos garotos para ter certeza que falavam com ela.
— Por favor — disse ela aliviada e o loiro sorriu ao oferecer cigarro á ela — Espera, é só cigarro, não é? 
— Só cigarro, relaxa.
Ele estendeu á ela o cigarro e ela pegou, agradecida, e ele acendeu o isqueiro para ela,
— Obrigada.

Já fazia algumas horas que Charlie estava ali e ela até que gostou dos garotos. Eles eram engraçados e falavam muita besteira, o que até a fez rir algumas vezes. 
— Eu acho que vou subir — disse ela à Liam e ele assentiu. 
— Vemos você amanhã. 
Charlie se despediu deles e acabou não achando Aléxis. 
— Hey — Charlie se virou para Harry — Qual seu apelido?
— Eu não tenho apelidos.
— Como assim? Você precisa de um apelido! Hey, cara, ela não tem um apelido.
Louis riu e negou com a cabeça. 
— Harley.
— Nada a ver.
— Eu gosto — defendeu Louis — Você gosta?
— Tanto faz.
Charlie estava sendo um tanto ignorante com eles naquele momento e mesmo imaginando que talvez fosse se arrepender de ouvir aquele apelido novamente, ela cedeu.
— Me chamam de Lie.
— L-i-e*, tipo 'mentira'? — perguntou Harry e ela negou com a cabeça.
— Não, L-i-e mas tipo 'Lí'.
— Lie, gostei.
Charlie sorriu, mas era estranho ouvir aquele apelido mais de um mês depois da última vez que havia ouvido.
— Eu prefiro Harley — Louis argumentou e Charlie riu com o tom de voz embriagado dele. 
— Tanto faz.
— Charlie, pega isso.
Niall jogou um maço de cigarros para ela e Charlie se viu no paraíso.
— Sério?
— Claro, garota, divirta-se.
Ela sorriu e assentiu.
Ao deixar a festa, seus ouvidos agradeceram pelo silêncio que estava o corredor. Charlie não estava com sono, mas estava cansada do barulho e da aglomeração do lugar; ela só queria um pouco de sossego. Decidida a não ir para o quarto ainda, ela resolveu procurar a biblioteca que por sorte, não parecia ser tão difícil de encontrar graças as plaquinhas espalhadas pelos corredores que indicavam os principais lugares do prédio. 
Ao parar em frente a porta da biblioteca, Charlie tentou espiar lá dentro, mas só havia uma luz acesa no cômodo e ela parecia distante. Apesar de poder se encrencar por estar fora de seu dormitório à uma da manhã, ela resolveu entrar e mesmo andando na ponta dos pés, a porta fez um barulho alto o bastante para qualquer um que estivesse lá dentro ouvir. 
Charlie caminhou pelos corredores feitos das prateleiras altas de livros. O lugar a fez se sentir menos deslocada no colégio. Ela sempre amou o silêncio e paz oferecidos por bibliotecas e salas de leitura. Alguns anos atrás, uma sala como aquela era o único lugar onde ela podia finalmente dormir, nem que fosse por poucos quarenta minutos. 
Charlie caminhou, observando os mais variados livros até encontrar a área de leitura, onde tinha algumas mesas, cadeiras, puffes e sofás; o lugar era bem aconchegante. 
— Ai, caralho! — exclamou ela ao se assustar com um garoto. 
No final de um dos corredores das estantes, bem de frente para a mesa onde ela havia se sentado, estava um garoto sentado no chão com as pernas cruzadas e um livro em mãos.
— Foi mal — disse ela e ele deu os ombros, desviando os olhos dela e voltando a ler. 
Charlie se admirou por ele não puxar assunto ou gritar com ela, a xingando. Era até bom alguém que gostava de ficar na sua, assim como ela.
— Se incomoda se eu fumar aqui? 
Sem tirar os olhos do livro, ele disse:
— Tanto faz. 
Charlie deu os ombros e acendeu com o isqueiro — que Niall havia colocado dentro da caixinha — o cigarro que já estava entre seus lábios. Ela afastou a cadeira para trás, dando uma longa tragada, e apoiou os pés na mesa, esticando bem suas pernas que latejavam, apesar de ter ficado sentada o tempo todo na festa.
Zayn, que lia um livro a poucos metros dela, havia perdido a concentração por conta da companhia que tinha agora; ele levantou os olhos do livro e observou Charlie jogar a cabeça para trás, deixando o pescoço pendido, de forma que seu cabelo longo quase tocava o chão enquanto, lentamente, ela soltava a fumaça pelos seus lábios. 
 


Notas Finais


Teaser: em breve.
Style: em breve.
Fanfic disponível no Wattpad: https://www.wattpad.com/story/91880993-redemption-zayn-malik-fanfiction
Meu Twitter: https://twitter.com/rarebabygirl || @rarebabygirl

* lie em inglês significa "mentira" e se pronuncia "lái"
P.S. mas pode significar deitar e/ou descansar também :))


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