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História Redtale - Capítulo 16 - Apenas vá


Escrita por: Usagi17 e cecifrazier

Notas do Autor


OE GENT

Aqui é a Ceci e a Usagi trazendo mais um cap pra vocês <3
Boa leitura <3

Capítulo 17 - Capítulo 16 - Apenas vá


Sans e Papyrus não sabiam o que fazer a respeito daquela confusão toda. Chara estava desolada, jamais se perdoaria se algo acontecesse a Frisk e não sabiam se a essa altura ele estava vivo ou morto. 

 

Os irmãos só tinham uma opção: Toriel. 

 

Assim que Asgore saiu para trabalhar no escritório e Asriel para preparar a execução de Frisk, correram até a casa que ficava afastada do centro da aldeia, próxima à floresta.  

 

Bateram na porta freneticamente, mas só o que viram, foi uma mulher triste e angustiada atender a porta. Essa realmente não era a Toriel que Sans lembrava.  

 

— Toriel, nos ajude, por favor! — Papyrus exclamou. 

 

— Seu filho, Asriel, prendeu Frisk em algum lugar e não sabem... 

 

— Frisk?! — Toriel arregalou os olhos, interrompendo Sans. — Mas... Asgore disse que ele foi morto por um lobo! 

 

— Pelos céus, Toriel! — Sans exclamou. — Asgore mentiu! Mentiu o tempo todo! 

 

— Nós achamos Frisk na floresta, chorando e dizendo que havia se perdido. — Papyrus falou triste. — Cuidamos dele todos esses anos, mas agora... 

 

— Se ninguém fizer nada, ele vai morrer! — O mais baixo se ajoelhou. — Por favor, Toriel... Não queremos perder o nosso garoto.  

 

A mulher tinha lágrimas escorrendo por seu rosto e tampava a boca com as duas mãos. Estava recebendo mais emoções do que seu coração poderia aguentar, perder dois filhos não era o que queria.  

 

— Se você o ama realmente, se ele realmente foi como um filho pra você, salve-o. — Papyrus a olhou determinado. 

 

— Farei tudo o que posso. 

 

— Antes de ir... — Sans retirou um envelope de seu bolso. — Entregue isso a ele. Neste envelope tem dinheiro para Frisk e Chara se mudarem e uma carta.  

 

Toriel apenas assentiu com a cabeça e saiu de casa.  

 

Ela sabia muito bem onde Asriel mantinha seu escritório, seu isolamento.  

 

Foi para trás da casa, e lá, havia um alçapão que seu filho sempre mantinha trancado, mas como ele, Toriel também tinha seus truques para abrir fechaduras. 

 

Ela retirou um velho grampo de seus cabelos grisalhos, e com um jeitinho, destrancou o cadeado e abriu as portas do alçapão. 

 

Desceu as escadas com cuidado e de forma desajeitada, a mais velha olhou para as jaulas que Asriel mantinha naquele lugar e sentiu um frio na espinha, ela não o criou daquele jeito.  

 

  Toriel olhou para os lados e viu Frisk sentado em uma sala improvisada com barras de metal grossas e pouca iluminação, tentou afastar os pensamentos cabulosos que teve ao imaginar o que o filho fazia naquele lugar. Mas agora só uma coisa importava... Frisk precisava de ajuda.  

 

  A mais velha correu até ele e usou o grampo para abrir a porta da sala, então o garoto a olhou surpreso, era como vislumbrar uma memória antiga que tentou manter afastada a muito tempo.  

 

— Minha criança... Está tão crescido... — Ela murmurou com lágrimas escorrendo pela face envelhecida. 

 

— Toriel...? Por quê está fazendo isso? Asgore vai matar você. — Ouviu o garoto dizer enquanto se levantava e corria até ela.  

 

— Não me importo com isso, você é o pai da criança que minha filha carrega, precisa ir. — Entregou o envelope que Sans lhe dera, então colocou as mãos nos ombros do garoto e respirou fundo. — Sans e Papyrus mandaram esse dinheiro, dentro tem uma carta e eu... Coloquei algo pra você, Frisk. Fuja, fuja com minha filha pra longe desse lugar horrível, crie seu filho do mesmo modo que eu gostaria de ter criado os meus, fora do alcance de Asgore. 

 

— Mãe, eu... Eu nem sei o que dizer.  

 

— Não diga nada, apenas vá. — Toriel depositou um beijo na testa de Frisk. — Você sempre vai ser minha criança. 

 

Frisk sorriu e a abraçou pela primeira vez em tantos anos. Guardou o envelope e então, subiu as escadas na pressa.  

 

Correu até a floresta de forma desesperada, estava muito preocupado no estado que sua princesa estaria. Chegando lá, abriu a porta que foi consertada pelo seus tios e entrou no quarto. 

 

— Princesa... — Frisk sussurrou. — Eu voltei. 

 

— Amor! — Chara levantou-se da cama rapidamente e o abraçou, seus olhos estavam inchados de tanto chorar, mas manteve um sorriso no rosto. — Eu achei que... Você tivesse ido embora pra sempre... 

 

— Eu te falei que ninguém nunca vai nos separar... — O mais alto apertou o abraço com cuidado. — Eu te amo, meu amor.  

 

Chara selou os lábios rapidamente com os dele, como se precisasse daquilo. Frisk também não se conteve, apenas tornou o beijo mais intenso enquanto passava as mãos pela cintura da mais baixa. 

 

— Temos que ir embora. — Murmurou enquanto puxava a garota com a mão. 

 

— Espera... — Chara sussurrou enquanto olhava os objetos e roupas do mais alto, ele seria obrigado a deixar tudo para trás por causa dela, se tivesse ficado em casa, obedecido, nada disso teria acontecido. — Me perdoa...   

 

— Perdoar? Princesa, você não teve culpa de nada... — Frisk disse enquanto deslizava as mãos pelo rosto de sua garota e deixava um sorriso enfeitar sua face encantadora. —   Precisamos ser rápidos, meu amor... 

 

   Chara assentiu, então olhou para o mais alto que juntava algumas roupas em uma sacola e colocava debaixo do braço.   

 

 Colocou um dos vestidos que Frisk lhe dera, pois sabia que não podia sair no frio com as pernas expostas, não faria bem para o bebê. A vestimenta era azul marinho com mangas compridas e recortes avermelhados na saia, sentiu um aperto no peito por não levar consigo cada peça de roupa ou objeto que tinha naquela casa, pois foi ali que conheceu o amor de sua vida.  

  Se assustou quando sentiu Frisk colocar um casaco grosso sobre seus ombros, ela o vestiu com dificuldade e pôs a capa vermelha, enfiou a mão nos bolsos e verificou se o item mais precioso que ela tinha estava ali: A pedra dourada que encontrou no primeiro dia em que Frisk a levou para passear.   

 

  Colocou o tão querido objeto no bolso e sentiu a mão de Frisk delicadamente agarrar seu ombro.  

 

— Vamos, Cherry.   

 

  Chara segurou a destra do mais alto e correram para fora da casa, escutaram passos vindo por trás da casa, Frisk fez um sinal para que ela ficasse em silêncio e se escondeu atrás de um pinheiro.  

 

— Asriel?  

 

  Escutou uma risada cabulosa ecoar pelo local, então ela arqueou a sobrancelha esquerda e ajeitou a capa ao redor do corpo.  

 

— Ora...Ora... Veja só o que o lobo trouxe...  

 

— Vá embora, não quero que você se machuque, meu irmão! — Ela gritou desolada, então o garoto de cabelos brancos sorriu com escárnio e deslizou a canhota pela face gélida.  

 

— Ainda tem a coragem de me chamar de irmão? Sua idita, estúpida...Garota maldita... Acha que pode me fazer parar? Agora que estou tão perto de finalmente matar aquele lobo?  

 

— Por que quer tanto matar o Frisk? Me diga!  

 

— Ele tirou você de mim no momento em que se conheceram, quando você era só uma criança inocente... Aquele idiota estava lá, você corria atrás dele e se esquecia de mim... Minha própria mãe se esqueceu de mim! Então... Quando meu pai disse que abandonaria o menino, eu sorri. E agora que eu sei que o lobo que eu tanto quero matar é o mesmo garoto de minha infância... Deixa tudo mais divertido...Aliás, depois que ele morrer... O próximo é o seu filhote imund...  

 

   Asriel não pode terminar sua frase cruel, pois Frisk assumiu a forma de lobo e mordeu seu calcanhar. Ele percebeu o amor que Chara sentia pelo irmão e deu algo que Asriel nunca lhe daria: "Misericórdia".  

 

  A garota viu o sangue se espalhando, então aproveitou o momento para sussurrar algo para Asriel.  

 

— Eu nunca vou deixar de amar o meu irmão... Mas você não é o Asriel que um dia cuidou de mim.  

 

  Após dizer essas palavras, viu o irmão arregalar os olhos, Frisk e Chara correram em direção a floresta e só pararam quando a garota reclamou de dores.  

   

  Ela subiu nas costas de Frisk e o mesmo assumiu a forma de lobo, logo, passaram ainda mais tempo fugindo para longe.  

  Quando finalmente pararam, Chara apertou os braços ao redor do corpo e Frisk se preocupou ao ver a menina sentindo frio, ela estava carregando seu filhinho, não podia deixa-la nessas condições... Mas... Para onde iria?  

 

  Lembrou-se do envelope, então o retirou do bolso e apertou os braços ao redor da menina na tentativa de aquece-la.  

 

— O que é isso? — Ela murmurou enquanto esfregava as mãos uma na outra. 

 

— Algo que Toriel me deu, de Sans e Papyrus. — Frisk disse enquanto abria o envelope. 

 

— Minha mãe?  

 

— É uma longa história...  

 

O garoto pôde ver uma pequena pintura de um casal segurando uma criança no colo. 

 

Seu coração pesou quando virou a foto e viu uma pequena frase: "Nossa família, Frederick, Merian e Frisk". Sentiu seus olhos lacrimejarem e suas mãos tremerem. Mas não poderia se abalar por isso. 

 

Viu o que tinha no resto do envelope: dinheiro e um bilhete. O bilhete era de Sans e estava escrito:  

 

"Há uma aldeia próxima, quando chegarem, procurem um homem chamado Grillbys, ele irá ceder abrigo até que construam sua nova casa. Esse dinheiro é para a construção, usem-o bem. Recomendamos que não voltem tão cedo para este lugar, as coisas ficarão tensas a partir de agora. 

 

Com amor, Sans e Papyrus". 

 

Frisk olhou ao longe e pôde ver algumas luzes, o que indicava que a aldeia não estava longe. 

 

Ele guardou tudo em um envelope e deu para Chara, transformou-se em lobo e a menina subiu em suas costas.  

 

Seria um novo começo para essa família. 


Notas Finais


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